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1 CENTRO UNIVERSITARIO FAVENI ATLETISMO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA EDUCAÇÃO FÍSICA GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA. ROSANA DE JESUS GONÇALVES1. RESUMO A história do Atletismo acompanha o homem desde os primórdios da humanidade. O homem desde a sua concepção é um ser essencialmente constituído pelo movimento. Movimentos naturais como: correr, saltar, pular e arremessar, que a princípio serviriam como meio de sobrevivência tanto pela fuga de predadores quanto a caça por alimentos. Ao longo do tempo, a necessidade de sobrevivência deixou de ser a principal função e deu lugar a atividades ligadas a velocidade e técnicas. A trajetória histórica referente à Educação Física como componente curricular obrigatório na escola brasileira, retrata momentos de instabilidade, evidenciando que esta disciplina sempre esteve voltada para atender aos interesses da classe dominante e do governo vigente. Trata-se de um estudo de caráter bibliográfico que teve como objetivo realizar uma síntese sobre artigos e livros, analisando as principais dificuldades para a prática do atletismo escolar, e descobrindo inúmeras possibilidades e vivência para crianças e jovens na escola. O atletismo é considerado o esporte base para todas as modalidades esportivas, pois advém da execução dos movimentos naturais do homem nas suas mais diversas provas. Sabendo que a escola, especificamente nas aulas de educação física, a criança pode oportunizar através da pratica do atletismo o desenvolvimento dos aspectos físicos, motores, cognitivos e afetivos. É inegável citar a importância do desenvolvimento da força, resistência e velocidade por parte desse desporto, mas a questão é que o professor tenha compreensão de que, no processo de ensino-aprendizagem no campo escolar para as crianças, o elemento lúdico deve ser preponderante para tal modalidade, fazendo com que seja atrativo por meio de atividades introdutórias sem cobrança da perfeição de técnicas e movimentos. Entende-se também que essas dificuldades não se justificam para que o conteúdo atletismo nunca seja transmitido para os alunos, assim como existe adversidades existem possíveis soluções que podem ajudar o docente a ensinar o atletismo para as crianças e jovens. É certo que para ensinar as provas do atletismo não precisa de implementos e materiais profissionais, mas sim, interesse e criatividade do docente em querer ensinar. 1 Graduada em Educação Física, pela Universidade Regional do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, Pós-graduada em Educação Física Escolar, pela Faculdade de Educação da Serra, Pós-graduada Latu Sensu em Gestão Escolar Integradora: Orientação e Inspeção Escolar pela Faculdade Candido Mendes. 2 Palavras-Chaves: Atletismo. Educação física. Esporte-base. Alunos. Escola ABSTRACT The history of athletics has followed man since the dawn of mankind. Man since his conception is a being essentially constituted by movement. Natural movements such as running, jumping, jumping and throwing, which at first would serve as a means of survival both by escaping predators and hunting for food. Over time, the need for survival has ceased to be the main function and has given way to activities related to speed and techniques. The historical trajectory referring to Physical Education as a mandatory curricular component in the Brazilian school, portrays moments of instability, showing that this discipline has always been geared to meet the interests of the ruling class and the current government. This is a bibliographic study that aimed to synthesize articles and books, analyzing the main difficulties for the practice of school athletics, and discovering countless possibilities and experiences for children and young people at school. Athletics is considered the base sport for all sports, as it comes from the execution of natural movements of man in his most diverse competitions. Knowing that the school, specifically in physical education classes, the child can make the development of physical, motor, cognitive and affective aspects possible through the practice of athletics. It is undeniable to mention the importance of the development of strength, endurance and speed on the part of this sport, but the question is that the teacher must understand that, in the teaching- learning process in the school field for children, the playful element must be preponderant for such modality, making it attractive through introductory activities without charging for the perfection of techniques and movements. It is also understood that these difficulties are not justified so that the athletics content is never transmitted to students, just as there are adversities; there are possible solutions that can help the teacher to teach athletics to children and young people. It is true that to teach athletics tests you do not need professional implements and materials, but the interest and creativity of the teacher in wanting to teach. Keywords: Athletics. PE. Base sport. Students. Scho 3 1. INTRODUÇAO O conhecimento histórico sobre a disciplina Educação Física no Brasil, nos faz refletir sobre o seu desenvolvimento na escola, entendendo os mais diversos significados que esta teve em diferentes momentos históricos e sua situação atual. A trajetória histórica referente à Educação Física como componente curricular obrigatório na escola brasileira, retrata momentos de instabilidade, evidenciando que esta disciplina sempre esteve voltada para atender aos interesses da classe dominante e do governo vigente. De acordo com Soares et al. (1992), as origens da Educação Física no Brasil foram marcadas pela influência das organizações sociais médicas e militares. O seu início caracterizou-se pelos métodos ginásticos e instrutores físicos do exército ministravam as aulas desta disciplina. Assim, a prática da Educação Física nas escolas desenvolvia-se sob a forma de ginástica e tinha a finalidade de promover a aptidão física e a disciplina moral dos indivíduos, de forma a prepará-los para contribuir com o progresso do país. Nesse contexto, a Educação Física começa a conquistar o seu espaço na instituição escolar, uma vez que tais argumentos justificavam a sua presença neste ambiente. Historicamente o atletismo é considerado um dos esportes mais antigos do mundo e um dos mais apreciados na modernidade. Darido, Souza Júnior (2013) na pré-história o ser humano já praticava algumas modalidades do atletismo como sobrevivência, a caminhada que servia para se deslocar para algum lugar e a corrida e saltos para escapar dos animais ferozes. 4 É um esporte muito complexo, por testar várias habilidades motoras básicas do homem e sua prática está fundamentado no caminhar, correr, saltar, lançar e arremessar. No atletismo tanto homens quanto mulheres podem competir em todos os grupos de provas, mas não necessariamente as mesmas provas, em uma competição oficial, por exemplo, a prova dos 100m com barreiras são realizadas por mulheres, já os homens realizam 110m com barreira. Trata-se de um estudo de caráter bibliográfico que teve como objetivo realizar uma síntese sobre artigos e livros, analisando as principais dificuldades para a prática do atletismo escolar, e descobrindo inúmeras possibilidades e vivência para crianças e jovens na escola. Para atender aos critérios de inclusão, considerou-se: revistas, artigos científicos, monografias, teses e dissertações publicadas, na língua portuguesa, tais como, Betti (1999) e Kirsch, Koch, Oro (1983) que são referências clássicas. Tendo o discernimento que o atletismo é subutilizado enquanto conteúdo das aulas de Educação Física, um problema de pesquisa foi suscitado: Quais as dificuldades e possíveis alternativas encontradas para a práticado atletismo nas aulas de Educação Física escolar na educação básica. Este artigo se deu a partir da discussão em sala de aula, onde a inquietação é saber o porquê que o atletismo, uma das modalidades mais complexas e mais praticadas no mundo, não é difundido a contento nas aulas de Educação Física escolar. A palavra “comprometimento” resume bem o esforço que foi despendido, no sentido de buscar respostas que esclareçam esta pesquisa, enriquecendo assim, o presente trabalho. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 HISTÓRIA DO ATLETISMO A história do Atletismo acompanha o homem desde os primórdios da humanidade. O homem desde a sua concepção é um ser essencialmente constituído pelo movimento. Movimentos naturais como: correr, saltar, pular e arremessar, que a princípio serviriam como meio de sobrevivência tanto pela fuga de predadores quanto a caça por alimentos. Ao longo do tempo, a necessidade de sobrevivência deixou de ser a principal função e deu lugar a atividades ligadas a velocidade e técnicas. Para Dornelles (s.d., p.3): Muitas das provas atléticas que hoje conhecemos foram, originalmente, habilidades necessárias para a sobrevivência do homem primitivo. Tinha que correr para perseguir ou escapar de seus inimigos, que fossem feras famintas, quer fossem homens pertencentes a grupos rivais. Tinha que atacar animais que lhe proporcionavam alimentos e vestuários. Não há dúvida que suas corridas tomaram forma de provas de velocidade, tanto como de grandes distâncias e até corridas com obstáculos, quando deviam saltar sobre pedras e outros impedimentos. O homem pré-histórico lançou pedras e paus em animais, a fim de matá-los. Esses lançamentos devem ter dado origem ao que hoje conhecemos como disco, peso, dardo e martelo. A necessidade de saltar sobre correntes d’água e grandes pedras deu origem, por sua vez, aos saltos em distância, salto com vara e o salto em altura. Observando o nosso selvagem e recolhendo informações dos historiadores, é fácil concluir e afirmar: O exercício físico nasceu com o homem, e momentos após nasceu o Atletismo. Considera-se que o berço do Atletismo se deu no Egito, China e, logo depois, na Grécia. Sua primeira Olimpíada registrada aconteceu em Olímpia, 6 na Grécia, em 776 A.C, com a única prova de corrida de 200 metros, que os gregos chamavam de “stadium”. E a primeira edição dos Jogos Modernos, foi em Antenas, capital da Grécia, em 1896. Como nos Jogos da Grécia Antiga, o Atletismo permanece como o principal esporte Olímpico dos Tempos Modernos. Tanto que o próprio Comitê Olímpico Internacional estabeleceu – até para efeito de distribuição dos recursos auferidos nos Jogos – que o Atletismo é o único esporte na categoria. O Atletismo é conhecido como esporte-base, pois tem a capacidade de testar todas as características básicas do ser humano. Desta forma, os homens e as mulheres foram aprimorando e adaptando para utilizar nas provas de Atletismo. No atletismo existem várias provas que se forem vivenciadas podem vir a contribuir no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. O atletismo na escola pode ser trabalhado de forma coletiva, sem descaracterizar o esporte em si, mas com a intenção de que os alunos possam ter a oportunidade de usufruir dessa modalidade esportiva. Segundo Mariano (2012) o discente pode trabalhar perfeitamente um esporte individual como o atletismo em caráter coletivo, basta adequar as possibilidades das atividades, aumentando as relações pessoais entre os participantes, no intuito de torna-los cooperativos e autônomos para atingir os objetivos propostos. Ao abordar o atletismo com séries, repetições, volume, intensidade e ter a necessidade de um espaço apropriado para o desenvolvimento de exercícios específicos, estão buscando em uma linguagem do treinamento desportivo elementos para uma modalidade que, no seu dia a dia, trata do treinamento em si, que não é o foco da educação física escolar. É fundamental também que se faça uma clara distinção entre os objetivos da Educação Física escolar e os objetivos do esporte, da dança, da ginástica e da luta profissionais, pois, embora seja uma referência, o profissionalismo não 7 pode ser a meta almejada pela escola. A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. O atletismo é considerado o esporte base para todas as modalidades esportivas, pois advém da execução dos movimentos naturais do homem nas suas mais diversas provas. Sabendo que a escola, especificamente nas aulas de educação física, a criança pode oportunizar através da pratica do atletismo o desenvolvimento dos aspectos físicos, motores, cognitivos e afetivos. É inegável citar a importância do desenvolvimento da força, resistência e velocidade por parte desse desporto, mas a questão é que o professor tenha compreensão de que, no processo de ensino-aprendizagem no campo escolar para as crianças, o elemento lúdico deve ser preponderante para tal modalidade, fazendo com que seja atrativo por meio de atividades introdutórias sem cobrança da perfeição de técnicas e movimentos. Nesse momento vale lembrar que “A educação atualmente deve estar apoiada em quatro pilares: a) aprender a conhecer; b) aprender a fazer; c) aprender a viver juntos; d) aprender a ser” (CASTARDELI, 2012, p.19). Isso se torna um método que pode auxiliar o professor na hora de abordar o atletismo em suas aulas, fazendo com que ele enxergue o caráter pedagógico e psicossocial do conteúdo que é essencial para trabalhar o desenvolvimento global dos alunos, indo além de um esporte que exige a perfeição em suas execuções. Sendo assim, trabalhar por meio desses pilares faz com que o docente crie oportunidade de vivências e práticas onde o estudante possa adquirir conhecimentos sobre tal abordagem em vários aspectos. A prática do atletismo é uma forte aliada das habilidades motoras, daí entra a importância da Educação Física escolar e do docente de introduzir na vida das crianças um universo cheio de movimentos e atividades lúdicas que farão com quer elas possam desenvolvendo essas habilidades gradativamente. 8 Marques, Iora (2009) identificam em seu trabalho como o atletismo é desenvolvido pedagogicamente nas aulas, aspectos como objetivo, conteúdo e método quando são problematizados pelos professores nas aulas apresentam resultados positivos, trazendo consigo boas possibilidades estratégicas para possíveis mudanças ou ainda o começo das práticas do atletismo no ensino fundamental. Mariano (2012) defende que é possível o docente trabalhar o atletismo de forma lúdica, seja brincando, jogando, competindo, e até mesmo trabalhando em grupo adaptando regras, espaços e materiais, levando assim com que os alunos evoluam aos poucos nas provas do atletismo de forma prazerosa. A visão que se deve ter para o ensino do atletismo no contexto escolar é, e deve ser diferente daquela relacionada ao treinamento desportivo, muito embora os meios utilizados para ambos sejam os mesmos. No treinamento desportivo, basicamente, se utiliza a chamada progressão de fundamentos, exercícios de repetição para o aperfeiçoamento da técnica e tática. Já, na escola, a opção metodológica mais utilizada no ensino do esporte nas aulas de Educação Física é o jogo recreativo. É importante que o atletismo mostre-se interessante, motivador, versátil e que indique outros caminhos e valores aos alunos. Levando em consideração que o Atletismo pode ser jogado, brincado e reconstruído de forma lúdica, contemplando também, o conhecimento de suas técnicas específicas. Ele pode ser estudado pela compreensão que, baseada nas teorias construtivistas, propõe que, é possívelentender os jogos, compreender as táticas e técnicas participando da aprendizagem e gostando de jogar, dando maior significado, fazendo uma aproximação da técnica do esporte à realidade em que vivem, respeitando a cultura corporal e a individualidade do aluno e 10 seu nível de habilidades, fazendo com que ele encontre prazer na realização do esporte. 9 O ensino do Atletismo pode ser também, na forma de propor o jogo como meio de promover a aprendizagem, tornando-se, assim, um instrumento pedagógico que pode contribuir para o desenvolvimento do aluno, pois é um ótimo estimulador, uma fonte de prazer e descoberta. O jogo deve ser visto dentro da Educação Física Escolar, em especial no atletismo, como uma ótima oportunidade e possibilidade de aquisição de conhecimentos, sem ser excludente com os menos habilidosos, sem buscar talentos e, que possa trazer benefícios em suas vidas. 2.1 O ATLETISMO E O PAPEL DO PROFESSOR O atletismo é tido como uma modalidade esportiva (a mais antiga). Portanto, para caracterizar o papel do educador física frente ao atletismo escolar, é necessário, a princípio, elucidar a concepção de esporte assumida neste trabalho, visando delinear o papel pedagógico do professor. Para Barbanti (2010, p.4): “O esporte é caracterizado por alguma forma de competição que ocorre sob as condições formais e organizadas. Em outras palavras, o fenômeno esporte envolve uma atividade física competitiva que é institucionalizada”. Ao esmiuçar a citação acima, pode-se atentar que o atletismo é o esporte rico em movimentos, socialização e versatilidade. Assim, o atletismo pode contribuir efetivamente para a aquisição de gestos e habilidades motoras fundamentais para o desenvolvimento das crianças. Segundo Bruhns (1989), o esporte é uma instituição, já que é uma modalidade pertencente a uma entidade ou federação que estabelece as regras e a estrutura da modalidade. A competição, tão apreciada e criticada dentro e fora do esporte, é definida como um processo através do qual o sucesso é medido diretamente pela comparação das realizações daqueles que 10 estão executando a mesma atividade física, com regras e condições padronizadas (BARBANTI, 2010). As aulas de educação física englobam uma vasta gama de atividades em relação ao aspecto corporal, ficando em maior evidência as que são vivenciadas na prática, sendo necessário que se observe o aluno como um todo, ou seja, seu aspecto cognitivo, afetivo e corporal, pois são inter- relacionados em todas as situações (BRASIL, 1997). Segundo o CBC (2007, p. 38), a Lei n.9.615/1998, batizada Lei Pelé, caracteriza o esporte do seguinte modo: - Esporte educacional: praticado nos sistemas de ensino, evita a seletividade e a hipercompetitividade entre os praticantes. A finalidade é o desenvolvimento integral do indivíduo e sua formação para a cidadania e lazer como uma ferramenta pedagógica, por intermédio de jogos pré- desportivos ou mesmo da modalidade propriamente dita. O importante é considerar e trabalhar com o atletismo de modo que professor e alunos possam criar critérios para que esta modalidade esportiva seja praticada de modo educativo e não seguindo rigorosamente ele de forma institucionalizada. É importante entender que o esporte praticado na escola tem que ser diferente do praticado fora dela. Portanto, o atletismo escolar tem um papel fundamental na escola, desde que seja assumido em uma visão educativa, no qual possibilita um ambiente de motivação, de desafios pelas regras e pela competição, de criatividade e de imaginação. Os PCN’s (BRASIL, 1998), ao discutir o esporte escolar, propõem que este pode sim ter flexibilidade maior nas regras, que são adaptadas em função das condições de espaço, material e participantes. São exercidos com um caráter competitivo, cooperativo ou recreativo. Oliveira (2010) evidencia que é um elemento básico indispensável para a formação da personalidade da criança. É a representação relativamente global que a criança tem de seu próprio corpo. Constitui o processo de formação motora, da organização espacial, do raciocínio lógico, ritmo, lateralidade, 11 controle muscular, percepção auditiva, tempo e coordenação motora geral. Ou seja, o esquema corporal desenvolve-se na criança, a partir do conhecimento adquirido em relação ao seu corpo e ao espaço que ocupa, resultando em uma melhor locomoção espacial, organização do espaço que ocupa e maior domínio de seus gestos. Desse modo, o atletismo no contexto escolar assume grande relevância, uma vez que colabora no desenvolvimento de capacidades e habilidades motoras cruciais para a execução de movimentos como andar, correr, saltar, arremessar, lançar, chutar comumente utilizados em práticas esportivas. 12 3.CONCLUSÃO Com base em tudo que foi apresentado até aqui fica mais claro a importância do atletismo como conteúdo a ser tratado nas aulas de educação física escolar e como existem diversas maneiras que possibilitam sua abordagem. Mesmo o atletismo estando dentro dos conteúdos a serem trabalhados no contexto da educação física escolar vê que nem sempre ele é incluso nos planos de aula dos professores. Entende-se também que essas dificuldades não se justificam para que o conteúdo atletismo nunca seja transmitido para os alunos, assim como existe adversidades existem possíveis soluções que podem ajudar o docente a ensinar o atletismo para as crianças e jovens. É certo que para ensinar as provas do atletismo não precisa de implementos e materiais profissionais, mas sim, interesse e criatividade do docente em querer ensinar. Portanto, os professores podem superar essas barreiras construindo aulas adaptadas ou brincadeiras e jogos pré-desportivos de acordo com cada prova e utilizando materiais alternativos como materiais recicláveis e sucatas para todas as provas do atletismo e incentivando seus próprios alunos a preservar o meio ambiente. Assim sendo, se a escola tem certos objetivos a serem atingidos e os alunos conhecimentos para aprender, o esporte pode ser uma ação dirigida e orientada para que essa finalidade seja atingida. 13 REFERENCIAS MARANTE, W.O.; SANTOS, M.C. 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Acesso em: 11 abril. 2021.