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Atividade de consumidor - Comentário (1)

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DIREITO DO CONSUMIDOR (DIR5924-10303) - Belinda Pereira da Cunha
Nome: Giovanna Quagliotto de Souza
Matrícula: 941570
PESQUISA NA JURISPRUDÊNCIA: RECURSO ESPECIAL Nº 1.799.365 - MG
(2019/0040058-2)
EMENTA:
RECURSO ESPECIAL. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO.
NEGATIVAS DE EMBARQUE. PASSAGEIRA ESTRANGEIRA SEM VISTO DE
RESIDÊNCIA NO BRASIL.
1. Polêmica em torno da responsabilidade civil da agência de turismo e da
companhia aérea, emitindo bilhetes de viagem internacional sem informar à
consumidora adquirente - estrangeira sem visto de residência no Brasil -, acerca da
necessidade de comprovação, quando do embarque, da compra da passagem
aérea de retorno ao país de origem.
2. Informações adequadas e claras acerca do serviço a ser prestado constituem
direito básico do consumidor (art. 6º, III, do CDC).
3. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre fruição e riscos (art. 14, caput, do CDC).
4. Ausência de advertência acerca dos riscos que, eventualmente, poderiam frustrar
a utilização do serviço contratado.
5. Procedência da demanda, restabelecendo-se as parcelas indenizatórias
concedidas pela sentença.
6. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
RESUMO DO CASO:
Este julgado trata de um caso envolvendo a responsabilidade civil de uma
agência de turismo e uma companhia aérea (fornecedores, pois comercializa
produtos ou serviços), que emitiram bilhetes de viagem internacional para uma
consumidora estrangeira (Art. 2° do CDC) sem visto de residência no Brasil, sem
informá-la sobre a necessidade de comprovação da compra da passagem aérea de
retorno ao país de origem no momento do embarque.
COMENTÁRIO:
O julgado define que é a consumidora e os fornecedores da relação
consumerista, bem como reafirma o direito básico do consumidor à informação
adequada e clara sobre o serviço a ser prestado, e que o fornecedor de serviços é
responsável pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços e informações insuficientes ou inadequadas. No
caso em questão, a ausência de advertência acerca dos riscos que poderiam
frustrar a utilização do serviço contratado foi considerada como um defeito na
prestação do serviço.
Assim, a demanda foi julgada procedente e as parcelas indenizatórias
concedidas pela sentença foram restabelecidas. Em geral, este julgado serve como
um exemplo da importância da transparência e da informação adequada na
prestação de serviços aos consumidores, bem como da responsabilidade dos
fornecedores de serviços em relação aos danos causados aos consumidores.

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