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RESUMO DO LIVRO CONVITE À FILOSOFIA - CAP 3 E 4

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Ao longo dos séculos a filosofia possuiu um conjunto de interesses, preocupações e 
indagações que estão inerentes a sua gênese ocorrida durante a Grécia clássica, nos séculos V 
e IV a.C. A Filosofia Grega sofreu grandes transformações e enriquecimento ao longo do 
tempo, tendo esta quatro grandes períodos, o período pré-socrático, período socrático, período 
sistemático e o período helenístico. Os dois primeiros são referenciados no filósofo Sócrates de 
Atenas. 
O Período pré-socrático possui como característica principal a ocupação em explicar de 
forma racional e sistemática questões sobre a Natureza, como a sua origem, ordem e 
transformações. Neste período afirma-se que o mundo não foi criado do nada, mas que tudo 
que há nele se transforma sem jamais desaparecer, a sua matéria muda de qualidade e 
quantidade, sendo esta mudança denominada de movimento. Alguns dos principais filósofos 
deste período foram Tales de Mileto, Pitágoras de Samos, Zenão de Eléia e Demócrito de 
Abdera. 
Já o Período socrático, do final do século V e IV a.C., tem seu foco na investigação das 
questões humanas, sendo elas a ética, a política e as técnicas. Neste período ocorreu o 
florescimento da democracia, tendo duas importantes características, a igualdade dos homens 
adultos perante a lei e o direito de participação direta no governo da cidade (polis), e a 
democracia tendo aspecto direto, e não eleições de representantes. Quem participava do 
governo tinha o direito de discutir, exprimir e defender em público as suas ideias, opiniões e 
decisões às quais a cidade deveria tomar. Algumas das características do período são a 
preocupação com questões morais e políticas, estabelecimento de procedimentos que garantam 
o encontro da verdade por meio de caminhos, critérios e meios próprios. 
No tocante a história, a filosofia evidencia e expressa questões problemáticas que o 
homem apresenta, em meio a situações que fogem de sua compreensão, em dado momento da 
cronologia humana. Em vias gerais, ela visa oportunizar respostas, caminhos e novos 
questionamentos para manter um permanente diálogo com a cultura e a sociedade do período 
que pertence. Este processo é importante, pois os saberes adquiridos se renovam, oportunizando 
o surgimento de novas disciplinas filosóficas, assim como a diminuição de outras, para que 
possam desligar-se da filosofia e formar uma nova disciplina, como ocorreu com a biologia, a 
química, a física, a psicologia, e outras. 
Após o período da Filosofia antiga, inicia-se a Filosofia patrística por meio das Epístolas 
de São Paulo e do Evangelho de São João, terminando este período no século VIII. Esta abraça 
a ideia religiosa de evangelização e defesa do cristianismo contra os ataques recebidos por 
antigos. A patrística divide-se em grega e latina, a primeira está ligada a Igreja de Bizânicio e 
a segunda à Igreja de Roma. Alguns dos nomes mais importantes para este período foram 
Justino, Clemente, Isidoro de Sevilha e Santo Agostinho. 
A filosofia medieval, por sua vez, além de discutir os mesmos problemas que a 
patrística, acrescentou outros, sendo um deles chamado de universais. Neste período nasce a 
filosofia cristã, conhecida como teologia, que visa provar a existência de Deus e do espírito 
humano imortal, a diferença entre corpo e alma, a razão e a fé, o finito e o infinito. Uma 
característica importante do período é o método elaborado pela Filosofia medieval chamado de 
disputa, que consistia na apresentação de teses, tendo esta que ser defendida ou refutada com 
base em argumentos retirados da Bíblia, de Platão, Aristóteles e outros padres. 
Do século XIV a XVI, nasce a Filosofia da Renascença que é marcada pelo 
descobrimento das obras de Platão que até então eram desconhecidas na Idade Média, novas 
obras de Aristóteles e pela recuperação de obras de grandes autores e artistas romanos e gregos. 
Na Renascença predominavam três importantes linhas de pensamento, sendo elas a proveniente 
de Platão, que destacava o pensamento da Natureza como um grande ser vivo, a dos pensadores 
florentinos, que valorizavam a vida ativa, e a que propunha o ideal do homem como artífice do 
seu próprio destino. 
Do século XVII ao XVIII, a Filosofia moderna é marcada por três importantes mudanças 
intelectuais, a primeira em que inicialmente indaga qual a capacidade intelectual do homem 
para conhecer e demonstrar a verdade dos conhecimentos, a segunda em que modifica o objeto 
do conhecimento e a terceira que envolve a concepção da realidade. 
Após o período da Filosofia moderna, surge o Iluminismo em meados do século XVIII 
ao começo do século XIX. Assim como a moderna, o iluminismo crê nos poderes da razão, o 
homem tem o poder de conquistar a liberdade e a felicidade social e política. Durante esse 
período, há um grande interesse nas ciências relacionadas a ideia da evolução, logo, a biologia 
terá posição de destaque no pensamento iluminista. Por fim, em meados do século XIX até os 
dias atuais nasce a Filosofia contemporânea, que não possui definição estabelecida pelo fato 
desta estar em curso, logo, a mesma tende a parecer ser complexa e de difícil definição.

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