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06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 1/34 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS Wilson De Oliveira Filho Fábio Ferreira Amorim Sanderson César Macêdo Barbalho > OBJETIVOS Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de definir a ven�lação mecânica (VM) e os seus obje�vos; iden�ficar os ciclos ven�latórios espontâneos e em VM; entender o funcionamento básico dos ven�ladores mecânicos; definir disparo e ciclagem; iden�ficar os modos ven�latórios básicos e como ajustá-los. > ESQUEMA CONCEITUAL + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 2/34 > INTRODUÇÃO A VM pode ser definida como um método de suporte ven�latório para pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica, que pode ser realizada por meio da liberação de pressão posi�va nas vias aéreas (VM por pressão posi�va) ou da aplicação de pressão nega�va na caixa torácica (VM por pressão nega�va). Embora a VM por pressão nega�va tenha sido empregada com frequência no passado, como os “pulmões de aço”, ela tem sido abandonada na prá�ca clínica habitual após a disseminação do uso da VM invasiva. Desse modo, no presente capítulo, será u�lizado o termo “VM” sempre referindo a seu uso por pressão posi�va. De forma resumida, a VM tem por obje�vo realizar, de forma ar�ficial, o trabalho respiratório que seria desenvolvido pelos músculos respiratórios para a ven�lação alveolar. Para isso, é u�lizado um ven�lador mecânico que subs�tui total ou parcialmente o trabalho muscular inspiratório e o controle neural da ven�lação, realizando a ven�lação alveolar, de modo a promover as trocas gasosas em pacientes com insuficiência respiratória. 1–5 2,5 1–5 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 3/34 A VM pode ainda ser classificada como invasiva, quando uma prótese (como tubo endotraqueal ou de traqueostomia) é introduzida diretamente nas vias aéreas do paciente, e não invasiva, quando são usados disposi�vos com o intuito de evitar a intubação orotraqueal (como máscaras nasais, máscaras faciais, capacetes ou outros disposi�vos). De qualquer forma que seja administrada, tem como obje�vo melhorar as trocas gasosas, reverter ou evitar a fadiga da musculatura ven�latória e diminuir o consumo de oxigênio associado ao trabalho ven�latório excessivo. Ademais, embora a VM seja um recurso capaz de salvar vidas, seu uso deve ser criterioso e com monitoração estrita dos parâmetros aplicados, uma vez que pode agravar ou até mesmo levar ao desenvolvimento de novas lesões pulmonares, que podem resultar de diversos mecanismos, como barotrauma, volutrauma, atelectrauma, biotrauma e ergotrauma, o que leva à piora da função pulmonar e ao agravamento da hipoxemia, podendo prolongar a VM, levar à disfunção orgânica em vários sistemas e aumentar a mortalidade. > CICLO VENTILATÓRIO EM UM PACIENTE EM VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA No processo de respiração celular, é consumido oxigênio para gerar energia, na forma de trifosfato de adenosina (ATP), e produzido gás carbônico, que necessita ser eliminado para manter o pH sanguíneo em níveis normais. Desse modo, a manutenção de níveis adequados de oxigênio no sangue arterial é essencial para que ocorra a respiração celular, assim como seja removido o gás carbônico, produzido pela respiração celular. O processo que renova os gases nos alvéolos (levando oxigênio e re�rando gás carbônico), possibilitando as trocas de oxigênio e de gás carbônico na barreira alveolocapilar, é denominado de ven�lação. A ven�lação alveolar corresponde à quan�dade de ar que entra e sai dos alvéolos durante os ciclos ven�latórios, sendo medida em litros por minuto (L/min). Para a ven�lação alveolar, é necessário que ocorram gradientes de pressão entre a mistura de gases no interior dos alvéolos e das vias aéreas proximais. Na inspiração, é necessário que esse gradiente seja superior às forças de atrito contrárias à movimentação dos gases e à soma das forças de natureza viscoelás�cas do pulmão e da caixa torácica contrárias à expansão do pulmão. Já a expiração é um processo passivo, uma vez que a soma das forças de natureza viscoelás�cas tendem a retornar para o volume pulmonar inicial de equilíbrio. A contração do diafragma, causando sua descida, determina aumento do volume da caixa torácica, auxiliado pelos músculos intercostais, que elevam as costelas e aumentam a área transversal do tórax. A Lei de Boyle afirma que, a uma temperatura 1–4 1,4–6 7–11 7–11 7–11 2–5,7–10 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 4/34 constante, a pressão de um gás varia inversamente com o volume a qual ele está sujeito. Dessa forma, a expansão do volume da caixa torácica determina redução da pressão dos gases no interior dos alvéolos. Com a pressão dos gases alveolares tornando-se inferior à pressão atmosférica das vias aéreas proximais, ocorre um gradiente de pressão, que, ao superar a resistência das vias aéreas (RVA) à entrada de ar, determina o início de fluxo de ar para o interior dos alvéolos. A expiração normal é um fenômeno que ocorre sem a necessidade de esforço muscular e decorre da soma das propriedades viscoelás�ca dos pulmões e da caixa torácica, que tendem a retornar a suas posições de equilíbrio. Com a diminuição gradual da contração até o relaxamento completo dos músculos inspiratórios, a pressão alveolar (Palv) é elevada progressivamente pela elastância do sistema respiratório, superando a pressão atmosférica e a RVA à saída de ar, ocorrendo, então, o fluxo de ar dos alvéolos para o ambiente. Ou seja, com o relaxamento dos músculos inspiratórios ao final da inspiração, ocorre o fluxo expiratório, que é passivo, e os pulmões retornam a seus volumes de repouso, ou seja, a capacidade residual funcional. A Figura 1 ilustra o ciclo ven�latório espontâneo. FIGURA 1: Ciclo ven�latório espontâneo: observa-se que, com a contração do diafragma (em rosa, pressão muscular), a Palv (em azul) torna-se nega�va, ocorrendo o fluxo inspiratório. Na expiração, há relaxamento dos músculos inspiratórios e ocorre o fluxo expiratório de forma passiva. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. > VENTILADOR MECÂNICO 2–5,7–10 2–5,7–10 + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 5/34 Os ven�ladores modernos são basicamente cons�tuídos por válvula inspiratória — controla a liberação do fluxo inspiratório; válvula expiratória — controla a liberação do fluxo expiratório; válvulas proporcionais — controle da mistura de oxigênio e ar comprimido de acordo com a fração inspirada de oxigênio (FiO ) ajustada pelo operador; sensores de pressão, fluxo e FiO — permitem coletar medidas para controle e monitoramento das variáveis; circuito de controle — unidade de processamento central (CPU) ou controle distribuído — realiza o controle das válvulasinspiratória, expiratória e proporcionais de acordo com os ajustes do operador e o monitoramento pelos sensores de pressão, fluxo e oxigênio nos diferentes modos ven�latórios; painel de controle e monitoração — permite o ajuste das variáveis ven�latórias e disponibiliza o monitoramento dessas variáveis e da mecânica ven�latória para o operador. O ven�lador mecânico, quando interposto entre o paciente e as fontes pressurizadas de oxigênio e de ar comprimido, é capaz de levar uma mistura predeterminada de ar (oxigênio e outros gases) para dentro dos pulmões de modo cíclico por meio de circuitos ven�latórios (com ramos inspiratório e expiratório) que são conectados por um Y a cânula endotraqueal, controlando a velocidade e a quan�dade de ar a ser inspirado. Alguns ven�ladores dispensam a fonte de ar comprimido, por possuírem sistemas, como turbinas ou minicompressores, que pressurizam o ar do próprio ambiente. O ven�lador mecânico é um aparelho capaz de subs�tuir, de forma ar�ficial, o trabalho respiratório que seria desenvolvido pelos músculos respiratórios para a ven�lação alveolar. De acordo com os ajustes dos parâmetros ven�latórios realizados pelo operador no painel de controles e do monitoramento pelos sensores de pressão e fluxo, a válvula inspiratória (de fluxo) e a válvula expiratória (de exalação) são acionadas. Na inspiração, a válvula inspiratória é aberta e a válvula expiratória é fechada, sendo controlada a velocidade e quan�dade de ar que será ofertado ao paciente por meio do ramo inspiratório do circuito ven�latório. Na expiração, a válvula inspiratória é fechada e a válvula expiratória abre, permi�ndo a saída de ar de forma passiva. No painel de controle, ainda é possível definir outros parâmetros, como a frequência respiratória, o tempo des�nado para inspiração e a FiO . A Figura 2 apresenta a ilustração de ven�lador mecânico conectado ao paciente. 2,4,5 2 2 2,4,5,12 5 2 5 + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 6/34 FIGURA 2: Ven�lador mecânico conectado ao paciente. CPU: unidade de processamento central; PVA: pressão nas vias aéreas; RTE: resistência do tubo endotraqueal; RVA: resistência das vias aéreas; CP: complacência do pulmão; CCT: complacência da caixa torácica. // Fonte: Adaptada de Bonassa (2016). Desse modo, durante a VM, uma mistura de gases é fornecida às vias aéreas centrais, que, em seguida, fluirá para os alvéolos na inspiração. Um sinal de terminação da inspiração (a ciclagem) faz com que o ven�lador pare de insuflar ar nas vias aéreas centrais. Então, a expiração segue passivamente, com o ar fluindo dos alvéolos de maior pressão para as vias aéreas centrais de menor pressão até que ocorra um sinal para o início de uma nova inspiração (o disparo). Desse modo, o ciclo ven�latório durante a VM pode ser dividido em fase inspiratória, mudança de fase inspiratória para expiratória (ciclagem), fase expiratória e mudança de fase expiratória para a fase inspiratória (disparo). Do ponto de vista mecânico, o ven�lador insufla os pulmões e, nesse momento, a válvula inspiratória se mantém aberta, permi�ndo que o ven�lador envie o fluxo de ar sob condições previamente ajustadas para o interior dos pulmões. Em seguida, há a mudança da fase inspiratória para a fase expiratória (ciclagem), que ocorre após ser a�ngido um critério preestabelecido, como o volume corrente inspiratório (VCinsp), o tempo inspiratório (TI), a porcentagem do fluxo inspiratório inicial ou um limite de pressão nas vias aéreas (PVA). Na fase expiratória, há o fechamento da válvula inspiratória e a abertura da expiratória, assim, há a saída de ar dos pulmões de forma passiva pelas propriedades elás�cas da caixa torácica. Por fim, há a mudança da fase expiratória para a fase 5 1–5,12,13 1–5,12,13 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 7/34 e ás�cas da ca a to ác ca. o , á a uda ça da ase e p ató a pa a a ase inspiratória (disparo), que também ocorre por critérios preestabelecidos (janela de tempo, ou variação de pressão ou de fluxo nas vias aéreas secundários ao esforço do paciente), ocorrendo, então, a abertura da válvula inspiratória e o fechamento da válvula expiratória, iniciando outro ciclo. A Figura 3 apresenta a curva fluxo x tempo, mostrando as fases do ciclo ven�latório. FIGURA 3: Curva fluxo x tempo mostrando as fases do ciclo ven�latório na VM: fase inspiratória, ciclagem (mudança de fase inspiratória para expiratória), fase expiratória e disparo (mudança de fase expiratória para a fase inspiratória). // Fonte: Adaptada de Suzumura e colaboradores (2020). A par�r dos sensores de pressão e fluxo, é possível inferir outra variável que é o volume. Com isso, podem ser apresentadas representações gráficas dessas medidas ao longo do tempo no painel de monitoração: curva fluxo em função do tempo (fluxo x tempo), curva volume em função do tempo (volume x tempo) e pressão em função do tempo (pressão x tempo) (Figura 4). 1–5,12,13 + 4 5 + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 8/34 FIGURA 4: Curva fluxo x tempo, curva volume x tempo e curva pressão x tempo no modo volume controlado. A e B: TI; B e C: tempo expiratório (TE). A janela de tempo é a duração do ciclo respiratório (TI + TE). Observa-se a curva fluxo x tempo. Com o fechamento da válvula expiratória e a abertura da válvula inspiratória, inicia-se o fluxo inspiratório (o valor posi�vo na curva indica que o fluxo é inspiratório). Com o fechamento da válvula inspiratória e a abertura da válvula expiratória, inicia-se o fluxo expiratório (o valor nega�vo na curva indica que o fluxo é expiratório). PFI: pico de fluxo inspiratório; PFE: pico de fluxo expiratório; VCinsp: volume corrente inspiratório; Vexp: volume corrente expiratório; Ppico: pressão de pico; PEEP: pressão posi�va ao final da expiração. // Fonte: Adaptada de Bonassa (2016).5 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecodi… 9/34 A janela de tempo corresponde à duração total em segundos de um ciclo ven�latório, sendo esse a soma do TI e do TE. Quando não há esforço muscular do paciente (ven�lação controlada), pode ser determinada dividindo 60 segundos pela frequência respiratória ajustada no ven�lador mecânico. Isto é, se a frequência for ajustada em 12rpm, a janela de tempo será de 5 segundos, sendo após ela iniciado um novo ciclo ven�latório. Outro parâmetro a ser observado é a relação entre o TI e o TE (relação I:E), que, em pulmões normais, pode ser ajustada em 1:2. Em pacientes com aumento de RVA, que necessitam de TE mais prolongado, essa relação deve ser ajustada em valores abaixo de 1:3. A Figura 5 ilustra a janela de tempo e a relação I:E. FIGURA 5: Janela de tempo e relação I:E. // Fonte: Adaptada de Associação de Medicina Intensiva Brasileira (2016). Outro conceito que deve ser destacado é o disparo, isto é, o parâmetro para o início de uma nova inspiração, que irá definir o modo do ciclo ven�latório. Quando não há esforço muscular, odisparo é realizado a tempo, de acordo com a frequência respiratória programada, isto é, a janela de tempo calculada pelo ven�lador mecânico. No caso de ocorrer um esforço respiratório, o disparo nos modos básicos dos ven�ladores mecânicos atuais pode ser ajustado à pressão ou ao fluxo. O disparo ajustado à pressão ocorre quando o paciente gera um esforço inspiratório que nega�ve a PVA em um nível igual ou inferior ao predeterminado pelo operador (sensibilidade ou trigger ajustado à pressão). Já, no disparo ajustado ao fluxo, o ven�lador mecânico é ajustado para iniciar um novo ciclo ven�latório quando detecta 1 1 + 14 1–5,13 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 10/34 ven�lador mecânico é ajustado para iniciar um novo ciclo ven�latório quando detecta o esforço muscular inspiratório do paciente por meio da variação de fluxo no sistema. Nesse caso, é u�lizado um fluxo inspiratório basal con�nuo (bias flow ou con�nuous flow), sendo que, quando a diferença entre o fluxo inspiratório e o fluxo expiratório a�nge o limiar de sensibilidade pré-ajustado (sensibilidade ou trigger a fluxo), é iniciada a inspiração. A Figura 6 apresenta o disparo ou trigger ajustado ao fluxo e o disparo ou trigger ajustado à pressão. FIGURA 6: Disparo ou trigger ajustado ao fluxo (em cima) e disparo ou trigger ajustado à pressão (embaixo). // Fonte: Adaptada de Bonassa (2000). Quanto maior o valor ajustado na sensibilidade, menos sensível é o ven�lador mecânico para o iniciar uma nova fase inspiratória. Os valores baixos podem levar a autodisparo (sem que o paciente tenha realizado esforço inspiratório) e os valores elevados podem determinar que o ven�lador mecânico não iden�fique esforços dos pacientes (esforços ineficazes), condições prejudiciais durante a VM. Outra caracterís�ca importante é o tempo de reposta do ven�lador mecânico (Figura 7), isto é, o tempo entre o início da queda da PVA pelo esforço do paciente e o início do fluxo inspiratório. Esse tempo é dependente da sensibilidade ajustada e do tempo que o ven�lador mecânico demora para iniciar o fluxo inspiratório após a sensibilidade ser a�ngida, sendo aceitável valores inferiores a 150 milissegundos, que é determinado pelo circuito de controle em que influem o CPU, os sensores de fluxo e pressão (dependendo do ajuste do disparo realizado pelo operador) e o tempo de resposta das válvulas u�lizadas no ven�lador em uma complexa rede de soluções de engenharia desses equipamentos. 1–5,13 + 12 1–5,13 13 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumecod… 11/34 FIGURA 7: Tempo de reposta. Período entre o início do esforço do paciente e o início do fluxo inspiratório pelo ven�lador mecânico. Observa-se que, mesmo após a�ngir o limiar de sensibilidade, ainda houve um intervalo de tempo para o ven�lador mecânico iniciar o fluxo inspiratório. // Fonte: Adaptada de Carvalho e colaboradores (2007). ATIVIDADES 1. Observe as afirma�vas sobre a VM. I. A VM é definida como método de suporte para pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica. II. A VM por pressão nega�va é u�lizada com frequência na prá�ca habitual. III. O obje�vo da VM é realizar, de forma ar�ficial, o trabalho respiratório que seria desenvolvido pelos músculos respiratórios para a ven�lação alveolar. Quais estão corretas? A) Apenas a I e a II. B) Apenas a I e a III. C) Apenas a II e a III. D) A I, a II e a III. Confira aqui a resposta 2. Com relação ao que pode ocorrer, caso a VM não seja u�lizada de forma criteriosa, marque V (verdadeiro) ou F (falso). Biotrauma + 13 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 12/34 ___ Biotrauma. ___ Disfunção orgânica. ___ Infecção pulmonar. ___ Ergotrauma. Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta. A) V — F — V — V B) F — F — V — F C) V — V — F — V D) F — V — F — F Confira aqui a resposta 3. Com relação ao conceito de respiração, assinale a alterna�va correta. A) Ato de colocar o ar para dentro dos pulmões. B) Ato de transportar o ar até os alvéolos. C) Reação química intracelular visando à obtenção de ATP. D) Reação química nas hemácias. Confira aqui a resposta 4. Com relação aos itens que cons�tuem os ven�ladores modernos, marque V (verdadeiro) ou F (falso). ___ Válvula inspiratória para controle da liberação do fluxo inspiratório. ___ Circuito de controle para coletar medidas para o monitoramento das variáveis. ___ Válvulas proporcionais para controle da mistura de oxigênio e ar comprimido de acordo com a FiO ajustada pelo operador. ___ Painel de controle e monitoração, que permite o ajuste das variáveis ven�latórias e disponibiliza o monitoramento dessas variáveis e da mecânica ven�latória para o operador. Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta. A) V — F — V — V B) F — V — V — F C) V — F — F — V D) F — V — F — F Confira aqui a resposta 5. Com relação ao conceito de janela de tempo, assinale a alterna�va correta. A) Tempo (em segundos) compreendido entre a abertura da válvula expiratória e a próxima abertura da válvula inspiratória. B) Tempo (em segundos) compreendido entre a abertura da válvula expiratória e a próxima abertura da válvula expiratória. C) Tempo (em segundos) compreendido entre a abertura da válvula 2 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 13/34 inspiratória e a próxima abertura da válvula inspiratória. D) Tempo (em segundos) compreendido entre a abertura da válvula inspiratória e a próxima abertura da válvula expiratória. Confira aqui a resposta 6. Observe as afirma�vas sobre o disparo. I. O disparo é o parâmetro para o início de uma nova inspiração, que irá definir o modo do ciclo ven�latório. II. O disparo ajustado à pressão ocorre quando o paciente gera um esforço inspiratório que nega�ve a PVA em um nível igual ou inferior ao predeterminado pelo operador. III. No disparo ajustado ao fluxo, o ven�lador mecânico é ajustado para iniciar um novo ciclo ven�latório caso não haja esforço muscular inspiratório do paciente. Quais estão corretas? A) Apenas a I e a II. B) Apenas a I e a III. C) Apenas a II e a III. D) A I, a II e a III. Confira aqui a resposta > MODOS VENTILATÓRIOS O modo ven�latório é o processo pelo qual o ven�lador mecânico disponibiliza e controla os ciclos ven�latórios. Porém, ainda é necessária uma padronização internacional quanto à nomenclatura dos modos ven�latórios, pois muitas vezes são u�lizados nomes dis�ntos para o mesmo modo ven�latório em aparelhos de diferentes marcas. De uma forma didá�ca, os ciclos ven�latórios podem ser classificados como controlados, assis�dos e espontâneos. Nos ciclos ven�latórios controlados, a fase inspiratória é totalmente determinada pelo ven�lador, o controle neural está abolido (não há drive respiratório) e não há esforço do paciente, e, assim, a frequência respiratória e os demais parâmetros da VM dependem dos ajustes realizados pelo operador. Nos ciclos ven�latórios assis�dos, há controle neural do pacientee o ven�lador atua conforme os parâmetros determinados pelo operador, auxiliando a musculatura inspiratória, que se encontra a�va. Durante a VM, costuma-se referir o ciclo ven�latório como espontâneo (embora, em 1–5,12,13 3 1–5,12,13 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 14/34 um conceito estrito, ele seja um ciclo assis�do) quando o modo ven�latório é assis�do pelo ven�lador, mas a frequência respiratória é totalmente determinada pelo controle neural (drive respiratório) do paciente, como na ven�lação por pressão de suporte (PSV) — de pressure support ven�la�on —, isto é, não há ajuste da frequência respiratória pelo ven�lador mecânico. Nos ciclos ven�latórios controlados, o disparo é a tempo, pois não há esforço inspiratório (ou ele é insuficiente para a�ngir o limiar de disparo ajustado na sensibilidade do ven�lador mecânico) e a frequência respiratória do paciente é a programada pelo operador. Já nos ciclos ven�latórios assis�dos ou espontâneos, o disparo é determinado pelo esforço do paciente de acordo com a sensibilidade ajustada no ven�lador (disparo ajustado à pressão ou ao fluxo). Os ven�ladores an�gos possuíam a opção de ajustar a ven�lação dos pacientes somente em ciclos controlados (modo controlado) ou assis�dos (modo assis�do); porém, a opção do ajuste desses modos diretamente nos ven�ladores mecânicos está em desuso. Quando se ajustava no modo controlado, mesmo que o paciente apresentasse esforço inspiratório, o aparelho não permi�a o disparo levando à assincronia, à fadiga muscular e ao risco de complicações graves. Já no modo assis�do, não havia a garan�a de uma frequência respiratória mínima, mesmo que o paciente não realizasse esforço. Este úl�mo modo era u�lizado para desmame da VM; porém, como atualmente existem métodos melhores para essa finalidade, ele foi abandonado na prá�ca clínica. Neste contexto, os ven�ladores modernos só permitem o ajuste do modo assis�do/controlado (A/C) em ven�lação volume controlada (VCV) — de volume controlled ven�la�on — ou com ven�lação pressão controlada (PCV) — de pressure controlled ven�la�on. Vale salientar que os ciclos ven�latórios controlados ou espontâneo no modo A/C não são definidos diretamente pelos ajustes do operador no ven�lador mecânico, mas, sim, pela ocorrência de esforços musculares e drive respiratório do paciente, que dependem do grau de sedação ou bloqueio neuromuscular. A exceção é quando o operador define limites muitos elevados para o disparo, mas essa condição leva à assincronia de disparo, o que não é recomendado. Sendo assim, se o paciente faz um esforço inspiratório suficiente para realizar um disparo ajustado ao fluxo ou à pressão, ocorrerá um ciclo ven�latório assis�do. Já caso não ocorra esforço muscular até que a janela de tempo programada seja completada, será iniciado um ciclo controlado (disparo a tempo). Dessa forma, caso não ocorra esforço muscular do paciente em nenhum momento, todos ciclos ven�latórios serão controlados. A janela de tempo para que ocorra um ciclo controlado é sempre reiniciada após o início da inspiração, seja em um ciclo ven�latório controlado ou assis�do. A Figura 8A e B apresenta a comparação do modo controlado versus modo A/C na curva pressão x tempo. 1–5,12,13 1–5,12,13 1–5,12,13 1–5,12,13 1–5,12,13 1–5,12,13 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 15/34 FIGURA 8: Comparação do modo controlado versus modo A/C na curva pressão x tempo. A frequência respiratória está programada para 15 respirações por minuto, e, dessa forma, a janela de tempo é de 4 segundos (60 segundos/15 respirações = 4 segundos). A) No modo controlado, todos os ciclos ven�latórios são disparados pelo tempo (ao término de cada janela de tempo de 4 segundos). A fase inspiratória é totalmente determinada pelo ven�lador e não há drive respiratório do paciente. B) No modo A/C, os ciclos ven�latórios assis�dos ocorrem quando há disparo pelo esforço muscular inspiratório do paciente (entre 2º e 3º ciclos ven�latórios e 3º e 4º ciclos ven�latórios), sendo que, no caso da figura, a sensibilidade está a pressão. Entre o 1º e 2º ciclos ven�latórios e o 4º e 5º ciclos ven�latórios, como não houve esforço inspiratório do paciente até que fosse completada a janela de tempo máxima programada (4 segundos), foi iniciado um ciclo controlado (2º e 5º ciclos ven�latórios). Nesse caso, a frequência respiratória do paciente é maior do que a programada pelo operador e a janela de tempo é variável ao considerar todos os ciclos. Caso não houvesse esforço muscular do paciente, todos ciclos seriam controlados. Observa-se a janela de tempo e o TE variável no modo A/C, sendo que a relação I:E, que seria de 1:3 no modo controlado, torna-se variável com a ocorrência de ciclos assis�dos. // Fonte: Adaptada de Bonassa (2000). / MODO ASSISTIDO/CONTROLADO COM VOLUME CONTROLADO (OU COM CICLAGEM AJUSTADA AO VOLUME) Na VCV, como o nome indica, o alvo é garan�r a oferta de um volume corrente (VC), conforme os ajustes realizados pelo operador em cada ciclo ven�latório. Dessa forma, o VC é fixo e determinado pelo operador. Os demais parâmetros ajustados são frequência respiratória, valor do fluxo inspiratório, padrão do fluxo inspiratório, pausa inspiratória, pressão posi�va ao final da expiração (PEEP), sensibilidade e FiO . + 12 2 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 16/34 A ciclagem ocorre quando é a�ngido o VC predefinido. Não há controle da PVA, que se eleva à medida que os pulmões são insuflados. A duração do TI é decorrente do VC a ser a�ngido e do valor do fluxo inspiratório estabelecido. A Figura 9 representa a VCV com fluxo constante. FIGURA 9: VCV com fluxo constante. Observa-se que o fluxo inspiratório permanece constante durante toda inspiração (curva fluxo x tempo) até ser a�ngido o VC predeterminado (curva volume x tempo), que é o critério de ciclagem, sendo, então, iniciada a expiração. Conforme os pulmões são insuflados, a PVA aumenta (curva pressão x tempo). // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. A Figura 10 ilustra a VCV (alteração do TI, conforme a variação do valor do fluxo inspiratório). + + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 17/34 FIGURA 10: VCV: alteração do TI, conforme a variação do valor do fluxo inspiratório. Na curva fluxo x tempo, observa-se que a redução do fluxo inspiratório aumentou o TI a par�r do 4º ciclo ven�latório, pois houve uma maior demora para a�ngir o VC programado (critério de ciclagem). Como a frequência respiratória permaneceu em 12 incursões por minuto, mantendo a janela de tempo de 5 segundos, houve alteração da relação I:E com redução do TE. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. A Figura 11 mostra a VCV (alteração do TI, conforme a variação do VC). + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco…18/34 FIGURA 11: VCV: alteração do TI, conforme a variação do VC. Na curva fluxo x tempo, observa-se que o aumento do VC a par�r do 3º ciclo ven�latório aumentou o TI, pois houve uma maior demora para a�ngir o VC programado (critério de ciclagem). Como a frequência respiratória permaneceu em 12 incursões por minuto, mantendo a janela de tempo de 5 segundos, houve alteração da relação I:E com redução do TE. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Em grande parte dos ven�ladores mecânicos, o padrão do fluxo inspiratório na VCV pode ser ajustado pelo operador (mais comumente, entre quadrado ou desacelerado). Sugere-se dar preferência ao padrão de fluxo desacelerado (descendente ou em rampa) durante a VM por estar associado ao menor pico de PVA e à melhor distribuição gasosa, sendo o uso do fluxo inspiratório constante (ou quadrado) preferencialmente reservado para realizar a monitoração da mecânica respiratória, em especial quando se deseja avaliar a RVA. A Figura 12 mostra os padrões de fluxo na VCV. FIGURA 12: VCV: padrões de fluxo. A maioria dos ven�ladores modernos possui a opção de ajuste da curva de fluxo para constante (ou quadrada) ou desacelerada (ou descendente). A disponibilização do ajuste da curva fluxo ascendente ou sinusoidal é menos comum. Alguns ven�ladores ainda possuem a disponibilidade de ajustar o ângulo de inclinação da rampa na curva de fluxo descendente. // Fonte: Adaptada de Carvalho e colaboradores (2007). A Figura 13 apresenta a comparação entre VCV com fluxo constante (quadrado) e desacelerado (descendente ou em rampa). 1–3 1–3 + 13 + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 19/34 FIGURA 13: Comparação entre VCV com fluxo constante (quadrado) e desacelerado (descendente ou em rampa). Observa-se que, na curva fluxo x tempo, o fluxo inspiratório é constante nos três primeiros ciclos ven�latórios. A par�r do 4º ciclo ven�latório, o fluxo inspiratório foi ajustado para desacelerado. Há queda da Ppico nas vias aéreas e um pequeno aumento no TI. O uso do fluxo desacelerado é preferido por estar associado à melhor distribuição gasosa e a menores pressões inspiratórias nas vias aéreas. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Alguns ven�ladores mecânicos possuem a opção pelo ajuste direto do TI na VCV, em vez do valor do fluxo inspiratório. Nesse caso, o pico de fluxo inspiratório (PFI) é automa�camente calculado pelo ven�lador mecânico, de modo a a�ngir o VC programado, conforme o TI ajustado pelo operador. As vantagens da VCV são o controle do VC a ser ofertado e a maior facilidade para realizar as medidas da mecânica respiratória. Não há controle direto no painel de controle das pressões nas vias aéreas durante a inspiração (Ppico, Palv e pressão distensão), e, assim, é importante ter atenção especial para a monitoração dessas variáveis. / MODO ASSISTIDO/CONTROLADO COM PRESSÃO CONTROLADA (OU COM PRESSÃO CONSTANTE E CICLAGEM AJUSTADA AO TEMPO) Na PCV, o obje�vo é manter uma PVA constante durante a inspiração. Dessa forma, a pressão inspiratória (PI) acima da PEEP programada é fixa e determinada pelo Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 20/34 pressão inspiratória (PI) acima da PEEP programada é fixa e determinada pelo operador. Os demais parâmetros ajustados são frequência respiratória; TI; PEEP; sensibilidade; FiO . Após o disparo, para a�ngir a PI que foi programada pelo operador, o ven�lador mecânico inicia um fluxo inspiratório de gás que é ajustado automa�camente à medida que os pulmões inflam de modo a manter uma PI constante durante o TI programado pelo operador. Como a Palv aumenta à medida que os pulmões são inflados e a PI necessita ser man�da constante, o fluxo inspiratório na PCV é sempre descendente. A ciclagem ocorre quando é a�ngido o TI predefinido. Não há controle do VC, que pode ser ajustado pelo operador controlando o TI e a PI. O aumento no TI somente determina aumento no VC se o fluxo inspiratório já não �ver terminado (a�ngir o valor 0) até o final do TI. Nos ciclos assis�dos, o VC e o fluxo inspiratório também variam em resposta ao esforço do paciente, pois, quanto maior o esforço muscular inspiratório, maior será o fluxo inspiratório necessário para a�ngir e manter constante a PI programada, sendo maior o VC ofertado. A Figura 14 ilustra o gráfico de PCV. FIGURA 14: PCV: observa-se que a PI permanece constante durante toda inspiração (curva pressão x tempo) até ser a�ngido o TI ajustado pelo operador, que é o critério 2 + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 21/34 de ciclagem, sendo, então, iniciada a expiração. Observa-se que o fluxo inspiratório é desacelerado (curva fluxo x tempo). // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. A Figura 15 ilustra o gráfico de PCV com alteração do VC conforme a PI. FIGURA 15: PCV: alteração do VC conforme a PI. Observa-se o aumento do VC a par�r do 3º ciclo ven�latório (curva volume x tempo) após o aumento da PI (curva pressão x tempo). // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. A Figura 16 apresenta o gráfico de PCV com alteração do VC conforme o TI. + + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 22/34 FIGURA 16: PCV: alteração do VC conforme o TI. Na curva volume x tempo, observa- se o aumento do VC a par�r do 3º ciclo ven�latório após o aumento do TI. Observa- se que o fluxo inspiratório não havia chegado a zero nos dois primeiros ciclos, o que possibilitou o aumento do VC pelo aumento do TI. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. A Figura 17 apresenta o gráfico de PCV com curva volume x tempo. + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 23/34 FIGURA 17: PCV: na curva volume x tempo, observa-se que não houve alteração do VC, mesmo com o aumento do TI a par�r do 4º ciclo ven�latório. Observa-se que o fluxo inspiratório já chegava ao valor zero nos três primeiros ciclos (curva fluxo x tempo). // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Alguns ven�ladores mecânicos possuem a opção pelo ajuste direto da relação I:E na PCV, em vez do TI. Nesse caso, o TI é automa�camente calculado pelo ven�lador mecânico, de modo a determinar a relação I:E que se deseja no modo controlado. Os ven�ladores modernos também possuem a opção de programar o tempo de subida ou ascensão da PI (rampa ou rise �me), isto é, a rapidez com que será a�ngida a PI programada. Nesse caso, a válvula inspiratória é regulada para abrir de forma mais rápida ou lenta, determinando picos de fluxos inspiratórios mais elevados ou não para a�ngir a PI desejada. Esse ajuste é importante em diferentes situações. Como exemplo, rise �me elevado pode levar à assincronia em pacientes com síndrome da angús�a respiratória aguda (SARA), pois o fluxo altoe turbilhonado em um pulmão com complacência baixa pode levar a que a PI programada seja ultrapassada. Nesse caso, o ven�lador mecânico necessita reduzir rapidamente o fluxo inspiratório com obje�vo de retornar para a PI programada, levando ao desconforto do paciente (overshoo�ng de entrada). A Figura 18 apresenta o gráfico de PCV com rampa. FIGURA 18: PCV: rampa ou rise �me. Na curva de pressão x tempo, observa-se o i t � id PI d j t d i � i + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 24/34 maior tempo para ser a�ngida a PI programada com o ajuste de um rise �me mais lento a par�r do 4º ciclo ven�latório. Houve, ainda, queda do fluxo inspiratório inicial após o ajuste para um rise �me mais lento (curva fluxo x tempo), assim como do VC por ter determinado um fluxo inspiratório médio menor. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. As vantagens da PCV são o controle da PI ofertada e o possível maior conforto de pacientes que se encontram em VM predominantemente assis�da, pois há variação do fluxo inspiratório e do VC de acordo com o esforço muscular. Outra vantagem da PCV é o seu uso em situações nas quais pode ocorrer vazamento, pois possibilita a compensação do volume de ar perdido, como nos casos de �stulas broncopleurais. Como não há controle do VC na PCV, é importante ter atenção especial para a monitoração dessa variável. / MODO VENTILAÇÃO POR PRESSÃO DE SUPORTE A PSV é considerada um modo espontâneo de VM, pois não há frequência respiratória ajustada no ven�lador mecânico de forma direta. Os ciclos ven�latórios são comumente denominados como espontâneos, embora em um conceito mais estrito sejam assis�dos pelo ven�lador. De acordo com o esforço muscular do paciente, os ciclos ven�latórios são disparados com o auxílio de uma pressão de suporte (PS) acima da PEEP durante a inspiração. Os parâmetros ajustados são PS, tempo de subida, porcentagem de ciclagem, PEEP, sensibilidade, �po de disparo (ajustado ao fluxo ou à pressão) e FiO . Semelhante à PCV, na PSV após o disparo, para a�ngir a PS que foi programada pelo operador, o ven�lador mecânico inicia um fluxo inspiratório de gás que é ajustado automa�camente à medida que os pulmões inflam, de modo a manter uma PI constante. Como a Palv aumenta à medida que os pulmões são insuflados e a PI é man�da constante, o fluxo inspiratório é descendente, sendo o critério de ciclagem determinado por uma porcentagem do valor do PFI inicial. Isso é, a ciclagem ocorre quando o fluxo diminui até um percentual predeterminado do pico fluxo inspiratório inicial. Não há controle do VC, que irá depender da PS estabelecida pelo operador e do esforço do paciente. A Figura 19 mostra o gráfico de PSV. 2 + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 25/34 FIGURA 19: PSV: observa-se que os ciclos ven�latórios são disparados pelo paciente, no caso de disparo ajustado à pressão. A PS é man�da constante durante a inspiração (curva pressão x tempo) e a ciclagem ocorre quando o fluxo inspiratório a�ngiu o valor estabelecido da porcentagem do PFI inicial (curva fluxo x volume). // Fonte: Adaptada de Carvalho e colaboradores (2007). Em alguns ven�ladores mecânicos, o valor da porcentagem do PFI para a ciclagem é fixo na PSV, em geral 25% do pico de fluxo inicial. Nos ven�ladores mecânicos modernos, esse valor pode ser programado (porcentagem de ciclagem), sendo ajustado de 5 a 80% de acordo com a condição clínica e o conforto do paciente. Também em ven�ladores mecânicos modernos, o tempo de subida (rise �me) para a�ngir a PS também pode ser ajustado de forma semelhante à PCV. A Figura 20 ilustra o ajuste da porcentagem de ciclagem na PS. 13 + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 26/34 FIGURA 20: Ajuste da porcentagem de ciclagem na PS: a ciclagem ocorre no valor estabelecido da porcentagem em relação ao PFI inicial. // Fonte: Adaptada de Isola e colaboradores (2016). A Figura 21 mostra a porcentagem de ciclagem na PSV. FIGURA 21: PSV: porcentagem de ciclagem Na curva de fluxo x tempo observa se o 2 + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 27/34 FIGURA 21: PSV: porcentagem de ciclagem. Na curva de fluxo x tempo, observa-se o maior TI com a redução da porcentagem de ciclagem de 80% para 20% (a par�r do 4º ciclo ven�latório). Observa-se o aumento do VC com a redução da porcentagem de ciclagem (curva volume x tempo). // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. A PSV é comumente u�lizada no desmame da VM, sendo a PS reduzida de forma grada�va até que o paciente seja capaz de manter uma ven�lação espontânea sem auxílio da VM, de maneira habitual quando se a�nge valores de PS entre 7 e 10cmH O. É importante notar que, como não há uma frequência respiratória mínima preestabelecida, uma atenção especial deve ser dada ao alarme de apneia e as configurações da ven�lação de backup (modo A/C em VCV ou A/C em PCV, que será iniciado caso o paciente não realize reforço muscular inspiratório após o tempo programado no alarme de apneia). Outro aspecto que deve ser lembrado é a monitoração do VC na PSV, pois ele não é predeterminado, assim como na PCV. / MODO PRESSÃO POSITIVA CONTÍNUA O modo pressão posi�va con�nua nas vias aéreas (CPAP) é um modo de ven�lação espontânea, comumente u�lizado em pacientes sob VM não invasiva, no qual o paciente ven�la espontaneamente no circuito de VM que oferece um grau de pressurização con�nua nas vias aéreas. O paciente não recebe auxílio durante a inspiração, a não ser do fluxo de ar do ven�lador mecânico para manter a CPAP. ATIVIDADES 7. Com relação aos ciclos ven�latórios, marque V (verdadeiro) ou F (falso). ___ Os ciclos ven�latórios podem ser classificados como controlados, assis�dos e espontâneos. ___ Nos ciclos ven�latórios controlados, a fase inspiratória é totalmente determinada pelo esforço do paciente. ___ Nos ciclos ven�latórios assis�dos, existe controle neural do paciente e o ven�lador atua conforme os parâmetros determinados pelo operador. ___ O ciclo ven�latório é classificado como espontâneo quando o modo ven�latório é assis�do pelo ven�lador, mas a frequência respiratória é totalmente determinada pelo controle neural do paciente. Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta. A) V — F — V — V 2 1,2 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 28/34 ) B) F — V — V — F C) V — F — F — V D) F — V — F — F Confira aqui a resposta 8. Com relação à janela de tempo no modo A/C, assinale a alterna�va correta. A) A janela de tempo é sempre fixa e depende da frequência respiratória ajustada pelo operador no ven�lador mecânico. B) A janela de tempo é variável e depende da ocorrência de esforço muscular inspiratório pelo paciente.C) A janela de tempo é variável e depende do TI. D) A janela de tempo é sempre fixa e depende do TI. Confira aqui a resposta 9. Com relação ao TI no modo A/C em VCV, assinale a alterna�va correta. A) O TI pode ser ajustado alterando o VC e a frequência respiratória. B) O TI pode ser ajustado alterando o VC e o fluxo inspiratório. C) O TI pode ser ajustado alterando a frequência respiratória e o fluxo inspiratório. D) O TI pode ser ajustado alterando o VC, o fluxo inspiratório e a frequência respiratória. Confira aqui a resposta 10. Com relação ao padrão de fluxo ao qual deve ser dada preferência no modo A/C em VCV, assinale a alterna�va correta. A) Acelerado. B) Sinusoidal. C) Desacelerado. D) Constante. Confira aqui a resposta 11. Com relação ao fluxo no modo A/C em PCV, assinale a alterna�va correta. A) O fluxo é sempre decrescente. B) O fluxo pode ser decrescente ou constante. C) O fluxo é sempre constante. D) O fluxo é ascendente. Confira aqui a resposta 12. Com relação à ciclagem no modo A/C em PCV, assinale a alterna�va correta. A) A ciclagem é ajustada ao tempo. B) A i l é j t d à ã Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 29/34 B) A ciclagem é ajustada à pressão. C) A ciclagem é ajustada ao volume. D) A ciclagem é ajustada ao fluxo. Confira aqui a resposta 13. Observe as afirma�vas sobre a PSV. I. A PSV é considerada um modo espontâneo de VM, por não haver frequência respiratória diretamente ajustada no ven�lador mecânico. II. Conforme o esforço muscular do paciente, os ciclos ven�latórios são disparados com o auxílio de uma PS acima da PEEP durante a inspiração. III. Os únicos parâmetros ajustados na PSV são a porcentagem de ciclagem e o �po de disparo. Quais estão corretas? A) Apenas a I e a II. B) Apenas a I e a III. C) Apenas a II e a III. D) A I, a II e a III. Confira aqui a resposta Um paciente encontra-se em VM com a monitoração observada conforme as curvas da Figura 22. FIGURA 22: Ven�lação de suporte do paciente // Fonte: Arquivo de imagens dos + Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 30/34 FIGURA 22: Ven�lação de suporte do paciente. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. ATIVIDADES 14. Com relação ao caso clínico apresentado, defina o modo ven�latório em que o paciente se encontra e como podem ser classificados os ciclos ven�latórios. O que ocorreria com o pico de PVA e TI caso a onda de fluxo seja alterada para quadrada ou constante? Confira aqui a resposta > CONCLUSÃO A VM é um método de suporte que realiza, de forma ar�ficial, o trabalho que seria desenvolvido pelos músculos respiratórios para promover a ven�lação alveolar. O seu obje�vo é melhorar as trocas gasosas, reverter ou evitar a fadiga da musculatura ven�latória e diminuir o consumo de oxigênio associado ao trabalho ven�latório excessivo. Para um manejo adequado dos pacientes sob VM, é importante compreender o princípio de funcionamento dos ven�ladores mecânicos e os principais modos ven�latórios com suas vantagens e limitações. Este texto foi originalmente publicado no Programa de Atualização em Medicina Intensiva (Ciclo 18 Volume 3), em maio de 2021. > ATIVIDADES: RESPOSTAS A�vidade 1 // Resposta: B Comentário: Embora a VM por pressão nega�va tenha sido empregada com frequência no passado, como os “pulmões de aço”, ela tem sido abandonada na prá�ca clínica habitual após a disseminação do uso da VM invasiva. A�vidade 2 // Resposta: C Comentário: Mesmo sendo um recurso capaz de salvar vidas, o uso da VM deve ser criterioso e com monitoração estrita dos parâmetros aplicados, uma vez que pode agravar ou até mesmo levar ao desenvolvimento de novas lesões pulmonares, que podem resultar de diversos mecanismos, como barotrauma, volutrauma, atelectrauma, biotrauma e ergotrauma, o que leva à piora da função pulmonar e ao agravamento da hipoxemia, podendo prolongar a VM, levar à disfunção orgânica em vários sistemas e aumentar a mortalidade. A�vidade 3 // Resposta: C C á i A i ã é i l l i bj � Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 31/34 Comentário: A respiração é um processo intracelular que possui por obje�vo a produção de energia, na forma de ATP. O ven�lador mecânico apenas atua como método de suporte que realiza, de forma ar�ficial, o trabalho respiratório que seria desenvolvido pelos músculos respiratórios para a ven�lação alveolar, renovando o oxigênio e removendo o gás carbônico procedente da respiração aeróbica celular. A�vidade 4 // Resposta: A Comentário: O circuito de controle realiza o controle das válvulas inspiratória, expiratória e proporcionais de acordo com os ajustes do operador e o monitoramento pelos sensores de pressão, fluxo e oxigênio nos diferentes modos ven�latórios, enquanto os sensores de pressão, fluxo e FiO permitem coletar medidas para controle e monitoramento das variáveis. A�vidade 5 // Resposta: C Comentário: A janela de tempo é a duração total em segundos de um ciclo ven�latório, sendo esse a soma do TI e do TE, isto é, o período compreendido entre a abertura da válvula inspiratória e a próxima abertura da válvula inspiratória. A�vidade 6 // Resposta: A Comentário: No disparo ajustado ao fluxo, o ven�lador mecânico é ajustado para iniciar um novo ciclo ven�latório quando detecta o esforço muscular inspiratório do paciente por meio da variação de fluxo no sistema. A�vidade 7 // Resposta: A Comentário: Nos ciclos ven�latórios controlados, a fase inspiratória é totalmente determinada pelo ven�lador, o controle neural está abolido (não há drive respiratório) e não há esforço do paciente, e, assim, a frequência respiratória e os demais parâmetros da VM dependem dos ajustes realizados pelo operador. A�vidade 8 // Resposta: B Comentário: A janela de tempo variável é caracterís�ca do modo A/C, sendo dependente da ocorrência de esforços inspiratórios do paciente que a�njam o limiar de sensibilidade para o disparo. Caso não ocorram esforços musculares inspiratórios, ocorrem ciclos controlados, isto é, o disparo é ajustado ao tempo. A�vidade 9 // Resposta: B Comentário: Na VCV, a ciclagem ocorre quando é a�ngido o VC predefinido. Ao alterar o fluxo inspiratório, esse VC será alcançado de maneira mais rápida ou lenta, alterando o TI. Da mesma forma, o aumento ou a redução do VC irá alterar o TI. A alteração na frequência respiratória altera a janela de tempo e a relação I:E, mas não o TI. A�vidade 10 // Resposta: C Comentário: Na VCV, sugere-se dar preferência ao padrão de fluxo desacelerado (descendente ou em rampa) durante a VM por estar associado a menores pressões nas vias aéreas e melhor distribuição gasosa sendo o uso do fluxo inspiratório constante 2 Aa AS https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br 06/11/2022 22:38 ABC DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abc-da-ventilacao-mecanica-modos-ventilatorios-basicos-coletaneas_vm-ciclo-1-volume-1-volumeco… 32/34 vias aéreas e melhor distribuição gasosa, sendo o uso do fluxo inspiratório constante (ou quadrado) preferencialmente reservado para realizar a monitoração da mecânica respiratória, em especial quando se deseja avaliar a RVA. A�vidade 11 // Resposta:A Comentário: Na PCV, o ven�lador mecânico inicia um fluxo inspiratório de gás que é ajustado automa�camente à medida que os pulmões inflam, de modo a manter uma PI constante durante o TI. Como a Palv aumenta à medida que os pulmões são inflados e essa pressão necessita ser man�da constante, o fluxo inspiratório é sempre descendente. A�vidade 12 // Resposta: A Comentário: Na PCV, o critério de ciclagem é o TI definido pelo operador no painel de controle. A�vidade 13 // Resposta: A Comentário: Na PSV, os parâmetros ajustados são PS, tempo de subida, porcentagem de ciclagem, PEEP, sensibilidade, �po de disparo (ajustado ao fluxo ou à pressão) e FiO . A�vidade 14 RESPOSTA: O modo ven�latório é A/C em VCV com fluxo descendente. Observa-se que, na curva de pressão x tempo, a PVA aumenta ao longo da inspiração. A ciclagem ocorre quando se a�nge o VC predefinido. Com alteração do padrão da curva de fluxo para constante ou quadrada, espera-se aumento do Ppico e redução do TI. > REFERÊNCIAS 1. Barbas CS, Ísola AM, Farias AMC, Cavalcan� AB, Gama AMC, Duarte ACM, et al. Brazilian recommenda�ons of mechanical ven�la�on 2013. Part I. Rev Bras Ter Intensiva. 2014 Apr–Jun;26(2):89–121. h�ps://doi.org/10.5935/0103- 507X.20140017 2. Isola AM, Rodrigues RG, Duarte P. Modo básicos de ven�lação mecânica invasiva. In: Associação de Medicina Intensiva Brasileira. VENUTI – Curso de Ven�lação Mecânica em UTI. São Paulo: AMIB; 2016. p. 22–42. 3. Holanda MA. Modos ven�latórios básicos. In: Holanda MA. Manual de ven�lação mecânica [internet]. Fortaleza: XLung; 2015 [acesso em 2021 abr 18]. Disponível em: h�ps://xlung.net/manual-de-vm/modos-ven�latorios-basicos. 4. Suzumura EA, Zazula AD, Moriya HT, Fais CQA, Alvarado AL, Cavalcan� AB, et al. Challenges for the development of alterna�ve low-cost ven�lators during COVID- 19 pandemic in Brazil. 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