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Prévia do material em texto

Logística
Internacional
Professora Esp. Lígia Pereira Blanco
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 
de Araújo
Coordenação Adjunta de Pesquisa
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de Extensão
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Caroline da Silva Marques
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Jéssica Eugênio Azevedo
Kauê Berto
Projeto Gráfico, Design e
Diagramação
André Dudatt
Carlos Firmino de Oliveira
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi-
tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem 
a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
 
B641L Blanco, Lígia Pereira 
 Logística internacional / Lígia Pereira Blanco. 
 Paranavaí: EduFatecie, 2022. 
 82 p. : il. Color. 
 
 
 
1. Logística empresarial. 2. Comércio internacional. 3. 
 Exportação. 4.Alfândegas. I. Centro Universitário UniFatecie. 
 II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título. 
 
 CDD : 23 ed. 658.78 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
 
 
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333
Centro, Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 2 
Rua Cândido Bertier 
Fortes, 2178, Centro, 
Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 3 
Rodovia BR - 376, KM 
102, nº 1000 - Chácara 
Jaraguá , Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
www.unifatecie.edu.br/site
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir 
do site Shutterstock.
AUTORA
Professora Lígia Pereira Blanco
Professora do EAD (ensino à distância da UniCesumar); Professora da Pós-Gra-
duação do Instituto Paranaense e UNICESUMAR. Consultora em Comércio Exterior do 
SEBRAE. Trader especialista no mercado asiático (China), tendo participado de diversas 
missões empresariais nos seguintes países: China, Canadá, Emirados Árabes, Estados 
Unidos, Índia, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
INFORMAÇÕES RELEVANTES:
● Graduada em: Administração, com ênfase em comércio exterior (1999 - 2003);
● Especialização em: Direito Internacional, negócios Internacionais, ministrante 
de cursos e palestras de importação e exportação;
● Diretora Comercial da AKON International;
● Participante da TRADING JR.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado (a) aluno (a), convidamos você a embarcar no instigante ramo da Logís-
tica Internacional. Juntos, vamos compreender a magnitude da logística global, mercados 
globais e estratégias competitivas globais. Também vamos explorar os fatores críticos de 
sucesso e principais tendências da área - passando pelos ambientes políticos e legais em 
mudanças; as opções de transportes globais e os intermediários estratégicos: companhias 
de gestão de exportação, trading companies, ship brokers.
Iniciaremos a unidade I abordando a Logística Internacional e a Gestão da Cadeia 
de Suprimentos, discorrendo sobre temas importantes como os fundamentos do comércio 
internacional e o gerenciamento da cadeia de suprimentos. 
Já na unidade II, vamos nos inteirar sobre a Infraestrutura Logística e Transporte 
Internacional compreendendo suas definições, além de perpassar pelos fundamentos e 
conceitos da infraestrutura marítima, aérea, ferroviária e rodoviária. 
Na unidade III, iremos apresentar os principais fatores estratégicos de entrada em 
mercados estrangeiros, os contratos internacionais e siscomex e conhecer conceitos de 
Incoterms e suas atribuições para as negociações internacionais. 
Por fim, a unidade IV versará sobre as condições de pagamentos internacionais, 
os tipos de documentos de exportação, importação e transporte e ademais premissas do 
processo de desembaraço alfandegário. 
Aproveito para reforçar a proposta de mergulharmos nesta jornada de conhecimen-
to a fim de nos tornarmos profissionais aptos e capacitados a cumprir requisitos não apenas 
técnicos, mas que abrangem tarefas multifatoriais que nos qualificam e agregam valores 
para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. 
Muito obrigada e bom estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos
UNIDADE II ................................................................................................... 20
Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
UNIDADE III .................................................................................................. 44
Entrada em Mercados Estrangeiros,Contratos Internacionais, 
Comércio ou Incoterms
UNIDADE IV .................................................................................................. 62
Condições de Pagamento, Documentos Comerciais, Seguro 
Internacional e Desembaraço Alfandegário
3
Plano de Estudo:
● Fundamentos do Comércio Internacional;
● Gerenciamento da cadeia de suprimentos;
● Logística Internacional.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os fundamentos do comércio internacional;
● Compreender a importância da globalização e 
do gerenciamento da cadeia de suprimentos;
● Conhecer o conceito de Logística internacional e 
sua importância para as empresas brasileiras.
UNIDADE I
Logística Internacional e Gestão da 
Cadeia de Suprimentos
Professora Esp. Lígia Pereira Blanco
 
4UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
INTRODUÇÃO
Olá Caro (a) acadêmico (a), seja bem-vindo (a) a unidade I do nosso material, onde 
falaremos sobre os principais fundamentos e marcos do comércio internacional, bem como 
sua relação com a globalização e o desenvolvimento das trocas internacionais.
Nesta unidade trataremos de uma forma breve sobre o conceito da gestão da cadeia 
de suprimentos e como o seu gerenciamento pode afetar a competitividade das empresas 
no comércio internacional. 
Além disso, discorremos também sobre a logística internacional e o escopo de 
suas atividades em relação a logística doméstica e sua importância para a expansão do 
comércio exterior.
Desta forma, esta unidade abordará sobre os temas como surgimento do comércio 
internacional e de sua evolução através do tempo, bem como os fatores que influenciam 
e moldam as mudanças ocorridas no mercado internacional. Aproveite para entender e 
conhecer melhor esses temas! 
 
5UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
1. FUNDAMENTOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL 
O comércio internacional existe a muito tempo e foi evoluindo ao longo dos anos 
até chegar ao formato que hoje conhecemos, mas seu surgimento é muito mais antigo do 
que imaginamos, isso porque, sempre houve a necessidade de troca de produtos que não 
podiam ser obtidos em determinada região. Observamos que até o século XV, não existia 
uma economia interligada, e sim grandes grupos econômicos autônomos que em muitos 
casos desconheciam a existência de outros continentes. Esse cenário só foi alterado com o 
adventodas grandes navegações em busca de novos produtos e mercados.
Assim sendo, Dias e Rodrigues (2012) nos apontam que a chamada “Revolução 
Comercial” que ocorreu entre os anos de 1500 até 1750 foi essencial neste processo, pois 
estabeleceu a economia mundial; e se tornou a base conceitual para todas as teorias de 
comércio exterior que hoje conhecemos.
Séculos depois, foi a vez de a Revolução Industrial fomentar o comércio interna-
cional no qual a Inglaterra se destacou por oferecer produtos industrializados e com menor 
preço, diante disso, Vasconcellos et al. (2017, p. 30) discorrem que:
O comércio internacional começou a ganhar as características modernas a 
partir da Revolução Industrial e tem se efetivado pela gradual abertura das 
economias nacionais às transações comerciais internacionais. São mais de 
dois séculos de crescimento do comércio internacional e, no início do século 
XXI, os países estão muito mais integrados em termos de comércio de bens 
e serviços [...]
 
6UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
É importante observar caro (a) aluno (a) que a fases de expansão do comércio in-
ternacional estavam ligadas ao atendimento das necessidades e demandas que surgiam 
em determinada região, mas que não podiam ser sanados com a produção local, o que 
impulsionava os comerciantes dessas épocas a busca por novas regiões e tecnologias 
que pudessem aumentar e melhorar o acesso a novos mercados e novos produtos, Gia-
comelli et al. (2018).
Após um desenvolvimento considerado lento, por volta do século XX, houve uma 
mudança no comércio internacional, principalmente, após a Segunda Guerra Mundial, pois 
alguns pontos foram determinantes para que as trocas internacionais voltassem a impulsio-
nar o mundo, tais como a liberação do comércio entre os países, a criação de organizações 
que facilitam as operações comerciais entre países e, principalmente, pelo consumidor 
começar a aceitar os produtos vindos de outros países (DAVID, 2016).
Para entender melhor o desenvolvimento do mercado internacional é importante 
conhecer seus principais marcos regulatórios que são: a criação do GATT – Acordo Geral 
sobre Tarifas e Comércio, logo após o fim da Segunda Guerra, o BIRD – Banco Internacional 
para Reconstrução e Desenvolvimento, o FMI – Fundo Monetário Internacional, a OCDE – 
Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento e a OMC – Organização 
Mundial do Comércio. Esses órgãos foram sendo criados de acordo com a evolução e 
abrangência das trocas internacionais.
Além disso, não podemos deixar de citar a criação dos blocos econômicos que 
foram essenciais para que o comércio internacional se desenvolvesse, estes são formados 
por grupos de países que se unem devido a necessidades específicas, por estarem próxi-
mos geograficamente ou por terem interesses em comum, e que decidem facilitar e agilizar 
a negociação entre si (GIACOMELLI et al., 2018). Alguns dos exemplos desses blocos são: 
o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a União Europeia (UE) e o Tratado Norte-Americano 
de Livre Comércio (Nafta).
É importante ressaltar que os blocos econômicos foram de extrema importância 
até os anos 2000, porém, de lá pra cá, nos encontramos em outro cenário, em que a 
globalização e a entrada da China no mercado internacional vêm ditando novas regras e 
moldando as negociações no formato que hoje conhecemos.
 
7UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
SAIBA MAIS
Ficou curioso(a) em saber mais sobre os blocos econômicos? Seu surgimento e abran-
gência? Eles foram essenciais para o fomento do comércio internacional!
Fonte: SANTOS, T. Alianças entre Países. Educa Mais Brasil. Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/blocos-economicos. Acesso em: 31 ago. 2021.
Dessa forma, é importante que saibamos quais os princípios norteiam a criação do 
comércio internacional, bem como é necessário entender suas mudanças com o passar 
dos anos. A partir de agora conheceremos os pilares do comércio internacional que conhe-
cemos hoje, seu desenvolvimento e sua importância em nossas vidas.
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/blocos-economicos
 
8UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
2. GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Com o aumento da utilização da tecnologia nos vemos em um mundo totalmente 
conectado, vivemos em um mundo globalizado no qual compartilhamos cada vez mais 
nossos gostos e costumes em tempo real, dessa forma, devemos conhecer o conceito de 
globalização que para Ludovico (2018, p. 05) é: 
[...] um processo de integração mundial que está ocorrendo há pelo menos 
três décadas nos setores de comunicação, economia, finanças e comércio. 
Por sua velocidade e amplitude, esse fenômeno já afetou indivíduos, em-
presas e nações, pois altera os fundamentos sobre os quais se organizou a 
economia mundial nos últimos 50 anos. 
Diante disso, caro (a) acadêmico (a) podemos perceber que a globalização im-
pactou e continua impactando as relações comerciais entre as nações, além disso, ela 
também interfere em nossas escolhas como consumidores, afinal, em um mundo globaliza-
do e totalmente conectado pela tecnologia, as dificuldades em se obter itens estrangeiros 
praticamente não existem mais. 
Atualmente podemos comprar itens de qualquer lugar do mundo e receber em nos-
sas casas sem grandes dificuldades e em tempo recorde, e aí, nesse momento devemos 
nos lembrar que para que todo esse processo aconteça corretamente é necessário que 
haja o correto gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Assim sendo, Bowersox et al. (2014, p. 04) nos apresenta a seguinte definição:
 
9UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
A gestão da cadeia de suprimentos consiste na colaboração entre empre-
sas para impulsionar o posicionamento estratégico e melhorar a eficiência 
operacional. Para cada empresa envolvida, o relacionamento na cadeia de 
suprimentos reflete uma opção estratégica. Uma estratégia de cadeia de 
suprimentos é um arranjo organizacional de canais e de negócios baseado 
na dependência e na colaboração. As operações da cadeia de suprimentos 
exigem processos gerenciais que atravessam as áreas funcionais dentro de 
cada empresa e conectam fornecedores, parceiros comerciais e clientes atra-
vés das fronteiras organizacionais.
Ou seja, podemos compreender que a gestão da cadeia de suprimentos envolve 
todos os processos de uma operação passando por fornecedores, transportadores, com-
pradores e armazenagem, de forma que sejam gerenciados para que agreguem valor à 
operação entregue ao cliente final. Diante disso, David (2016, p. 37-38) nos mostra que: 
A gestão da cadeia de suprimentos é um termo muito amplo; inclui funções de 
logística doméstica e internacional e envolve o gerenciamento das relações 
com fornecedores e clientes (domésticos e estrangeiros) e, em certo grau, 
das relações destes com seus próprios fornecedores e clientes.
Ao participarmos de uma economia globalizada é necessário que saibamos a real 
importância do correto gerenciamento da cadeia de suprimentos, pois, através deste geren-
ciamento podemos aumentar e melhorar as operações logísticas nacionais e internacionais. 
Assim sendo, para que a gestão da cadeia de suprimentos funcione da forma correta, é 
necessário que se faça uma logística integrada e colaborativa, a fim de alcançar a proposta 
de agregar valor às entregas de nossos clientes.
 
10UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
3. LOGÍSTICA INTERNACIONAL
Com o aumento das negociações internacionais as empresas precisaram se 
adaptar às novas necessidades criadas e tentam buscar cada vez mais eficiência em suas 
operações. Diante disso, verificamos que a logística internacional é a responsável por vá-
rios processos que ligam empresas, fornecedores e clientes no mundo todo, dessa forma, 
David (2016, p. 38) nosmostra que: 
A logística internacional atua de modo paralelo para fornecedores e clientes 
estrangeiros. Ela inclui outras atividades, como liberação na alfândega, con-
trole de documentos e embalagem internacional, porém sua principal função 
se concentra no movimento físico das mercadorias: dos fornecedores para a 
empresa e da empresa para os clientes. O fato de as mercadorias estarem 
em território internacional faz que realizar essas atividades seja uma tarefa 
muito mais complexa. 
Isso porque, existem complicações aduaneiras, culturais e geopolíticas envolvidas 
nas negociações internacionais que devem ser observadas e muito bem estruturadas para 
que haja sucesso na operação.
Por outro lado, mesmo que a gestão logística tenha algumas premissas a serem 
seguidas nas operações, é necessário entender que a logística internacional deve ser feita 
de forma diferenciada e deve levar em consideração alguns pontos como aponta David 
(2016, p. 39):
 
11UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
● Existem diferenças na infraestrutura da logística internacional, dessa for-
ma, além das diferenças culturais e linguísticas entre os países, é ne-
cessário que os gestores estejam atentos aos desafios impostos pelas 
diferentes infraestruturas dos mercados.
● Por conta da distância entre os mercados as decisões relacionadas ao 
transporte são mais complicadas; além disso, é necessário que a empre-
sa esteja atenta aos diferentes tipos de transportes e documentos para 
transportes que devem ser utilizados em cada operação. E ainda, devem 
levar em conta que o tempo de deslocamento é bem maior do que o rea-
lizado no mercado interno.
● A quantidade de intermediários envolvidos nas operações internacionais 
é bem maior, existem instituições bancárias, seguradoras e fretadores, 
além dos governos dos países envolvidos na negociação, dessa forma, 
deve-se levar em conta as diferentes exigências burocráticas de cada um 
desses participantes.
● *Para que o transporte internacional seja bem executado é necessário 
que os gestores conheçam as mais diversas opções de embalagens, a 
fim de diminuir os riscos e danos no envio das mercadorias.
● O seguro internacional acaba sendo mais complexo visto que, em deter-
minadas situações existe a possibilidade de uma dupla interpretação de 
sentido no que foi redigido no contrato.
● As dificuldades no pagamento internacional também são maiores, pois 
existe um alto risco de inadimplência bem como a flutuação do câmbio 
que deve ser observada para que a empresa não acabe tendo prejuízo.
● Por existirem diversos pontos de interseção e diversas trocas de res-
ponsabilidades, as operações no mercado internacional são bem mais 
complicadas. Além disso, existe muita burocracia nos processos de alfân-
dega. (DAVID, 2016, p. 39).
Além disso, existem alguns elementos que estão presentes nas operações interna-
cionais que Giacomelli et al. (2018, p. 21) nos mostra a seguir:
● Conhecimentos legais e tratados de comércio:
A execução de uma operação de logística internacional envolverá uma 
complexidade burocrática e legal substancialmente maior que uma ope-
ração nacional. É usual a contratação de assessorias jurídicas ou consul-
torias especialistas nos processos de importação e exportação [...]
● Estratégias de transportes intermodais: 
A operação normalmente envolverá, pelo menos, dois diferentes modais 
de transporte. Dentro do país de origem, os transportes ferroviário e ro-
doviário são os mais comuns e costumam levar os itens até os portos ou 
aeroportos, de onde serão despachados via avião ou navios para o país 
de destino [...]
● Alternativas de securitização de transporte: 
Como as distâncias são mais extensas e normalmente cruzam diversos 
países ou zonas territoriais, a contratação do seguro também é um as-
pecto pertencente ao escopo da logística internacional. A responsabilida-
de pelo seguro pode ser do comprador ou do vendedor, variando confor-
me contratação de Incoterm escolhida.
● Alternativas de armazenagem: 
O transporte internacional ou, até mesmo, um processo de produção com 
etapas em diferentes países. (GIACOMELLI et al., 2018, p. 21).
Caro (a) acadêmico (a) é necessário compreender as premissas da logística in-
ternacional e as diferenças em relação a logística doméstica, além disso, é importante 
compreender que a logística internacional está totalmente relacionada ao comércio exterior 
brasileiro e é responsável pela viabilidade das operações do comércio internacional.
Dessa forma, podemos entender que o desenvolvimento dos modais e das in-
fraestruturas logísticas são de suma importância para que as empresas brasileiras possam 
ganhar competitividade no mercado internacional.
 
12UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
REFLITA
Como funciona a Logística Internacional nas empresas
A logística internacional é importante para reduzir os custos, o tempo e o risco da mo-
vimentação dos produtos nas estradas e fronteiras. Essa atividade envolve não apenas 
o transporte, mas a emissão de notas fiscais, organização interna da empresa e gestão 
de estoque. Nas empresas, a logística internacional trata das questões internas de uma 
empresa, tendo como preocupação a entrega, recebimento e distribuição de produtos 
ligados à importação e exportação.
Neste contexto internacional, as demandas são mais complexas por conta de distâncias 
geográficas maiores, idiomas e culturas diferentes e frequente uso de transporte multi-
modal. Neste âmbito, é ainda mais necessário fornecer informações precisas para par-
ceiros e clientes. Assim, os investimentos em tecnologia da informação são capazes de 
proporcionar precisão e qualidade de informação, elevando o nível de serviço logístico.
Fonte: COMO funciona a Logística Internacional nas empresas. EDUCA Mais Brasil. Disponível em: 
https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/logistica/noticias/como-funciona-a-logistica-in-
ternacional-nas-empresas. Acesso em: 19 maio. 2022.
https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/logistica/noticias/como-funciona-a-logistica-
https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/logistica/noticias/como-funciona-a-logistica-
 
13UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) acadêmico(a) chegamos ao fim da nossa primeira unidade e nela pudemos 
conhecer de forma breve o histórico e a evolução do comércio internacional. Compreende-
mos melhor como as trocas internacionais surgiram e como evoluíram ao formato que hoje 
conhecemos. 
Também tivemos a oportunidade de entender melhor o conceito de globalização e 
como ele afeta a nossa sociedade e nossas escolhas. Além disso, apresentamos o conceito 
da gestão da cadeia de suprimentos e como seu gerenciamento pode afetar as operações 
das empresas no mercado internacional.
Por fim, pudemos entender melhor o conceito de Logística Internacional, suas par-
ticularidades e diferenças em relação à logística doméstica. Espero que tenha aberto sua 
visão em relação a este tema e que esses tópicos fiquem cada vez mais claros, para que 
possam ser utilizados da melhor forma em sua jornada acadêmica.
Até mais.
 
14UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
LEITURA COMPLEMENTAR 
Quais são os maiores importadores do Brasil?
Uma das principais operações que influenciam diretamente a economia de um país, 
são as parcerias dos países que compram nossos produtos, eles são fundamentais na nossa 
economia. Entender a dinâmica das importações e exportações é essencial para análise do 
mercado e tomada de decisões. Neste artigo, iremos apresentar os maiores importadores do 
Brasil, os principais parceiros que compram nossos produtos, sejam manufaturados ou agro-
pecuários. A pretensão para os próximos anos é um elevado crescimento de nosso mercado 
externo. Por esta razão, devemos conhecer os principais importadores de nossos produtos.
O governotem investido consideravelmente em políticas e incentivos para impul-
sionar a nossa representatividade na concorrência. Foi lançado o Novo Processo de Expor-
tação levando agilidade nos processos quanto às negociações internacionais. Confira mais 
informações no texto abaixo.
 
Maiores importadores do Brasil
As exportações de 2019 foram de US$ 225.383,5, uma queda de 5,8% comparado 
a 2018. Já as importações foram de US$ 177.347,9, uma queda de 2,1% do ano anterior. 
Mesmo assim, tivemos um superávit de US$ 48.035,55.
As variações no mercado são influenciadas diretamente por ações políticas e eco-
nômicas, não só do Brasil, mas de todo o mundo. Como exemplo, em 2019 ocorreu uma 
manifestação em países Europeus para boicote de produtos brasileiros. A motivação foi 
dada por conta das queimadas na Amazônia, fato que gerou mobilização global. Mesmo 
assim, a Europa tem quase 9% de participação em nossas vendas.
Profissionais voltados para o comércio exterior, precisam ter em mente os prin-
cipais mercados do país. Ou seja, os maiores importadores do Brasil para focar o seu 
trabalho no desenvolvimento de negociações. Uma forma de identificar se a empresa 
está no caminho certo.
De acordo com informações do Comexvis, os principais parceiros do Brasil no ano 
de 2019 são:
 
15UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
IMPORTADOR VALOR FOB Participação
China US$ 63,36 Bilhões 28,1%
Estados Unidos US$ 29,72 Bilhões 13,2%
Países Baixos US$ 10,13 Bilhões 4,49%
Argentina US$ 9,79 Bilhões 4,34%
Japão US$ 5,43 Bilhões 2,41%
Chile US$ 5,16 Bilhões 2,29%
México US$ 4,9 Bilhões 2,17%
Alemanha US$ 4,73 Bilhões 2,09%
Espanha US$ 4,04 Bilhões 1,79%
Coreia do Sul US$ 3,45 Bilhões 1,53%
Os principais mercados de exportação do Brasil tiveram no ano de 2019 um bom 
desempenho, apesar da queda. China, Estados Unidos e União Europeia ainda perma-
necem como os maiores importadores do Brasil. E apesar da crise, a Argentina também 
continua sendo nosso principal parceiro da América Latina. 
Acordos Internacionais
As previsões favoráveis para a exportação brasileira são também um reflexo quanto 
às parcerias comerciais realizadas pelo país. Uma relação mútua e estratégica entre dois 
países com o objetivo de beneficiar ambos. 
Os acordos internacionais possuem como meta o crescimento do fluxo comercial. 
Podendo ser promovido por facilitações das operações, tanto das importações como das 
exportações. Como também a diminuição das tarifas quanto aos processos.
Possuir um bom relacionamento com os países auxilia na possibilidade de ampliar 
os diferentes mercados. Assim como, poder participar de negociações e redução de tributos. 
Ações que dependem de um plano de governo com foco no incentivo do comércio exterior. 
Atualmente, o Brasil possui acordos que garantem isenções tarifárias e aumento da 
competitividade. Sendo algum eles:
Preferência Tarifária Regional entre países da ALADI (PTR-04);
● Brasil – Uruguai (ACE-02);
● Brasil – Argentina (ACE-14);
● Mercosul (ACE-18);
● Mercosul – Chile (ACE-35);
● Brasil – México (ACE-53);
● Mercosul – México (ACE-54);
● Automotivo Mercosul – México (ACE-55);
● Mercosul / Índia;
● Mercosul / Israel;
● Mercosul / SACU;
● Mercosul / Egito.
 
16UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
O que os principais países mais importam?
Entendendo que todos os países precisam um dos outros para suprir as suas ne-
cessidades, as parcerias comerciais são realizadas. O Brasil possui uma boa reputação no 
mercado externo, com grande destaque para a soja, minério de ferro e carne.
China
A China é o principal importador de produtos brasileiros. Por esta razão, qualquer 
instabilidade que influencie a China reflete automaticamente em nossa exportação. Como 
por exemplo, o Governo já anunciou que o novo coronavírus pode desfavorecer a exporta-
ção nesse início de 2020.
Os principais produtos importados pela China são: soja, minérios de ferro e óleos 
brutos de petróleo. Eles ainda importam carros e carnes de aves.
Estados Unidos
Os Estados Unidos é um de nossos maiores parceiros comerciais, sendo o segundo 
maior importador. Desta forma, a sua colocação política e as movimentações econômicas 
refletem não só em nossa balança comercial, mas em todo o mundo. Exemplo recente temos 
da guerra entre Estados Unidos e China, influenciando negativamente todo o mercado externo.
Entre os principais produtos importados pelos Estados Unidos há: aviões, semima-
nufaturados de aço ou ferro e óleos brutos de petróleo.
Países Baixos
Este é o nosso primeiro representante da Europa, estando presente com quase 
9% na participação de nossa exportação. Ocupam, atualmente, a 8ª maior economia de 
exportação no mundo.
Dentre os produtos importados há: tubos flexíveis de ferro ou aço, farelo e resíduos 
de extração de soja e minério de ferro.
Argentina
A Argentina é nosso principal parceiro da América Latina, apesar da crise, sus-
tentaram acordos com grande representatividade. Mobilizando a sua participação como 
parceira comercial do Brasil.
Os principais produtos que a Argentina importa são: veículos de cargas, automóveis 
e peças para veículos (carros e tratores).
 
17UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
Japão
As parcerias comerciais entre Japão e Brasil tem promovido um favorecimento para 
a importação de nossos produtos. Em 2019, o país superou os Emirados Árabes e Ará-
bia Saudita passando para o segundo maior importador de carne de frango. Uma grande 
representatividade para nosso mercado. Além da carne de frango, os principais produtos 
importados são milho e minério de ferro.
Chile
Outro importante importador da América Latina é o Chile. O acordo comercial firma-
do entre os países possui o objetivo de impulsionar investimentos. Além de promover uma 
proximidade do país junto ao Mercosul. Nos últimos anos, o Brasil foi o principal parceiro 
comercial do Chile. 
Entre os principais produtos brasileiros importados foram: automóveis, carne bovina 
e óleos brutos de petróleo.
México
Em 2019, tivemos a retomada do livre comércio de veículos entre os países. Uma 
ação que favorece o governo brasileiro a ampliar o acordo para outros setores. Uma parceria 
que tem aumentado muito a representatividade, podendo ser um ótimo mercado para o Brasil.
Os principais importados são automóveis, semimanufaturados de ferro ou aço e 
motores de veículos.
Alemanha
Entre os países da América Latina, o Brasil é o principal parceiro comercial da 
Alemanha. Representando a União Europeia, é um dos maiores importadores do Brasil. Os 
dois países possuem uma parceria estratégica com estreita cooperação econômica. 
Entre os principais produtos importados pela Alemanha há: minério de cobre, farelo 
e resíduos de extração de soja e café. 
Espanha
A Espanha defende junto ao Brasil um acordo de livre comércio entre o Mercosul 
e a União Europeia. Essa medida favorece estrategicamente o favorecimento do Brasil no 
comércio exterior. A Espanha importa do Brasil soja, milho e óleos brutos de petróleo.
 
18UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
Coréia do Sul
A Coréia do Sul tornou-se recentemente o terceiro maior país importador de produ-
tos brasileiros da Ásia. O mercado está em expansão e há fortes estudos para ampliação 
das relações comerciais entre os países.
Os principais produtos brasileiros importados são: minérios, soja, milho e algodão.
Conclusão
Conhecer os maiores importadores do Brasil e seus principais mercados é uma for-
ma de entender o campo de atuação. O acompanhamento das variáveis e das colocações 
mensais e anuais devem ser rotina para os profissionais de comércio exterior.
Fonte: TATAGIBA, M. V. F. Quais são os maiores importadores do Brasil. Abracomex. 
Disponível em: https://www.abracomex.org/quais-sao-os-maiores-importadores-do-brasil. 
Acesso em: 20 jun. 2021.
https://www.abracomex.org/quais-sao-os-maiores-importadores-do-brasil19UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Logística internacional: Gestão de operações de comércio 
internacional
Autor: Pierre David.
Editora: Cengage Learning.
Sinopse: Este livro é indicado a usuários de serviços de logística 
internacional. Ele aborda todos os conceitos importantes para 
os gestores que estão exportando ou importando mercadorias 
ativamente, ou que estão envolvidos em operações de comércio 
internacional. O livro é acessível ao leitor: os conceitos são retrata-
dos com clareza e precisão e o vocabulário é exato, o que o torna 
uma leitura fácil para todos. Nele, serão abordadas as seguintes 
temáticas: comércio internacional, gestão da cadeia internacional 
de suprimentos, infraestrutura logística internacional, métodos 
de entrada em mercados estrangeiros, contratos internacionais, 
termos de comércio ou termos Incoterms®, condições de paga-
mento, moeda de pagamento (gestão de riscos das transações), 
documentos comerciais internacionais, transporte marítimo inter-
nacional, transporte aéreo internacional, transporte internacional 
terrestre e multimodal, embalagem para exportação, segurança 
logística internacional, desembaraço aduaneiro e logística interna-
cional como vantagem competitiva.
FILME / VÍDEO
Título: A Dama de Ferro (The Iron Lady)
Ano: 2012
Sinopse: Antes de se posicionar e adquirir o status de verdadeira 
dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico, Margaret 
Thatcher (Meryl Streep) teve que enfrentar vários preconceitos 
na função de primeira-ministra do Reino Unido em um mundo 
até então dominado por homens. Durante a recessão econômica 
causada pela crise do petróleo no fim da década de 70, a líder 
política tomou medidas impopulares, visando a recuperação do 
país. Seu grande teste, entretanto, foi quando o Reino Unido en-
trou em conflito com a Argentina na conhecida e polêmica Guerra 
das Malvinas. 
20
Plano de Estudo:
● Infraestrutura logística internacional;
● Transporte marítimo internacional;
● Transporte aéreo internacional;
● Transporte internacional terrestre e multimodal.
Objetivos da Aprendizagem:
● Apresentar as definições da infraestrutura da logística internacional;
● Compreender a importância das infraestruturas de transporte internacionais; 
● Conceituar e contextualizar os fundamentos dos principais 
modais de transporte internacionais.
UNIDADE II
Infraestrutura Logística e 
Transporte Internacional
Professora Esp. Lígia Pereira Blanco
 
21UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 21UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
INTRODUÇÃO
Olá Caro (a) acadêmico (a), seja bem-vindo (a) a unidade II, cujo poderemos conhe-
cer os principais conceitos e fundamentos relacionados a infraestrutura logística internacional 
e seus elementos que são essenciais para que o comércio internacional seja realizado.
Também teremos a oportunidade de entender melhor como se dá o funcionamento 
da infraestrutura marítima, aérea, ferroviária e rodoviária internacional e quais são os prin-
cipais pontos de atenção relacionados a essas estruturas e que podem determinar como o 
transporte de determinada mercadoria será realizado.
Nesta unidade, ainda discorremos sobre os modais de transporte mais utilizados 
na logística internacional e sobre os fundamentos e características de cada um deles, que 
são essenciais para que as empresas que atuam no comércio internacional possam realizar 
suas operações.
Além disso, ainda falaremos sobre os conceitos de Multimodalidade e Intermodali-
dade e sua importância para as empresas que atuam no cenário internacional.
Você poderá se aprofundar nesses temas que são de suma importância na logísti-
ca internacional, então aproveite cada um dos assuntos apresentados para ampliar o seu 
conhecimento sobre esse vasto campo de estudo.
 
22UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 22UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
1. INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA INTERNACIONAL 
Para que as operações do comércio internacional sejam realizadas e sejam van-
tajosas para os envolvidos é necessário que a infraestrutura logística internacional esteja 
funcionando da melhor maneira possível. Diante disso, é de suma importância que saiba-
mos o conceito de infraestrutura que David (2016, p. 49) nos apresenta sendo: 
No campo da logística, a definição pode ser muito ampla. Infraestrutura é um 
termo coletivo que se refere a todos os elementos disponíveis (de proprieda-
de pública ou privada) para facilitar o transporte, as comunicações e as trocas 
comerciais. Portanto, inclui não apenas o transporte e as comunicações, mas 
também a existência e qualidade dos recursos públicos, serviços bancários 
e canais de distribuição de varejo. Faz sentido acrescentar a essa lista a 
presença e qualidade do sistema judiciário, do sistema de proteção à proprie-
dade intelectual e a presença de padrões.
É necessário ressaltar que os gestores de logística internacional devem estar aten-
tos ao conjunto de elementos que forma a infraestrutura internacional e sempre levar em 
consideração que os desafios encontrados no mercado interno não são os mesmos que o 
do mercado internacional, existem diferenças nas estruturas de outros países que devem 
ser consideradas e contabilizadas antes de se fechar uma negociação. Dessa forma, David 
(2016, p. 49) destaca que:
A maioria dos desafios tende a se concentrar em pequenas áreas geográficas 
e, na maioria dos casos, é limitada a um único local: um porto específico que 
não tem espaço suficiente em câmara fria ou que não tem gruas de tamanho 
adequado; demora na liberação das mercadorias do porto para o restante 
do país; uma rodovia congestionada, um determinado túnel recentemente 
interditado ou uma ferrovia que tem escassez de vagões adequados. Esses 
desafios exigem que o gestor envolvido na logística internacional reconheça 
a possibilidade de ocorrerem sérios problemas.
 
23UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 23UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
Diante disso, podemos destacar que as empresas que atuam ou que pretendem 
atuar no mercado internacional devem estar muito atentas ao cenário da infraestrutura, 
principalmente a infraestrutura de transportes que é a que mais afeta as operações de 
logística internacional, dessa forma, a seguir conheceremos melhor os principais partici-
pantes desse cenário.
1.1 Infraestrutura portuária
Ao falarmos da infraestrutura portuária devemos levar em conta diversos pontos 
que em grande parte estão conectados, como a capacidade de receber navios de cada 
porto, os tipos de navios e os tipos de cargas que podem transitar em cada navio/porto. 
Assim sendo, é necessário verificarmos a profundidade da água nos portos que 
pretende-se atuar, esta deve ser na quantidade suficiente para acomodar o calado dos 
navios que lá chegam. Por conta, dos navios mais modernos e cada vez maiores, muitos 
portos tiveram que se adaptar e realizar procedimentos de dragagem, para que navios com 
calado acima de 40 pés (13,5 metros) pudessem atracar. É importante ressaltar que a dra-
gagem de portos é uma operação muito cara, mas que sem esse procedimento os portos 
acabam ficando limitados e perdendo espaço no mercado internacional, David (2016). 
Diante disso, David (2016, p. 52) nos mostra que:
[...] fatores (profundidade de canais e berços, além de passagem sob pontes) 
deverão afetar o modo como os portos serão usados no futuro. Há grande 
probabilidade de que alguns portos não sejam capazes de fazer os ajustes 
necessários em sua infraestrutura para acomodar navios maiores e de que 
seja preciso criar grandes terminais portuários, de onde partirão e nos quais 
atracarão os meganavios que carregam contêineres. Os portos menores 
serviriam aos navios menores, “de abastecimento”, que não exigiriam deles 
maior capacidade.
Outros pontosde atenção quando falamos em infraestrutura portuária para David 
(2016) são:
● Falta de capacidade das gruas no carregamento/descarregamento dos navios 
- Para os transportadores trabalharem com cargas não conteinerizadas, a capacidade das 
gruas é um fator essencial para a decisão do porto pelo qual uma carga específica deverá 
ser despachada.
● O gerenciamento dos portos pode ser algo muito complicado, a legisla-
ção trabalhista pode ser de tal complexidade que acaba por minar a eficiência dos 
portos, a ponto de torná-los cada vez menos competitivos.
● É de suma importância saber o tamanho do espaço para armazenagem do porto 
para em que se enviará a mercadoria, pois muitas vezes é necessário que as mercadorias 
fiquem em algum tipo de armazém, e o ideal é que sejam bem acondicionadas e minima-
mente movimentadas.
 
24UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 24UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
● É necessário saber como é o restante da infraestrutura de transportes do país, 
como ferrovias e rodovias. Em certos casos, as estradas de acesso aos terminais portuários 
são tão congestionadas que o transporte da carga pode sofrer atrasos consideráveis.
● Outro ponto importante é a capacidade portuária, pois sabemos que a maioria 
dos portos já opera em seu limite, não sendo possível expandir as operações devido muitas 
vezes a localização do porto que é limitada por cidades e rios, por exemplo.
● Além dos pontos apresentados acima é necessário estar atento a manutenção 
adequada de canais e outras vias marítimas pois o transporte marítimo depende muito 
disso para que seja realizado.
Enfim, caro(a) acadêmico(a) existem diversos pontos relacionados à infraestru-
tura portuária e que devem ser atentamente observados antes de qualquer negociação 
internacional.
SAIBA MAIS
Você já ouviu falar sobre o Canal de Suez?
Ele permitiu que as viagens marítimas entre a Europa e Ásia fossem reduzidas em apro-
ximadamente 7.000 quilômetros, uma vez que contornar o continente africano deixou de 
ser obrigatório para a efetivação do comércio entre os dois continentes.
Fonte: MOTA, H. Canal de Suez. Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/canal-suez.htm. Acesso em: 31 ago. 2021.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/canal-suez.htm
 
25UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 25UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
1.2 Infraestrutura aeroportuária
O transporte aéreo também é muito importante para o comércio internacional, por 
isso, sua infraestrutura precisa ser bem desenvolvida para que as operações sejam van-
tajosas. Nesta infraestrutura não existem tantos fatores críticos em relação a sua gestão, 
porém eles também podem ser limitantes nas operações. Dessa forma, David (2016, p. 61) 
discorre que:
As pistas de um aeroporto determinam o tipo de aeronave que pode operar 
nele. A extensão das pistas é particularmente relevante, já que, no geral, de-
fine se o aeroporto pode operar voos diretos para destinos remotos. Muitos 
aeroportos em todo o mundo não podem acomodar grandes jatos do tipo 
jumbo, que servem rotas internacionais, porque as pistas foram projetadas, 
em sua maioria, para aeronaves menores. Com o crescimento das cidades 
em torno dos aeroportos, estes ficaram cercados, impossibilitados de ampliar 
suas pistas. Várias cidades tiveram de construir aeroportos longe do centro, 
a fim de criar uma estrutura capaz de receber voos internacionais.
Alguns dos principais pontos de atenção relacionados a infraestrutura aeroportuária 
para David (2016) são:
● Número de pistas o que determina a capacidade do aeroporto - a maioria dos 
aeroportos do mundo tem mais de uma pista, mas existem locais que não comportam 
uma ampliação e isso prejudica o transporte aéreo internacional, visto que terminais de 
pista única aumentam a possibilidade de atrasos, pois qualquer pequeno incidente ou mau 
funcionamento paralisa todo o aeroporto.
● Outro ponto de atenção está relacionado ao horário de operação dos aeropor-
tos. Como a maioria deles fica próximo às grandes cidades, seus horários de operação 
geralmente são limitados por normas quanto a ruído, e eles só operam no período diurno. 
Entretanto, como os aviões de carga costumam voar à noite, começaram a surgir aeropor-
tos especializados em carga, localizados fora das grandes cidades e que operam 24 horas 
por dia, sete dias por semana.
● A questão da armazenagem também é muito importante, pois as mercadorias 
devem ficar protegidas enquanto estiverem em trânsito, não devem ser expostas a con-
dições climáticas. Isso porque, erroneamente, a carga aérea, em geral, não é tão bem 
embalada quanto a carga destinada ao transporte marítimo. O problema é ainda mais sério 
no que diz respeito a armazéns refrigerados, que podem ser bastante escassos.
 
26UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 26UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
1.3 Infraestrutura ferroviária
A infraestrutura ferroviária é de suma importância e na maioria dos países de-
senvolvidos seu desenvolvimento acompanhou o crescimento do país, pois o transporte 
ferroviário oferece diversos benefícios, porém existem problemas relacionados ao tamanho 
das bitolas e que ainda hoje trazem dificuldades nesta modalidade.
No Brasil, como sabemos historicamente, não houve o investimento necessário 
para que as ferrovias se desenvolvessem e explorassem todo seu potencial, David (2016, 
p. 64) aponta que:
No Brasil, o custo das locomotivas é substancialmente mais alto, já que va-
gões e locomotivas, independentemente do fato de serem comprados novos 
ou usados, precisam ser adaptados para a bitola não convencional, e os trens 
precisam trafegar em menor velocidade porque os vagões são muito mais 
largos do que o desenho dos trilhos permite, por isso são menos estáveis.
Podemos observar que grande parte dos países alterou sua infraestrutura ferroviá-
ria à medida que sua economia crescia. Porém, alguns tiveram um crescimento econômico 
muito mais rápido, e a infraestrutura não conseguiu acompanhar. Como por exemplo a 
China, no qual a procura por ferrovias é muito maior que a oferta desta modalidade. Neste 
intuito, o governo chinês investiu bilhões para desenvolver sua infraestrutura ferroviária, 
incluindo uma vasta rede de linhas ferroviárias de alta velocidade, e para ampliar sua rede 
de estradas. (DAVID, 2016).
De modo geral, com o passar dos anos, enquanto houve avanços em estradas e 
caminhões, as ferrovias de muitos países perderam, pouco a pouco, seu foco no transporte 
de mercadorias e passaram a desenvolver o transporte de passageiros em alta velocidade. 
Isso ocorreu fortemente na Europa, cuja maior parte das mercadorias é transportada por 
outros meios de transportes, porém o transporte interurbano de pessoas por trens é muito 
utilizado. David (2016).
1.4 Infraestrutura rodoviária
Conhecemos as principais infraestruturas utilizadas no transporte internacional, 
porém não menos importante é a infraestrutura rodoviária, pois ela é muito utilizada no 
último trecho da viagem, seja do porto, aeroporto ou terminal ferroviário até o cliente final. 
Essa parte do transporte é conhecida como a “última milha”, segundo David (2016).
A infraestrutura rodoviária é grandemente utilizada em quase todos os países do 
mundo, e os principais pontos que devem ser observados estão relacionados a qualidade 
e a manutenção da rede, o congestionamento, assim como a existência de ligações de alta 
velocidade entre as principais áreas metropolitanas. A preocupação, portanto, não é de 
densidade, mas de acessibilidade.
 
27UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 27UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
Diante disso David (2016, p. 68-69), destaca que: 
Para diminuir os congestionamentos nas cidades, algunspaíses construíram 
uma rede de conexões de alta velocidade que evitam as pequenas cidades 
e ligam as grandes umas às outras. Essas autoestradas de acesso limitado 
tornam bem mais ágil o transporte de mercadorias entre as cidades. Apesar 
disso, estão sujeitas a diversas normas e regulamentos, alguns dos quais 
limitam o porte dos caminhões que podem trafegar por essas vias e a veloci-
dade de trânsito. As normas variam de um país para outro, a coordenação do 
transporte internacional de mercadorias por caminhão pode ser um grande 
desafio. Além disso, em muitos países o acesso às autoestradas de alta ve-
locidade é limitado pela cobrança do pedágio, que torna essas estradas uma 
alternativa dispendiosa.
Os pontos de atenção relacionados a infraestrutura rodoviária estão ligados à 
estruturas de engenharia, pois em grande parte dos casos foi necessário a realização de 
obras que possibilitaram a construção das rodovias, por exemplo, se o país é montanhoso, 
as vias expressas precisam ter pontes e túneis suficientes para “eliminar” os obstáculos 
naturais, conforme diz David (2016).
Outro ponto importante mencionado pelo autor David (2016) é a infraestrutura de 
armazenagem, pois muito frequentemente, a carga fica parada, esperando pelo próximo 
meio de transporte disponível. Dessa forma, é fundamental que o fretador tenha informa-
ções sobre a infraestrutura de armazenagem dos locais por onde a carga deverá passar. As 
questões que giram em torno da infraestrutura de armazenagem dizem respeito à proteção 
das mercadorias quando estão em espera, durante o trânsito. 
Conhecendo melhor os elementos que compõem a infraestrutura de transportes, 
vamos poder conhecer melhor os principais modais de transporte utilizados no comércio 
internacional.
 
28UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 28UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
2. TRANSPORTE MARÍTIMO INTERNACIONAL
O transporte marítimo foi fundamental para o desenvolvimento do comércio inter-
nacional e ainda é o responsável pela maior quantidade de itens movimentados na logística 
internacional, assim sendo, David (2016, p. 271), destaca que:
A indústria de transporte marítimo desempenha um papel fundamental na 
realização do comércio mundial. Há mais de 50 mil navios mercantes que 
operam no mundo, registrados em mais de 150 países e operados por mais 
de um milhão de trabalhadores marítimos de praticamente todas as nacio-
nalidades. As operações dos navios mercantes geram uma receita estimada 
anual de mais de US$ 380 bilhões em mercadorias na economia global e 
transportam mais de 7,7 bilhões de toneladas de cargas.
Com o passar dos anos, os navios foram sendo adaptados e melhorados, atualmente 
vemos diversos navios especiais que contemplam uma grande variedade de mercadorias 
e produtos. Além de navios para o transporte ocasional de carga líquida e sólida a granel, 
existem serviços regulares de navios para carga geral, Ludovico (2018).
Diante disso, Keedi (2011) considera que as embarcações podem ser divididas em 
navios de carga geral, especializados, multipropósitos e porta-containers. Vejamos a seguir 
os principais tipos de navios:
 ■ Navio Carga Geral (General Cargo Ship - Multipurpose): é o navio capaz de 
transportar grande variedade e tipos de cargas sólidas embaladas e carga solta a granel, 
como: fertilizantes e soja a granel, açúcar ensacado etc.
 
29UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 29UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
FIGURA 1 - NAVIO CARGA GERAL
 ■ Navio ro-ro (roll-on roll-off) foram criados para acomodar carga autopropulsiona-
da, como automóveis ou caminhões, ou carga que pode ser transportada sobre rodas para 
dentro de um navio, como vagões ferroviários.
FIGURA 2 - NAVIO ROLL-ON ROLL-OFF
Fonte: OMDN. Tipos de Navios: conheça o Roll on-Roll off (Ro-Ro). s/d. Disponível em:
 https://www.omdn.com.br/tipos-de-navios-conheca-o-roll-on-roll-off-ro-ro/. Acesso em: 19 fev. 2022.
https://www.omdn.com.br/tipos-de-navios-conheca-o-roll-on-roll-off-ro-ro/
 
30UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 30UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
 ■ Navio Graneleiro (Bulk Carrier): adequado para o transporte de carga sólida a 
granel, como as commodities: soja, milho, trigo, cevada, minérios.
FIGURA 3 - NAVIO GRANELEIRO 
 ■ Navio Porta-Container (Full Container Ship): possuem posições específicas 
para a acomodação do contêiner, encaixados nos slots e seções (bay). Não é exagero 
considerar que são os mais modernos utilizados atualmente, pois por meio do contêiner 
podem transportar quase todos os tipos de cargas dos demais navios, limitando-se apenas 
às cargas com dimensões excedentes ao tamanho do contêiner. 
 
31UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 31UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
FIGURA 4 - NAVIO PORTA-CONTAINER 
■ Navio Tanque (Tanker): especializado para o transporte de granéis líquidos, por 
exemplo: petróleo, óleos minerais e vegetais, produtos químicos etc. 
FIGURA 5 - NAVIO TANQUE
Fonte: YOUTUBE. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Kdk79N2gJ2w. Acesso em: 18 fefv. 2022.
Dentre suas principais vantagens, Giacomelli et al. (2018, p. 55) destacam: “os na-
vios possuem uma grande adaptabilidade de carga, levando grãos, alimentos, eletrônicos 
e diversos outros tipos, gerando grandes economias de escala, o que permite drásticas 
reduções de custo”. Por outro lado, nem sempre é possível utilizar esse tipo de transporte 
devido a restrições, como a falta de acesso a determinados países pelo mar e, também, 
pela falta de uma condição portuária apropriada para o recebimento de navios, ou, ainda, 
por questões relacionadas à demora dos processos realizados nos porto, o que faz com 
que as empresas utilizem outros modais (GIACOMELLI et al., 2018).
https://www.youtube.com/watch?v=Kdk79N2gJ2w
 
32UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 32UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
Um ponto importante que deve ser observado é que, por definição de convenção 
internacional, todo navio utilizado no comércio internacional precisa estar registrado em 
um país específico e, desta forma, utilizar a bandeira dele. De muitas formas, o navio é 
considerado uma extensão do território de um país, em que as leis e regulamentos valem 
também a bordo. Em troca, durante conflitos, as forças navais da bandeira de registro 
protegerão os navios mercantes que carregam essa bandeira, David (2016).
Outras questões que devem ser observadas estão relacionadas a convenções e 
responsabilidades que hoje são ditadas pela Regra de Haia e que definem a responsa-
bilidade do proprietário do navio e do proprietário da carga em relação a erros e falhas, 
dentre outros assuntos. Além disso, também existem transportadoras que não são donas 
de navios, e são reguladas pelo Federal Maritime Commission – FMC, essas empresas 
atuam comprando espaço em um navio em determinada viagem e vendendo esse espaço 
a companhias que precisem expedir carga. E também as exigências relacionadas à segu-
rança e inspeções de cargas que acontecem quando o navio chega ao porto de destino 
e as cargas são conferidas aleatoriamente, essas inspeções são realizadas no intuito de 
prevenir fraudes e também para evitar ações terroristas. (DAVID, 2016).
 
33UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 33UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
3. TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL
A utilização do transporte aéreo vem crescendo cada vez mais, impulsionado 
principalmente pela globalização e o aumento da demanda de produtos negociados no 
mercado internacional, assim sendo, David (2016, p. 303) define que:
Hoje, embora o frete aéreo possa apresentar apenas 1% do comércio mundial 
em peso, ele éresponsável por aproximadamente 40% do comércio mundial 
por valor. A demanda pelo frete aéreo também está altamente correlacionada 
com o PIB mundial, e mais de 75% da carga aérea do mundo é realizada por 
companhias aéreas não norte-americanas.
Já Ludovico (2018, p. 217) nos diz que: “Do ponto de vista do comércio exterior, 
esse modal é muito representativo por suas características, pois muitas empresas neces-
sitam de velocidade nas operações com o exterior, assim como do menor risco possível de 
avarias e furtos para suas mercadorias”.
Dessa forma, caro (a) acadêmico (a) podemos compreender que mesmo não 
oferecendo uma grande capacidade de volumes transportados, esse modal é cada vez 
mais utilizado por empresas que procuram por mobilidade e rapidez na entrega de suas 
mercadorias, visto que é um dos meios de transporte mais seguros.
As empresas optam pela utilização do frete aéreo de acordo com a natureza da de-
manda e pelo tipo de mercadoria. Esse tipo de transporte é mais utilizado para produtos de 
alto valor agregado, com volumes menores ou perecíveis. Esse modal também é vantajoso 
quando a demanda é imprevisível, pouco frequente, excede a oferta local ou é sazonal. As 
empresas também utilizam esse modo de transporte quando existem mais riscos de que a 
carga seja avariada ou roubada (DAVID, 2016).
 
34UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 34UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
Assim sendo, Ludovico (2018, p. 218) nos mostra as principais características do 
transporte aéreo: 
■ É rápido: pois é um transporte seguro para itens que precisam ser entregues 
 com urgência;
■ É seguro: pois a taxa de ocorrência de sinistros é muito baixa; 
■ É flexível: pois ocorrem as trocas de aeronaves em certos pontos da viagem 
 (hubs);
■ É limitado: em relação às dimensões da carga/portas da aeronave; 
■ Tem um alto custo: se comparado a outros modais.
Quanto aos tipos de aeronaves existentes mesmo que hoje existam muitos tipos 
sendo utilizadas para atender a grande demanda por este serviço, em geral as aeronaves 
podem ser divididas de quatro formas: aviões de passageiros, aviões mistos ou combos, 
aviões de conversão rápida e cargueiros aéreos, que são projetados para transportar car-
gas, David (2016).
 
35UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 35UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
4. TRANSPORTE INTERNACIONAL TERRESTRE E MULTIMODAL
O transporte terrestre é o mais utilizado internamente nos países, e normalmente é o 
que finaliza as operações do comércio exterior entregando as cargas ao cliente final, o principal 
modal desta operação é o rodoviário e sobre este modal Ludovico (2018, p. 223) nos diz que:
O transporte rodoviário evidencia, entre outras características, a economia 
de tempo e o sistema “porta a porta”. As principais características desse 
tipo de transporte é a simplicidade de funcionamento. Entre os armazéns do 
exportador e do importador, a mercadoria sofre apenas duas operações: o 
embarque, nas instalações do exportador, e a descarga, nas instalações do 
importador. Com isso, as possibilidades de riscos com manuseio diminuem 
sensivelmente e há redução de custos com a simplificação de embalagens.
Já David (2016, p. 330) discorre que: 
No âmbito mundial, o transporte feito por caminhões ainda é dominado por 
uma miscelânea de regras e regulamentações domésticas, que exercem 
grande influência no modo como a indústria se organiza. Há limites em rela-
ção ao número de eixos que um caminhão pode ter, ao peso que ele pode 
carregar por eixo, ao seu peso total, à sua largura e ao seu comprimento. 
Além disso, há exigências quanto ao equipamento obrigatório, ao treinamen-
to do motorista e ao número de horas consecutivas que esse profissional 
pode dirigir. Todas essas exigências geram frotas de caminhões ligeiramente 
diferentes, dependendo do país.
Um dos grandes problemas relacionados ao envio internacional de mercadorias 
por caminhões está relacionado às regras e regulamentações de cada país e que são 
complexas e não podem ser esquecidas ou subestimadas.
 
36UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 36UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
Existem algumas restrições que acabam criando grandes “áreas de estacionamen-
to” de caminhões nos pontos de entrada de um país e em saídas de rodovias. Além disso, 
fiscalizar a enorme quantidade de regras e regulamentações acaba gerando atrasos nas 
entregas, segundo David (2016).
Outro ponto de atenção, diz David (2016) está relacionado às operações realizadas 
por meio de caminhões é a infraestrutura: existem limites de carga, de altura e de velocida-
de (condições da estrada) que atrapalham o transporte regular de mercadorias e causam 
impactos no acondicionamento das cargas. E em alguns países, existe uma taxação proi-
bitiva do diesel que influencia a potência dos caminhões, o tamanho das carrocerias e a 
velocidade de locomoção das cargas. Além do alto custo de pedágios de algumas rodovias 
europeias que faz com que caminhoneiros utilizem estradas secundárias não muito ade-
quadas para carga. 
Sobre as vantagens deste modal, podemos destacar a possibilidade de realizar a 
entrega porta a porta, maior flexibilidade no planejamento de cargas e entregas e o custo 
mais baixo em relação ao modal aéreo. Já as suas desvantagens são a capacidade redu-
zida para carregamento, que prejudica o ganho de escala, além da limitação relacionada à 
infraestrutura logística de cada país, assim como as diferentes regras e restrições observa-
das em cada país (DAVID, 2016).
4.1 Multimodalidade e Intermodalidade
O transporte multimodal é bastante utilizado nas operações do comércio internacio-
nal, isso porque oferece diversas facilidades às empresas, dessa forma Brasil (1998 apud 
MAIA, 2014, on-line) nos apresenta o conceito de multimodalidade: “Art. 2º - Transporte 
Multimodal de Cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais 
modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabi-
lidade única de um Operador de Transporte Multimodal.” 
Diante desta definição, Brasil (1988 apud MAIA, 2014, online) também nos traz 
informações em relação às funções e operações realizadas por um operador de transporte 
multimodal: 
Art. 3º - O Transporte Multimodal de Cargas compreende, além do transporte 
em si, os serviços de coleta, unitização desunitização, movimentação, arma-
zenagem e entrega de carga ao destinatário, bem como a realização dos ser-
viços correlatos que forem contratados entre a origem e o destino, inclusive 
os de consolidação e desconsolidação documental de cargas.
 
37UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 37UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
Diante do exposto, percebemos que o OTM (Operador de Transporte Multimodal) 
pode realizar diversos tipos de serviços, assim, as empresas que precisam desses ser-
viços, mas não conseguem realizá-lo por conta própria podem recorrer aos operadores. 
Além disso, os benefícios de uma parceria e utilização dos serviços com os operadores de 
transporte multimodal são:
■ A capacidade total da matriz de transporte é utilizada de forma mais produtiva;
■ São utilizadas as combinações de modais de transporte mais eficientes energe 
 -ticamente;
■ Maior utilização da tecnologia de informação com melhores resultados;
■ A infraestrutura para as atividades de apoio, tais como armazenagem e manu- 
 seio são melhor aproveitadas;
■ A responsabilidade pelas mercadorias, diante do cliente, da origem até o destino, 
 é de apenas uma empresa, a OTM.
Já sobre a Intermodalidade encontramos a seguinte definição no site da ANTT 
(2021, on-line), encontramos a seguinte definição:
[...] transporte intermodal, é uma modalidade que utiliza mais de um meiode 
transporte para levar a carga até o destino final. Ou seja, ela pode sair da fá-
brica de caminhão e depois seguir em uma embarcação até o ponto de venda 
ou local de armazenamento, por exemplo. Também é comum combinar trans-
porte rodoviário com aéreo, especialmente quando se fala em exportação. 
Cada operação determina como se dará o transporte intermodal e quando 
ele é mais vantajoso ou necessário, em razão da localidade ou da estratégia 
logística adotada por cada empresa.
A utilização de um transporte intermodal é muito vantajosa, principalmente, em locais 
de difícil acesso, que impossibilitem o transporte de mercadorias por determinados modais, 
ou quando a utilização de mais de um modal se torna mais lucrativa para a operação. 
As principais vantagens desse meio de transporte, segundo a ANTT (2021), São:
■ Diminuição dos custos nas operações;
■ Aumento da segurança no transporte;
■ Menor movimentação nas rodovias; 
■ Diminuição na emissão de poluentes; 
■ Menor consumo de energia; 
■ Possibilidade de horários alternativos para transporte da carga (fim de semana à noite).
O transporte intermodal pode ser uma estratégia vantajosa para as empresas 
que atuam no mercado internacional, pois existe uma melhora na entrega dos processos 
logísticos, porém precisa ser muito bem estruturado em relação aos prazos e às respon-
sabilidades de cada parte envolvida, para que não aconteçam problemas na entrega, visto 
que em cada meio de transporte contratado, emite-se um documento próprio, que cobre 
apenas o trajeto pelo qual será responsável.
 
38UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 38UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
REFLITA
Qual a importância do comércio internacional para a economia de um país?
A importância para a economia se deve a diversos fatores, acima de tudo o principal 
que já foi citado acima é a possibilidade de importar produtos não existentes no país e 
exportar produtos em sobra para outros países.
O Comércio Internacional dilui os riscos de atividades, permite a empresa seguir comer-
cializando mesmo com uma crise econômica interna no país.
A melhor forma de visualizarmos o desempenho do comércio internacional de um país 
é por meio de sua balança comercial. Esse indicador registra as importações e expor-
tações de bens e serviços. Se seu saldo for positivo, consequentemente significa que o 
país está exportando mais do que importando. Se for negativo, certamente o valor das 
importações ultrapassa o das exportações.
O Comércio Internacional Brasileiro é conhecido no mundo todo devido à razão de que 
exporta produtos como:
- Soja;
- Petróleo;
- Celulose;
- Minério de ferro.
Fonte: Saiba como funciona o Comércio internacional. FAZ COMEX, 2022. Disponível em: 
https://www.fazcomex.com.br/comex/comercio-internacional/. Acesso em: 19 maio. 2022.
https://www.fazcomex.com.br/comex/comercio-internacional/
 
39UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 39UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro (a) acadêmico (a) chegamos ao fim da nossa segunda unidade em que percor-
remos diversos temas extremamente importantes para a atuação no comércio internacional, 
visto que a logística internacional com sua infraestrutura e seus modais é a responsável 
pela dinâmica e pelas operações que fazem os produtos chegarem ao seu destino.
Pudemos conhecer melhor a formação e os componentes das infraestruturas marítima, 
aérea, ferroviária e rodoviária e os principais desafios encontrados em cada uma delas. Também 
compreendemos melhor cada um dos principais modais de transporte utilizados no comércio 
internacional, suas vantagens, desvantagens e pontos de atenção que devem ser muito bem 
observados pelas empresas antes de qualquer negociação com o mercado externo.
Além disso, tivemos a oportunidade de entender melhor os conceitos de multimo-
dalidade e intermodalidade e como essas operações podem trazer vantagens às empresas 
nas operações internacionais.
Enfim, caro (a) aluno (a) entendemos um pouco mais sobre esse vasto campo de 
estudo relacionado à logística internacional e seus principais temas, espero que tenha apro-
veitado da melhor maneira possível, e lembre-se de nunca parar de buscar conhecimento!
 
40UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 40UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
LEITURA COMPLEMENTAR
Transporte rodoviário internacional de cargas perigosas
1 O TRANSPORTE INTERNACIONAL DE CARGAS
Para que uma empresa possa operar com transporte rodoviário internacional de 
cargas, é necessário que se cumpra uma série de requisitos estabelecidos pelos órgãos 
reguladores. No caso de transporte rodoviário internacional de cargas, esse órgão é a 
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável por emitir os atos legais e 
regulamentares e os procedimentos operacionais desse tipo de transporte no País.
Os procedimentos para uma empresa de Transporte Rodoviário Internacional obter 
autorização para o transporte internacional estão regulamentados no Brasil pela Resolução 
ANTT n. 1.474, de 31 de maio de 2006.
O Brasil possui praticamente todos os acordos de transporte internacional rodoviá-
rio terrestre dos países da América do Sul, devido à sua localização geográfica privilegiada, 
por se encontrar na região central desse continente. Os países que têm esse acordo com 
o Brasil são Equador, Colômbia e Guiana Francesa. Ainda está sendo negociada a entrada 
do Suriname nesse grupo.
O Brasil tem também acordo de Transporte Terrestre Rodoviário com países do 
Cone Sul, isto é, Bolívia, Argentina, Peru, Paraguai, Venezuela, Uruguai e Guiana, a qual 
está em fase de negociação. Além disso, há acordos com os países do Mercosul de Produ-
tos Perigosos, ou seja, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Segundo Araújo (2001), produtos perigosos são as substâncias com propriedades 
físico-químicas que podem causar danos à saúde e ao meio ambiente e carga perigosa 
é qualquer tipo de carga transportada de forma inadequada, que possa acarretar aciden-
tes. O acidente com produto perigoso é um evento repentino e não desejado, no qual há 
a liberação de substâncias nocivas em forma de incêndio, explosão, derramamento ou 
vazamento, causando danos a pessoas ou ao meio ambiente. O transporte de produtos 
dos setores químico, petroquímico e de refino de petróleo são produtos perigosos que são 
transportados no Brasil em quantidade significativa nas rodovias do país.
O transporte de cargas é favorável em vários sentidos. Entre eles a agilidade e 
a rapidez na entrega de mercadorias em viagens curtas e longas, a disponibilidade de 
carregar e descarregar em qualquer lugar diretamente ao cliente, sendo que o transporte 
rodoviário vai ganhando um grande mercado no setor produtivo em geral (BALLOU, 2010).
 
41UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 41UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
Os produtos perigosos são de origem química, biológica ou radiológica, que ex-
põem risco potencial à vida, à saúde e ao meio ambiente ou à segurança pública, em 
caso de vazamentos. Os produtos perigosos são classificados pela sua composição em 
classes e subclasses por seus fabricantes, de acordo com o grau de perigo que represen-
tam. Eles possuem uma numeração fornecida pela ONU e precisam respeitar o Decreto n. 
96.044/1988, a Resolução ANTT n. 420/2004 e a Resolução ANTT n. 701/2004 para que 
possam ser carregados.
O sistema de transporte é muito importante para a movimentação da economia, 
através de movimentação de cargas, pessoas, animais ou meios intangíveis. Com a glo-
balização, facilitou muito o transporte de cargas e a concorrência com produtos de áreas 
longínquas, por existir a facilidade em levar a produção para em que o cliente a queira e 
também ocasionar preços diminutos (BALLOU, 2010).2 PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES TÉCNICAS E AMBIENTAIS PERTINENTES
O transporte de produtos perigosos é objeto de extensa e complexa legislação, 
que acompanha a evolução da preocupação da sociedade em relação à preservação do 
meio ambiente. A regulamentação brasileira de transporte rodoviário de produtos perigosos 
baseia-se nas recomendações emanadas pelo Comitê de Peritos em Transporte de Pro-
dutos Perigosos das Nações Unidas, publicadas no Regulamento Modelo conhecido como 
Orange Book, atualizado periodicamente, bem como no Acordo Europeu para o Transporte 
Rodoviário de Produtos Perigosos, conhecido como ADR.
O ADR é um regulamento internacional de produtos perigosos pelo modo rodoviá-
rio, sendo o The International Carriage of Dangerous Goods by Rail (RID) a versão para o 
modo ferroviário. Trata-se de um acordo assinado pela maioria dos países europeus, a fim 
de estabelecer as normas para circulação de produtos perigosos entre suas fronteiras e 
através de seus territórios.
O sistema de classificação dos produtos perigosos adotado pelo ADR (2007) é 
semelhante ao das recomendações da ONU (2007) e foi elaborado pelo Comitê para o 
Transporte Terrestre (Inland Transport Committee), de acordo com o estabelecido pela Co-
missão Econômica das Nações Unidas para a Europa (United Nations Economic Commis-
sion for Europe - [UNECE]), em 2007. Em princípio, seu escopo é regional e aplicável aos 
países-membros da Comunidade Europeia. No entanto, devido à natureza internacional 
do transporte, suas recomendações têm-se difundido mundialmente. As normas do Acordo 
são, principalmente, dirigidas para a classificação, o acondicionamento, a identificação, a 
capacitação e os procedimentos para o TRPP.
 
42UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 42UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
Uma das principais diferenças entre o Modelo Regulamento ONU e o ADR, para 
fins da consecução dos objetivos deste trabalho, é que o último se detém mais pormenori-
zadamente nas questões afetas à expedição de cargas em pequenas quantidades.
O Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT), por sua vez, assinado em 
1° de janeiro de 1990 pelas Repúblicas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru 
e Uruguai, trata do principal instrumento regulador da prestação de serviços de transporte 
terrestre rodoviário, tanto de cargas quanto de passageiros, e regulamenta, ainda, o trans-
porte ferroviário entre estes países do Cone Sul.
Dessa forma, o transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigo-
sos, por apresentarem riscos à saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio 
ambiente, é submetido às regras e aos procedimentos estabelecidos pelo Regulamento 
para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, Resolução ANTT n.3665/2011 e alte-
rações, complementado pelas Instruções aprovadas pela Resolução ANTT n.5.232/2016, 
e suas alterações, sem prejuízo do disposto nas normas específicas de cada produto. O 
Regulamento estabelece, entre outras, prescrições relativas às condições do transporte, 
documentação, deveres, obrigações/responsabilidades e infrações aplicáveis.
A Resolução ANTT n.. 5.232/2016 estabelece exigências e detalhamentos relativos, 
entre outros, à correta classificação do produto, à adequação, certificação e identificação 
dos volumes e das embalagens, à sinalização das unidades e dos equipamentos de trans-
porte, à documentação, às prescrições aplicáveis a veículos e equipamentos do transporte 
rodoviário, quantidade limitada e provisões especiais, quando aplicáveis.
O transporte de produtos perigosos controlados pelo Exército também está sujeito 
às exigências previstas pelo R-105, com redação dada pela Resolução n. 3665/2011, que 
apresenta a lista de produtos permitidos. Neste caso, além dos documentos de porte obri-
gatório, previsto pelo RTPP (Ficha de Emergência, Envelope para o Transporte, Documento 
Fiscal, e Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel), 
também deve portar a guia de Tráfego, devidamente preenchida e assinada por Oficiais do 
Exército Brasileiro, responsáveis pelo controle do transporte destes produtos.
Da mesma forma, o transporte de materiais radiativos é controlado pela Comissão 
Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que emite a Ficha de Monitoramento de Materiais 
Radiativos e a Declaração do Expedidor de Material Radioativo, constantes na Resolução 
ANTT n. 420/2004 e suas alterações, sem prejuízo do disposto nas normas específicas de 
cada produto.
Fonte: TAVEIRA, J. C.; PORTELA,R. R.; MENEGANTE, R. R. Transporte rodoviário internacional de 
cargas perigosas. Scielo Brasil. Disponível em: https://www.scielo.br/j/inter/a/pJcD7nC7q3Qm7QJyKKykSW-
D/?lang=pt#. Acesso em: 31 ago. 2021.
 
43UNIDADE I Logística Internacional e Gestão da Cadeia de Suprimentos 43UNIDADE II Infraestrutura Logística e Transporte Internacional
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Logística internacional uma abordagem para a integração 
de negócios
Autor: Léo Tadeu Robles, Marisa Nobre.
Editora: Intersaberes.
Sinopse: A logística internacional é, sem dúvida, uma área com-
plexa, desafiadora e fundamental na competição global e na van-
tagem competitiva em mercados sofisticados e exigentes. Assim, 
os profissionais do setor precisam ser capacitados e devem se 
manter atualizados para agregar valor a clientes e acionistas. Esta 
obra apresenta cadeias logísticas globais na integração de seus 
componentes, como transporte internacional, negociação de con-
tratos e gestão de operações de exportação e importação e siste-
mas de informação. Juntos, analisaremos o conteúdo de formação 
e atualização integradas nas práticas de negócios internacionais.
FILME / VÍDEO
Título: Capitão Phillips
Ano: 2013.
Sinopse: Em 2009, piratas somalis invadem o navio cargueiro 
MV Maersk Alabama, dos Estados Unidos, e mantêm o capitão 
Richard Phillips e sua tripulação como reféns.
44
Plano de Estudo:
● Fatores estratégicos de entrada, exportação indireta e ativa, produção no exterior;
● Siscomex, lex mercatoria, contratos de venda internacional;
● Termos de comércio internacional, tipos e definições dos incoterms.
Objetivos da Aprendizagem:
● Apresentar os principais fatores estratégicos de entrada em mercados estrangeiros, 
bem como discorrer sobre os conceitos de exportação;
● Discorrer sobre contratos internacionais e suas atribuições e apresentar o Siscomex;
● Conhecer o conceito de Incoterms e sua importância 
para as negociações internacionais.
UNIDADE III
Entrada em Mercados Estrangeiros,
Contratos Internacionais, Comércio
ou Incoterms
Professora Esp. Lígia Pereira Blanco
45UNIDADE III Entrada em Mercados Estrangeiros, Contratos Internacionais, Comércio ou Incoterms
INTRODUÇÃO
Olá Caro (a) acadêmico (a), seja bem-vindo (a) a unidade III do nosso material, 
onde discorreremos sobre os fatores estratégicos que percorrem a entrada das empresas 
no mercado internacional, o que leva uma empresa nacional a querer atuar em outros paí-
ses e como esse processo deve ser conduzido para que as operações alcancem o sucesso.
Nesta unidade também trabalharemos os conceitos de exportação direta e indireta as-
sim como a exportação ativa e todos os temas envolvidos neste formato de internacionalização 
das empresas, além disso, poderemos entender melhor como funciona a produção no exterior.
Discorremos sobre a ferramenta Siscomex e qual a sua importância para o comércio 
exterior brasileiro, falaremos sobre o conceito de Lex Mercatoria e suas atribuições. Falare-
mos também sobre os contratos de venda internacional e seus diversos e tão importantes 
pontos que devem ser conhecidos pelas empresas antes de fecharem negócios no exterior. 
Por fim, conheceremos os conceitos de Incoterms, suas definições e atribuições e 
como impactam a logística internacional. Aproveite esta unidade para aumentar ainda mais 
seus conhecimentos! 
Vamos lá!?
46UNIDADE III

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