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Pincel Atômico - 12/12/2022 14:57:16 1/4 Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 12 (16388) Atividade finalizada em 12/12/2022 12:06:41 (605042 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL [772937] - Avaliação com 6 questões, com o peso total de 1,67 pontos [capítulos - 6] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A011222 [79183] Aluno(a): 91381962 - ESTEVAM RAFAEL DE LIMA ANDRÉA - Respondeu 3 questões corretas, obtendo um total de 0,83 pontos como nota [354510_446 74] Questão 001 “O sentimento imperante no Nordeste era o de que, com a vinda da família real para o Brasil, o domínio político da Colônia passara de uma cidade estranha para outra igualmente estranha, ou seja, de Lisboa para o Rio de Janeiro. A revolução que estourou em Pernambuco em março de 1817 fundiu esse sentimento com vários descontentamentos resultantes das condições econômicas e dos privilégios concedidos aos portugueses. Ela abrangeu amplas comadas da população: militares, proprietários rurais, juízes, artesãos, comerciantes e um grande número de sacerdotes, a ponto de ficar conhecida como a ‘revolução dos padres’. Chama a atenção a presença de grandes comerciantes brasileiros ligados ao comércio externo, os quais começavam a concorrer com os portugueses, em uma área até então controlada, em grande medida, por estes”. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015. p. 111. Sobre a Revolução Pernambucana de 1817, explique seu alcance e como terminou. A revolta se espalhou por Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Os revolucionários tomaram Recife e implantaram um governo provisório que proclamou uma República com igualdade de direitos, mas que não abordava o tema da escravidão. Em menos de dois meses as tropas portuguesas contiveram os revoltosos e prenderam e executaram seus líderes. X Apesar do nome essa revolução foi a que causou menos impacto na região, já que ficou restrita à cidade de Recife e em menos de dois meses foi desmantelada pelas tropas portuguesas enviadas por Dom João do Rio de Janeiro. Ainda assim, permanece no imaginário pernambucano como símbolo da autonomia daqueles moradores, já que teriam proclamado a independência de Portugal 5 anos antes de Dom Pedro I. A Revolução tomou conta das cidades de Recife e Olinda e pedia para negociar diretamente com a Coroa em busca de melhorias para a população mais pobre. Em pouco tempo, porém, as tropas portuguesas foram enviadas e a revolta foi contida. A Revolução pernambucana ficou retida na região da cidade de Recife mas marcou a história daquela região devido à República instaurada na cidade ter perdurado por quase dois anos, abolindo a escravidão e começando a dialogar com outros países como Estados Unidos, Inglaterra e Argentina. O movimento perdeu fôlego e acabou com a chegada de um novo governador para Pernambuco. A Revolução marcou o Nordeste porque se espalhou por Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, tomando a cidade de Natal como capital da nova República foi estabelecida. Pregavam a igualdade de direitos, a tolerância religiosa e aboliram a escravidão. Em pouco tempo, porém, tropas portuguesas invadiram a cidade, prendendo e executando seus principais líderes. Pincel Atômico - 12/12/2022 14:57:16 2/4 [354510_446 77] Questão 002 “Diante de tantas pendências os ânimos se concentrariam em torno de um movimento que desaguaria na Revolução Liberal do Porto, que ergueu duas grandes bandeiras: de um lado o constitucionalismo, tão em voga naqueles tempos de volta e reviravolta; e de outro a soberania nacional, que, nesse caso, implicava o retorno de D. João VI, se não de toda a Família Real. Pode-se dizer que o movimento que começava a se organizar em Portugal inscrevia-se em um contexto mais amplo, que opunha ‘regeneracionismo liberal’ (presente em países como Portugal, Espanha, Grécia e Itália) ao ‘restauracionismo realista’, como defendia a França e sobretudo uma coligação formada por Rússia, Áustria e Prússia, mais conhecida como Santa Aliança, e que se reuniu no Congresso de Viena entre 1814 e 1815. Não obstante, se o objetivo maior do encontro era restaurar as antigas formas monárquicas de organização política e restituir fronteiras, o mesmo congresso, paradoxalmente, aceleraria a formação de nacionalidades e os anseios por liberdade do mundo colonial americano. Entre a volta do poder dos reis e a emergência de um modelo liberal de participação, a Europa balançava, fiada em um equilíbrio frágil. E foi justamente irmanado nesse ambiente que Portugal fez sua entrada no movimento liberal, nacionalista e constitucional, comum a uma parcela da Europa dos anos de 1820. Mas a revolução portuguesa havia sido difícil, assim como particular era sua situação. Liberal para Portugal, mas restauradora para o Brasil, eis a chave de compreensão da originalidade do movimento português”. SCHWARCZ, Lilia. A longa viagem da biblioteca dos reis. Do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 345-346. O que Lilia Schwarcz afirma ser a “originalidade do movimento português?” A historiadora enfatiza a originalidade de alguns pensadores portugueses sobre os movimentos liberais que percorriam toda a Europa, cujas publicações eram utilizadas em diferentes países para justificar o fim das monarquias e a instauração das Repúblicas democráticas. Diferente dos demais reinos europeus que possuíam colônias, a Revolução Liberal do Porto enfatizava a necessidade de dar autonomia ao Brasil e separá-lo de Portugal, abolindo a escravidão e transformando-o em uma República. A originalidade do movimento português se dava sobretudo pela relação que os liberais do Porto gostariam de construir com sua colônia americana, buscando que a situação colonial não interferisse na autonomia que buscavam os comerciantes “brasileiros”. X Lilia Schwarcz denomina a Revolução Liberal do Porto de “original” por pensar o liberalismo apenas para Portugal, restaurando a situação colonial do Brasil enquanto produtor de matérias-primas que abastecessem exclusivamente o mercado português. Os portugueses e sobretudo os liberais da cidade do Porto buscavam formar uma nova aliança para discutir o liberalismo a partir da situação de Portugal, que almejava a modernização ser perder os benefícios que o sistema colonial lhe proporcionava. [354509_445 21] Questão 003 Qual foi o motivo que fez com que a família real portuguesa deixasse Lisboa e viesse para a cidade do Rio de Janeiro? O aumento da importância política da América portuguesa em comparação com o declínio da economia portuguesa As ameaças espanholas de invasão de suas fronteiras, tendo em vista o pouco poder bélico português Um surto incontrolável de doenças que afligiu o país fez com que a família real se preocupasse com seus herdeiros X A invasão napoleônica, causada pelo descumprimento do bloqueio continental por parte da Coroa portuguesa. Pincel Atômico - 12/12/2022 14:57:16 3/4 As ameaças inglesas de invasão devido ao descumprimento da Coroa portuguesa em acabar com o tráfico negreiro [354511_446 80] Questão 004 Sobre a Revolução Liberal do Porto, a historiadora Lilia Schwarcz escreve: “Entrementes, a revolução continuava seu rumo, e agora pedia o envio da representação brasileira. E a primeira reação foi das melhores. Não apenas o Rio de Janeiro e a Bahia, a nova e a velha capital do vice-reinado e do Reino Unido, se pronunciaram a favor do constitucionalismo: até o Pará se entusiasmou pela revolução, o que dá uma mostra de como, no Brasil, o movimento a princípio foi absorvido como a implementação de um regime liberal que lutava pela vitória das ideias democráticas lançadas pela França. Com efeito, até então não se podia, de fora, adivinhar o intuito recolonizador, e não ficavam claras as pretensões: seas elites lusitanas mostravam ter aderido ao constitucionalismo, o constitucionalismo brasileiro deveria se subordinar ao português. Mas nada disso era límpido e certo nos momentos inaugurais, o que explica a reação positiva da colônia, que logo passou a selecionar seus deputados”. SCHWARCZ, Lilia. A longa viagem da biblioteca dos reis. Do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 378. Como Lilia Schwarcz explica, o envio de representantes do Brasil para participar das Cortes que haviam sido convocadas animou a todos, e logo passaram a definir seus deputados. Chegando a Portugal, porém, nem tudo correu como era previsto. Quais as consequências dessa Corte para o Brasil e seus deputados enviados? Ao chegarem a Portugal, as Cortes já haviam sido finalizadas, demonstrando que seus participantes não queriam de fato a opinião dos brasileiros em assuntos que, de acordo com eles, “não lhes importavam”. Ainda que nem todos os posicionamentos dos brasileiros tenham sido ouvidos, parte das ideias brasileiras integrou os primeiros documentos resultantes das Cortes, o que garantiu certa autonomia para o Brasil e para o governo de Dom Pedro. Quando os deputados brasileiros chegaram às Cortes, foram presos e acusados de traição por enfatizar a necessidade de um relação igualitária entre Portugal e o Brasil. X Quando os deputados brasileiros chegaram as Cortes já haviam começado e ficou claro que suas reivindicações não seriam ouvidas. Entre outras coisas, as Cortes exigiam o retorno de Dom Pedro para Portugal. Ao perceberem que não seriam ouvidos, os deputados brasileiros se recusaram a ir até Portugal para participar das Cortes, entrando para a História do Brasil como o Dia do Fico, ao desobedecerem as ordens que vinham de Lisboa. [354509_446 69] Questão 005 “Um bom jogo de xadrez. Aí está a metáfora ideal para pensar o panorama europeu em finais do século XVIII, um xadrez cujas peças por vezes se moviam de forma ofensiva, ora atacando, ora procurando apenas manter-se onde estavam, sem chamar a atenção. Os grandes pivôs do jogo, postados exatamente no meio do tabuleiro, seriam sobretudo a França e a Inglaterra e, na ‘brincadeira’ com Portugal, a Espanha também teria seu lugar bem delimitado. Se cada um, à sua maneira, procurava guardar uma estratégia própria, que lhe garantiria a vitória final, Portugal assumiu uma posição bastante particular. Por trás de movimentos tímidos e táticas pouco aguerridas se escondia esse império que tentou, enquanto pôde, sustentar a imagem de neutralidade, manifestada em atitudes contraditórias que visavam agradar a todos, sem agradar de fato a ninguém”. SCHWARCZ, Lilia. A longa viagem da biblioteca dos reis. Do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 185. O que a historiadora Lilia Schwarcz quer dizer com a “imagem de neutralidade” que se manifestava em atitudes contraditórias de Portugal em finais do século XVIII? Pincel Atômico - 12/12/2022 14:57:16 4/4 Diante da independência das colônias inglesas na América, ao invés de ficar ao lado da Inglaterra – que perdia seus domínios coloniais – Portugal manteve-se neutro, evitando “bater de frente” com a nova potência americana que surgia. Com a explosão do conflito entre Espanha e França, Portugal manteve a neutralidade para não se prejudicar nem com o país vizinho, nem com Napoleão Bonaparte, o que, como afirma Lilia Schwarcz, não agradou de fato ninguém. Mesmo fazendo fronteira com a Espanha, Portugal não se aliou ao país ibérico quando esse se envolveu em um conflito com a Inglaterra, o que prejudicou as negociações futuras entre os dois países. X Mesmo diante de diversas revoltas acontecendo na América portuguesa, Portugal se esforçava por não se posicionar, com receio de que seus súditos no Brasil pudessem passar para o lado de outro reino europeu. Diante do poder inglês e francês, Portugal manteve vários acordos secretos com a Inglaterra para não ter de enfrentar Napoleão tanto no campo diplomático como em conflitos bélicos. [354511_446 82] Questão 006 “A chegada de despachos de Lisboa que revogavam os decretos do príncipe regente, determinavam mais uma vez seu regresso a Lisboa e acusavam os ministros de traição deu alento à ideia de rompimento definitivo. A princesa dona Leopoldina e José Bonifácio enviaram às pressas as notícias ao príncipe, em viagem a caminho de São Paulo. As recomendações ao portador de que arrebentasse uma dúzia de cavalos se fosse preciso, para chegar o mais rápido possível, indica o interesse de José Bonifácio em apressar a independência e fazer de São Paulo o cenário de ruptura final. Alcançado em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, dom Pedro preferiu o chamado Grito do Ipiranga, formalizando a independência do Brasil”. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015. p. 116. Apesar da ideia de rompimento que muitos livros de História costumam enfatizar quando discorrem sobre a independência do Brasil, pouca coisa mudou de fato no dia 7 de setembro. Veja as informações abaixo: I. Regime monárquico. II. Herdeiro português como imperador. III. Pacto Colonial. IV. Escravidão. Escolha as afirmações que contém as permanências após a Independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822. II, III e IV. X Todas as afirmações. I e II. III e IV. I, II e IV.