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Pensamento simbólico, ética e religião

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Pensamento simbólico, ética e religião
Durante os poucos milhões de anos que a humanidade habitou a Terra, foram criadas e desenvolvidas as mais diversas sociedades, cada qual com suas particularidades, fosse a chinesa, com uma cultura milenar, a indígena, com conhecimentos práticos e sagrados do mundo ou a japonesa, cuja a formação foi fortemente influenciada por outros povos do Oriente, como a própria China. Tendo em vista que cada povo teve suas demandas, o estudo de suas respectivas crenças pode se apresentar como uma oportunidade de ampliar o conhecimento acerca do mundo e do âmago da humanidade. 
As filosofias, como um todo, passam a ter um papel importante no desenvolvimento humano, não só por questões de organização e auxílio na formação de redes de cooperação maiores, mas porque tal aspecto representa a realidade intersubjetiva, tratada várias vezes pelo historiador israelense Yuval Noah Harari, que reúne “as ficções que dão significado ao mundo”, está entre elas o místico. Muitas das culturas que emergiram criam um forte laço entre o sagrado e o objetivo, entre elas está o Xamanismo, que utiliza práticas baseadas no místico para curar inquietações e doenças, e o pensamento da Deusa-Mãe, que liga fortemente uma ação biológica a um dever sagrado. Existem também práticas um pouco mais distantes da questão mística, entre eles, o Confucionismo, mais ligado a questões econômicas, políticas, éticas e aos bons costumes. 
A ética também é um ponto a se destacar entre as culturas, considerando que os hábitos e crenças de um povo impactam diretamente em seu comportamento e visão de vida, tal como o Taoísmo, que prega o alcance do equilíbrio e tem suas práticas nele baseadas. Pode-se acontecer também de uma filosofia ser acompanhada de uma outra complementar ou de uma religião, cabendo ao indivíduo adaptá-las e modificar sua perspectiva em relação a vida, como é o caso do próprio Taoísmo e Confucionismo, mesclando questões mais práticas com outras voltadas ao lado místico.
A partir disso, é possível enxergar a variedade filosófica e cultural que a humanidade alcançou até agora, impactando na sociedade atual através correntes de pensamento fortemente atuantes no comportamento pessoal em relação aos campos político, econômico e social. As filosofias, apesar das barreiras de espaço e tempo, possuem o fator humano em comum, se apresentam, em cada uma delas, os anseios, medos, prazeres e sonhos de sociedades inteiras. É necessário seu estudo para que se melhor compreenda os porquês do mundo, para que então seja possível adaptá-lo.
*Homo Deus (Yuval Harari), página 158.

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