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Ana Laura Coradi TXXII Apnéia obstrutiva do sono É caracterizada por episódios recorrentes de obstrução completa ou incompleta do TRS durante o sono. Fisiopatologia Ocorre aumento do gás carbônico, ativação da noradrenalina (principal hormônio da vigília), e o paciente acorda voltando a respirar. Ocorre dessa forma uma descarga adrenérgica a cada nova apnéia. Polissonografia Exame realizado durante a noite por um período dee 6 horas em média, para que haja o monitoramento durante o sono. São realizados: • Eletroencefalograma • Eletromiograma de queixo (atonia muscular) • Eletrooculograma (movimentação dos olhos) • Oximetria de pulso • Pletismografia de indutancia Índice de apnéia e hipoapnéia Número de eventos de apnéia e hipoapnéia ocorridos durante 1 hora. Ou seja quantas vezes houve interrupção do fluxo de ar, acompanhado de dessaturação de oxigênio ou microdespertares. Gravidade da AOS: IAH < 5ev/hora: normal IAH entre 5 -15ev/hora: AOS leve IAH entre 15 - 30ev/hora: AOS moderada IAH > 30ev/hora: AOS acentuada Atenção: pacientes obesos, a pressão tecidual é mais alta pois temos tecido adiposo ao redor da faringe, mais fácil de ocorrer o colapso de laringe. Critérios de diagnóstico CRITÉRIO A: sonolência diurna excessiva não explicada por outros fatores. CRITÉRIO B: presença de no mínimo 2 episódios de engasgos noturnos, despertares recorrentes, sono não reparador, fadiga diurna e queda de concentração. CRITÉRIO C: AIH > 5 (obrigatório). Diagnóstico: presença do critério A ou B + critério C, sendo que a polissonografia é obrigatória para o diagnóstico. Fatores dinâmicos que levam a AOS: • Resistência do segmento cranial • Nasal • Faringe • Efeito de Bernoulli: ponto de obstrução de via aérea e em seguida ocorre um aumento do fluxo de ar, diminuindo a pressão intraluminal, aumentando a chance de um colapso. Fatores estéticos que levam a AOS: • Forças adesivas da faringe • Posição do pescoço e mandíbula • Tração traqual • Gravidade Tratamento CPAP e BIPAP Capaz dde frear totalmente a cadeia fisiopatológica da SAHOS. Mantém a via aérea aberta através de pressão positiva contínua. É indicado a todos os pacintes com AIH > 30, pacientes com AIH entre 5-30 sintomáticos e ou com comorbidades. A aderência mínima deve ser de 4.5 horas por noite. Com isso ocorre melhora na sonolência diurna. Pacientes que não tolaram o CPAP podem usar o BIPAP. Tratamento cirurgico Cirurgias nasais, cirurgias orofaríngeas, uvulopalatofaringoplastias (em caso de AOS graves e moderadas não funcionam sempre), glossectomias medianas, cirurgias de hipofaringe e avanço maxilo-mandibular (realizado em pacientes com AOS graves e sem indicação ou tolerância ao CPAP). Com o sucesso do tratamento espera-se que o paciente tenha regressão do AIH, regressão dos sintomas e aumento dos níveis de saturação de oxihemoglobina. Sonoendoscopia Exame feito sob sono induzido com propofol em bomba de infusão com dose alvo controlada. Ocorre avaliação endoscópica dinâmica da faringe durante o sono, é um exame fundamental em casos cirúrgicos. Avalia a saturação de oxihemoglobina, FC, BIS e o estado dinâmico da faringe. Ana Laura Coradi TXXII