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Exame da orelha Inspecione os pavilhões auriculares quanto a tamanho, forma, simetria, acidentes anatômicos, cor, posição na cabeça, lesões, nódulos, deformidades Cor: a orelha deve ter a mesma cor que a face - azul (cianose), vermelhidão (instabilidade vasomotora) Tamanho e forma: Macrotia ou microtia Orelha em couve-flor: associado a traumatismo fechado e necrose da cartilagem subjacente Herpes Zoster Ótico Achados normais: Tubérculo de Darwin: Seio Pré-auricular (malformações dos arcos branquiais ;“buraquinho”): Posição e Angulação: Traça-se uma linha do canto interno do olho e a protuberância occiptal e uma linha perpendicular a frente do tragus, (angulação normal > 60) Orelha normal: o topo da orelha deve tocar ou estar acima Posição baixa: síndromes cromossômicas ou doenças renais Consistência e Dor: A consistência da orelha deve ser firme, móvel e sem nódulos. Se dobrada para a frente, deve facilmente retornar à sua posição usual. Palpe as orelhas e a região mastóidea investigando dor a palpação, edemas e nódulos. Puxar delicadamente para cima e para baixo (inflamação do meato acústico externo provável), a hélice, o trago (otite de ouvido externo?) e demais estruturas. Dor à palpação ou edema na região mastóidea pode indicar mastoidite. Examine as superfícies lateral, medial e circundante observando a cor, presença de deformidades, lesões e nódulos. Quelóides Tofos: nódulos predominantem. encontrados no hélix e podem indicar gota. Cistos sebáceos: glândula sebácea bloqueada Otoscopia O otoscópio é usado para inspecionar o meato acústico externo e a orelha média - selecione o maior espéculo que se adapte confortavelmente na orelha do paciente - Use a mão direita para a orelha direita e vice-versa (ipsilateral) Fale ao paciente que você vai inserir o aparelho - mostre ao paciente o aparelho antes de inserir. - Avise que caso ele sinta dor, que pode avisar que você retira - Segurando o cabo do otoscópio entre o seu polegar e indicador, apoiado no dedo médio (como uma caneta, na horizontal), deixe o lado ulnar da sua mão repousar de encontro à cabeça do paciente (prevenindo acidentes e estabilizando o otoscópio) O braço deve estar em L invertido - Para retificar o meato acústico, segure firme e delicadamente o pavilhão auricular, tracione-o para cima e para trás, afastando-o discretamente da cabeça (na direção do ombro oposto). Insira lentamente (não precisa colocar ele todo) o espéculo de 1 a 1,5cm. Avalie omeato até a membrana timpânica, observando corrimento, escamação, verme- lhidão excessiva, lesões, corpos estranhos e cerume. Avalie o Meato Acústico Externo - Evitar tocar nas paredes ósseas do meato Pelos, cerume, presença de secreção, presença de corpos estranho, alterações na estrutura (abaulamento, estreitamento, deformidade), coloração (enantema(eritema na mucosa)?), lesões, edema, odor Membrana Timpânica Inspecione quanto a marcos anatômicos, cor, contorno, integridade, lesão e deformidades Marcos Anatômicos- umbigo, cabo do martelo e reflexo luminoso Cor: cinza-aperolado/rósea-aperolada e translucida–luz bate e reflete formando triangulo luminoso Contorno: arredondado - mover o otoscópio para ver a membrana timpânica inteira e o anel. Integridade: Perfurações, abaulamento – aumento de pressão no ouvido médio, exsdato seroso ou seropurulento Membrana timpânica com perfuração central: Posição do abaulamento Lesões Deformidades Avaliação da Audição Teste da voz sussurrada Pergunte ao paciente: “Você acha que possui perda auditiva ou dificuldade para escutar?” Se ele relatar perda auditiva, realize o teste da voz sussurrada 1. Fique de pé 60 cm atrás do paciente sentado, de modo que ele não consiga ler seus lábios 2. Tampe a orelha que não está sendo avaliada com um dedo da mão e delicadamente friccione o trago em um movimento circular para evitar a transferência do som para a orelha que não está sendo testada 3. Expire bem antes de sussurrar para garantir que a voz sairá baixa 4. Sussurre uma combinação de três números e letras, tais como 3-U-1. Use uma combinação diferente de números/letras para testar a outra orelha Testes Vestibulares - Avaliação da perda auditiva sensorioneural e condutiva Lesão de origem neurossensorial (Na perda auditiva neural): ouve bem no lado contrário a lesão Lesão de origem condutiva (perda auditiva de condução) : ouve bem no lado lesado ASPECTOS GERAIS ● Quando os pacientes não se saem bem no teste da voz sussurrada. ● Testes de Weber e Rinne ajudam a determinar se a perda auditiva é condutiva ou sensorineural. ● Realizados com diapasão - instrumento de aço ou alumínio - semelhante à letra “Y”, que emite um tom puro ao ser percutido. ● certifique-se de estar em uma sala silenciosa e usar um diapasão de 512 Hz ● Induza uma discreta vibração no diapasão, apertando-o bruscamente entre o polegar e o indicador ou batendo delicadamente na palma da mão. Weber Comparar a condução óssea com a condução aérea ● Percurtir as hastes na mão livre, e segurar a base com uma das mãos sem tocar as hastes, e coloque, com firmeza, a base do diapasão no vértice da cabeça do paciente ou no meio da fronte Está sentindo as vibrações? Está indo para um dos lados ou chega nos dois igualmente? (se lateraliza ou se chega igualmente) = O paciente deve ouvir o som igualmente em ambas as orelhas. Se o som for lateralizado, pedir ao paciente para identificar qual a orelha que ouve melhor o som. Para testar a confiabilidade da resposta do paciente, repita o procedimento enquanto é ocluído uma orelha, perguntando ao paciente em que orelha o som é mais bem ouvido. Ele deve ser melhor na orelha ocluída. Se lateraliza: Para o ouvido afetado= perda auditiva da condução Para o ouvido não afetado= perda auditiva neurossensorial * pacientes com déficits de condução ou sensorineural bilaterais não apresentam lateralização TESTE DE RINNE Permite comparar a audição por vias óssea e aérea. Vou colocar esse instrumento aqui atrás da orelha do sr. Não vai doer. Quando colocar, o sr. vai me dizer se tá ouvindo ou não. Quando parar de ouvir, vou colocar ele aqui na frente do seu ouvido. E aí você me diz quando parar. O diapasão é colocado na apófise da mastoide do paciente até o desaparecimento da percepção sonora; em seguida é colocado na região anterior ao trago, sem tocá-lo. Peça paciente lhe diga quando o som não é mais ouvido, anotando o número de segundos. Rapidamente, posicione as hastes ainda vibrando a 1 a 2 em do canal auditivo, e novamente peça paciente que lhe diga quando o som não for mais ouvido. Continue a contar ou cronometra; intervalo para determinar a duração de tempo que o som é ouvido por condução aérea O som conduzido pelo ar deve ser ouvido pelo dobro do tempo do som conduzido pelo osso depois que a condução óssea para (2:1) (tempo que escuta> tempo que sente a vibração) INTERPRETAÇÃO - O som é escutado mais tempo quando conduzido pelo ar que pelo osso cerca de 2:1 (CA > CO). - A. Rinne positivo, ou seja, condução aérea melhor que a condução óssea. - B. Rinne positivo na perda neurossensorial, a condução óssea e a condução aérea são igualmente diminuídas. - C. Rinne negativo na perda condutiva, condução óssea melhor que a aérea. OBS: Manobra de Dix-Hallpike ( Nistagmo de posição)