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Resenha dos dois primeiros capítulos do Livro “Marketing 3.0”, de Philip Kotler, com apoio no texto “O que é Marketing”, de Marco Antônio Machado e Ednéia Machado. Os dois primeiros capítulos do livro Marketing 3.0, de Philip Kotler, apresentam a evolução do marketing com o passar do tempo até chegar na fase 3.0, que é vista atualmente. Após isso, é retratado o futuro modelo para o marketing 3.0, que é moldado em partes pelos eventos atuais e terá interferência também das forças de longo prazo. Já o texto O que é Marketing, dos professores Machado, apresenta conceitos que ajudam a entender o significado de marketing, servindo então nessa resenha de apoio para o livro de Kotler. A evolução do marketing se deu devido a acontecimentos que alteraram o modo de ver o mundo das pessoas e das empresas. A necessidade das pessoas, que como é retratado por Machado não são apenas de natureza vital, foi se modificando com o tempo. O que era inicialmente centrado no produto passou a ser orientado para os clientes na fase posterior, e hoje encontra-se voltada para os valores, ou seja, as pessoas não são somente consumidoras, elas têm mente, coração e espírito e as empresas devem oferecer soluções para os problemas da sociedade. Esta última era voltada para os valores, denominada de marketing 3.0, foi propulsionada pela nova onda tecnológica e pela globalização, com celulares e computadores baratos, internet de baixo custo e fonte aberta, gerando a ascensão das mídias sociais e o crescimento da influência dos consumidores com suas opiniões e experiências, fazendo com que eles participem do desenvolvimento de produtos da empresa e de suas comunicações. Os três elementos básicos do Marketing 3.0 são: o marketing colaborativo, no qual as empresas precisam de ajuda para mudar o mundo; o marketing cultural, em que as empresas necessitam estar por dentro dos problemas comunitários ligados aos seus negócios; e a ascensão da sociedade criativa, com essas pessoas passando a ter uma função cada vez mais dominante na sociedade. Em relação ao futuro do marketing 3.0, ele será moldado tanto pelos eventos atuais, quanto pelas forças no longo prazo. Um dos pontos a serem levados em conta é a recessão vivida pela economia mundial, fazendo com que o perfil do consumidor possa mudar na nova década iniciada em 2010, passando a ter mais cautela em seus gastos, o que faria com que os profissionais de marketing tenham que trabalhar mais do que nunca para incentivar o consumo. O Marketing 1.0 e o 2.0 continuarão tendo relevância e seus conceitos serão aplicados, mas as mudanças no ambiente de negócios continuarão provocando mudanças nas práticas de marketing. Deve-se entender que os consumidores apreciam cada vez mais a cocriação, a comunização e o desenvolvimento da personalidade da marca. No estágio 3.0, o marketing deve ser redefinido como um triângulo harmonioso entre marca, posicionamento e diferenciação, além de ser introduzido os 3 Is: identidade, integridade e imagem da marca. No contexto da globalização, os consumidores desejam transformar a sociedade e transformá-la num lugar melhor. As empresas que tem como objetivo ser ícone devem compartilhar do mesmo sonho, sendo que a melhor abordagem é incorporar as boas ações na sua missão, visão e aos valores da empresa. A missão tem suas raízes no passado, enquanto a visão tem a ver com o que deseja que a empresa seja no futuro. Já os valores podem ser considerados “padrões de comportamento institucionais da corporação”. O marketing significa então “definir com clareza sua identidade e fortalece-la com integridade autêntica para construir uma imagem forte”. Deve ser utilizado não somente como sinônimos de venda ou como uma ferramenta para gerar demanda, e sim como uma esperança para recuperar a confiança do consumidor. Dessa forma, a leitura dos dois textos ajuda na compreensão do que é o marketing e da trajetória que sua definição teve até os dias de hoje. O marketing 3.0 com sua preocupação com o espírito das pessoas e com a intenção de fazer um mundo melhor se encaixa perfeitamente com a finalidade do setor público, já que o Estado é o principal responsável por proporcionar uma sociedade melhor para os cidadãos. Assim, quanto mais empresas com a missão, visão e valores voltados para tornar o mundo um lugar melhor, melhor para os governantes, que devem incentivar essas corporações e também utilizar disso para melhorar o mundo.