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PERSPECTIVA SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E PERCEPÇÕES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA INCLUSÃO ESCOLAR EM ITAPETINGA BAHIA NO ANO DE 2021. DOS ANJOS, Natália Pinheiro1 OLIVEIRA, Iara de Sousa de2 SILVA, Isabelle dos Santos3 REIS, Raquel da Silva4 MENDONÇA, Daelcio Ferreira Campos5 RESUMO O presente artigo teve por objetivo analisar a aplicação da política pública educacional de Educação Inclusiva a partir da percepção docente, acerca dos aspectos desafiadores em torno da pratica pedagógica na inclusão de crianças com deficiência na escola regular. Para esta finalidade realizamos um estudo de campo de natureza qualitativa, de caráter exploratório, na cidade de Itapetinga, no sudoeste da Bahia em 2021, com docentes de escolas públicas municipais. Além de estudos que sustentam as categorias de análise baseados em Maria Teresa Eglér Mantoan (2017) que aborda a educação inclusiva como mudança de paradigma e Sassaki (2003) que trata dos desafios em estabelecer a naturalidade da educação inclusiva, sendo possível observar por meio dos resultados da pesquisa feita com professores de quatro escolas municipais desta cidade que o modelo inclusivo de educação é posto em risco diante da falta de recursos e principalmente por haver descrença quanto ao potencial de ensino e aprendizado nas turmas de educação regulares. Palavras chave: Educação. Inclusão. Desafios. Diferenças. INTRODUÇÃO Por educação inclusiva se entende o processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais ou com distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus tendo como principio acolher todas as pessoas sem exceção segundo MANTOAN (2008). ¹ Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,campus Itapetinga: (nataliapinheironatalia34@gmail.com); 2Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Itapetinga: ( Yarabrsousa@gmail.com), 3Graduanda do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia: (beelsantos60@gmail.com); 4Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Itapetinga: Raquel da Silva Reis; 5 Professor. Doutor em educação (UFBA):daelcio.ferreira@uesb.edu.br; Por tanto o objetivo a partir deste artigo é evidenciar os problemas que podem comprometer o desenvolvimento das práticas educativas e o respeito às singularidades compreendidas como características que compõem o caráter heterogêneo da diversidade de alunos que frequenta a escola regular por meio da inclusão. Sendo que serão destacados os principais desafios encontrados no ensino e aprendizagem de estudantes da inclusão e a percepção que os docentes possuem em exercer suas praticas pedagógicas de modo que haja uma inclusão de fato efetiva beneficiando todos os envolvidos com equidade. Levando em consideração que educação inclusiva foi à resposta para situações segregacionistas e que impediam o pleno desenvolvimento de alguns estudantes, será salientado circunstancias desafiadoras no percurso do aprendizado consistindo no fato de que para alcançar a educação inclusiva é fundamental que todo um sistema escolar seja adaptado e avaliados desde sua infraestrutura aos paradigmas preconceituosos encontrados em alguns discursos excludentes em torno dos deficientes. Como o estudo está vinculado à análise de uma Política Pública Educacional, podemos definí-lo aqui como sendo um direito de todos uma educação de qualidade sem espaço para a discriminação independente da condição física do estudante para Mantoan (2006) a inclusão implica mudanças; nas políticas e na organização da educação especial e da regular,e no próprio conceito de integração. Ela implica mudanças de perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos com deficiência e os que apresentam dificuldade de aprender, mas todos os demais, para que obtenha sucesso na corrente educativa geral. Este fato também é definido segundo Sassaki (1998) como sendo um processo social que precisa de mudanças para que seja de qualidade. Para SASSAKI (1998) educação inclusiva é o processo que ocorre em escolas de qualquer nível preparadas para propiciar um ensino de qualidade a todos os alunos independentemente de seus atributos pessoais, inteligências, estilos de aprendizagem e necessidades comuns ou especiais. A inclusão escolar é uma forma de inserção em que a escola comum tradicional é modificada para ser capaz de acolher qualquer aluno incondicionalmente e de propiciar lhe uma educação de qualidade. Na inclusão, as pessoas com deficiência estudam na escola que frequentariam se não fossem deficientes. Levando em consideração, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva de inclusão escolar, a educação especial passa a fazer parte da proposta pedagógica da escola regular, garantindo o atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou super dotação (BRASIL, 2008). Portanto é observada nesta pesquisa a perspectiva do ângulo escolar sobre os estudantes com deficiência onde foram questionados obstáculos relativos à infra-estrutura, materiais didáticos, e os desafios em torno dos relacionamentos interpessoais e desenvolvimento do aprendizado em uma sala onde funcione o sistema de educação inclusiva Foi Proposto neste artigo de cunho exploratório seguindo uma abordagem qualitativa onde buscamos demonstrar os desafios enfrentados na pratica da inclusão escolar a partir de uma pesquisa de campo feita com docentes de quatro escolas da rede municipal que lecionam em turmas com alunos da educação inclusiva na cidade de Itapetinga-BA por meio de um formulário onde foram abordadas características desafiadoras ao ensino e aprendizado de crianças com deficiência. Neste intuito relacionamos aos dados colhidos a partir de estudos baseados nas concepções de MANTOAN (2017) e SASSAKI (1998) aspectos relevantes as perspectivas e desafios que a escola precisa superar diariamente para que haja uma educação inclusiva. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 1.1 Regulamentações da inclusão escolar e mudanças históricas O desafio se dar exatamente na questão onde a escola tem o dever de lidar com esse público da educação inclusiva não como se a diferença deles fosse um problema e por isso precisassem se integrar a sociedade escolar, como era feito no século xx onde os abrigos administrados pela igreja católica segregavam pessoas com deficiência a fim de habilitá-las para se encaixar na sociedade ou ser excluída. De acordo com a constituição atual a educação básica é obrigatória e tem por objetivo o ensino e aprendizado de todos de modo comum independente de suas deficiências, o que torno a inclusão uma parte fundamental na pratica pedagógica de modo a trabalhar as singularidades de cada pessoa com a intenção de incluir e não integrar como se a pessoa precisasse se moldar a um padrão imposto. No âmbito escolar a educação inclusiva é assegurada por leis como a referente no Art. 208. I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos[...] o princípio que orienta a regulamentação da educação é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Essas condições provocam obstáculos distintos aos sistemas escolares de acordo com MANTOAN (2017) é desafiador promover a educação inclusiva porque as escolas têm a tendência de tratar esses alunos seguindo o modelo da educação especial o que dificulta as mudanças e progressos que visam melhorar a inclusãodo aluno com deficiência. Outro fator questionável em torno do processo de adaptação na rede de ensino à proposta de inclusão é um tanto quanto complexo, pois envolve um país com grandes diferenças regionais e culturais e também por isso determinar que sejam estabelecidas novas formas de compreensão acerca da deficiência, dos processos avaliativos, da busca de harmonia entre serviços que garantam a participação social e a aprendizagem. Apesar de haver a compreensão de que foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que o Art. 1º da lei Nº 13.146, de 6 Julho de 2015. instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Tornando possível a educação inclusiva onde todos os alunos com e sem deficiência tem a oportunidade de conviverem e aprenderem juntos. É o que Mantoan (2017) chamou de cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças O Plano Nacional de Educação (PNE) direciona a organização do sistema educacional e abrange a questão da educação inclusiva orientando esforços e investimentos para a melhoria do ensino no país e prevê que crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência devem ter acesso à Educação Básica e atendimento especializado. Estes avanços são consideráveis para alunos com alguma deficiência sendo relevantes as questões históricas envolvendo a educação para esses determinados indivíduos de acordo com (SANTOS E FIGUEIREDO, 2006) que faz referencia ao século xx como sendo um período de segregação onde o tipo de política educacional envolvendo crianças deficientes era literalmente segregacionista. Essas pessoas eram excluídas da sociedade e até mesmo por seus familiares, os abrigos eram administrados pela Igreja Católica, filantrópicos e de cunho assistencialista, onde os assistidos viviam ali por toda a vida e o objetivo era sempre a busca da adaptação deles ao meio social sem se importarem com sua subjetividade. Mesmo diante das mudanças constitucionais esse intuito vivenciado no passado coloca em risco o desenvolvimento saudável da inclusão no meio escolar tendo vista que ainda ocorrem vertentes de pensamentos de diferenciação e separação em torno do estudante Com alguma deficiência no ano de 2003 inclusive ainda existia diferenciação entre escolas regulares e especiais. Hoje, com as novas diretrizes do PNE, escolas regulares recebem alunos com necessidades especiais, no entanto para que isso ocorra, as instituições de ensino precisam passar por adaptações, como por exemplo, a implementação em sua infraestrutura o que gera questões pertinentes aos desafios enfrentados na pratica dessa modalidade. Além disso, a Constituição Federal garante em seu Artigo 205 que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família. Sendo que o Atendimento Educacional Especializado, oferecido preferencialmente na rede regular de ensino, também é garantido na Constituição Federal no artigo 208, Inciso III. Portanto, a Constituição Federal garante a todos os alunos a freqüência no ensino regular, com base no princípio de igualdade. Assim, todo aluno tem direito de estar matriculado no ensino regular e a escola tem o dever de matricular todos os alunos, não devendo discriminar qualquer pessoa em razão de uma deficiência ou sob qualquer outro pretexto. 1.2 Inclusões e os desafios na pratica Levando em consideração que a inclusão é a capacidade que temos em entender e reconhecer o outro além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo local, estando assim de acordo com a constituição federal de 1988 no artigo 206 no inciso I que estabeleci o direito do individuo em ter acesso a escola de forma igualitária assim como condições de permanência. Tendo uma criança deficiência visual, por exemplo, deve assiste às aulas com os colegas que enxergam e, no contra turno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile e de instrumentos como o soroban, para fazer contas sendo assim essa a intenção do que tem que ser a educação inclusiva um momento em que o aluno com e sem deficiência interagem aprendendo e progredindo um com o outro trabalhando suas singularidades. Em um dos relatos colhidos na pesquisa de campo observa-se o fato de que na prática esse ato de incluir o aluno torna-se desafiador por que o recurso disponibilidades a escola pública, por exemplo, acaba sendo um empecilho, nem sempre a escola possui todos os equipamentos necessários ou a infraestrutura regulamentada diante as normas, de acordo com Mantoan ainda a outro problema que é evidente na educação inclusiva como questões relevantes a conscientização. O maior problema é que as redes de ensino e as escolas não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado preferencialmente na escola, que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições especializadas, principalmente em deficiência mental. Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos num processo de conscientização. (Mantoan, Maria Teresa Eglér. 2005) Além dos desafios rotineiros envolvendo recursos e capacitação dos docentes ainda permeia sobre a educação inclusiva a dificuldade em reeducar a compreensão que as pessoas têm sobre a criança com deficiência, pois ainda existe um entendimento errôneo que faz com as pessoas idealize o estudante deficiente como alguém incapacitado de aprender e de se desenvolver. Cada pessoa independente de sua condição física ou intelectual passa pelo processo de aprendizado de modo particular, quando tratamos de questões relevantes a educação de pessoas com deficiência é possível perceber certo conceito preconceituoso em torno do seu aprendizado. A sociedade ainda visualiza a escola regular como o lugar de crianças classificadas como normais e ainda exclui os considerado deficientes para uma educação especial o que torna este o maior desafio dentro da educação inclusiva por que muitas vezes a criança já é recebida em um ambiente que coloca sua própria capacidade de desenvolvimento em duvida. Mantoan (1988) descreve o percurso da educação inclusiva, observada a partir de um o cenário educacional brasileiro sob três ângulos: o dos desafios provocados pela Inovação, o das ações no sentido de efetivá-la nas turmas escolares, incluindo o trabalho de formação de professores e, finalmente o das perspectivas que se abrem à educação escolar, a partir da sua implementação. O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles a inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exigem da escola brasileira, novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas. RESULTADOS E DISCURSÕES A partir de um questionário feito com professores da rede municipal de ensino em quatro unidades escolares distintas da cidade de Itapetinga no sudoeste da Bahia no ano de 2021, onde a intençãopermeou em torno dos desafios encontrados na pratica pedagógica envolvendo a inclusão de alunos com deficiência. Foi possível evidenciar fatos relatados por MANTOAN (2015, p.62) que declara possuir ângulos diversos na educação inclusiva que engloba desafios que exige inovações das ações pedagógicas em uma sociedade despreparada para aceitar o diferente principalmente diante implementações escolares que possa que gerar mudanças a um modelo conhecido e padronizado onde não a espaço para quem é diferente. Nesse contexto 4 professores de diferentes escolas do município foi abordado acerca de questões envolvendo a estrutura escolar, desenvolvimento do ensino e aprendizado entre crianças da inclusão e os demais estudantes, e quais dificuldades encontradas em lidar com turmas nessa perspectiva. Há uma das perguntas em relação a superlotação das salas que muitas vezes se torna desafiador tendo em mente que as crianças independentes de sua condição precisam de suporte constante todos os professores foram unânimes em dizer que quanto maior a turma se torna mais complexo a assistência principalmente quando há alunos da inclusão que precisam de um suporte extra para desenvolver suas atividades. No entanto em relação ao relacionamento interpessoal das crianças da inclusão social o desafio maior encontrado de acordo um dos professores estarem mais ligado ao comportamento dos pais em subestimar a capacidade dos filhos com deficiência em se relacionar de forma saudável com os demais do que das próprias crianças que apresenta um comportamento de aceitação e equidade para com o colega deficiente inserido na turma regular pela inclusão escolar. O que evidencia o discurso de MANTOAN (2005) sobre a educação inclusiva não admitir discriminação sendo que esta provem em maior escala da negligencia das leis,sendo que o próprio governo não fornece recursos para estas sejam efetivas tornando os processos de implantação nas escolas mais lentos do que a própria adaptação das crianças as práticas inclusivas(MANTOAN 2005) ainda afirma que “(...) existem movimentos de resistência que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições especializadas, principalmente em deficiência mental”. É preciso estratégias que façam que os docentes atendam a todos, para que não cause a dificuldade de interação ou até mesmo assistência. Segundo os dados apresentados 33,3% dos professores relatam que os alunos da educação inclusiva conseguem interagir e se desenvolver em sala de aula, porém 66,7% dos docentes responderam que há dificuldades Para o aluno deficiente se adaptar ao ensino na educação inclusiva. Neste intuito os professores foram questionados a respeito do bullying que surgi como uma das preocupações ao inserir crianças com deficiência em uma escola regular, no entanto os discentes responderam que situações referentes a isso não são freqüentemente vista por eles sendo a inclusão o motivo e que o bullying é um problema que pode surgir na escolar por qualquer outro motivo. O que nos leva a deduzir que a falta de incentivo a educação inclusiva ocorre não por falta de aceitação dos outros alunos mais por falta de recursos da própria escola em ofertar um ambiente propicio a essas crianças tornando as praticas pedagógicas limitadas o que se torna um grande desafio aos professores. No estudo de MANTOAN (2017)” é desafiador promover a educação inclusiva porque as escolas têm a tendência de tratar esses alunos seguindo o modelo da educação especial o que dificulta as mudanças e progressos que visam melhorar a inclusão do aluno com deficiência o principal impedimento é apresentado pela própria escola, que impossibilita o aluno favorecer na adaptação e vínculos. No entanto sobre o atual contexto no ensino remoto os docentes disseram que “eles praticamente não aderiram. Salvo raras exceções. E quando aderem não têm como medir até onde eles estão compreendendo de fato alguma coisa, com isso a família tem optado em buscar as atividades na escola e não colocá-lo para participar das aulas remotas”. O que é contraditório a estudo de SASSAKI (1998), “define a educação inclusiva como um processo que ocorre em escolas de qualquer nível, dispostas a proporcionar um ensino de qualidade a todos os educandos independentemente de seus estilos de aprendizagem, inteligências, atributos pessoais e necessidades comuns ou especiais.” É preciso a inclusão de todos, mas nesse ensino remoto se tornou uma problemática, pois para que haja uma continuidade no ensino-aprendizagem é necessária a participação dos educandos nas aulas remotas, mas devido aos desafios, causam impossibilidades para se incluírem. Tabela 1- Opinião dos professores de Itapetinga-BA sobre a educação inclusiva Descrição Frequência Percentual Dificuldade para interação e adaptação 1 33% A educação inclusiva e essencial e os professores estão capacitados 2 67% Os professores não estão capacitados 1 33% Os alunos com deficiência não aderiram ao ensino remoto por falta de recursos 3 100% 3 100% O bullying não é um problema no ensino inclusivo e sim a quantidade de alunos em uma sala de aula que dificulta a assistência Total 3 100% Fonte: Elaborado a partir do resultado de pesquisa pelas autoras Gráfico 1-Opinião de professores de Itapetinga-BA sobre a educação inclusiv Fonte: Elaborado a partir dos dados de pesquisa pelas autoras De acordo com os dados dispostos é possível observar que os professores se sentem capazes de trabalhar em uma sala de aula com crianças deficientes na educação inclusiva sendo que de acordo com eles a adaptação entre as crianças não corresponde a um problema para nenhuma das partes confirmando que entre os maiores desafios enfrentados pelos professores estão as questões envolvendo a infra-estrutura a organização das turmas que quando superlotadas dificulta a assistência as crianças que exigem mais atenção dos professores em alguns casos. CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÕES É um embate educacional, mas também essencialmente político, uma vez que somente a pressão social garantirá políticas públicas efetivas e um aporte orçamentário onde a educação seja realmente uma prioridade e na qual a educação inclusiva torne-se um objetivo permanente. 100% 10% 20% 10% 30% 30% Pesquisa feita em 2021,nas escolas munipais de itapetinga,BA Descrição Dificuldade para interação e adaptação A educação inclusiva e essencial e os professores estao capacitados Os professores não estão capacitados Os alunos com deficiencia não aderiram ao ensino remoto por falta de recursos O bulying não é um problema só do ensino inclusivo Para que a inclusão seja uma realidade significativa na vida dos estudantes foi constatado por meio desta pesquisa de campo que existe uma serie de barreiras que é preciso rever, além da política e práticas pedagógicas é necessário conhecer o desenvolvimento humano e suas relações com o processo de ensino-aprendizagem, levando em conta como ele ocorre em cada aluno como ser subjetivo independente de ser deficiente. O ambiente escolar tem um papel importantíssimo para o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, assim como o poder legislativo sendo onde se redigem e promulgam as leis que tratam sobre onde a importância da inclusão é de responsabilidade da sociedade, família e Estado em assegurar os direitos e garantias das crianças e adolescentes e as colocarem a salvo de toda forma de negligência, preconceitos velados ou escancarados e discriminação. Sendo assim é fundamental ter consciência de que todas essas reflexões teóricas preconizando a inclusão escolar é conseqüência de negligencias não só políticas mais também sociais levando em consideração a tendência do ser humano de excluir o que causa estranheza por ser diferente prevalecente o que torna a concretização de uma educação de fato inclusivaum processo com muitos obstáculos onde a visão que as próprias pessoas tem sobre o que é incluir precisa ser renovado deixando o estigma da integração como se a criança tivesse que se enquadrar a um determinado padrão escolar. Entretanto ter persistência através de ações que possam afirmar essas crianças como parte comum da sociedade quebrando paradigmas de inferioridade onde ser diferente é visto como um problema só é possível a partir de mudanças culturais que envolvem a sociedade é uma forma de apresentar resistência para que seja estabelecido um benéfico que já pertence ao deficiente a escola é um espaço que deve ser pensado para o individuo independente de sua deficiência, é um direito e prioridade garantir o bem estar a qualquer criança. A partir dos fatos apresentados observa-se que o problema não estar em quem possui uma deficiência e nem estar nas outras crianças consideradas como sendo normais a questão é exatamente o oposto disso pois ambas podem sim aprender juntas e conviver de forma saudável e produtiva para a educação de acordo com os dados de campo coletados. Entretanto os maiores obstáculos esta em torno dos recursos disponibilizados ao sistema escolar, estar nos anseios e despreparo acadêmico ou até mesmo emocional dos professores e ainda assim na própria comunidade que desacredita no potencial de uma pessoa deficiente pelo fato desta ser diferente. Mas a política pública assegura os direitos das mesmas que devem ser reivindicados sempre que necessário, é preciso que as pessoas que possuem uma determinada conscientização disso não se oponha a lutar para que essas pessoas sejam atendidas pelo sistema educacional com equidade e respeito. Conclui-se que apesar de ter ficado claro os desafios da educação inclusiva, é possível promove-la mesmo diante das dificuldades, afinal o processo educativo exige inovações e criatividade principalmente quando os recursos necessários para alcançar as metas não se encontram disponíveis a escola precisa exercer esse papel adaptando o seu ambiente e suas programações para que todos os alunos sejam acolhidos e se sintam capazes,pois a escola também pode ser um espaço de reinvenções e de esperança onde todos aprendem e evoluem mesmo diante de suas limitações. REFERÊNCIAS RODRIGUES, Leandro. O que é educação inclusiva? Um passo a passo para a inclusão escolar. Instituto itard, cursos de educação especial. Disponível em: https://institutoitard.com.br/o-que-e-educacao-inclusiva-um-passo-a-passo-para-a- inclusao-escolar/ . Acesso em 4 de agosto de 2021. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. INCLUSÃO ESCOLAR O que é? Por quê? Como fazer? FIGUEIREDO, Emilio. O que É Educação Inclusiva - Volume 343. 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