Logo Passei Direto
Buscar
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
PERSPECTIVA SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E
PERCEPÇÕES DA PRÁTICA PEDA GÓGICA NA INCLUSÃO
ESCOLAR EM ITAPETINGA BAHIA NO ANO DE 2021.
DOS ANJOS, Natália Pinheiro
1
OLIVEIRA, Iara de Sousa de
2
SILVA, Is abelle dos Santos
3
REIS, Raquel da Silva
4
MENDON ÇA, Daelcio Ferreira Campos
5
RESUMO
O presente artigo teve por objetivo analisar a aplicação da política pública educacional de
Educação Inclusiva a partir da percepção docente , acerca dos aspe ctos de safiadores em torno da
pratica pedagógica na inclusão de crianças com deficiência na escola regular. Para esta finalidade
rea liza mos um estudo de campo de natureza qua litativa, de caráter e xplora tório, na cida de de
Itapetinga, no sudoe ste da Bahia e m 2021, c om doc entes de escolas pública s municipais. Além
de estudos que sustentam as categorias de aná lise basea dos em Maria Teresa Eglé r Mantoa n
(2017) que aborda a educação inc lusiva como mudança de para digma e Sassa ki (2003) que trata
dos de safios em e stabelecer a natura lidade da educação inclusiva, sendo possível observa r por
meio dos resultados da pesquisa feita c om professores de qua tro escolas municipais desta c ida de
que o modelo inclusivo de educação é posto em risco diante da fa lta de rec ursos e pr incipalmente
por haver descrença quanto ao potencia l de ensino e aprendizado nas turma s de educ ação
regulares.
Palavras chave: Educação. Inclusão. Desafios. Diferenças.
INTRODUÇÃO
Por educação inclusiva se entende o process o de inclu são de alunos com necessidades
educacionais especiais ou com distúrbios de aprendizagem na rede co mum de ensino em
todos os seus graus tendo como pr incip io acolher todas as pess oas sem ex ceção segundo
MANTOAN (2008).
¹ Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,campus Itapetinga:
(nataliapinheironatalia34@gmail.com);
2
Gra duando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoe ste da Bahia, campus Itapetinga: (
Yarabrsousa@gma il.com),
3
Gra duanda do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia:
(beelsantos60@gma il.com);
4
Gra duando do curs o de peda gogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Itapetinga:
Raquel da Silva Reis;
5
Professor. Doutor em educação (UFBA):daelcio.ferreira@uesb.edu.br;
Por tanto o obj etivo a partir deste artigo é evi denciar os problemas que podem
comprometer o d esenvolvimento das p ráticas educativas e o respeito às singu laridades
compreend idas como características qu e compõem o caráter heterogêneo d a diversid ade
de alunos que frequenta a escola regular por meio da inclusão.
Sendo que serão destacados os principais desafios encontrados no ensino e aprendizagem
de estudantes da inclusão e a percep ção que os docentes pos suem em exercer suas praticas
pedagógicas de modo que haja uma inc lusão de fato efetiva beneficiando todos os
envolvidos com equidade.
Levando em consideração que educação inclusi va foi à resposta para situações
segregacionistas e que impediam o pleno desenvolvimento de al guns estudantes, será
salientado c ircunstan cias desafiadoras no percurso d o aprendiz ado consistindo no fato de
que para alcan çar a educ ão inclusiva é fund amental que todo um sist ema escolar seja
adaptado e avaliados desde sua infraestrutura aos paradigmas pr econce ituosos
encontrados em alguns discursos excludentes em torno dos deficientes.
Como o estudo está vinculado à análise de uma Política Pública Educacional, podemos
definí-lo aqui como sendo um direito de todos um a educação de qua lidade sem espaço
para a discriminação ind ependente d a condição física do estudante para Mantoan (2006)
a inclusão i mplica mudanças; nas po líticas e n a org anização d a educação especial e da
regular,e no própr io conceito de integração.
Ela i mplica mudanças d e perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos
com deficiência e os qu e apresentam dificuldade de aprender, mas todos os demais, p ara
que obtenh a sucesso na corr ente educativ a geral. Este fato tam m é definido segund o
Sassaki (1998) como sendo um process o s ocial que p recisa de mudanças para que seja de
qualidade.
Para SASS AKI (1998) educação inclus iva é o processo que ocorre em esco las de qua lquer
nível preparadas para propiciar um ensino d e qualid ade a todos os alunos
independentemente d e seus atributos p essoais, inteligências , estilos de aprendizagem e
necessidades comuns ou especiais.
A inclusão escolar é uma form a de inserção em que a escola comum tradicional é
modificada p ara ser capa z de acolher qualquer aluno incondicionalmente e de prop iciar
lhe uma educação de qualidade. N a inc lusão, as pessoas com deficiên cia estudam na
escola que frequentariam se não fossem deficientes.
Levando em consideração, a Política Nacional d e Educação Especial na perspectiva de
inclusão escolar, a educação especial passa a fazer parte da proposta pedagóg ica da escola
regular, g arantindo o at endimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou super dotação (BRASIL, 2008).
Portanto é obs ervada nesta pesquisa a perspectiva do ângulo escolar sobre os estudantes
com deficiência onde foram questionados obs tácu los relativos à infra-estrutur a, materiais
didáticos, e os desafios em torno dos relaciona mentos interpess oais e desenvolvimento
do aprendizado em uma sala onde funcione o sistema de educação inclusiva
Foi P roposto neste art igo de cunho exploratório seguindo uma aborda g em qual itativa
onde bus camos demonstrar os des afios enfrentados na pratica da inclusão escolar a partir
de uma pesquisa de campo feita com docentes d e q uatro escolas d a rede mun icip al que
lecionam em tur mas com alunos da educação inclusiva na cidade de Itapetinga-BA por
meio de u m formulário onde fora m abordadas caracterís ticas desafiadoras ao ensino e
aprendizado de crianças com deficiência.
Neste intuito relacionamos aos dados colhidos a partir de estudos baseados nas
concepções de MANTOAN (2017) e SAS SAKI (1998) aspectos relevantes as
perspectivas e desafios que a escola pr ecis a superar diariamente para qu e haja uma
educação inclusiva.
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
1.1 Regulamentações da inclusão escolar e mu dan ças históricas
O desafio se dar exatament e na q uestão onde a escola tem o dever de l idar com esse
público da educação inclusiva não como se a diferença deles fosse um problema e por
isso precisassem se int egrar a s ociedade escolar, co mo era feito no século xx onde os
abrigos adminis trados pela igreja católica segregava m pessoas com deficiênc ia a fim de
habilitá-las para se encaixar na sociedade ou ser excluída.
De acordo com a constituição atua l a educação b ásica é obrigatória e tem por objetivo o
ensino e aprendizado de todos de modo comu m independente de suas deficiências, o que
torno a inclusão uma parte fund amen tal na pratica pedagógic a de modo a trabalhar as
singularidades de cada pessoa com a intenção de incluir e não integrar como se a pessoa
precisasse se moldar a um padrão imposto.
No âmbito escolar a educa ção inclusiva é assegurada por leis como a referen te no Art.
208. I educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, assegurada inclusive sua oferta gra tuita para todos[...] o princípio que ori enta a
regulamentação da educação é o de qu e esco las de veriam acomodar todas as crianças
independentemente de s uas condiçõ es físi cas, intelectuais, sociais, e mocionais,
linguísticas ou outras.
Essas condições provoc am obstá culos distintos aos sistemas escolares de acordo com
MANTOAN (2017) é desafiador promover a educação inclusiva porque as escolas têm a
tendência d e tratar esses alunos seguindo o mod elo da educação especial o que dificult a
as mudanças e progressos que visam melhorar a inclusão do aluno com deficiência.
Outro fator quest ionáve l e m torno do proces so de adaptação n a red e de ensino à proposta
de inclusão é u m tanto quan to complexo, pois envolve um pa ís com grandes diferenças
regionais e culturais e també m por isso determinar que sejam est abel ecidas nov as formas
de compreensão acerca da deficiência, dos processos avali ativos , da busca de har monia
entre serviços que garantam a participação social e a aprendizagem.
Apesar de haver a compreensão de que foi a favor d a diversidade e pensando no direito
de todos de aprender que o Art. da lei Nº 13.146, de 6 J ulho de 2015. ins tituída a Lei
Brasileira de In clusão da Pessoa com Def ici ência (E statuto d a Pessoa com Def iciência),
destinada a assegurar e a promov er, em condições d e iguald ade, o exercício dos dir eitos
e das liberdades fundamentais por pessoa com defi ciência, v isan do à sua in clusão s ocial
e cidadania.
Tornando possível a educação inclusiva onde todos os alunos com e sem defi ciência tem
a oportunidade de conviverem e aprenderem juntos. É o que Mantoan (2017) chamou de
cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças
O Plano Nacional de Educação (PNE) direciona a or ganiza ção do sistema educacional e
abrange a questão da educação inclusiva orientando esforços e investimentos para a
melhoria do ensino no país e prevê que crianças e adolescen tes com algum tipo de
deficiência devem ter acesso à Educação Básica e atendimento especializado.
Estes avanços s ão consideráveis para alunos com alguma deficiência sendo relevantes as
questões históricas envolvendo a educação para ess es determi nados indivíduos de acordo
com (SANTOS E FIGUEIREDO, 2006) que faz referencia ao século xx como sendo u m
período de segregação ond e o tipo de po lítica educacional envolvendo crianças
deficientes era literalmente segregacionista.
Essas pessoas eram excluíd as da sociedade e até mesmo por s eus familiares, os abrigos
eram admin istrados pela Igreja Ca tólica, f ilantrópicos e de cunho assistencialista, onde
os assistidos viviam ali por toda a vida e o ob jetivo era sempre a busca da adaptação deles
ao meio social sem se importarem com sua subjetividade.
Mesmo diante das mudanças constitucionais esse in tuito vivenciado no passado coloca
em risco o desenvolvimento saudáv el da inclusão no meio escolar t endo vist a que ainda
ocorrem ver tentes de pensamentos de diferenci ão e separação e m torno do estudante
Com alguma deficiência no ano de 2003 inclusive ainda existia dif erenciação entre
escolas regulares e especiais. Hoj e, co m as nov as diretrizes do PN E, escolas r egulares
recebem alunos com necessidades espe ciais, no entanto para que isso ocorra, as
instituições de ensino pre cisam passar por adaptações, como por exemplo, a
implementação em sua infra estrutura o que gera questões per tinentes aos desafios
enfrentados na pratica dessa modalidad e.
Além disso, a Const ituição Feder al garante em s eu Artigo 205 que a educação é direito
de todos e dever do Estado e da família. Sendo que o Atendimento Educacional
Especializado, oferecido pref erencialmente na rede re gular de ens ino, ta mbém é gar antido
na Constituição Federal no ar tigo 208, Inciso III.
Portanto, a Constitui ção Federal garante a todos os alunos a freqüência no ensino regular,
com base no princípio de igualdade. As sim, todo aluno tem direito de estar matriculado
no ensino regular e a esco la t em o dever de matricular todos os alunos, não devendo
discriminar qualqu er pess oa em ra zão de u ma def iciência ou sob qualqu er outro pretexto.
1.2 Inclusões e os desafios na pratica
Levando e m consideração que a in clusão é a cap acidade que temos em en tender e
reconhecer o outro além de faz er ad apta ções f ísicas, a es cola pr ecisa ofere cer atend imento
educacional especializado paral elamente às aulas r egulares, de preferência no mesmo
local, estando assim de acordo com a constitui ção federal de 1988 no artigo 206 no inciso
I que estabeleci o direito do individuo em ter acesso a escola de forma igualitária assim
como condições de per manência.
Tendo uma criança deficiência vis ual, por exemplo, deve assiste às aul as com os colegas
que enxergam e, no contra turno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile
e de instrumentos como o soroban, para fazer contas sendo assim essa a intenção do que
tem que ser a educação inclusiva um momen to em que o aluno com e sem def iciência
interagem aprendendo e progredindo um com o outro trabalhando suas singularidades.
Em um dos relatos colhidos na pesquisa de campo observa-s e o fato de que na prática
esse ato de incluir o aluno torn a-se desafiador por qu e o recurso disponibilidades a escola
pública, por ex emplo, acaba sendo um e mpec ilho, nem sempre a esco la pos sui todos os
equipamentos necessários ou a infr aestrutura regulamentad a diante as normas, de acord o
com Mantoan ainda a outro problema que é ev idente n a educação in clusiva como questõ es
relevan tes a conscientização.
O maior proble ma é que as redes de e nsino e as e scolas
não c umprem a lei. A nossa Constituiç ão ga rante desde
1988 o ac esso de todos ao Ensino Fundamental, sendo
que alunos c om necessidades e spe ciais de vem rece be r
atendimento especializado preferencialmente na escola ,
que não substitui o ensino regular . Há outra questão, um
movimento de resistênc ia que tenta impedir a inclusão de
caminhar : a força corpor ativa de instituições
espec ia liza das, principalmente em defic iênc ia mental.
Muita gente c ontinua acreditando que o melhor é excluir,
manter as crianças e m esc ola s especiais, que dão ensino
adapta do. Mas já ava nç amos. Hoje todo mundo sabe que
elas têm o direito de ir para a esc ola re gular. Esta mos
num processo de conscientização. ( Ma ntoan, Mar ia
Tere sa Eglér. 2005)
Além dos desafios rotineiros envolvendo recursos e capacitação dos docentes ainda
permeia sobre a educação inclusiva a dificuldade em reeducar a co mpreens ão que as
pessoas têm sobre a crian ça com deficiência, pois ai nda exist e um entendimento errôneo
que faz com as pessoas idealize o estudante deficiente como a lguém in capac itado d e
aprender e de se d esenvolver.
Cada pess oa independente de sua condição física ou intelectual passa pelo processo d e
aprendizado de modo particular, quando tratamos d e questões r elev antes a educação d e
pessoas com deficiência é possível perceber certo conceito precon ceituoso em torno do
seu aprendizado.
A sociedade ainda visua liza a escola r egular como o lugar de crianças classificadas com o
normais e ainda exclui os considerado deficientes para uma educação especial o que torna
este o maior desafio dentro da educação inclus iva por que muitas vezes a criança j á é
recebid a em um a mbien te qu e colo ca s ua própr ia capacidade de desenvolvimento em
duvida.
Mantoan (1988) descreve o percurso da educação inclusiva, observada a partir de u m o
cenário educacional brasileiro sob três ângulos: o dos desafios provocados pela
Inovação, o das ações no sentido de efetivá-la nas turmas escolares, incluindo o trabalho
de formação de professores e, finalmente o das perspectivas que se abrem à edu cação
escolar, a partir da sua implementação.
O princípio democrático da educação para todos se evidencia nos sistemas
educacionais que se especializam em todos os alu nos, não apenas em alguns deles a
inclusão, co mo consequên cia d e um ensino d e quali dade para todos os alunos provoca e
exigem d a escola brasileira, novos pos icionamentos e é um mo tivo a mais p ara que o
ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É um a
inovação que implica num esforço d e atu alização e reestruturação das cond ições atuais
da maioria de nossas escolas.
RESULTADOS E D ISCURSÕES
A partir de um qu estionário feito com professores da rede municipal de ensino em qua tro
unidades escolares d istintas da cidade de Itapetinga n o sudoeste da Bahia no ano de 2021,
onde a inten ção permeou em torno dos desafios encontrados na prat ica pedagóg ica
envolvendo a inclusão de alunos com deficiência.
Foi possível evidenciar fatos relatados por MA NTOAN (2015, p.62) que declara poss uir
ângulos diversos na educação in clusiva qu e engloba desafios que exige inovações das
ações pedagógicas em uma sociedade despreparada para aceitar o dif erente
principalmen te dian te implementações escolares que possa que gerar mudanças a um
modelo conhecido e padronizado onde não a espaço para quem é diferente.
Nesse contexto 4 professores de diferentes escolas do município foi abordado ac erca de
questões envolvendo a estrutura escolar, desenvolvimento do ensino e aprendizado entre
crianças da inclusão e os de mais estud antes , e quais dificuldad es encontr adas em lidar
com turmas ness a pers pectiva.
uma das perguntas em r elação a s uperlotação d as salas que muitas vezes se torna
desafiador tendo e m mente que as crianças indepen dentes de s ua condição prec isam de
suporte constante todos os profess ores foram unânimes em dizer que qu anto maior a
turma se torna mais complexo a assistência prin cipal mente quando há alunos da inclusão
que precis am de um suporte extra p ara desenvolver suas atividades.
No entanto em r elação ao relaciona mento interpessoal das crianças da inclusão soc ial o
desafio maior encon trado de acordo um dos pr ofessores estarem mais l igado ao
comportamento dos pais em s ubestimar a capacidade dos filhos com deficiência em se
relacionar d e forma s audável com os de mais do que das próprias crianças que apr esenta
um comportamento de a ceitação e equidade par a com o colega defi cien te inser ido na
turma regular pela inclusão escolar.
O que evidencia o discurso de MA NTOAN (2005) s obre a educação inclusiva o admitir
discriminação sendo que esta provem em maior esca la da negligen cia das leis,sendo que
o próprio governo não fornec e recursos para estas s ejam efetivas tornando os processos
de implant ão nas escolas mais lentos do que a própria adaptação das crianç as as práticas
inclusivas(MANTOA N 2005) ainda afirma que “(...) existe m movimentos de r esistênci a
que tenta impedir a in clusão d e caminh ar: a força corporativa de inst ituiçõ es
especializadas, principalmente em deficiência mental”. É preciso estratégias que façam
que os docentes atendam a todos, para que não cause a dif iculd ade de interação ou at é
mesmo assistência.
Segundo os dados apresentados 33,3% dos professores relatam que os alunos da educação
inclusiva conseguem int eragir e se desenvolver em sala de aula, porém 66,7% dos
docentes responderam que dificu ldades Para o aluno deficiente se adaptar ao ensino
na educação inclusiva.
Neste intuito os professores foram questionados a respeito do bullying que surgi como
uma das preocupações ao inserir crian ças com defi ciência em uma escola regular, no
entanto os discentes responderam que situações referentes a is so não são freqüent emente
vista por eles sendo a inclusão o motivo e que o bull ying é um problema que pode surgir
na escolar por qualquer outro motivo.
O que nos leva a dedu zir que a falta de incentivo a ed ucação i nclusiva ocorre não por falta
de aceitação dos outros alunos mais por fa lta de recurs os da própria escola em ofertar um
ambiente propicio a essas crianças tornando as praticas pedagógicas limitadas o que s e
torna um grand e desafio aos professores.
No estudo de MA NTOAN (2017)” é desafiador promover a educaç ão inclusiva porque
as escolas m a tendência de tratar es ses alunos seguindo o modelo d a educação especial
o que dificulta as mud anças e progressos que visam melhorar a inclusão do aluno com
deficiência o pr incipal impedimento é apresentado p ela própria escola, que impossibilita
o aluno favorecer na ad aptação e v ínculos.
No entanto sobre o atual contexto no ensino re moto os docentes disseram que “eles
praticamente não aderiram. Salvo raras exceções. E quando aderem não têm co mo medir
até onde eles estão compreendendo d e fato alguma c oisa, com iss o a família t em optado
em buscar as atividades na escola e não colocá-lo par a parti cipar d as aulas remo tas”.
O que é contraditório a estudo d e SA SSAKI (1998), “define a educação inclusiva como
um processo que ocorre e m escolas de qualquer nível, dispostas a proporcionar um ensino
de qualidade a todos os educandos independentemente de s eus est ilos de aprendizagem,
inteligências, atributos pessoais e necessidades comuns ou especiais.”
É preciso a inclusão de todos, mas nesse ensino r emoto se tornou uma proble t ica, pois
para que haja uma continuidade no ensino-aprendizagem é necessária a participação dos
educandos nas aulas remo tas, mas devido aos desaf ios, cau sam impossibilidades para se
incluírem.
Tabela 1- Opinião dos professores de Itapetinga-BA s obre a educação inclusiva
Descr ição
Frequência
Percentual
Dificuldade para interação e adaptação
1
33%
A educação inclusiva e essencial e os prof essores estão capacitados
2
67%
Os professores não es tão capacitados
1
33%
Os alunos com def iciê ncia não ade riram ao ensino remoto por falta de
recursos
3
100%
3
100%
O bullying não é um pr oblema no ensino inclusivo e sim a quantidade de
alunos em uma sala de aula que dificulta a assistência
Total
3
100%
Fonte: Elaborado a partir do res ultado de pesquisa pelas autoras
Gráfico 1-Opinião de professores de Itapetinga -BA s obre a educação inclusiv
Fonte: Elaborado a partir dos dados de pes quisa pelas autoras
De acordo com os dados dispostos é possível observar que os professores se s entem
capazes de trabalhar em uma sala de aula com crianças deficientes na educação inclusiva
sendo que de acordo com el es a adaptação entre as crianças não corresponde a u m
problema p ara nenhu ma das part es confirmand o que entre os maiores desafios
enfrentados pelos professores estão as questõ es envolvendo a infra-estrutur a a
organização das turmas que quando superlotadas dificulta a ass istência as crianças que
exigem mais atenção dos professores em alguns caso s.
CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÕES
É um embate educacional, mas também ess encialmente político, uma v ez qu e somente a
pressão social garantirá políticas públ icas efetivas e um aporte orç amentário ond e a
educação seja realmente u ma prioridade e na qual a educação inclusiva torne -se um
objetivo permanente.
100%
10%
20%
10%
30%
30%
Pesquisa f eita em 2021,na s escola s munipais de itapetinga ,BA
Descrição
Dificuldade para interação e
adaptação
A educação inclusiva e
essencial e os professores
estao capacitados
Os professores não estão
capacitados
Os alunos com deficiencia
não aderiram ao ensino
remoto por falta de recursos
O bulying não é um
problema só do ensino
inclusivo

Prévia do material em texto

PERSPECTIVA SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E 
PERCEPÇÕES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA INCLUSÃO 
ESCOLAR EM ITAPETINGA BAHIA NO ANO DE 2021. 
 
 
 
 DOS ANJOS, Natália Pinheiro1 
 OLIVEIRA, Iara de Sousa de2 
 SILVA, Isabelle dos Santos3 
 REIS, Raquel da Silva4 
 MENDONÇA, Daelcio Ferreira Campos5 
RESUMO 
O presente artigo teve por objetivo analisar a aplicação da política pública educacional de 
Educação Inclusiva a partir da percepção docente, acerca dos aspectos desafiadores em torno da 
pratica pedagógica na inclusão de crianças com deficiência na escola regular. Para esta finalidade 
realizamos um estudo de campo de natureza qualitativa, de caráter exploratório, na cidade de 
Itapetinga, no sudoeste da Bahia em 2021, com docentes de escolas públicas municipais. Além 
de estudos que sustentam as categorias de análise baseados em Maria Teresa Eglér Mantoan 
(2017) que aborda a educação inclusiva como mudança de paradigma e Sassaki (2003) que trata 
dos desafios em estabelecer a naturalidade da educação inclusiva, sendo possível observar por 
meio dos resultados da pesquisa feita com professores de quatro escolas municipais desta cidade 
que o modelo inclusivo de educação é posto em risco diante da falta de recursos e principalmente 
por haver descrença quanto ao potencial de ensino e aprendizado nas turmas de educação 
regulares. 
 Palavras chave: Educação. Inclusão. Desafios. Diferenças. 
INTRODUÇÃO 
Por educação inclusiva se entende o processo de inclusão de alunos com necessidades 
educacionais especiais ou com distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em 
todos os seus graus tendo como principio acolher todas as pessoas sem exceção segundo 
MANTOAN (2008). 
 
¹ Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,campus Itapetinga: 
(nataliapinheironatalia34@gmail.com); 
2Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Itapetinga: ( 
Yarabrsousa@gmail.com), 
3Graduanda do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia: 
(beelsantos60@gmail.com); 
4Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Itapetinga: 
Raquel da Silva Reis; 
5 Professor. Doutor em educação (UFBA):daelcio.ferreira@uesb.edu.br; 
Por tanto o objetivo a partir deste artigo é evidenciar os problemas que podem 
comprometer o desenvolvimento das práticas educativas e o respeito às singularidades 
compreendidas como características que compõem o caráter heterogêneo da diversidade 
de alunos que frequenta a escola regular por meio da inclusão. 
Sendo que serão destacados os principais desafios encontrados no ensino e aprendizagem 
de estudantes da inclusão e a percepção que os docentes possuem em exercer suas praticas 
pedagógicas de modo que haja uma inclusão de fato efetiva beneficiando todos os 
envolvidos com equidade. 
Levando em consideração que educação inclusiva foi à resposta para situações 
segregacionistas e que impediam o pleno desenvolvimento de alguns estudantes, será 
salientado circunstancias desafiadoras no percurso do aprendizado consistindo no fato de 
que para alcançar a educação inclusiva é fundamental que todo um sistema escolar seja 
adaptado e avaliados desde sua infraestrutura aos paradigmas preconceituosos 
encontrados em alguns discursos excludentes em torno dos deficientes. 
Como o estudo está vinculado à análise de uma Política Pública Educacional, podemos 
definí-lo aqui como sendo um direito de todos uma educação de qualidade sem espaço 
para a discriminação independente da condição física do estudante para Mantoan (2006) 
a inclusão implica mudanças; nas políticas e na organização da educação especial e da 
regular,e no próprio conceito de integração. 
Ela implica mudanças de perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos 
com deficiência e os que apresentam dificuldade de aprender, mas todos os demais, para 
que obtenha sucesso na corrente educativa geral. Este fato também é definido segundo 
Sassaki (1998) como sendo um processo social que precisa de mudanças para que seja de 
qualidade. 
Para SASSAKI (1998) educação inclusiva é o processo que ocorre em escolas de qualquer 
nível preparadas para propiciar um ensino de qualidade a todos os alunos 
independentemente de seus atributos pessoais, inteligências, estilos de aprendizagem e 
necessidades comuns ou especiais. 
A inclusão escolar é uma forma de inserção em que a escola comum tradicional é 
modificada para ser capaz de acolher qualquer aluno incondicionalmente e de propiciar 
lhe uma educação de qualidade. Na inclusão, as pessoas com deficiência estudam na 
escola que frequentariam se não fossem deficientes. 
Levando em consideração, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva de 
inclusão escolar, a educação especial passa a fazer parte da proposta pedagógica da escola 
regular, garantindo o atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou super dotação (BRASIL, 2008). 
Portanto é observada nesta pesquisa a perspectiva do ângulo escolar sobre os estudantes 
com deficiência onde foram questionados obstáculos relativos à infra-estrutura, materiais 
didáticos, e os desafios em torno dos relacionamentos interpessoais e desenvolvimento 
do aprendizado em uma sala onde funcione o sistema de educação inclusiva 
 Foi Proposto neste artigo de cunho exploratório seguindo uma abordagem qualitativa 
onde buscamos demonstrar os desafios enfrentados na pratica da inclusão escolar a partir 
de uma pesquisa de campo feita com docentes de quatro escolas da rede municipal que 
lecionam em turmas com alunos da educação inclusiva na cidade de Itapetinga-BA por 
meio de um formulário onde foram abordadas características desafiadoras ao ensino e 
aprendizado de crianças com deficiência. 
 Neste intuito relacionamos aos dados colhidos a partir de estudos baseados nas 
concepções de MANTOAN (2017) e SASSAKI (1998) aspectos relevantes as 
perspectivas e desafios que a escola precisa superar diariamente para que haja uma 
educação inclusiva. 
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
 1.1 Regulamentações da inclusão escolar e mudanças históricas 
O desafio se dar exatamente na questão onde a escola tem o dever de lidar com esse 
público da educação inclusiva não como se a diferença deles fosse um problema e por 
isso precisassem se integrar a sociedade escolar, como era feito no século xx onde os 
abrigos administrados pela igreja católica segregavam pessoas com deficiência a fim de 
habilitá-las para se encaixar na sociedade ou ser excluída. 
De acordo com a constituição atual a educação básica é obrigatória e tem por objetivo o 
ensino e aprendizado de todos de modo comum independente de suas deficiências, o que 
torno a inclusão uma parte fundamental na pratica pedagógica de modo a trabalhar as 
singularidades de cada pessoa com a intenção de incluir e não integrar como se a pessoa 
precisasse se moldar a um padrão imposto. 
No âmbito escolar a educação inclusiva é assegurada por leis como a referente no Art. 
208. I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos[...] o princípio que orienta a 
regulamentação da educação é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças 
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, 
linguísticas ou outras. 
 Essas condições provocam obstáculos distintos aos sistemas escolares de acordo com 
MANTOAN (2017) é desafiador promover a educação inclusiva porque as escolas têm a 
tendência de tratar esses alunos seguindo o modelo da educação especial o que dificulta 
as mudanças e progressos que visam melhorar a inclusãodo aluno com deficiência. 
Outro fator questionável em torno do processo de adaptação na rede de ensino à proposta 
de inclusão é um tanto quanto complexo, pois envolve um país com grandes diferenças 
regionais e culturais e também por isso determinar que sejam estabelecidas novas formas 
de compreensão acerca da deficiência, dos processos avaliativos, da busca de harmonia 
entre serviços que garantam a participação social e a aprendizagem. 
Apesar de haver a compreensão de que foi a favor da diversidade e pensando no direito 
de todos de aprender que o Art. 1º da lei Nº 13.146, de 6 Julho de 2015. instituída a Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), 
destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos 
e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social 
e cidadania. 
Tornando possível a educação inclusiva onde todos os alunos com e sem deficiência tem 
a oportunidade de conviverem e aprenderem juntos. É o que Mantoan (2017) chamou de 
cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças 
O Plano Nacional de Educação (PNE) direciona a organização do sistema educacional e 
abrange a questão da educação inclusiva orientando esforços e investimentos para a 
melhoria do ensino no país e prevê que crianças e adolescentes com algum tipo de 
deficiência devem ter acesso à Educação Básica e atendimento especializado. 
Estes avanços são consideráveis para alunos com alguma deficiência sendo relevantes as 
questões históricas envolvendo a educação para esses determinados indivíduos de acordo 
com (SANTOS E FIGUEIREDO, 2006) que faz referencia ao século xx como sendo um 
período de segregação onde o tipo de política educacional envolvendo crianças 
deficientes era literalmente segregacionista. 
Essas pessoas eram excluídas da sociedade e até mesmo por seus familiares, os abrigos 
eram administrados pela Igreja Católica, filantrópicos e de cunho assistencialista, onde 
os assistidos viviam ali por toda a vida e o objetivo era sempre a busca da adaptação deles 
ao meio social sem se importarem com sua subjetividade. 
Mesmo diante das mudanças constitucionais esse intuito vivenciado no passado coloca 
em risco o desenvolvimento saudável da inclusão no meio escolar tendo vista que ainda 
ocorrem vertentes de pensamentos de diferenciação e separação em torno do estudante 
Com alguma deficiência no ano de 2003 inclusive ainda existia diferenciação entre 
escolas regulares e especiais. Hoje, com as novas diretrizes do PNE, escolas regulares 
recebem alunos com necessidades especiais, no entanto para que isso ocorra, as 
instituições de ensino precisam passar por adaptações, como por exemplo, a 
implementação em sua infraestrutura o que gera questões pertinentes aos desafios 
enfrentados na pratica dessa modalidade. 
Além disso, a Constituição Federal garante em seu Artigo 205 que a educação é direito 
de todos e dever do Estado e da família. Sendo que o Atendimento Educacional 
Especializado, oferecido preferencialmente na rede regular de ensino, também é garantido 
na Constituição Federal no artigo 208, Inciso III. 
 Portanto, a Constituição Federal garante a todos os alunos a freqüência no ensino regular, 
com base no princípio de igualdade. Assim, todo aluno tem direito de estar matriculado 
no ensino regular e a escola tem o dever de matricular todos os alunos, não devendo 
discriminar qualquer pessoa em razão de uma deficiência ou sob qualquer outro pretexto. 
1.2 Inclusões e os desafios na pratica 
 Levando em consideração que a inclusão é a capacidade que temos em entender e 
reconhecer o outro além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento 
educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo 
local, estando assim de acordo com a constituição federal de 1988 no artigo 206 no inciso 
I que estabeleci o direito do individuo em ter acesso a escola de forma igualitária assim 
como condições de permanência. 
Tendo uma criança deficiência visual, por exemplo, deve assiste às aulas com os colegas 
que enxergam e, no contra turno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile 
e de instrumentos como o soroban, para fazer contas sendo assim essa a intenção do que 
tem que ser a educação inclusiva um momento em que o aluno com e sem deficiência 
interagem aprendendo e progredindo um com o outro trabalhando suas singularidades. 
 Em um dos relatos colhidos na pesquisa de campo observa-se o fato de que na prática 
esse ato de incluir o aluno torna-se desafiador por que o recurso disponibilidades a escola 
pública, por exemplo, acaba sendo um empecilho, nem sempre a escola possui todos os 
equipamentos necessários ou a infraestrutura regulamentada diante as normas, de acordo 
com Mantoan ainda a outro problema que é evidente na educação inclusiva como questões 
relevantes a conscientização. 
O maior problema é que as redes de ensino e as escolas 
não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 
1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo 
que alunos com necessidades especiais devem receber 
atendimento especializado preferencialmente na escola, 
que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um 
movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de 
caminhar: a força corporativa de instituições 
especializadas, principalmente em deficiência mental. 
Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, 
manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino 
adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que 
elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos 
num processo de conscientização. (Mantoan, Maria 
Teresa Eglér. 2005) 
 
Além dos desafios rotineiros envolvendo recursos e capacitação dos docentes ainda 
permeia sobre a educação inclusiva a dificuldade em reeducar a compreensão que as 
pessoas têm sobre a criança com deficiência, pois ainda existe um entendimento errôneo 
que faz com as pessoas idealize o estudante deficiente como alguém incapacitado de 
aprender e de se desenvolver. 
Cada pessoa independente de sua condição física ou intelectual passa pelo processo de 
aprendizado de modo particular, quando tratamos de questões relevantes a educação de 
pessoas com deficiência é possível perceber certo conceito preconceituoso em torno do 
seu aprendizado. 
A sociedade ainda visualiza a escola regular como o lugar de crianças classificadas como 
normais e ainda exclui os considerado deficientes para uma educação especial o que torna 
este o maior desafio dentro da educação inclusiva por que muitas vezes a criança já é 
recebida em um ambiente que coloca sua própria capacidade de desenvolvimento em 
duvida. 
Mantoan (1988) descreve o percurso da educação inclusiva, observada a partir de um o 
cenário educacional brasileiro sob três ângulos: o dos desafios provocados pela 
Inovação, o das ações no sentido de efetivá-la nas turmas escolares, incluindo o trabalho 
de formação de professores e, finalmente o das perspectivas que se abrem à educação 
escolar, a partir da sua implementação. 
O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas 
educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles a 
inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e 
exigem da escola brasileira, novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o 
ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma 
inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais 
da maioria de nossas escolas. 
RESULTADOS E DISCURSÕES 
A partir de um questionário feito com professores da rede municipal de ensino em quatro 
unidades escolares distintas da cidade de Itapetinga no sudoeste da Bahia no ano de 2021, 
onde a intençãopermeou em torno dos desafios encontrados na pratica pedagógica 
envolvendo a inclusão de alunos com deficiência. 
Foi possível evidenciar fatos relatados por MANTOAN (2015, p.62) que declara possuir 
ângulos diversos na educação inclusiva que engloba desafios que exige inovações das 
ações pedagógicas em uma sociedade despreparada para aceitar o diferente 
principalmente diante implementações escolares que possa que gerar mudanças a um 
modelo conhecido e padronizado onde não a espaço para quem é diferente. 
Nesse contexto 4 professores de diferentes escolas do município foi abordado acerca de 
questões envolvendo a estrutura escolar, desenvolvimento do ensino e aprendizado entre 
crianças da inclusão e os demais estudantes, e quais dificuldades encontradas em lidar 
com turmas nessa perspectiva. 
Há uma das perguntas em relação a superlotação das salas que muitas vezes se torna 
desafiador tendo em mente que as crianças independentes de sua condição precisam de 
suporte constante todos os professores foram unânimes em dizer que quanto maior a 
turma se torna mais complexo a assistência principalmente quando há alunos da inclusão 
que precisam de um suporte extra para desenvolver suas atividades. 
No entanto em relação ao relacionamento interpessoal das crianças da inclusão social o 
desafio maior encontrado de acordo um dos professores estarem mais ligado ao 
comportamento dos pais em subestimar a capacidade dos filhos com deficiência em se 
relacionar de forma saudável com os demais do que das próprias crianças que apresenta 
um comportamento de aceitação e equidade para com o colega deficiente inserido na 
turma regular pela inclusão escolar. 
O que evidencia o discurso de MANTOAN (2005) sobre a educação inclusiva não admitir 
discriminação sendo que esta provem em maior escala da negligencia das leis,sendo que 
o próprio governo não fornece recursos para estas sejam efetivas tornando os processos 
de implantação nas escolas mais lentos do que a própria adaptação das crianças as práticas 
inclusivas(MANTOAN 2005) ainda afirma que “(...) existem movimentos de resistência 
que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições 
especializadas, principalmente em deficiência mental”. É preciso estratégias que façam 
que os docentes atendam a todos, para que não cause a dificuldade de interação ou até 
mesmo assistência. 
Segundo os dados apresentados 33,3% dos professores relatam que os alunos da educação 
inclusiva conseguem interagir e se desenvolver em sala de aula, porém 66,7% dos 
docentes responderam que há dificuldades Para o aluno deficiente se adaptar ao ensino 
na educação inclusiva. 
Neste intuito os professores foram questionados a respeito do bullying que surgi como 
uma das preocupações ao inserir crianças com deficiência em uma escola regular, no 
entanto os discentes responderam que situações referentes a isso não são freqüentemente 
vista por eles sendo a inclusão o motivo e que o bullying é um problema que pode surgir 
na escolar por qualquer outro motivo. 
O que nos leva a deduzir que a falta de incentivo a educação inclusiva ocorre não por falta 
de aceitação dos outros alunos mais por falta de recursos da própria escola em ofertar um 
ambiente propicio a essas crianças tornando as praticas pedagógicas limitadas o que se 
torna um grande desafio aos professores. 
No estudo de MANTOAN (2017)” é desafiador promover a educação inclusiva porque 
as escolas têm a tendência de tratar esses alunos seguindo o modelo da educação especial 
o que dificulta as mudanças e progressos que visam melhorar a inclusão do aluno com 
deficiência o principal impedimento é apresentado pela própria escola, que impossibilita 
o aluno favorecer na adaptação e vínculos. 
No entanto sobre o atual contexto no ensino remoto os docentes disseram que “eles 
praticamente não aderiram. Salvo raras exceções. E quando aderem não têm como medir 
até onde eles estão compreendendo de fato alguma coisa, com isso a família tem optado 
em buscar as atividades na escola e não colocá-lo para participar das aulas remotas”. 
O que é contraditório a estudo de SASSAKI (1998), “define a educação inclusiva como 
um processo que ocorre em escolas de qualquer nível, dispostas a proporcionar um ensino 
de qualidade a todos os educandos independentemente de seus estilos de aprendizagem, 
inteligências, atributos pessoais e necessidades comuns ou especiais.” 
 É preciso a inclusão de todos, mas nesse ensino remoto se tornou uma problemática, pois 
para que haja uma continuidade no ensino-aprendizagem é necessária a participação dos 
educandos nas aulas remotas, mas devido aos desafios, causam impossibilidades para se 
incluírem. 
 
Tabela 1- Opinião dos professores de Itapetinga-BA sobre a educação inclusiva 
Descrição Frequência Percentual 
Dificuldade para interação e adaptação 1 33% 
A educação inclusiva e essencial e os professores estão capacitados 2 67% 
Os professores não estão capacitados 1 33% 
Os alunos com deficiência não aderiram ao ensino remoto por falta de 
recursos 
3 100% 
 3 100% 
O bullying não é um problema no ensino inclusivo e sim a quantidade de 
alunos em uma sala de aula que dificulta a assistência 
 
Total 3 100% 
Fonte: Elaborado a partir do resultado de pesquisa pelas autoras 
Gráfico 1-Opinião de professores de Itapetinga-BA sobre a educação inclusiv
 
Fonte: Elaborado a partir dos dados de pesquisa pelas autoras 
De acordo com os dados dispostos é possível observar que os professores se sentem 
capazes de trabalhar em uma sala de aula com crianças deficientes na educação inclusiva 
sendo que de acordo com eles a adaptação entre as crianças não corresponde a um 
problema para nenhuma das partes confirmando que entre os maiores desafios 
enfrentados pelos professores estão as questões envolvendo a infra-estrutura a 
organização das turmas que quando superlotadas dificulta a assistência as crianças que 
exigem mais atenção dos professores em alguns casos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÕES 
É um embate educacional, mas também essencialmente político, uma vez que somente a 
pressão social garantirá políticas públicas efetivas e um aporte orçamentário onde a 
educação seja realmente uma prioridade e na qual a educação inclusiva torne-se um 
objetivo permanente. 
100%
10%
20%
10%
30%
30%
Pesquisa feita em 2021,nas escolas munipais de itapetinga,BA
Descrição
Dificuldade para interação e
adaptação
A educação inclusiva e
essencial e os professores
estao capacitados
Os professores não estão
capacitados
Os alunos com deficiencia
não aderiram ao ensino
remoto por falta de recursos
O bulying não é um
problema só do ensino
inclusivo
 
Para que a inclusão seja uma realidade significativa na vida dos estudantes foi constatado 
por meio desta pesquisa de campo que existe uma serie de barreiras que é preciso rever, 
além da política e práticas pedagógicas é necessário conhecer o desenvolvimento humano 
e suas relações com o processo de ensino-aprendizagem, levando em conta como ele 
ocorre em cada aluno como ser subjetivo independente de ser deficiente. 
 
O ambiente escolar tem um papel importantíssimo para o desenvolvimento e 
aprendizagem dos alunos, assim como o poder legislativo sendo onde se redigem e 
promulgam as leis que tratam sobre onde a importância da inclusão é de responsabilidade 
da sociedade, família e Estado em assegurar os direitos e garantias das crianças e 
adolescentes e as colocarem a salvo de toda forma de negligência, preconceitos velados 
ou escancarados e discriminação. 
 
Sendo assim é fundamental ter consciência de que todas essas reflexões teóricas 
preconizando a inclusão escolar é conseqüência de negligencias não só políticas mais 
também sociais levando em consideração a tendência do ser humano de excluir o que 
causa estranheza por ser diferente prevalecente o que torna a concretização de uma 
educação de fato inclusivaum processo com muitos obstáculos onde a visão que as 
próprias pessoas tem sobre o que é incluir precisa ser renovado deixando o estigma da 
integração como se a criança tivesse que se enquadrar a um determinado padrão escolar. 
Entretanto ter persistência através de ações que possam afirmar essas crianças como parte 
comum da sociedade quebrando paradigmas de inferioridade onde ser diferente é visto 
como um problema só é possível a partir de mudanças culturais que envolvem a sociedade 
é uma forma de apresentar resistência para que seja estabelecido um benéfico que já 
pertence ao deficiente a escola é um espaço que deve ser pensado para o individuo 
independente de sua deficiência, é um direito e prioridade garantir o bem estar a qualquer 
criança. 
A partir dos fatos apresentados observa-se que o problema não estar em quem possui uma 
deficiência e nem estar nas outras crianças consideradas como sendo normais a questão é 
exatamente o oposto disso pois ambas podem sim aprender juntas e conviver de forma 
saudável e produtiva para a educação de acordo com os dados de campo coletados. 
Entretanto os maiores obstáculos esta em torno dos recursos disponibilizados ao sistema 
escolar, estar nos anseios e despreparo acadêmico ou até mesmo emocional dos 
professores e ainda assim na própria comunidade que desacredita no potencial de uma 
pessoa deficiente pelo fato desta ser diferente. 
Mas a política pública assegura os direitos das mesmas que devem ser reivindicados 
sempre que necessário, é preciso que as pessoas que possuem uma determinada 
conscientização disso não se oponha a lutar para que essas pessoas sejam atendidas pelo 
sistema educacional com equidade e respeito. 
Conclui-se que apesar de ter ficado claro os desafios da educação inclusiva, é possível 
promove-la mesmo diante das dificuldades, afinal o processo educativo exige inovações 
e criatividade principalmente quando os recursos necessários para alcançar as metas não 
se encontram disponíveis a escola precisa exercer esse papel adaptando o seu ambiente e 
suas programações para que todos os alunos sejam acolhidos e se sintam capazes,pois a 
escola também pode ser um espaço de reinvenções e de esperança onde todos aprendem 
e evoluem mesmo diante de suas limitações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
RODRIGUES, Leandro. O que é educação inclusiva? Um passo a passo para a inclusão 
escolar. Instituto itard, cursos de educação especial. Disponível em: 
https://institutoitard.com.br/o-que-e-educacao-inclusiva-um-passo-a-passo-para-a-
inclusao-escolar/ . Acesso em 4 de agosto de 2021. 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. INCLUSÃO ESCOLAR O que é? Por quê? Como 
fazer? 
FIGUEIREDO, Emilio. O que É Educação Inclusiva - Volume 343. Coleção Primeiros 
Passos. 
RIBEIRO, Betina. Educação inclusiva: O que é e os desafios no Brasil. Blog par. 
Disponível em:https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-
brasil/.Acessoem 17de agosto de 2021. 
Batista.Letícia Alves.Educação inclusiva: desafios e percepções na contemporaneidade. 
Educação pública. Disponível em: 
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/44/educacao-inclusiva-desafios-e-
percepcoes-na-contemporaneidade .Acesso em 06 de setembro de 2021. 
FUMEGALI. Rita de Cássia de Ávila.Inclusão Escolar: Os desafios de uma escola de 
todos- Universidade Regional Do Noroeste Do Estado Do Rio- UNIJUÍ. Departamento de 
humanidades e Educação 2012. 
 
 
https://institutoitard.com.br/o-que-e-educacao-inclusiva-um-passo-a-passo-para-a-inclusao-escolar/
https://institutoitard.com.br/o-que-e-educacao-inclusiva-um-passo-a-passo-para-a-inclusao-escolar/
https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-brasil/
https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-brasil/
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/44/educacao-inclusiva-desafios-e-percepcoes-na-contemporaneidade
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/44/educacao-inclusiva-desafios-e-percepcoes-na-contemporaneidade
	FIGUEIREDO, Emilio. O que É Educação Inclusiva - Volume 343. Coleção Primeiros Passos.
	RIBEIRO, Betina. Educação inclusiva: O que é e os desafios no Brasil. Blog par. Disponível em:https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-brasil/.Acessoem 17de agosto de 2021.

Mais conteúdos dessa disciplina

Mais conteúdos dessa disciplina