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MANUAL CASEIRO - LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - LEI DE DROGAS

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1 
 
SUMÁRIO 
 
1. Contextualização da regulamentação legal no Ordenamento Jurídico Brasileiro.............................. 2 
2. Noções introdutórias .......................................................................................................................... 4 
3. Sujeitos do Crime: ativo e passivo ..................................................................................................... 8 
4. Expropriação ...................................................................................................................................... 8 
5. Crimes de perigo abstrato .................................................................................................................. 9 
6. Dos crimes e das penas ...................................................................................................................... 9 
6.1 Porte de Drogas para o Consumo Pessoal .................................................................................. 9 
6.2 Tráfico de drogas...................................................................................................................... 19 
6.3 Indução, Instigação Ou Auxílio Ao Uso .................................................................................. 30 
6.4 Uso compartilhado ................................................................................................................... 31 
6.5 Causa de Diminuição De Pena (Tráfico Privilegiado) ............................................................. 32 
6.6 Maquinário do Tráfico ............................................................................................................. 37 
6.7 Associação para o Tráfico ........................................................................................................ 38 
6.8 Financiamento ao Tráfico ........................................................................................................ 39 
6.9 Informante Colaborador ........................................................................................................... 40 
6.10 Prescrever ou Ministrar Drogas (Culposamente) ..................................................................... 41 
6.11 Condução de Embarcação ou Aeronave: Após o consumo de drogas ..................................... 41 
6.12 Causas de Aumento de Pena .................................................................................................... 42 
7. Colaboração premiada...................................................................................................................... 45 
8. Fixação da pena Base ....................................................................................................................... 46 
9. Fixação da multa .............................................................................................................................. 46 
10. Vedação dos institutos e Livramento Condicional ........................................................................ 47 
11. Isenção de Pena .............................................................................................................................. 48 
12. Apreensão de Drogas ..................................................................................................................... 49 
13. Laudo Preliminar............................................................................................................................ 49 
14. Inquérito Policial ........................................................................................................................... 50 
15. Da Apreensão e Destinação de Bens do Acusado.......................................................................... 52 
16. De Olho na Súmula ........................................................................................................................ 60 
17. Já Caiu CESPE ............................................................................................................................... 61 
18. Informativos ................................................................................................................................... 76 
19. Já Caiu. Vamos Treinar? .............................................................................................................. 106 
 
 
 
 
2 
LEI DE DROGAS 
Lei nº 11.343/2006 
ATUALIZADO em 01/09//20221. 
Considerações Iniciais 
Prezado aluno, passaremos nesse momento ao estudo da Lei de Drogas, uma das leis penais 
especiais mais recorrentes em provas de concursos. Assim, merece a nossa total atenção! 
O presente material tem por objetivo reunir todas as informações que o candidato precisa para 
resolver questões dos certames públicos. Dessa forma, nosso material trouxe uma abordagem 
doutrinária sobre o tema objeto de estudo, a legislação (lei seca), questões que já foram cobradas pela 
Banca CESPE, questões já cobradas em concurso público pelas diversas bancas, alterações promovidas 
pelo PAC, súmulas, e, por fim, os informativos. 
Feita as devidas considerações iniciais, vamos ao conteúdo! 
 
1. Contextualização da regulamentação legal no Ordenamento Jurídico Brasileiro 
Atualmente, encontra-se vigente no Ordenamento Jurídico Brasileiro regulamentando o tráfico 
de drogas, bem como, o tratamento para o usuário, a Lei n.º 11.343/2006. A Lei é do final de 2006 e 
revogou expressamente a lei de drogas antiga (Lei n. 6.368/1976 e 10.409/2002). 
 
 
Para tratar do tema de Drogas, antes da edição da Lei nº 11.343 de 2006, tínhamos duas 
legislações distintas, uma que tratava do regramento quanto aos crimes (tipificação das condutas) e 
outra sobre o procedimento (lei penal e lei procedimental). No atual cenário, toda a matéria envolvendo 
drogas, seja a parte penal ou a parte investigatória, bem como, procedimental estão previstas na Lei nº 
11.343/2006. 
 Em resumo: 
 
1 Revisto, atualizado e editado em 01/09/2022. O manual caseiro é constantemente atualizado e aperfeiçoado. Caso o 
aluno identifique algum ponto que demande atualização, entre em contato através do nosso e-mail: 
manualcaseir@outlook.com. Nossa Equipe encontra-se à disposição para juntos sempre melhorarmos o material. 
Leis sobre 
Drogas:
Lei n. 
6.368/1976 
Lei n. 
10.409/2002
Lei n. 
11.343/2006
mailto:manualcaseir@outlook.com
 
 
3 
• A legislação que trata sobre o regramento das drogas é a Lei nº 11.343/2006. 
• Atualmente, todo tratamento da matéria encontra-se prevista na Lei nº 11.343/2006, a qual 
revogou expressamente as Leis nº 6.368/76 e 10.409/2002. 
 
- Aspectos da “Nova” Lei de Drogas 
 
• Criação do SISNAD – Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. 
• Substituição da expressão substâncias entorpecentes por drogas. 
• Tratamento mais rigoroso ao traficante e mais “benéfico” ao usuário. 
A nova lei confere um tratamento mais rigoroso ao traficante e um tratamento mais brando ao 
usuário, isto porque a Lei de drogas antiga permitia a prisão do usuário, o qual tinha pena prevista 
de até 03 anos. 
Em sentido oposto, com a atual lei de drogas, o usuário não pode mais ser preso. A 
descaracterização do usuário é um grande benefício trazido pela nova Lei (Art. 28, Lei nº 11.343/2006). 
→ Não há para o usuário pena privativa de liberdade! 
E quais são as penas aplicadas ao usuário? Nos termos do art. 28, temos as seguintes: 
Penas para o Usuário (Art. 28, Lei nº 11.343/2006) 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
Em caso de descumprimento dessas penas, o juiz aplicará medidas sancionatórias, e quais são 
elas? Admoestação verbal e multa. 
Art. 28. § 6º Para garantia documprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos 
incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente 
a: I - admoestação verbal; II - multa. 
Vejamos: 
 
Descumprimento
Admoestação
Verbal 
Multa
 
 
4 
Destaca-se ainda que, não cabe a prisão cautelar para o usuário, isso porque não permite 
sequer de modo definitivo ao término da demanda processual. 
→Não cabe Prisão em Flagrante (2ª fase do flagrante). 
Por outro lado, para o traficante, todavia, o tratamento foi recrudescido – a pena mínima, por 
exemplo, foi aumentada. O tratamento dado ao traficante na nova Lei de Drogas era tão rigoroso que 
o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade de algumas afirmações, as quais 
tinham por base a vedação em abstrato de determinados benefícios. 
Corroborando ao exposto, preleciona Roque; Távora e Alencar2: 
 
Dentre inúmeros pontos marcantes que podem ser apontados, no que se refere às 
distinções entre a atual Lei de Drogas e a legislação revogada, devemos enaltecer a 
substancial distinção levada a efeito, no que pertine ao tratamento conferido a usuários 
e traficantes. Na Lei nº 6.368/76, o crime de tráfico estava previsto no art. 12, e previa 
uma pena de “reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinquenta) a 
360 (trezentos e sessenta) dias-multa”. Por sua vez, a conduta do usuário estava contida 
no art. 16, cuja pena era de “detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 
(vinte) a 50 (cinquenta) dias-multa”. Na atual legislação, o crime do traficante está 
previsto no art. 33, cuja pena prevista é de “reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e 
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa”. Por sua vez, o 
crime do usuário tem previsão no art. 28, e não há previsão para pena privativa de 
liberdade. De fato, para o usuário, a Lei nº 11.343/06 previu as seguintes penas: a) 
advertência sobre os efeitos das drogas; b) prestação de serviços à comunidade; c) medida 
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
2. Noções introdutórias 
A Lei de Drogas continua sendo muito alterada ao longo dos anos pelo fato de conter crimes 
comuns na sociedade, gerando bastante demanda processual e muita jurisprudência, proporcionando 
diversas alterações legislativas com novas conceituações em nosso Ordenamento Jurídico. 
O objeto material do crime é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. Nesse 
sentido, o objeto material nos crimes da lei de drogas é a droga. Nessa perspectiva, proclama o art. 1º, 
parágrafo único da Lei nº 11.343/2006. 
Nesse sentido, iniciamos a nossa contextualização da legislação questionando: se o objeto 
material da lei de drogas é a drogas, qual a compreensão legal do termo drogas? 
 
2 Legislação Criminal para Concursos. 5ª edição, revista, atualizada e ampliada. Editora Juspodivm. 2020. 
 
 
5 
- Candidato, o que se entende por droga? 
A Lei de Drogas não trouxe o conceito de seu tipo penal “Droga”, tornando-se, portanto, uma 
norma penal em branco, aquela que o preceito primário vem incompleto, precisando de uma 
complementação. Especificamente, é uma norma penal em branco heterogênea, uma vez que o 
complemento está previsto em ato normativo do Poder Executivo Federal. 
Nessa esteira, a Lei n. 11.343/06 traz apenas em seu artigo 1º parágrafo único: 
 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os 
produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados 
em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
 
E então, como saberemos o que é droga para fins de tipificação dos crimes previstos na Lei n. 
11.343/2006? Para suprir essa ausência a definição de drogas para fins penais, a Portaria 344/98 da 
Secretária de Vigilância Sanitária – ANVISA, do Ministério da Saúde dispôs: 
 
Art. 1º Para os efeitos deste Regulamento Técnico e para a sua adequada aplicação, são 
adotadas as seguintes definições: 
Droga - Substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou 
sanitária. 
 
 Nessa portaria são trazidos ainda em seu anexo, mais de 400 substâncias consideradas como 
substância entorpecente. Atente para o fato do termo droga não se referir apenas a maconha, cocaína, 
heroína, etc. 
 Corroborando ao exposto, Roque; Távora e Alencar 3: 
Atualmente, o rol de substâncias prescritas encontra-se na portaria SVS/MS nº 344, de 12 
de maio de 1998, que “aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos 
sujeitos a controle especial”. A propósito, o art. 66 da Lei de Drogas, em comento, 
estabelece que: “para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja 
atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas 
substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da 
Portaria SVS/MS no 344, de 12 de maio de 1998”. 
 
Uma vez identificado que se trata de uma norma penal em branco, aproveitamos para 
reforçarmos a sua definição. Vejamos! 
 
 
3 Legislação Criminal para Concursos. 5ª edição, revista, atualizada e ampliada. Editora Juspodivm. 2020. 
 
 
6 
Relembrando! Normal penal em branco subdivide-se em: 
 
Norma penal em branco homogênea: a sanção vincula-se a um tipo que precisa ser complementado 
por uma mesma lei ou por uma outra lei – originadas da mesma instância legislativas. 
 
Complementação está contida na mesma lei (homovitelinas); remissão interna: remetem a outros 
dispositivos contidos na mesma lei. Código Penal com Código Penal. 
 
Complementação está contido em outra lei, mas de mesma instância legislativa (heterovitelinas) 
– remissão externa. Remetem a outra lei formal, mas de mesma instância legislativa. Lei que remete a 
outra Lei, Portaria que remete a outra Portaria, Decreto que remete a outro Decreto. 
 
Norma penal em branco heterogênea: Há fonte formal heteróloga, pois remetem a individualização 
(especificação) do preceito a regras cujo autor é um órgão distinto do poder legislativo, o qual realiza 
o preenchimento do branco por meio de sua individualização, p. exemplo, via ato administrativo. 
Exemplo: Lei 11.343/2006 que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – 
SISNAD. 
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1o desta Lei, até que seja atualizada a 
terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, 
psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, de 12 de maio 
de 1998. (Fixa as substâncias entorpecentes ou que determinam dependência física ou psíquica). 
 
 Candidato, os crimes da Lei de Drogas estão previstos em qual espécie de norma penal em 
branco? Excelência, os crimes da Lei de Drogas conforme se pode extrair da redação do parágrafo 
único do art. 1º da Lei nº 11.343/2006, tanto podem vim a serem complementados por uma Lei (e nesse 
caso, seria classificado nessa hipótese como uma norma penal em branco homogênea) como também 
por Ato Administrativo (e nesse caso a norma penal em branco é heterogênea), inobstante essa dupla 
possibilidade, atualmente em nosso ordenamento jurídico os crimes previstos na lei de drogas estão 
contidos em norma penal em branco heterogênea pois a norma que complementa a legislação vem 
descrita em ato administrativo da União. Assim, contemplamos que quem define conduta criminosa é 
a Lei, mas o complemento é dado pela Portaria da Anvisa (vai definir qual substância é droga) – a 
ANVISA é uma agência do Poder Executivo da União. 
 
 
7 
 Dessa forma, por ser a fonte de complemento uma portaria, fala-se que a lei é uma norma penal 
em branco heterogênea. 
 Na Lei de Drogas, a norma penal em branco é heterogênea, isto porque o complemento é dado 
por ato infralegal – Portaria da ANVISA. 
 Vamos ESQUEMATIZAR?Normal Penal em Branco 
Heterogênea Homogênea 
Quando o complemento estiver definido em ato 
infralegal. 
Quando o complemento estiver definido em lei. 
(Divide-se em homóloga – mesma lei - ou 
heteróloga – lei distinta). 
 
 
O art. 2º da Lei 11.3434/06 segue afirmando: 
 
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a 
cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas 
ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, 
bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre 
Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente 
ritualístico-religioso. 
 
 Uma primeira ressalva a proibição, fica a cargo do caput deste artigo, fazendo menção a 
Convenção de Viena que trata da utilização de substrato de drogas para fins religiosos. (caso em que 
será necessário autorização judicial). 
 Vejamos: 
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais 
referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em 
local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas 
supramencionadas. 
 Mais duas ressalvas são feitas em casos de autorização para fins medicinais ou científicos, como 
trata o parágrafo único acima. Portanto, a proibição, exploração, plantio ou cultivo de drogas possuem 
três exceções: A religiosa, a científica e medicinal. 
 Vejamos as ressalvas: 
 
 
8 
 
3. Sujeitos do Crime: ativo e passivo 
Em regra geral, os crimes da lei de drogas são crimes comuns ou gerais, que significa que 
podem ser praticados por quaisquer pessoas, não exigem qualidade especial do agente. Contudo, temos 
uma exceção prevista ao teor do art. 38 da Lei nº 11.343/2006, que é classificado como crime próprio 
ou especial (exige qualidade especial do agente), trata-se do crime de prescrição ou ministração 
culposa de drogas. Vejamos: 
 
 
Prescrição ou Ministração Culposa de Drogas 
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o 
paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 
(duzentos) dias-multa. 
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria 
profissional a que pertença o agente. 
 
 
 No tocante ao verbo do tipo “prescrever”, entendimento já consolidado afirma ser crime 
próprio, pois se exige a qualidade especial do agente de “médico, dentista, farmacêutico ou profissional 
de enfermagem”. Apenas profissional da saúde é quem pode prescrever. 
No tocante ao sujeito passivo, é a coletividade. Os crimes da lei de drogas são classificados 
como crimes vagos. Entende-se por crime vago aquele que tem como sujeito passivo um ente destituído 
de personalidade jurídica. 
 
4. Expropriação 
A Constituição Federal determina, no artigo 243, a expropriação de propriedades rurais e 
urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas, 
sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Fins 
religiosos
Fins 
medicinais
Fins 
cientifícos
 
 
9 
Nesse contexto, o §4º do artigo 32 da Lei de Drogas reproduziu tal disposição, deixando para 
legislação infralegal a regulamentação do procedimento de expropriação. Vejamos: 
 
Artigo 32, § 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme 
o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor. 
 
- Candidato, caso seja descoberta uma plantação ilícita de plantas psicotrópicas que cubra 
uma fração de uma determinada propriedade, qual deverá ser a área que a ser expropriada? A área 
destinada a plantação ou todo o imóvel? Excelência, conforme entendimento do Supremo Tribunal 
Federal firmado em sede de Recurso Extraordinário4, que toda propriedade deverá ser expropriada, e 
não somente a parte destinada a plantação de plantas psicotrópicas, não havendo violação do princípio 
da proporcionalidade. 
5. Crimes de perigo abstrato 
 
Os crimes previstos na lei de drogas são crimes de perigo abstrato. A prática da conduta prevista 
em lei acarreta a presunção absoluta de perigo ao bem jurídico, não cabendo prova em contrário. Não 
obstante a regra, temos uma exceção. Trata-se do tipo penal do art. 39 da lei em comento. No crime 
do art. 39 da Lei de Drogas, há um crime de perigo concreto: não basta conduzir a embarcação sob 
o efeito da droga, é necessário que haja efetivamente a exposição da incolumidade de outrem a 
um perigo concreto, real, efetivo. 
 Os crimes de perigo abstrato são aqueles em que não são exigidos a colocação do bem jurídico 
em risco real e concreto tampouco a lesão do mesmo. Apenas retratam uma conduta que em si, sem 
apontar resultado específico como elemento expresso do injusto. Então para ser configurado tipo 
penal incriminador basta comportamento comissivo ou omissivo previsto no tipo penal5. 
6. Dos crimes e das penas 
6.1 Porte de Drogas para o Consumo Pessoal 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
 
4 STF. RE 543974. Disponível em < https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/4130696/recurso-extraordinario-re-543974-
mg>. Acessado em 18/10/2021 
5 https://jus.com.br/artigos/73188/crime-de-perigo-abstrato 
https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/4130696/recurso-extraordinario-re-543974-mg
https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/4130696/recurso-extraordinario-re-543974-mg
https://jus.com.br/artigos/73188/crime-de-perigo-abstrato
 
 
10 
O sujeito ativo do delito do art. 28 é qualquer pessoa, o que significa que se trata de crime 
comum (aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa, não exige qualidade especial do agente). 
Conforme já destacamos acima, os crimes da lei de drogas, em regra, são crimes comuns. Contudo, no 
delito de tráfico (art. 33), na modalidade prescrever e ministrar, o delito é classificado como crime 
próprio (porque exige qualidade especial do agente). 
No tocante ao sujeito passivo, o direto/imediato ou eventual é a coletividade, já o 
indireto/mediato ou constante é o Estado. 
O bem jurídico que se pretende tutelar, in casu, é a saúde pública. Trata-se de crime contra a 
saúde pública. O objeto material, por sua vez, é a pessoa ou coisa sobre qual a pessoa ou coisa. No 
delito do art. 28, da Lei 11.343, o objeto material é a droga. 
Quais são as condutas criminalizadas pelo art. 28? Trata-se de tipo penal misto alternativo6, 
contemplando cinco verbos, se consumando com a realização de qualquer dos verbos. 
• Adquirir; 
• Guardar; 
• Trazer Consigo; 
• Ter em depósito; 
• Transportar. 
 
Vamos ESQUEMATIZAR? 
ADQUIRIR GUARDAR TER EM 
DEPÓSITO 
TRANSPORTAR TRAZER 
CONSIGO 
“Adquirir”: traduz a 
ideia de obter, 
conseguir. Trata-se 
da obtenção da posse 
ou propriedade da 
droga, seja a título 
oneroso ou gratuito. 
Nesta modalidade de 
conduta, o crime é 
instantâneo, isto é, 
ocorre a 
consumação de 
forma imediata, com 
a simples aquisição 
da droga. 
 
“Guardar”: traduz a 
ideia de 
acondicionar, 
conservar, ocultar, 
proteger, tomar 
conta, ter sob 
vigilância, em geral 
de forma 
clandestina. Nesta 
modalidade de 
conduta, o crime é 
permanente, isto é, a 
ação do agente se 
protrai no tempo. 
 
“Ter” (em depósito): 
traduz a ideia de 
manter armazenado, 
conservar em 
determinado local. 
No geral, também há 
a ideia de 
clandestinidade, 
ocultação, muito 
embora não seja 
imprescindível, pois 
o depósito pode, em 
certos casos, ser 
exposto ao público. 
Nesta modalidadede 
conduta, o crime é 
permanente. 
“Transportar”: traduz a 
ideia de deslocar a 
droga, levando-a de 
um local para outro. 
Para a caracterização 
do crime, pouco 
importa qual é a forma 
de transporte da droga. 
Contudo, em geral, 
diferencia-se da quinta 
conduta (“trazer 
consigo”) pelo fato de 
que, nessa última, a 
droga é conduzida 
junto ao corpo do 
agente, ao passo que, 
no transporte, ela está, 
por exemplo, 
acondicionada no 
“Trazer” consigo: 
traduz a ideia de 
transportar a droga 
junto ao corpo, ou 
em compartimento 
que é carregado pelo 
próprio agente (ex.: 
bolsa, mochila, etc.). 
Nesta modalidade de 
conduta, o crime é 
permanente. 
 
 
6 Nas lições do prof. Márcio Cavalcante (Dizer o Direito), o tipo penal misto alternativo é aquele em que o legislador 
descreveu duas ou mais condutas (verbos). Se o sujeito praticar mais de um verbo, no mesmo contexto fático e contra o 
mesmo objeto material, responderá por um único crime, não havendo concurso de crimes nesse caso. 
 
 
11 
veículo automotor. 
Nesta modalidade de 
conduta, o crime é 
permanente. 
 Os conceitos acima foram extraídos da obra Legislação Criminal para Concursos (2020). Editora Juspodivm. 
Candidato, é possível pensar em tentativa em relação a esses crimes? É muito difícil falar em 
tentativa nesses casos; em tese, é admissível, mas é difícil pensar em uma situação prática de tentativa. 
A doutrina ressalta que é possível tentar adquirir a droga. A dificuldade da tentativa decorre do fato de 
que mesmo que praticado na forma tentada, é provável que já seja consumada em um dos outros verbos 
do tipo. 
A Lei não menciona o verbo usar, mas menciona verbos que teoricamente incidem na prévia 
prática do consumo. O uso de drogas, portanto, por si só não é conduta típica, mas é considerado o 
especial fim de agir das condutas mencionadas no dispositivo 
Corroborando ao exposto, Roque; Távora e Alencar 7: 
O art. 28 da Lei de Drogas trata das condutas a serem praticadas pelo usuário. A primeira 
anotação que devemos fazer é, justamente, no sentido de que a Lei não criminaliza o 
consumo em si, mas sim condutas relacionadas à pretensão de consumir a droga. Basta 
perceber que dentre os núcleos do tipo não se encontra o verbo “consumir”. De todo 
modo, inconcebível que o usuário consiga fazer uso da droga sem que realize pelo menos 
um dos núcleos do tipo – “adquirir”, “guardar”, “ter” (em depósito), “transportar” ou 
“trazer” consigo. 
Nesse sentido, a conduta de adquirir droga para que outra pessoa consuma configura tráfico de 
drogas (art. 33), em razão da ausência do especial fim de agir (consumo pessoal). 
Candidato, porque a conduta descrita no art. 28 é considerada crime, tendo em vista que 
somos regidos pelo princípio da alteridade? 
O princípio da alteridade basicamente significa dizer que aquele indivíduo que causa lesão a si 
próprio, esta lesão não será punida. No entanto, o sujeito passivo da Lei de drogas é a saúde pública, 
desta forma, não interessa apenas o usuário de drogas, o interesse principal é de que a saúde pública 
seja preservada, caso contrário, a coletividade é diretamente prejudicada com situações de 
marginalidade, problemas de overdose, problemas com a sobrecarga do sistema de saúde. 
 
 
7 Legislação Criminal para Concursos. 5ª edição, revista, atualizada e ampliada. Editora Juspodivm. 2020. 
 
 
12 
6.1.1 Figura Equiparada 
Art. 28 § 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, 
cultiva ou colher plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância 
ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. 
 Este parágrafo traz as condutas equiparadas ao crime do caput, semear cultivar ou colher. E 
quais são as condutas? 
• Semeia; 
• Cultiva; 
• Colhe. 
... plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de 
causar dependência física ou psíquica. 
 
O dispositivo refere-se ao local em que o agente planta uma pequena quantidade de substância 
ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica para seu consumo pessoal (Exemplo: plantar 
um pé de maconha em um vaso na varanda do apartamento). 
 
Obs.1: A plantação deve ser com a finalidade específica de consumo pessoal; 
Obs.2: A prática de alguma das condutas já caracteriza o delito, pois trata-se de tipo penal misto 
alternativo. 
Obs.3: Deve ser planta destinada a pequena quantidade. A lei expressamente tratou “pequena 
quantidade”. 
 
6.1.2 Punições 
 
Na atual lei de drogas, o usuário não pode mais ser preso. A descaracterização do usuário é um 
grande benefício trazido pela nova Lei (Art. 28, Lei nº 11.343/2006). Não há mais incidência para o 
usuário pena privativa de liberdade! 
E quais são as penas aplicadas ao usuário? Com relação a punição o Art. 28 ainda disciplina 
em seus incisos que: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
 
 
13 
 
 O STF se manifestou acerca da tese da “descriminalização” deste artigo, e para a Corte há 
uma despenalização, o legislador manteve a natureza da infração, continua sendo uma infração penal. 
Tornando-se um crime de ínfimo menor potencial ofensivo. 
 Penas NÃO privativas de liberdade: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de 
serviço à comunidade e medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo, 
preferencialmente sobre questões de drogas. 
Quanto ao prazo, este será de 5 meses se for primário e 10 meses se for reincidente, no caso da 
reincidência o STJ se pronunciou no RESP 1.771.304-ES (informativo 662 STJ), e entendeu que se 
tratava de uma reincidência especifica no uso de drogas. 
A reincidência de que trata o § 4º do art. 28 da Lei nº 11.343/2006 é a específica: O art. 28 da Lei 
nº 11.343/2006 prevê o crime de porte de drogas para consumo pessoal. Art. 28. Quem adquirir, guardar, 
tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência 
sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de 
comparecimento a programa ou curso educativo. Em regra, as penas dos incisos II e III só podem ser 
aplicadas pelo prazo máximo de 5 meses. O § 4º prevê que: “em caso de reincidência, as penas previstas 
nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.” A 
reincidência de que trata o § 4º é a reincidência específica. Assim, se um indivíduo já condenado 
definitivamente por roubo, pratica o crime do art. 28, ele não se enquadra no § 4º. Isso porque se trata 
de reincidente genérico. O § 4º ao falar de reincidente, está se referindo ao crime do caput do art. 28. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1771304-ES, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 10/12/2019 (Info 662). 
 
 Vale ressaltar que de acordo com o Art. 27, é possível aplicar cumulativamente duas ou três 
penas: 
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério 
Público e o defensor. 
 Candidato, condução coercitiva após o descumprimento de um Termo Circunstanciado, 
para comparecimento ao juiz e aplicação de uma advertência por exemplo, é permitida no porte 
de drogas para consumo pessoal? Sim. No entanto vale lembrar que na lei de abuso de autoridade e 
em julgados do STF, o entendimento é de que não se pode conduzir o réu coercitivamente para presença 
do juiz com fins de interrogatório, baseado no princípio da presunção de inocência, e não o princípio 
 
 
14 
de não fazer prova contra si mesmo. No caso do portador de drogas para uso pessoal, não há o princípio 
da presunção de inocência tendo em vista que já estácondenado a uma pena de advertência. Portanto 
de acordo com o Enunciado do FONAJE (Fórum Nacional dos Juizados Especiais), em caso de 
ausência injustificada do usuário de drogas à audiência de aplicação de pena de advertência, ele poderá 
ser conduzido coercitivamente. 
A prestação de serviços preferencialmente será na prevenção do consumo ou recuperação de 
usuários e dependentes de drogas, possuindo duas características: A não substitutividade e não 
conversibilidade. Essa pena é autônoma, não substitui nenhuma outra pena, como a pena restritiva de 
direito substitui a pena restritiva de liberdade, bem como uma vez descumprida a pena imposta, esta 
não será convertida em prisão. Sendo assim essas as principais diferenças com as penas restritivas de 
direitos, a não substitutividade e a não conversibilidade. 
Em caso de descumprimento, o juiz aplicará medidas sancionatórias, e quais são elas? 
Admoestação verbal e multa. Destaca-se ainda que, não cabe a prisão cautelar para o usuário, isso 
porque não permite sequer de modo definitivo ao término da demanda processual. Não cabe Prisão em 
Flagrante (2ª fase do flagrante). 
Cuidado, muita atenção aqui, a admoestação verbal e a multa não são penas do Art. 28! Isso é 
efeito extrapenal, com intuito de coagir as devidas penas: advertência, prestação de serviço à 
comunidade e frequência em curso educativo. 
Candidato, pode-se de imediato aplicar a multa em caso de descumprimento de prestação 
de serviço ou frequência em curso educativo? Não. O entendimento pacifico é de que essas medidas 
coercitivas (admoestação verbal, multa) para garantia do cumprimento das penas do art. 28 são 
sucessivas. Primeiro deve-se admoestar e depois aplicar a multa, não pode ser simultaneamente. 
Candidato, imagine que o usuário foi admoestado, posteriormente aplicado a multa 
coercitiva e mesmo assim não surte efeito no tocante ao cumprimento da pena, chegando ao 
falecimento deste indivíduo, a multa anteriormente arbitrada pode ser cobrada corrigida dos 
herdeiros? Sim. Não se utiliza aqui o princípio da intranscendência da pena, tendo em vista que tanto 
a admoestação verbal como essa multa NÃO SÃO PENAS, são efeitos extrapenais para efeito de 
coerção ao cumprimento das penas. Portanto, os herdeiros responderão na medida do espólio deixado 
pelo de cujus todas as multas que foram arbitradas (a Lei não define até quantas podem ser aplicadas). 
6.1.3 Reincidência 
 
	1. Contextualização da regulamentação legal no Ordenamento Jurídico Brasileiro
	2. Noções introdutórias
	3. Sujeitos do Crime: ativo e passivo
	4. Expropriação
	5. Crimes de perigo abstrato
	6. Dos crimes e das penas
	6.1 Porte de Drogas para o Consumo Pessoal

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