Biotecnologia Ambiental

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A Biotecnologia Ambiental pode 
ser compreendida como o uso e 
aplicação de diferentes técnicas 
biológicas para a prevenção ou 
resolução de problemas de 
contaminação ambiental. Envolve 
aspectos legislativos, normativos, 
tecnológicos, científicos, sociais e 
econômicos. 
Para sua aplicação, cinco 
elementos são considerados: 
➢ O composto tóxico que será 
reduzido/eliminado; 
➢ O meio onde esse composto 
está; 
➢ As características específicas 
do local; 
➢ O agente biológico 
responsável pela 
biodegradação; 
➢ As condições efetivas do 
processo (temperatura, pH, 
anaerobiose). 
Para solução de problemas de 
contaminação ambiental, três 
características determinam a 
escolha da tecnologia a ser 
aplicada: o custo do tratamento, a 
duração do processo e o nível ao 
qual se deseja diminuir a 
contaminação. 
Algumas tecnologias já 
estabelecidas em nível industrial e 
comercial são: tratamento aeróbio 
e anaeróbio de efluentes/resíduos 
(lodos ativados e digestão 
anaeróbia); tratamento de 
correntes gasosas (biofiltros); uso 
de enzimas para eliminar ou 
transformar compostos 
específicos. Algumas tecnologias 
ainda em exploração são: 
biorremediação de solos 
contaminados; uso de plantas 
para eliminação de contaminantes 
(fitorremediação); uso de 
organismos recombinantes em 
sistemas de tratamento de águas e 
solos; biocatalizadores com 
potencial para reduzir a 
contaminação. 
 
Os principais componentes de 
uma crise ambiental são a 
população, que vem crescendo 
exponencialmente, os recursos 
naturais, que são cada vez mais 
explorados, e a poluição, que é 
uma consequência. Os recursos 
naturais podem ser renováveis 
(biomassa, água, vento) e não-
renováveis (carvão mineral, 
petróleo, urânio). 
Apesar de se complementarem, 
há uma diferença entre poluição e 
contaminação. A poluição é uma 
alteração indesejável nas 
características físicas, químicas ou 
biológicas da atmosfera, litosfera 
ou hidrosfera. E a contaminação 
envolve fatores patógenos 
(microrganismos) ou químicos 
(mercúrio). 
Para se exercer o controle da 
poluição de acordo com a 
legislação ambiental, definem-se 
padrões e indicadores de 
qualidade no ar (concentrações de 
CO, NOx, SOx, Pb), água 
(concentração de O2, fenóis e Hg, 
pH, temperatura) e solo (taxa de 
erosão). 
Alguns exemplos de poluentes 
ambientais são: 
➢ Mono e dióxido de carbono, 
vêm da combustão incompleta 
em processos industriais e 
queima de combustíveis 
fósseis; 
➢ Metais pesados, provenientes 
de baterias e eletrônicos; 
➢ Hidrocarbonetos, vêm de 
derramamentos de petróleo e 
derivados, rompimento de 
dutos, defensivos agrícolas.