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SAÚDE DA CRIANÇA - 1 SEMESTRE ~ PEDIATRIA

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Frederico Faria Melo Júnior Pediatria 
Medicina – IMEPAC – Turma XXX 
 
 
Pediatria 
1 
 
Particularidades da criança 
• O pediatra cuida de indivíduos de 0 anos até 19 anos, 11 meses e 29 dias. 
• O maior crescimento do indivíduo é intraútero e depois no primeiro ano de 
vida até os 5 anos de vida. 
Crescimento de 12 cm de perímetro cefálico no 1º ano. 
Crescimento de 6 cm de perímetro cefálico no 2º ano - Medido até 36 meses ~ 3 anos. 
A partir de 4 anos o crescimento cefálico é menor que 6 cm. 
Aos 2 anos o encéfalo já cresceu 90 % (fim da curva de crescimento cefálico). 
Aos 7 anos o indivíduo está com a cabeça do tamanho da cabeça de um adulto. 
O bebê nasce com as fontanelas abertas para adequar o crescimento do encéfalo. 
 
• No Brasil, seguimos a curva de crescimento da OMS (avaliou o crescimento de 
crianças com padrão ouro de alimentação – aleitamento materno até os 6 meses). 
• Os primeiros 1000 dias engloba a gestação e os dois primeiros anos de vida. 
• Hoje, há os 1100 dias (Tudo que acontece nesse período desencadeia alterações que 
culmina com em um adulto doente - – reações com o ambiente que desencadeia uma 
expressão gênica): 
✓ 3 meses que antecedem a gestação (investigação metabólica da mãe, reposição de 
ácido fólico – previne problemas no fechamento do tubo neural – ideal tomar 90 dias antes de 
engravidar | o estilo de vida da mãe nesse período predispõe o bebê a ter doenças na vida adulta – 
doenças crônicas não transmissíveis) – suplementação preconcepção. 
✓ Gestação. 
✓ 2 primeiros anos de vida. 
 
2 
 
A consulta pediátrica 
• O mínimo de integrantes na consulta são três pessoas - pediatra, responsável e a 
criança. 
• A consulta pediátrica consta com anamnese, exame físico, hipóteses 
diagnosticas e na conduta. Inicia-se antes do bebe nascer, ocorrendo no 1º trimestre da 
gestação. 
• Necessário fazer uma orientação antecipada (o que se espera para uma próxima consulta 
– a família faz estímulos adequados para o desenvolvimento da criança). 
• As vertentes da consulta pediátrica: 
✓ Ambulatório. 
✓ UPA. 
✓ Pronto-socorro. 
✓ Puericultura: 
- Ocorre do nascimento aos 10 anos de idade. 
- É uma consulta agendada em que a criança é avaliada globalmente e o 
responsável recebe orientações quanto ao futuro desta. Avalia o 
desenvolvimento, relacionamentos, violência, escolaridade, nutrição, vacinação – 
normalmente não traz queixa: 
Avaliação do crescimento 
É realizada por meio de dados antropométricos: peso, altura (avaliada em pé), 
comprimento (medida deitada com régua antropométrica). 
Avaliação do desenvolvimento 
Observa os marcos do desenvolvimento. 
Firmar pescoço: até 60 dias. 
Andam em até 1 ano e meio. 
 
3 
 
- Até os 12 meses é recomendado um mínimo de 7 consultas de 
puericultura: 
1ª semana – 5º dia de vida Realiza-se o teste do 
pezinho 
Primeiro mês 
Segundo mês 
Quarto mês 
Sexto mês 
Nono mês 
12º mês (próximo ao aniversário) 
- A partir dos 12 meses faz-se uma consulta aos 18 meses e 24 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Anamnese 
• Divide-se a atenção entre a criança e o seu responsável (participantes ativos). 
• A primeira consulta pediátrica ocorre no período pré-natal (1º trimestre de gestação). 
 
• As próximas consultas ocorrem nos primeiros dias de vida do bebê. 
 
• Consulta no primeiro ano de vida. 
 
• Consulta de 1-3 anos. 
 
• Consulta dos 6 anos a puberdade. 
 
 
 
5 
 
• Há 6 diagnósticos na pediatria que a anamnese pediátrica contempla: 
✓ Crescimento (curvas – estatura adequada?). 
✓ Nutricional (IMC). 
✓ DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor) – idade e habilidades adquiridas. 
✓ Alimentar (os grupos alimentares – adequados? – a criança pode ter um IMC adequado e 
uma dieta inadequada). 
✓ Vacinal (vacinas em dia?). 
✓ Clínico (diagnóstico clínico). 
 
Exame Físico 
• Inicia quando a criança entra no consultório. 
• Não há um padrão, isto é, examina-se craniocaudal na sequência que a criança 
permite – EXAME DE OPORTUNIDADES. 
• Evitar colocar subitamente a criança na maca. 
• O exame de garganta e ouvido devem ser deixados para o final do exame 
físico. 
INSPEÇÃO 
• Pode ser panorâmica ou localizada. 
• Sempre realizar a inspeção frontal e tangencial. 
 
 
 
6 
 
Consulta do RN na Atenção Primária 
~ 
EXAME FÍSICO DO RN 
~ 
Classificação do Recém-Nascido quanto ao 
tempo de gestação 
▪ RNPT (pré-termo): É considerado prematuro. Nasce ≥ 36 semanas e 6 dias ≤ 37 
semanas. 
▪ RNPT TARDIO: É considerado prematuro. Nasce com 34 a 36 semanas e 6 dias. Pode 
nascer com um peso bom, mas tem uma imaturidade neurológica, além de poder 
desenvolver distúrbios metabólicos. 
▪ RNT (termo): Nasce ≥ 37 semanas a 41 semanas e 6 dias. 
Nas 39 semanas tem-se uma garantia de que o bebe está pronto para o 
nascimento com maturidade pulmonar. Recomenda-se o parto a partir 
de 39 semanas para marcação de cesárea. 
▪ RNPT (pós-termo): Nasce ≥ 42 semanas. Pode nascer com um peso inadequado pois 
a placenta envelhecida oferece menos nutrientes; o líquido amniótico está diminuído – 
menor nutrição – processo de sofrimento. Maior chance de o bebê evacuar intraútero e 
aspirar o mecônio. É um bebe comprido e magro. 
O bebê perde 10% do peso que nasceu nos primeiros cinco dias de vida pois este nasce com muito líquido 
extracelular e elimina-o. 
O bebê dobra o peso do nascimento nos 5-7 primeiros meses de vida. 
O bebê triplica o peso no primeiro ano de vida. 
O bebê quadruplica o peso no 1-2 ano de vida. 
 
7 
 
▪ Período Neonatal: 0 a 28 dias. 
→ Neonatal precoce: 0 a 7 dias. 
→ Neonatal tardio: 7 a 28 dias. 
Até 72 h – a idade é em horas. 
Após o 3º dia – a idade é em dias. 
 
Classificação do Recém-Nascido quanto ao peso 
ao nascimento 
▪ Baixo peso: <2500 g | 2,5 kg. 
▪ Muito baixo peso: < 1500 g | 1,5 kg. 
▪ Extremo baixo peso: < 1000 g | 1 kg. 
 
Classificação do Recém-Nascido em relação ao 
peso e idade gestacional 
▪ AIG (ADEQUADA A IDADE GESTACIONAL) – 4 ou 4,5 kg | entre o percentil 10 e 90. 
▪ PIG (PEQUENO PARA A IDADE GESTACIONAL) – < 4 kg | abaixo do P10. 
▪ GIG (GRANDE PARA A IDADE GESTACIONAL) – > 4,500 kg | > percentil 90. 
Esse bebê pode ter distúrbios metabólicos. Bebês grandes tem mais dificuldade de 
adaptação pois o pulmão é mais imaturo; produção excessiva de insulina leva a esse 
crescimento (DM gestacional não tratada - macrossomia); distúrbios metabólicos 
(hipoglicemia). 
O pulmão cresce até os 8 anos de idade. 
 
 
8 
 
Avaliação do RN na sala de parto 
▪ APGAR – avalia a vitalidade do bebê ao nascer e com o bebê no ventre da mãe. 
Quando fazer o APGAR? 
1º minuto + 5º minuto – pode ser estendido ao 10º - 12º minuto. 
✓ normal. 
✓ intermediário (prematuridade, medicamentos, malformação congênita). 
✓ maior risco mortalidade e leve aumento de risco para paralisia cerebral. 
Bebê normal: flacidez do tronco e hipertonia dos membros. 
 
FR = 40 a 60 irpm 
FC = 120 – 160 bpm 
 
Exame Físico NEONATAL - GERAL 
▪ Deve ser realizado entre 12 a 24 H após o nascimento. 
▪ Deve-se realizar uma avaliação geral: 
1) Observar postura, atividade espontânea e tônus muscular. 
2) Dados antropométricos por meio das CURVAS DE CRESCIMENTO: 
• Peso. 
➢ Todo o corpo deve estar dentro do prato da balança. 
➢ O bebê deve estar sem a roupa. 
9 
 
 
 
• Perímetro cefálico (PC) – é realizado até os 3 anos de idade 
➢ Passa-se a fita desde a proeminência occipital até a proeminência frontal e 
realiza a leitura da medição na glabela. 
➢ É adequado quando está entre a linha Z-2 e a linha Z+2 ou p10 e p90. 
➢ É possível observar a presença das fontanelas (localizadas nas pontas de 
união entre os ossos do crânio que ajudam a dar elasticidade na cabeça durante 
o nascimento). 
 
 
• Circunferência torácica (CT) – é feita ao nascimento, se necessário. 
➢ É realizada na linha mamilar. 
➢ CT = CA 
10 
 
 
• Circunferência abdominal (CA) - é feita ao nascimento, senecessário. 
➢ É realizado na cicatriz umbilical ou abaixo do coto umbilical quanto este 
ainda presente. A diferença da circunferência feita na cicatriz ou abaixo do 
coto é de aproximadamente 0,5 centímetros. 
 
• Comprimento – até os 2 anos de idade. 
➢ É feito com o antropômetro que possui uma base móvel e uma cabeça. 
Bebê em decúbito dorsal 
↓ 
Estende os joelhos 
↓ 
Aproxima a parte móvel do antropômetro até a cabeça do bebê 
 
11 
 
3) Inspeção da pele: 
• Vérnix 
➢ Material gorduroso esbranquiçado formado pelas glândulas sebáceas para 
proteger a pele e facilitar o deslizamento na hora do parto. 
 
• Lanugo 
➢ Pelugem fina que cobre o dorso e os membros. Desaparece em poucos dias. 
 
• Mancha mongólica 
➢ É uma mancha arroxeada que se localiza na região dorso-glútea do RN e 
ocorre devido à miscigenação de raças. 
 
• Eritema tóxico 
➢ Pequenas erupções papulares esbranquiçadas, amareladas ou róseas a 
vermelhas que aparecem sobre o tronco, face e membros. Regridem em 48 
horas. Bebês devem usar roupas de algodão e de cores claras pois cores muito 
fortes estimulam o eritema tóxico. 
 
 
12 
 
• Milium sebáceo 
➢ São glândulas sebáceas distendidas. Consiste em pequenos pontos branco-
amarelados localizados, principalmente, em asas de nariz, queixo e bochecha. 
 
• Hemangioma 
➢ Podem ser planos e cavernosos. 
➢ Se presentes no cabelo desaparecem em alguns meses. 
➢ Crescem muito no primeiro ano de vida devido ao número de vasos 
sanguíneos externos. 
Obs.: 5 a 7 hemangiomas tem que afastar hemangioma hepático. 
 
• Cianose generalizada 
➢ Cianose central - língua | não sofre influência da temperatura do ambiente 
~ patológica | ocorre em cardiopatias, pneumopatias – aspiração de mecônio, 
falta ou redução de surfactante, excesso de líquido pulmonar, a pressão 
pulmonar do bebe é alta e quando nasci tende a cair, se não cair o bebe tem 
uma hipertensão pulmonar primária. 
➢ Cianose periférica – mãos e boca | sofre influência do ambiente. 
 
 
13 
 
• Palidez 
➢ Ocorre por anemia devido ao descolamento prematuro de placenta estando 
o corpo do bebê acima da placenta sem clampar o cordão; doença 
hemolítica - eritroblastose fetal. 
• Pletora 
➢ Excesso de sangue | o posicionamento do bebê abaixo da placenta; retardo 
de crescimento uterino por desnutrição e o corpo tenta produzir mais 
sangue. 
• Icterícia 
➢ No RN surge na ponta do nariz e segue uma sequência cranial – caudal. 
➢ Para desaparecer é caudal-cranial. 
 
4) Odor 
➢ A fenilcetonúria gera um odor característico ~ urina de rato. 
5) Unhas 
➢ Devem alcançar a ponta dos dedos do RN a termo. 
6) Região palmar 
➢ Prega transversal única (Síndrome de Down). 
 
7) Região plantar – pregas plantares 
14 
 
Exame Físico NEONATAL - ESPECIAL 
• Nesse exame físico avalia-se: 
➢ CRÂNIO – é possível identificar traumas, microcefalia (Zika, infecções congênitas - 
sífilis, rubéola, toxoplasmose), macrocefalia (infecções congênitas, mal 
formações), anencefalia. 
→ PALPAÇÃO DAS FONTANELAS: Com o bebê deitado, segura-se a região 
cervical juntamente com os ombros e com as pontas dos dedos palpar as fontanelas. 
As fontanelas são áreas membranosas localizadas na abóbada craniana que ainda 
não foram ossificadas. Isto é, são regiões da cabeça de um recém-nascido que não 
são envolvidas pelos ossos do crânio. As suturas cranianas são articulações fortes, 
elásticas e fibrosas (sinartroses) que unem os ossos do crânio. 
✓ Bregmática ou Anterior. 
Quando abaulada significa aumento de pressão. 
Quando retraída pode ser indicativo de hipovolemia. 
✓ Lambdoide ou Posterior. 
 
As suturas não nascem calcificadas em função do parto normal e crescimento 
do encéfalo. As fontanelas devem se fechar entre o 1º e o 2º ano de vida. 
Contudo, a ossificação termina aos 30 anos. 
 
 
15 
 
 
 
➢ FÁCIES 
o Olhos: simetria, forma, tamanho, posição do olho em relação a órbita 
(protruso/exoftalmia | afundamento/enoftalmia), pupilas (isocóricas, anisocóricas, 
diâmetro, fotorreagentes), íris, escleras (ictérica, hemorrágica) + reflexo vermelho. 
o Pálpebras: nódulos, lesões, edemas. 
o Nariz: Forma, tamanho, simetria, permeabilidade, ruídos e secreções. 
16 
 
o Orelhas: 
→ Malformações. 
→ Apêndices auriculares: é sugestivo de uma malformação renal. 
 
→ Microtia: é uma malformação congênita do ouvido externo na qual não se 
desenvolve por completo durante o primeiro trimestre da gravidez. 
 
→ Implantação baixa: comum em RN com Síndrome de Down. 
 
→ Intertrigo: É uma fissura ou rachadura de cor avermelhada na superfície da 
pele, úmida descamativa, que pode evoluir com pequenas vesículas, que se 
rompem formando novas placas. 
 
o Boca: 
→ Pérolas de Epstein: pequenas formações esbranquiçadas no palato, e às 
vezes na gengiva. São benignas e somem com o tempo. 
 
17 
 
→ Aftas de Bednar: lesões erosivas com halo avermelhado no palato. 
 
OBSERVAR: 
Presença de dentes; 
Conformação do palato; 
Presença de fenda palatina; 
Fissura labial (lábio leporino); 
Desvio de comissura labial (paralisia facial); 
Hipoplasia (micrognatia - má formação caracterizada pelo tamanho reduzido do queixo, 
ou seja, mandíbula menor que o normal); 
Posição da mandíbula (retrognatia); 
Salivação: excesso de saliva, pensar em atrésia de esôfago. 
Visualizar a úvula e avaliar tamanho da língua e do freio lingual. 
➢ PESCOÇO – Deve-se promover a rotação, extensão e flexão, além de examinar os 
músculos. Testar mobilidade e verificar a presença de massas, cistos e bócio. Recomenda-
se palpar a clavícula pois essa pode fraturar durante o 
parto (examinador sente degraus ou 
crepitações). 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
AVALIAÇÃO DO TÓRAX 
+ 
AVALIAÇÃO CARDÍACA 
• Inspeção do precórdio – pulsações normais e anormais | avaliação do ictus cordis. No RN 
fica entre o 3-4º EIC. No segundo ano no 4º EIC. Em torno de 7 anos – 5º EIC na linha 
hemiclavicular. 
• É comum a presença de extrassístoles e nos primeiros dias podem ouvir sopro de 
fechamento do canal arterial e do forame oval (C&A). 
• Após os 3 anos a avaliação de PA ocorre de rotina. Antes apenas se a criança tiver 
patologias de má formação renal, cardíaca ou faz uso de medicamento que altere a PA 
(diuréticos, corticóides). 
• Coarctação de aorta = amplitude do pulso nos MMII é menor que nos MMSS. A aorta sofre 
uma estenose chegando menos sangue para os MMII. 
• A criança pode ter arritmias benignas e sopro inocente (suave, sem estalido e sem galope, 
de curta duração e baixa densidade e sem irradiação – muda de intensidade conforme o 
movimento da criança. Mais audível em posição supina). 
• As extrassístoles são frequentes na criança e a diferenciação das benignas com patológicas. 
Na benigna desaparecem após atividade física. Na patológica, elas permanecem após a 
atividade física. 
AVALIAÇÃO ABDOMINAL 
• No primeiro ano de vida o abdome é globoso. Após os dois anos o abdome torna-se plano. 
• O retardo da queda do coto está ligado a alterações imunológicas visto que a queda ocorre 
por um processo imunológico. É uma indicação de deficiência imunológica primária. 
Espera-se que o coto caia entre 2-3 semanas após o nascimento. 
19 
 
• Palpação superficial e profunda. O baço raramente é palpável. O fígado é palpável e friável. 
Em RN e em crianças pequenas não se faz a Manobra de Mathieu. 
• Percussão – não é muito usual no RN. Quando aplicada visa-se delimitação de órgãos 
sólidos. Contudo, traz poucas informações. 
→ Ílio paralítico – patologias cirúrgicas, processos inflamatórios de origem intestinal ou não 
pode levar a essa condição. 
→ Hérnia diafragmática pode causar um pulmão rudimentar. Bebês que nascem com 
abdome escavado e com insuficiência respiratória sugere-se hérnia diafragmática. 
→ A síndrome compartimental é quando a criança nasce com as alças para fora do abdome. 
Não se pode recolocar todo o conteúdo de uma vez. Quando ocorre, sugere-se o uso de craquee 
cocaína pela mãe. 
 
AVALIAÇÃO GENITOURINÁRIO 
• Não se realiza massagem peniana para expor a glande quando há fimose, pois, pode gerar 
fibrose no local dificultando o movimento. 
• Quando o RN nasce com hipospadia + criptorquidia é necessário solicitar um cariótipo 
para definir o sexo da criança. 
• Quando o RN nasce com fusão posterior dos grandes lábios + clítoris aumentado é 
necessário solicitar um cariótipo para definir o sexo da criança. 
• A urina do bebe é rica em cristais de urato que oxida na luz e pode parecer sangue. 
• Recomenda-se higienizar o bumbum do bebê do sexo feminino da parte anterior para a 
parte posterior para evitar a movimentação de microrganismos e predispor a infecções de 
urina. 
 
 
 
 
20 
 
AVALIAÇÃO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO 
• Quando há mancha hipercrômica com pelos em região lombar – associação grande com a 
espinha bífida. 
→ Mielomeningocele – a pele não recobre, há uma fina membrana q se rompe facilmente 
permitindo a saída de licor podendo causar infecção. Além disso, as bainhas nervosas ficam retidas 
no local da espinha prejudicando a movimentação dos membros. 
→ Meningocele – a pele recobre. 
• Pé torto posicional, isto é, se deve a posição que o pé (ou os pés) do feto dentro, 
enquanto ele está no útero – após o nascimento volta na posição normal 
• Pé torto congênito – após o nascimento não ocorre volta para a posição normal. 
Pode ser uni ou bilateral. 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
• Deve-se avaliar a presença ou ausência dos reflexos primitivos (involuntários) 
que desaparecem aos 6 meses sendo substituídos pelos posturais. 
❖ Reflexo de Moro: é desencadeado pela queda súbita da cabeça em 
extensão, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos 
membros superiores, seguido de choro. Desaparece em 3-4 meses. 
 
 
 
21 
 
❖ Apoio Plantar: desencadeado pelo apoio dos pés do RN sobre a superfície 
dura, estando seguro pelas axilas. 
 
❖ Preensão palmar: desencadeado pela pressão da palma da mão. Observa-
se flexão dos dedos das mãos. 
 
❖ Preensão plantar: desencadeado pela pressão da base do hálux. Observa-
se flexão dos dedos. 
 
❖ Sinal do Babinski: é o sinal do reflexo plantar patológico, quando há 
extensão do hálux. 
 
❖ Sucção reflexa: ocorre até os 2 meses de idade. É desencadeada pela 
estimulação dos lábios. Observa-se movimentos de sucção vigorosa. A ausência 
desse reflexo representa disfunção neurológica grave. 
22 
 
 
❖ Reflexo de Busca: é desencadeado por estimulação da face ao redor da 
boca. Observa-se rotação da face na tentativa de “buscar” o objeto, seguido de 
sucção reflexa. 
 
 
❖ Reflexo de Colocação (Placing): é desencadeado por estímulo 
tátil no dorso do pé estando o bebê seguro pelas axilas. Observa-se elevação do pé 
como se estivesse subindo um degrau de escada. É o único reflexo primitivo com 
integração cortical. 
 
❖ Reflexo Tônico Cervical Assimétrico: é desencadeado por 
rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. 
Observa-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro 
superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão, 
mas é mais sutil. 
 
23 
 
❖ Marcha reflexa: é desencadeado por inclinação do tronco do RN após 
obtenção do apoio plantar. Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da outra. 
 
❖ Reflexo de Galant: é desencadeado por estímulo tátil na região dorso 
lateral. Observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo. 
 
• Reflexos Posturais (voluntários – devem aparecer até os 12 meses): 
❖ Reflexo de Landau: é desencadeado quando o bebê é suspenso na 
posição prona. Observa-se elevação da cabeça acima do tronco. Em seguida o tronco 
é retificado e as pernas estendidas. Quando o examinador flete a cabeça, as pernas se 
fletem. É um reflexo postural fundamental para sentar e andar. Está presente a partir 
de 4 ou 5 meses de idade. 
 
❖ Apoio lateral: é desencadeado lateralizando-se o tronco do bebê sentado. 
Observa-se extensão do braço ipsilateral ao lado da queda, com apoio da palma da 
mão na maca. Está presente a partir de 6 ou 8 meses de idade. 
 
24 
 
❖ Paraquedas: é desencadeado colocando-se a criança de ponta cabeça. 
Observa-se a extensão dos braços para frente, como se para amparar a queda. É o 
último reflexo postural a aparecer. Está presente a partir de 8 a 9 meses de idade. 
Deve estar obrigatoriamente presente aos 12 meses. 
 
 
Obs.: Criança pode convulsionar com qualquer temperatura elevada. 
Está com febre? Antitérmico! 
Testes de Triagem 
• Na infância o lema é crescer e desenvolver. Associado a esse período é 
necessário prevenção pois tudo que acontece nesse período gera efeitos para toda a 
vida. 
• A triagem neonatal é formada por diversos programas e tem como propósito a 
detecção de doenças e a prevenção das consequências destas 
precocemente. 
• A maioria dessas doenças tem manifestações clínicas nos primeiros dias-
semanas de vida. Contudo, podem se manifestar em até 5 anos de idade. 
• Fases da triagem: 
Diagnóstico presuntivo: por meio dos testes diagnósticos. 
Diagnostico de certeza: por meio de dosagens laboratoriais, exames de imagem ou de 
aparelhos específicos. 
Tratamento: 
Acompanhamento: formando por uma equipe multiprofissional. 
25 
 
• Tipos de triagem neonatal: 
✓ 
→ Teste do pezinho: 
▪ É realizado desde a década de 70, mas foi a partir de 2012 que este tornou-se 
obrigatório. 
▪ Realizado entre o 3º-5º dia de vida. No SUS, o teste do pezinho pode ocorrer em até 30 
dias de vida da criança. É feito nesse período pois é necessário que a criança já tenha 
ingerido compostos que podem gerar a detecção das doenças, mesmo sem 
sintomatologia. 
▪ Detecta doenças genéticas, enzimáticas, endócrinas, metabólicas progressivas, 
degenerativas e infecciosa: 
o A primeira triagem de doença metabólica foi da fenilcetonúria (1976). 
Tem incidência mundial de 1:23.900. Foi a primeira doença triada no mundo. É uma alteração no metabolismo das 
proteínas por meio da deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase no fígado. É tóxica para o organismo. É um quadro 
precoce. A criança nasce normal e em torno de 60-90 dias inicia sintomas neurológicos. A dieta é restrita e não é de fácil 
adesão. 
o Seguida por hipotireoidismo congênito. 
Tem incidência de 1:4.000 crianças. Foi a segunda doença a ser triada e é causada pela deficiência dos hormônios 
tireoidianos nos vários tecidos do organismo. Nos dois primeiros anos quem promove o crescimento da criança de forma 
mais efetiva são os hormônios tireoidianos. Então quando deficiente causa atraso mental de origem endócrino-
metabólico. É uma doença altamente evitável. A criança responde sem sequelas. O hipotireoidismo primário ocorre por 
agenesia, hipoplasia ou localização ectópica da glândula tireóide. Pode ocorrer por dishormogênese. O hipotireoidismo 
secundário tem alteração no eixo da hipófise. O hipotireoidismo transitório de período neonatal desaparece com a 
evolução e o tratamento pois a glândula volta a produzir adequadamente sendo causado por excesso ou deficiência de 
iodo. Pode ocorrer quando a mãe possui doença da tireóide ou anticorpos que bloqueiam os receptores do bebê ou outra 
condição do recém-nascido. O hipotireoidismo primário trata-se a vida toda. O quadro clínico normalmente é ausente ao 
nascimento. Sinais de hérnia aparente, mixedema, hipotonia, crises de cianose sem explicação, fontanela posterior 
ampla, icterícia prolongada (após a segunda semana de vida), atraso na eliminação do mecônio (deve ocorrer nas 
primeiras 24 H ou até nas primeiras 48 H), constipação em crianças maiores e síndrome de Down tem muita associação 
com o hipotireoidismo congênito. 
o Em 2001, começou a triar a doença falciforme e a fibrose cística. 
DF: Ocorre a formação da hemoglobina SS (HbSS). Pode causar uma síndrome torácica aguda (embolia pulmonar). Os 
pais precisamaprender a palpar o baço (ele aumenta de tamanho em crise). Gera retinopatia proliferativa (aumento dos 
vasos na retina). Ocorre depósito de ferro no fígado (hemossiderose hepática). 
26 
 
FC: É uma alteração na função das proteínas que regula o transporte de cloro. A criança quando não diagnosticada 
evolui para problemas respiratórios (sibilância e pneumonias por repetição – necessário ser vacinado pela Pneumo 13). 
o Em 2012, começou a triar a hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase. 
HAG: É causada pela rota de produção dos hormônios da adrenal (glândula do estresse). É uma herança autossômica 
recessiva pela deficiência da enzima 21-hidroxilase ou por deficiência da enzima 17-alfa hidroxilase. No menino é 
menos frequente, mas pode ter macrogenitossemia genital e na menina pode ocorrer virilização e intersexo. Pode ocorrer 
falsos-positivos e falsos-negativos pelo uso de corticóide no trabalho de parto prematuro e para a maturação pulmonar 
do feto para uma data de nascimento definida pela mãe, transfusão sanguínea no bebê ou por coleta precoce do teste do 
pezinho. 
DB: É uma doença enzimática. A biotina é uma vitamina do complexo B (B7 ou H) que participa do metabolismo dos 
carboidratos, lipídeos e proteínas. 
o Serão adicionados toxoplasmose congênita + galactosemias e aminoacidopatias + doenças 
lisossômicas + distúrbios de betaoxidação dos ácidos graxos (MG está mais ampliado - 
implantando as desordens dos ácidos graxos) + imunodeficiências primárias (problemas 
genéticos no sistema imunológico – causa importante de morte por infecção no primeiro 
mês de vida – as crianças normalmente nascem sem o fenótipo da doença.) + atrofia 
muscular espinhal. 
A lista de doenças é revisada periodicamente (avalia as doenças mais prevalentes). 
▪ Os melhores testes diagnosticam pelo menos 50 doenças. 
▪ A maior parte das doenças são de caráter hereditário e ocorre em apenas um gene com 
heranças autossômicas recessiva. 
▪ A maioria dessas doenças cursam com crianças com retardo no desenvolvimento 
neuropsicomotor. 
▪ COMO FAZER? 
A mãe pode estar abraçando o bebê ou na posição de mamada. 
↓ 
Faz-se a assepsia do calcanhar (região de fácil acesso, bastante vascularizada e com bom fluxo sanguíneo) 
com álcool 70% (importante deixar o local secar). 
Obs.: nunca se usa álcool iodado (interfere em hormônios tireoidianos) e nem antissépticos coloridos. 
↓ 
Não se ordenha, faz-se massagem (evita hemólise). 
↓ 
O calcanhar deve estar bem avermelhado. 
↓ 
O pezinho é dividido em áreas, faz-se um pique com uma lanceta específica para o teste nas laterais. 
27 
 
Obs.: no centro pode gerar lesões ósseas (osteomielite). A lanceta é específica para o teste e é fornecida. 
 
↓ 
O pezinho tem que estar abaixo do coração. 
↓ 
Despreza-se a primeira gota (pode haver resquícios de álcool ou estar hemolisada). 
↓ 
Não pode encostar o papel no pé. 
Obs.: A criança no frio faz vasoconstrição então não recomenda a coleta em sala com ar condicionado. 
 
▪ RESULTADO = 
Quando positivo faz-se um novo teste para confirmação. 
↓ 
Se positivo novamente é necessário realizar um reteste em 24 h. 
↓ 
Se positivo novamente a criança é avaliada e realiza-se exames mais específicos para 
confirmar se existe ou não uma alteração. 
 
✓ 
→ Teste da linguinha: 
▪ Não é obrigatório. 
▪ Realiza-se a avaliação do frênulo lingual que é uma prega de membrana mucosa 
que tem função de ligar a língua ao assoalho da boca e deve estar localizado no assoalho 
e na base da língua. Alterações no frênulo lingual podem influenciar na função de 
sugar, engolir, mastigar e na fala pois gera restrição ao movimento da língua. 
28 
 
 
✓ 
→ Teste da orelhinha: 
▪ É obrigatório desde 2014. 
▪ Avalia-se a audição do bebê pois esta é necessária para o desenvolvimento da 
fala. 
 
▪ RESULTADO = 
1º teste = 1 mês de vida 
Obs.: Bebês muito novinhos podem ter presença de líquido ou vérnix, sendo necessário esperar para repetir o 
teste. 
↓ 
Quando positivo faz-se um novo teste para confirmação entre 10-15 dias ~ podendo refazer em até 3 meses. 
↓ 
Se positivo novamente é necessário realizar um PEATE (Potencial Evocado do Tronco Encefálico) ~ em até 6 
meses (necessário já estar em tratamento). 
29 
 
▪ Condições em que o RN precisa fazer o primeiro teste em até um mês e que mesmo com 
resultados dentro da normalidade devem ser monitorados pois possuem mais chances de 
possuírem problemas auditivos: 
o RN prematuros. 
o > 5 dias de UTI (aminosidioglicanos, gentamicina – são ototóxicos). 
o Uso de diuréticos (furosemida). 
o Deformidade crânio faciais. 
o Meningite no primeiro ano de vida. 
 
✓ 
→ Teste do olhinho ou Reflexo vermelho: 
▪ É obrigatório desde 2017. 
▪ Possibilita a detecção de doenças como o glaucoma e a catarata congênitos, 
infecções como toxoplasmose, rubéola congênita, infecção por Zica vírus. 
▪ Se detectada alguma alteração, deve ser encaminhado para o oftalmologista em até 30 
dias para realizar um teste do reflexo vermelho ampliado ou digital (tira uma fotografia 
com o retinógrafo da retina do bebê). 
▪ Deve ser feito antes da alta hospitalar ~ deve-se abrir o olho (há edema). 
▪ Esse teste deve ser repetido na primeira consulta, aos 4 meses e aos 12 meses de idade. 
Repete aos 2 e aos 3 anos. Após esse período se dentro da normalidade, o indivíduo 
realiza consultas de rotina. 
▪ Os reflexos devem estar simétricos. 
Obs.: o teste do olhinho não substitui o teste oftalmológico de rotina que deve ser feito nos primeiros 6 meses. 
 
30 
 
✓ 
→ Teste do coraçãozinho: 
▪ É obrigatório. 
▪ Avalia a presença de cardiopatias críticas pois essas requerem intervenção no 
primeiro ano de vida. 
▪ Crianças com cardiopatias tem em comum com crianças saudáveis a persistência do 
canal arterial, ou seja, há um desvio fisiológico na artéria pulmonar que é desviado para 
a aorta visto que o sangue não precisa ser oxigenado pois o bebê não respira intraútero – 
ao nascimento esse canal fecha em 24h de vida e forma-se um cordão fibroso em torno 
da 3ª semana de vida. 
▪ Crianças com cardiopatias precisam que o sangue que está no pulmão retorne ao 
coração para ser bombeado ~ é necessário que esse sangue consiga atingir o organismo 
~ o canal precisa ser mantido. Para tanto, utiliza-se das prostaglandinas. 
▪ Se a criança não possuir cardiopatias, o canal arterial precisa ser fechado. 
▪ O teste é realizado por meio da oximetria no braço direito (pulso radial – região de 
pulso radial no dorso) e em qualquer um dos MMII. Ambos os sensores devem 
ficar olhando um pro outro para que seja possível detectar a saturação de oxigênio. 
Realiza-se uma medição no MS direito e compara com a medição no MI. 
Diferença de saturação entre os membros for > 3% - TESTE ANORMAL ~ indício de cardiopatia. 
↓ 
Nova aferição em 1 hora. 
↓ 
Mantem-se alterado? 
↓ 
Necessário a realização de um ecocardiograma. 
▪ O bebê não pode receber alta sem um diagnóstico pois antes das 24 H o canal ainda 
pode estar aberto, por isso não se faz o teste, pois não haverá alteração. 
▪ É recomendado a realização do teste após as 24 H de vida ou antes 
da alta hospitalar. As cardiopatias leves podem ter sintomas que começam a 
aparecer quando a criança necessita de uma demanda de atividade maior. 
31 
 
✓ 
→ Avaliação da displasia de quadril: 
▪ Para avaliação do quadril realiza-se duas manobras que podem ser realizadas nos primeiros 
dias de vida: 
o Manobra de Ortolani: 
- Rastreia displasia congênita de quadril. 
- Deve-se realizar entre o 1-2 mês de vida (após os 2 meses geralmente não é 
possível mais fazer essa redução). 
 
Criança sem roupa e fora do berço. 
↓ 
Realiza unilateral 
↓ 
Colocar o membro avaliado em 90º em relação ao quadril. 
↓ 
Dedão na face interna da coxa + outros dedos no trocânter (face póstero-lateral da 
coxa) 
↓ 
1º - ABDUZ 
2º - ELEVA O TROCÂNTER 
o Manobra de Barlow: 
- Avalia a estabilidadedo quadril. 
 
- Estabiliza-se a pelve do RN com uma mão. Com a outra mão flexiona-
se e aduz-se o quadril, ao mesmo tempo em que se aplica uma força 
posterior (empurra). 
32 
 
- Se o quadril é deslocável sente-se um “click”. 
A US é o melhor exame de imagem para diagnóstico de patologias no quadril. 
 
✓ 
→ Avaliação de criptorquidia: 
▪ Realiza-se a palpação da região perigenital, da bolsa testicular e do pênis 
observando a abertura do meato externo uretral (Hipospadia? 
Epispadia?). 
▪ O testículo pode ser retrátil (entrando e saindo a bolsa testicular) ou estar 
completamente na cavidade abdominal. 
▪ Se o testículo não desceu até os 6 meses, não descerá mais. 
 
TESTE DE TRIAGEM: 
Temos 1 mês para fazer a triagem; 3 meses para o diagnóstico e até 6 meses para iniciar a intervenção. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Exame Físico CRIANÇA 
• ESTADO GERAL: 
→ BEG, REG, MEG 
• ECTOSCOPIA: 
→ HIDRATAÇÃO 
→ NUTRIÇÃO 
• SINAIS VITAIS: 
→ Frequência cardíaca 
 
→ Frequência respiratória 
 
→ Temperatura 
 
 
 
 
 
 
34 
 
→ Pressão arterial 
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS – ATUAL 
Escolha do MANGUITO: 
Realiza-se uma medição do acrômio até o olécrano 
↓ 
Encontra o valor médio dessa medida 
↓ 
Nesse local realiza-se a medida da circunferência 
↓ 
Procura-se o manguito a partir desse valor 
Realiza a aferição 
↓ 
Joga esses dados na tabela a partir do: 
Sexo 
Altura 
NORMOTENSA < P90 
PA ELEVADA ≥ P90 < P95 
HAS – ESTAGIO 1 ≥ P95 < P95 + 12 mmHg 
HAS – ESTÁGIO 2 ≥ P95 + 12 mmHg 
*A partir dos 12 anos avalia-se com os dados de adulto. 
35 
 
 
 
 
36 
 
Amamentação 
• A alimentação infantil visa promover o crescimento e o desenvolvimento infantil 
visto que os primeiros 2 anos de vida são os mais críticos, especialmente o primeiro ano (6 
meses – maior crescimento após vida uterina). 
• É uma tarefa de todos que estão ligados à criança e não apenas da mãe, isto é, a mãe precisa de 
uma rede de apoio. 
• O leite materno tem uma variedade de gostos a depender da alimentação 
da mãe durante a gestação que interfere no paladar do bebê, isto é, preparando-o 
para a introdução de alimentos. 
• O bebê possui a capacidade de autorregular as suas necessidades, 
especialmente a fome. A mãe provoca distúrbios de peso quando insiste no excesso alimentar, 
principalmente no alimento de fórmula. No peito, a livre demanda permite que o bebê não 
coma além do necessário. 
• A amamentação proporciona o estímulo de todos os músculos faciais e oral do bebê. O uso de 
mamadeira ou bico antes de estabelecer o processo de amamentação, faz com que o bebê 
estimule apenas o músculo bucinador, além de promover uma confusão quanto ao bico do 
peito materno. 
• Recomenda-se que o bebê tenha a sua primeira mamada na primeira hora de vida. 
• O leite materno possui uma composição adequada de nutrientes. 
• A amamentação é importante para a proteção contra DCNT: Diabetes, HAS, 
obesidade, além de reduzir a incidência de DM materno, CA de útero, mama e ovários. 
• O leite materno é espécie-específico. 
• Bebê com mais de 8 mamadas ao dia + amenorreia = evita gestação – método 
contraceptivo. 
 
37 
 
LACTOGÊNESE 
• É dividida em três fases: 
✓ Mamogênese, Lactogênese/Lactopoese e Ejeção do leite 
Ocorre durante o período gestacional e refere ao crescimento e desenvolvimento da 
glândula mamária para a produção de leite. O crescimento da glândula inicia na puberdade 
pela ação de diversos hormônios, como o estrogênio, progesterona, GH e insulina, 
diferenciando em uma mama adulta não-gestante. A mama não retorna ao estado pré-
gravídico após a gestação. A mama atinge o seu desenvolvimento completo na gestação. A 
mastalgia referida pela gestante é pelo crescimento e preparação para a amamentação 
(dilatação das veias superficiais, aumento do fluxo sanguíneo e aumento da pigmentação 
da aureola e do mamilo) e ocorre entre a 6ª e 7ª semana de gestação. A estrutura 
funcional das glândulas mamárias (cacho de uva) é o alvéolo mamário: síntese e secreção 
do leite – conjunto de 10-100 alvéolos são chamados de lóbulos mamários que se agrupam 
formando os lobos (10-15). Os canalículos são finos canais que transportam o leite dos 
alvéolos para os ductos e seios mamários, e de lá se exteriorizam por meio de 15 a 20 
orifícios existentes nos mamilos de cada mama. 
↑ ESTRÓGENO (crescimento dos ductos mamários) 
↑PROGESTERONA (crescimento dos alvéolos mamários) 
+ 
PROLACTINA (responsável pela produção do leite) 
A ocitocina eleva-se durante o trabalho de parto e tem ação no pós-parto imediato que é a 
redução do sangramento. Apojadura é a descida do leite e pode demorar de 24-72H após o 
parto visto que é dependente da sucção (estimula a ocitocina – o descimento do leite) e do 
esvaziamento da mama (estimula a prolactina – produção de leite). Estabilização da 
produção láctea pode ocorrer do 3º-5º dia. Galactopoiese – é a produção do leite a partir do 
5-7 dias e se mantem por toda a gestação dependente da prolactina e ocitocina. 
38 
 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO E IMUNOLOGIA 
• O volume e a composição do leite materno variam com o tempo de pós-parto, fase da 
mamada, ritmo da mamada, tempo de gestação e fatores materno (dieta, doenças, 
paridade, idade, variação individual). 
• A criança tem suscetibilidade a diferentes infecções nessa fase da vida (Monilíase oral + 
Herpes + Sepse). Assim, a composição imunológica transmite elementos da 
microbiota e respostas imunes da mãe: 
 Anticorpos. 
 Leucócitos – alta quantidade no colostro ~ neutrófilos e macrófagos ~ linfócitos são células T. 
 Agentes antimicrobianos. 
 Fatores antinflamatórios – rico em interleucina e fatores de necrose tumoral. 
 Imunomoduladores. 
 Oligossacarídeos – proteção contra infecções. 
 Ácidos graxos livres – ação lítica nos invólucros de vírus. 
39 
 
 Fator bífido – substrato que favorece o crescimento doa Lactobacilus bífidus (bactéria não patogênica que 
acidifica as fezes e dificulta a instalação de bactérias gram negativas). 
• O tipo de parto influencia nessa transmissão de fatores: vaginal (terá a microbiota do 
TGI da mãe) ou cesárea (microbiota da pele da mãe). Quando a criança faz uso de 
antibióticos perinatais associado a falha em amamentar = atrapalha a formação da 
microbiota. 
• A composição do leite é: 
 ÁGUA - >80% [promove hidratação do lactente pelos primeiros 6 meses]. 
 PROTEÍNAS BIOATIVAS – aumentam a biodisponibilidade de nutrientes e 
inibem a tripsina (limita a digestão), estimulam o crescimento, realiza a modulação 
do SI e defesa contra patógenos. 
→ Função protetora – tem anticorpos (IgA) + células vivas + citocinas + moléculas de sinalização. 
→ Proteínas e enzimas ativas + Prebiótico – colonização adequada = nutrientes para otimizar o SI do bebê. 
 GORDURA – colesterol elevado. A gordura presente no leite materno auxiliar na 
mielinização do SN. 
 
 ÍONS – Há uma quantidade reduzida de íons no leite materno, pois o excesso de 
íons (presente no leite de vaca) sobrecarrega os rins que estão em processo de 
maturação durante a excreção desses íons. 
 
40 
 
FASES DO LEITE MATERNO 
Colostro 
• Ocorre nas primeiras semanas após parto e possui um volume pequeno por 
mamada (2-20 mL/mamada). 
• É rico em anticorpos (imunoglobulinas), proteínas (contém todos os aminoácidos 
essenciais, que atuam como fatores de proteção e transportam hormônios e vitaminas. As 
proteínas não são usadas como fonte calórica para o crescimento, sendo uma fonte energética 
mínima no leite materno) e possui quantidade reduzida de gordura (menos 
calórico - o bebe inicia seu desenvolvimento com uma perda de peso – cerca de 10% do peso 
do nascimento nos primeiros 5 dias). 
• É espesso, amarelado e de alta densidade. 
• Possui uma quantidade reduzida de lactose (para facilitar a digestão do leite) e 
maior quantidade de íons e vitaminas. 
• Possui efeito laxativo (ajuda na eliminação domecônio – rico em bilirrubina - quanto mais 
rápido a eliminação, diminui a icterícia no bebê). 
 
Transição 
• Possui uma composição intermediária entre o colostro e o leite maduro. 
• Possui uma menor quantidade de anticorpos, proteínas e vitaminas 
lipossolúvel (vitamina D - formação esquelética do bebê | atua na prevenção de doenças 
cardiovasculares, fortalece a imunidade, previne contra infecções e atua na formação pulmonar 
– vitamina K previne a doença hemorrágica e a ocorrência de sangramentos ~ DEVEM SER 
REPOSTAS). 
• O leite de transição tem um maior conteúdo calórico (gordura, lactose, 
vitaminas hidrossolúveis). 
41 
 
Maduro 
• É produzido a partir de 15 dias de amamentação e por demanda. 
• É um leite mais transparente (menor teor de gordura). 
• Início da mamada: leite rico em água. 
• Meio da mamada: rico em proteína. 
• Fim da mamada: rico em gordura [é misturado]. 
• A presença de proteína no leite diminui ao longo da lactação e depende da velocidade de 
crescimento da criança (maior nos primeiros meses de vida – crescimento – após 6 meses esse 
teor diminui). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
PRÁTICAS! 
• A partir da 6ª semana de gestação tem-se alterações mamárias mediadas por hormônios – 
mastalgia. 
• Após o parto, cerca de 3-5 dias, tem-se a descida do leite. 
Retirada da placenta 
↓ 
QUEDA do ESTRÓGENO e da PROGESTERONA 
↓ 
AUMENTO da PROLACTINA 
↓ 
Descida do leite 
• Após os primeiros 3-5 dias, a descida/ejeção do leite ocorre por meio do 
aumento da produção de prolactina e ocitocina que ocorre pela sucção do leite 
(no momento da mamada tem-se também a produção de quantidade significativa de leite) pelo 
bebê e pelo esvaziamento da mama. 
• O bebê quando intraútero recebe glicose continuamente da placenta para a nutrição do SN. 
Após o nascimento, essa nutrição é necessária. Assim, é imprescindível despertar o 
bebê a cada 3 horas para a mamada noturna e diurna, especialmente nas 4 
primeiras semanas de vida (primeiro mês) que é quando ocorre o maior ganho de 
peso e maturidade hepática formando uma reserva de glicogênio. O bebê deve apresentar sinais 
de fome em cerca de 8-12 vezes em 24 horas. 
• O Ministério da Saúde recomenda a amamentação exclusiva por 6 meses (leite 
materno) e a amamentação no geral até 2 anos – 8 a 12 vezes/dia 
• Nos primeiros 6 meses, além da amamentação exclusiva, tem-se outros tipos de aleitamento: 
 Aleitamento materno predominante – água e derivados da água, suco de 
frutas + leite materno. 
 Aleitamento materno misto ou parcial – leite materno + fórmula/leite de 
vaca. 
43 
 
• Inicia-se com o aleitamento materno complementar a partir dos 6 meses, 
sendo composto por: leite materno + água (em determinados momentos do dia) + fruta 
(manhã e tarde) + papa de sal (feijão + carne bem desfiada + verduras amassadas – 
beterraba, chuchu, batata, couve). 
• O suco de fruta e o leite de vaca inicia a partir de 1 ano de idade. 
• O uso precoce do leite de vaca “in natura” leva a uma inflamação da mucosa 
intestinal (microsangramentos) levando a criança a anemia ferropriva. Além de possíveis 
processos alérgicos. Com 12 meses coleta-se um hemograma e dosagem de 
ferro. 
• Nos primeiros 2 anos de vida, suplementa-se com Fe (importante pro 
metabolismo e funções protetoras – crianças está em pleno crescimento) e vitamina D 
(inicia-se na segunda e terceira semana de vida). 
• MANEJO DO LEITE armazenado: 
Pote de vidro + tampa de plástica OU Vasilha de plástico (BPA free) 
Congelado por 15 dias 
Quando descongelar, o bebê deve ingerir em até 12 horas 
• Como amamentar o bebê (SEM O PEITO)? 
“Sentar” o bebê discretamente inclinado para trás 
↓ 
Usar um copinho de vidro de dose 
OU 
Sonda associada ao mamilo (Relactação) 
↓ 
Colocar na ponta dos lábios 
↓ 
O bebê realiza reflexo de busca e sucção com a linguinha 
 
 
44 
 
• Posição de amamentar e pega do peito: 
Não há necessidade de lavar o mamilo 
(presença de bactérias que ajudam a prevenir infecções nas mamas) 
↓ 
Mãe em posição confortável 
↓ 
A cabeça e o tronco devem estar alinhados e em contato frontal com a mãe 
↓ 
A mão da mãe em forma de “C” 
↓ 
O mamilo se alinha com o nariz do bebê 
 
↓ 
A pega da mama deve ocorrer de baixo pra cima para que o mamilo fique no palato mole 
(zona de conforto) do bebê 
↓ 
O mamilo deve tocar os lábios estimulando o reflexo de busca e de abertura da boca (deve 
estar bem aberta) 
 
↓ 
O bebê abocanha o mamilo e a maior parte da auréola (presença de sulcos que contêm leite) 
↓ 
Nariz deve estar livre para respirar e pode-se escutar o bebê sugando e engolindo o leite 
↓ 
O queixo do bebê toca a mama, mas ocorre uma movimentação livre 
45 
 
 
 
 
Interrupção da mamada: coloca-se o dedinho na boca do bebe e vai retirando a mama. 
Obs.: A profilaxia contra ressecamento de auréola e mamilo é por meio da hidratação com o próprio leite. Tratamento após 
ressecamento é com LANSINOH – pomada com lanolina (óleo natural). 
 
• Ingurgitamentos mamários OU empedramento: 
▪ Ocorrem após o parto. 
▪ é FISIOLÓGICO e ocorre para a nutrição da mama 
(vasodilatação) para receber o leite nos primeiros dias após o parto. Ocorre 
ingurgitamento bilateral. Ocorre sinais e sintomas flogísticos, mas em menor 
proporção. 
▪ é PATOLÓGICO e ocorre 10-15 dias após o 
parto. As causas desse segundo ingurgitamento pode ser mastite (ingurgitamento 
unilateral) por candidíase (trata-se a mãe e o bebê | se monilíase oral é necessário 
administrar antifúngico na mama). 
46 
 
▪ Quando a mama está ingurgitada (enrijecida) é necessário a realização de 
massagem previamente à amamentação + shake de mamas, 
visto que enrijecida a sucção do bebê não alcança o leite. 
 
• Mamilos planos ou invertidos: 
▪ Técnica do Sanduíche: faz-se uma prega horizontal e oferece o peito ao bebê mantendo 
essa prega até o fim da mamada ou pode ir soltando caso percebe que o bebê está firme 
na pega. 
 
▪ Técnica da Seringa: usa-se uma seringa e puxa-se o êmbolo para expor o mamilo e 
auxiliar o bebe. Faz-se esse procedimento até o bebe aprender a pega, é demorado e 
necessário ter paciência. 
 
 
47 
 
• Suspensão da amamentação: 
FASE AGUDA da Doença de Chagas. 
Tatuagem na mama. 
Mães SORO-POSITIVAS para o HIV. 
Infecções graves e invasivas – meningite, osteomielite, artrite séptica, septicemia ou bacteremia causadas por alguns 
organismos como Brucella, Streptococcus do Grupo B, S. aureus, H. influenza Tipo B, S. pneumoniae ou N. meningitidis 
- interrupção temporária da amamentação por um período de 24-96 horas após o início da terapia antimicrobiana e 
alguma evidência de melhora clínica. 
FASE AGUDA da Leptospirose. 
COQUELUCHE - A mãe deverá ser aconselhada a restringir o contato com o seu filho e suspender temporariamente a 
amamentação por um período de 5 dias após o início da antibioticoterapia. 
SÍFILIS - se houver lesões primárias e secundárias na aréola e/ou mamilo - amamentação é contraindicada 
temporariamente na mama afetada, até a cicatrização das lesões mediante o uso da antibioticoterapia sistêmica. 
Cosméticos não podem conter chumbo. 
Não podem fazer escova progressiva – todas tem formol. 
• NÃO - Suspensão da amamentação: 
A maioria das doenças bacterianas não contraindica a amamentação. 
Recomenda-se a manutenção da amamentação durante episódios de doença diarreica materna. 
Listeriose - não há contraindicação para a amamentação. 
Mastite e abcesso não contraindicam a amamentação. 
Não há transmissão da Bordetella pertussis pelo leite humano, o contato se dá por gotículas do trato respiratório; assim, recomenda-se 
durante a amamentação o uso de máscara com cobertura do nariz e boca para evitar a contaminação do recém-nascido. Pode-se usar LM 
ordenhado cru. 
TUBERCULOSE - Crianças nascidas de mulheres consideradas abacilíferas ou tratadas por 2 ou mais semanas antes do nascimento 
podem amamentar sem qualquer restrição ea criança recebe a BCG após o nascimento. 
TUBERCULOSE - Mães que estão em investigação da doença, com sinais, sintomas e exames radiológicos consistentes com doença 
tuberculosa ativa devem restringir o contato com a criança devido à transmissão potencial da doença por meio das gotículas do trato 
respiratório. O leite materno pode ser ordenhado e oferecido à criança, por não haver risco de passagem do Mycobacterium tuberculosis 
pelo leite humano. 
HANSENÍASE VIRCHOWIANA (nódulos na pele – forma altamente contagiosa) – recomenda-se diminuir contato com filho e realizar 
o uso de máscara no momento da amamentação. A amamentação só pode ocorrer após a instituição do tratamento. 
A HANSENÍASE NÃO VIRCHOWIANA – a criança deve ser submetida periodicamente a exames clínicos. 
Uso de cosméticos com amônio na composição. 
 
48 
 
Introdução Alimentar – A partir dos 6 meses 
• Não é permitido o uso de sal ou uso de caldos ou tabletes de temperos 
industrializados. 
• Não se deve adoçar com mel. 
• Recomenda-se oferecer frutas como sobremesa após a refeições 
principais para auxiliar na absorção de ferro. 
• Aos 9 meses a criança já consegue levantar uma colher = alimentação assistida. Além disso, a 
alimentação pode ser a mesma da família, exceto os temperos. Nesse período os dentes já estão 
próximos da gengiva deixando-a mais enrijecida. 
 
 
• Alimentação BLW: 
 
49 
 
Alimentação para lactentes: 
1 a 2 anos 
• A amamentação deve continuar ou ingerir aproximadamente 600 mL de leite 
de vaca/dia. 
• As principais refeições não podem ser substituídas por leite. 
• É permitido o consumo de todo tipo de carne e de ovos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
PRÉ-ESCOLAR: 
2 a 6 anos 
• Formação de hábitos: 
NEOFOBIA 
(dificuldade em aceitar alimentos novos) 
APETITE VARIÁVEL 
(limite para apresentar novos alimentos) 
• A queda dos dentes decíduos inicia-se a partir dos 6 anos. 
 
 
ESCOLAR: 
7 a 10 anos 
 
 
51 
 
Saúde Bucal 
• A primeira consulta deve ocorrer ao nascimento do primeiro dentinho. 
• A higienização oral (gengivas e mucosa) deve ocorrer desde o nascimento. 
• O uso de pasta dentária e o fio dental devem ser usados desde o nascimento do 
primeiro dentinho. 
→ NÃO COSPE [Grão de arroz] 
→ COSPE [Ervilha] 
• Em situação de trauma dentário deve-se armazenar em saliva, leite ou em solução 
fisiológica. 
 
Segurança 
• Em transporte de carro: 
0-3 anos Bebê conforto voltado para trás 
1-7 anos Cadeirinha voltada para frente 
4-12 anos Assento elevado 
> 8 anos Uso do cinto de segurança no banco do carro

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