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NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD) 
 
 
APLICAÇÃO PRÁTICA 
 
O case “Beleza Natural” 
 
 
	Professor: Carolina Rocha 
	Semestre:2022.1 
	Aluno(a): Edgar de Paula Valentim 
Matrícula : 1103501
 
 
O case “Beleza Natural” 
 
 
Mirando no público de baixa renda e com processos inspirados na rede de fast-food, a Beleza Natural cresce 27% ao ano. A diarista carioca Jane Santana, de 32 anos, passou boa parte da vida procurando um produto para domar seus cabelos muito crespos. "Tentei alisamento e permanente, mas nunca deu certo", diz. Até que, conversando com uma amiga, descobriu um salão da rede Beleza Natural, no Rio de Janeiro. Há três anos, todos os meses ela enfrenta longas filas para deixar seus cachos arrumados. Com renda mensal de 400 reais, chega a gastar ali 90 reais por mês em produtos e serviços de beleza. "Não abro mão do tratamento", diz Jane. A responsável por sua satisfação é a carioca Heloísa Helena de Assis, de 45 anos, a Zica. 
Ela conhece bem as necessidades de mulheres como Jane. Zica também foi empregada doméstica e morava numa comunidade pobre no subúrbio do Rio de Janeiro. Passou dez anos misturando cremes em bacias até conseguir domar sua volumosa cabeleira com uma fórmula própria. Hoje ela mora na Barra da Tijuca e administra a rede de salões de beleza que mais faz sucesso entre as mulheres das classes C e D. Especializada em cabelos crespos, a Beleza Natural emprega 400 funcionárias e atende mais de 20 000 clientes por mês em quatro salões no Rio e um no Espírito Santo. Faturou 13 milhões de reais no ano passado e vendeu 530 toneladas de produtos de beleza. "Eu sabia que muitas pessoas tinham as mesmas necessidades que eu, e o mercado não as enxergava." Com seus atuais cachos soltos, Zica encontrou muito mais do que uma solução estética para seus cabelos. 
 
Ela é o retrato do empreendedor que seguiu uma fórmula de sucesso frequentemente recomendada, mas difícil de aplicar - inventar o que ainda não existe e copiar o que pode ser copiado. Para fazer da Beleza Natural uma empresa vitoriosa, Zica combinou um produto inovador para um imenso mercado não atendido com um modelo de negócios inspirado em práticas de sucesso de empresas que nada têm a ver com cabelos ou beleza, como a rede de lanchonetes McDonald's. A inovação é o 
Super Relaxante, uma grande descoberta das experiências na bacia. Diferentemente dos outros tratamentos para cabelos crespos, o creme patenteado por Zica não tem formol nem amoníaco. Para uma aplicação, por 48 reais, as clientes esperam até 4 horas na fila. O Super Relaxante não é vendido em lojas nem no salão, onde só está disponível para aplicação. Para que seus efeitos durem, Zica e suas assistentes recomendam usar xampus e cremes Beleza Natural e fazer uma nova aplicação todo mês. Resultado: uma legião de clientes fiéis, que consumiu no ano passado 600 000 potes de produtos. Para Haroldo da Gama Torres, diretor do instituto de pesquisa Data Popular, especializado no mercado de baixa renda, a Beleza Natural preenche uma lacuna importante. 
 
 "O acesso à beleza é muito desejado entre as classes C e D, mas há poucos serviços para elas", afirma. Entender a cabeça do consumidor de baixa renda é o que garante o potencial de crescimento da Beleza Natural. O mercado das classes C, D e E já movimenta cerca de 400 bilhões de reais e tornou-se uma galinha dos ovos de ouro de grandes empresas. É assim que tem crescido a Casas Bahia, com 30 novas lojas por ano. A rede varejista virou um exemplo internacional, apostando em crédito e facilitando o pagamento em até 18 meses. Gigantes como Unilever, Procter & Gamble e Danone também perceberam a importância desse mercado e começaram a estreitar relações com o pequeno comércio, além de adaptar produtos e embalagens aos hábitos de compra desse consumidor. O complemento do negócio foi sendo aperfeiçoado aos poucos, à custa de experimentação e fracassos. O primeiro salão foi montado em 1993 no fundo de um quintal com o dinheiro da venda de um Fusca. 
 
O tratamento fez fama no boca-a-boca - quem levasse cinco amigas ganhava uma aplicação grátis. Em um ano, já era preciso expandir. Zica e os sócios - marido, irmão e cunhada -- abriram mais dois salões longe do centro da cidade. Em 1998, Zica percebeu que, se quisesse continuar crescendo, seria necessário mudar. "Precisávamos atender mais pessoas ao mesmo tempo", diz. A grande transformação foi no atendimento. A cunhada de Zica, Leila Velez, adaptou sua experiência como balconista e gerente de uma lanchonete do McDonald's. Implantou uma linha de montagem que triplicou a capacidade do salão. Uma sessão tem sete fases diferentes -- entrevista, divisão de mechas, lavagem, aplicação do creme, hidratação, corte e penteado. Como no McDonald's, cada fase de trabalho é executada por uma mesma funcionária. "Além de ganhar agilidade e produtividade, evitamos que a cliente seja fiel a determinado funcionário em detrimento do salão, como acontece em outros cabeleireiros", diz Leila. 
O sistema funcionou, mas, empolgados com a visão dos lucros, Zica e seus sócios deram um passo maior que a perna. Em 2000, foram inauguradas três lojas ao mesmo tempo. Só depois de fechar um dos pontos e de uma longa renegociação das dívidas, a empresa se recuperou. "Naquela época, não calculávamos o retorno dos salões", diz Rogério Assis, irmão de Zica. "Hoje sabemos que é preciso planejar muito. 
 
" O plano agora é profissionalizar a equipe e investir 5 milhões de reais em dez lojas próprias em três anos. No dia-a-dia, um trio de auditoras vai aos salões checar uma lista de itens -- como música ambiente, estoque e quantidade de creme gasto --, outra adaptação do modelo McDonald's. A padronização rígida é um passo rumo às franquias. "Estamos numa encruzilhada. Nosso desafio é crescer e, ao mesmo tempo, manter a qualidade", diz Leila. "Pensamos em adotar um modelo híbrido, com lojas próprias em pontos estratégicos e franquias em outros mercados." A rede tem consultoria da Endeavor, organização sem fins lucrativos de apoio ao empreendedorismo. "Até agora, a rede tem conseguido manter o padrão nas suas cinco lojas", diz Paulo Telles, gerente da Endeavor. "No dia em que virar uma empresa com 50 pontos, o risco de a qualidade se perder é alto. Esse é o desafio que Zica vai enfrentar agora." 
Fonte: Revista EXAME. 
 
 
 
 
A respeito do estudo de caso apresentado da Beleza Natural, desenvolva um texto dissertativo baseado na ABNT, conforme orientações abaixo, respondendo as questões abaixo. 
 
1) Utilizando a base teórica do empirismo e da administração como ciência, baseado a priori na abordagem clássica, é correto afirmar que os métodos Tayloristas, Fayolistas, Fordistas, não podem mais ser utilizados? Poderia ter sido sorte? 
Resposta: 
Não eles podem como devem já que são os principais conceitos da administração, apesar de terem sido incorporados tantos outros métodos, ainda sim os mesmos permanecem atuais , atuante ainda com muita ênfase em empresas automotivas.
A ideia de organizar , planejar , dirigir e controlar são conceitos base em muitas operações e difundidos nas organizações atuais .
No caso em questão, tiveram como exemplo a rede de fast food MC Donald’s que utiliza na sua linha de produção os tempos e movimentos de Taylor , assim buscando a maior produtividade com a especialização do trabalho , já que o mesmo executaria a mesma atividade todos .Assim diminuindo o tempo de produção e aumentando a produção. Assim então ,a abordagem Clássica se torna muito viável e utilizável nos meios de produção em que se utiliza da mesma em massa , como no caso do MCDONALD’S que tem muitos clientes .
2) A visão de sistema fechado e a mudança para sistema aberto foram fundamentais para dona Zica alcançar o sucesso? 
Resposta:
Sim , apesar de terem tido a ascenção relativamente rápida em um sistema fechado , para atingir os clientes de um modo mais amplo teria se que ser feito, por assim dizer atingir o sucesso mais amplo por ser em caráter aberto. 
De um fundo de quintal para o Rio de Janeiro, sem contar que nesse caso pode ser ainda mais abrangente pensando em âmbito mundial já que o público alvo em si é de grande quantidade no mundo todo . 
3) O texto do caso sugere uma analogia entre a rede de fast food Mc Donald’s e o Salão de cabeleireiros. Explique a relação de semelhança relacionados entre as duas empresas? 
 
Resposta:
No que se diz respeito a essa questão, podemos notar que ambos utilizam o mesmo processo de produção só que em casos diferentes, um é uma rede de fast food e o outro uma rede de salões de beleza porém ambos utilizam este mesmo processo.
 O McDonald’s utiliza na linha de montagem dos hambúrgueres e a Beleza Natural na aplicação de seus produtos , o que elas tem em comum que ambas como dito na resposta da primeira questão utilizam os estudos dos tempos e movimentos de Taylor assim no caso de ambos aumentando a produção e diminuindo o tempo da mesma à respeito do produto final, no McDonald’s produzindo mais hambúrgueres rapidamente com excelência no processo de produção e na Beleza Natural atendendo mais clientes de forma rápida e eficiente já que ambos tem em suas linhas de produção o trabalho específico e especializado em sua determinada função.

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