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Apostila de Língua Portuguesa Sidney Martins (1).docx

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Sumário 
1. Apresentação  
2. Classes de palavras. 
3. Sintaxe. Termos da oração. 
4. Regência verbal e nominal.  
5. Ocorrência da Crase. 
6. Ortografia e acentuação. 
7. Concordância verbal e nominal. / Flexão nominal e verbal. 
8. Tempos, modos e vozes verbais. 
9. Equivalência e transformação de estruturas / Colocação dos pronomes átonos. 
10. Pontuação. 
11. Processos de coordenação e subordinação. 
12. Redação / Reconhecimento de frases corretas e incorretas. 
13. Interpretação de texto. Argumentação. Pressupostos e subentendidos. Níveis de linguagem. Articulação 
do texto: coesão e coerência. Discurso direto e indireto. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
“Paixão de ler. Ler a paixão.  
Como ler a paixão se a paixão é quem nos lê? Sim, a paixão é quando nossos inconscientes pergaminhos                                     
sofrem um desletrado terremoto. Na paixão somos lidos à nossa revelia.  
O corpo é um texto. Há que saber interpretá-lo. Alguns corpos, no entanto, vêm em forma de hieroglifo,                                   
dificílimos. Ou, a incompetência é nossa, iletrados diante deles?” 
(Affonso Romano de Sant’anna) 
 
1. APRESENTAÇÃO 
Olá, futuro funcionário público! É com enorme satisfação que preparamos este material que irá                             
prepará-lo para ingressar no concurso público. É um prazer ter você aqui lendo o meu material, agradeço pela                                   
confiança! Minha função é ajudá-lo, da melhor maneira possível, a alcançar o seu objetivo, pois o seu sucesso é                                     
também o meu! Confie em mim, mas acredite principalmente em você e na conquista do seu objetivo! Para que                                     
me conheça, falarei brevemente sobre mim: meu nome é Sidney Martins, sou graduado em Letras pela                               
Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em Língua Portuguesa pelo Liceu Literário português.                             
Trabalho há mais de 13 anos na preparação de alunos para concursos públicos e sou funcionário da Prefeitura                                   
do Rio de janeiro. ​Meu instagram é @professorsidneymartins  
 
 
As palavras do português podem ser enquadradas em dez classes gramaticais (ou classes de palavras). São elas: 
 
  O segredo do sucesso no concurso público é a persistência. Portanto, estude sempre! 
Agora, vamos ao que interessa! Bom apetite! 
 
2. Classes de palavras  
 Professor Sidney Martins / Instagram @professorsidneymartins   5 
 
 
Neste capítulo, apresentamos uma visão panorâmica da maior parte dessas classes, focalizando as relações                           
que elas estabelecem entre si (por exemplo, o substantivo com o adjetivo, o verbo com o advérbio, etc.) e                                     
os significados dos conectores (conjunções e preposições). 
 
Visão geral: os critérios semântico, morfológico e sintático de classificação 
 
As classes gramaticais podem ser definidas segundo três parâmetros: o critério semântico, o critério                           
morfológico e o critério sintático. Para entender esses critérios, é preciso saber que eles estão diretamente                               
associados a três componentes, ou subáreas, da gramática: Semântica, Morfologia e Sintaxe. 
 
 
Conhecendo essas três subáreas da gramática, você poderá entender os três critérios usados para                           
definir as classes gramaticais. Vamos tomar como exemplo o advérbio. 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA CLASSES GRAMATICAIS 
1. Substantivo  6. Artigo 
2. Adjetivo  7. Numeral 
3. Verbo  8. Conjunção 
4. Advérbio  9. Preposição 
5. Pronome  10. Interjeição 
Área  Definição  Exemplo 
 
Semântica 
 
Estuda o significado das 
palavras e das frases. 
Na frase ​Saí com você​, a palavra 
“​com​” indica companhia 
 
Morfologia 
 
Estuda a estrutura 
interna da palavra. 
A palavra ​“mesa”​ está no singular, 
porque não tem o elemento -s. 
 
Sintaxe 
 
Estuda as relações entre 
os constituintes das sentenças. 
Na frase ​Ele comeu muito​, a 
palavra muito está ligada à forma 
verbal ​comeu​. 
Critério  Definição de advérbio  Exemplo 
 
 
Critério semântico 
 
 
O advérbio exprime 
diferentes circunstâncias 
Circunstância de tempo (​hoje​, 
amanhã​, etc.); circunstância de 
lugar (​aqui​, ​lá​, etc.); circunstância 
de modo (​rapidamente​, 
tristemente​, etc.), dentre outras. 
 
 
Critério morfológico 
 
O advérbio é invariável, porque 
não sofre flexão (gênero, número, 
tempo, modo). Por outro lado, 
pode receber elementos que 
O advérbio não tem plural ou 
feminino, mas tem aumentativo 
e diminutivo, que aparecem no 
registro coloquial: ​agorinha, 
   6 
 
 
 
 
As relações entre as classes de palavras 
 
1. O substantivo e seus satélites 
 
 
Exemplos: 
1. Aqueles meus três amigos chegaram 
2. Um livro do Zé ficou comigo 
3. Esses oito apartamentos serão vendidos. 
4. Alguns poucos meninos pobres viajaram. 
  
2. O advérbio e seus núcleos 
 
 
Exemplos 
1. Zé estudou demais. 
2. Zé fez um plano de estudos árduo demais. 
3. Zé estudou arduamente demais. 
 
 
indiquem grau (aumentativo, 
diminutivo). 
pertinho, lonjão​... 
 
 
Critério sintático 
 
 
 
O advérbio se liga a verbos, 
adjetivos e outros advérbios. 
Comeu muito ​→ advérbio de 
intensidade ligado a verbo; 
Está muito bonita ​→ advérbio de 
intensidade ligado a adjetivo; 
Comeu muito rapidamente ​→ 
advérbio de intensidade ligado a 
um advérbio de modo. 
 Professor Sidney Martins / Instagram @professorsidneymartins   7 
b) demais advérbios 
  
Exemplos: 
1. Francisco acordou tarde. (advérbio de tempo) 
2. João apareceu aqui. (advérbio de lugar) 
 
Diferença entre locução adjetiva e locução adverbial 
A locução adjetiva e a locução adverbial têm a mesma estrutura mínima: 
preposição + substantivo 
Por isso, a única maneira de diferenciá-las é através do critério sintático. Veja: 
Ela fez cara de medo. (de medo é locução adjetiva, pois está ligada ao substantivo cara) 
Ela morreu de medo. (de medo é locução adverbial, pois está ligada à forma verbal morreu) 
QUESTÕES OBJETIVAS 
01. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio                             
são: 
a) adjetivo - advérbio - verbo.  
b) verbo - interjeição - conjunção.   
c) conjunção - numeral - adjetivo.   
d) adjetivo - verbo - interjeição.   
e) interjeição - advérbio - verbo. 
 
02.​ Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser classificada como: 
a) advérbio de modo.   
b) conjunção adversativa.   
c) advérbio de condição.   
d) conjunção condicional.   
e) preposição essencial. 
 
03.​ Aponte a opção em que muito é pronome indefinido: 
a) O soldado amarelo falava muito bem.   
b) Havia muito bichinho ruim.   
c) Fabiano era muito desconfiado.   
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.   
e) Muito eficiente era o soldado amarelo. 
 
04.​ Em "Tem bocas que murmuram preces...", a sequência morfológica é: 
a)verbo – substantivo - pronome relativo – verbo - substantivo.  
b)verbo – substantivo – conjunção integrante – verbo - substantivo.   
c)verbo – substantivo - conjunção coordenativa – verbo - adjetivo.   
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA CLASSES GRAMATICAIS 
   8 
 
 
d) verbo – adjetivo - pronome indefinido – verbo - substantivo.   
e) verbo – advérbio -pronome relativo – verbo - substantivo. 
 
05. A frase abaixo em que o vocábulo sublinhado exemplifica uma classe gramatical diferente da dos                               
adjetivos é:  
a) “Eu não sou arrogante. Simplesmente sou melhor do que você”. (anônimo)  
b) “Os cemitérios estão cheios de gente insubstituível”. (Charles de Gaulle)  
c) “Eu achei que eu estava errado uma vez, mas eu estava enganado”. (Lee Iacocca) 
d) “Nada grandioso no mundo foi realizado sem paixão”. (Hegel)  
e) “Pontualidadeé a virtude do chato”. (Evelyn Waugh) 
 
06. A formação de advérbios em -mente é feita com o acréscimo desse sufixo à forma feminina do adjetivo.                                     
A frase abaixo em que o advérbio mostra claramente essa formação é:  
a) “Um inimigo pode arruinar ​parcialmente um homem, mas é preciso um amigo fiel e desastrado para                                 
completar de vez o serviço”. (Mark Twain)  
b) “Um homem que rouba por mim ​fatalmente​ roubará de mim”. (Teddy Roosevelt)  
c) “O crime é a extensão lógica de um tipo de comportamento ​perfeitamente respeitável no mundo dos                                 
negócios”. (Robert Rice) 
d) “Para os ricos, a pobreza é incompreensível. Eles não entendem por que as pessoas que querem jantar                                   
não tocam ​simplesmente​ a campainha”. (Walter Bagehot)  
e) “Ouro, s.m.: Um metal amarelo ​mundialmente apreciado por sua utilidade nas diversas formas de roubo                               
chamado comércio”. (Ambrose Bierce) 
 
 
3. Sintaxe. Termos da oração. 
A análise dos termos da oração estabelece-se numa nítida hierarquia entre os termos, classificados                           
como: essenciais, integrantes e acessórios. 
 
1.1. TERMOS ESSENCIAIS 
Sujeito 
Predicado 
Predicativo (do sujeito ou do objeto) 
 
1.2. TERMOS INTEGRANTES 
Complementos verbais (objeto direto e indireto) 
Complemento nominal 
Agente da passiva 
 
1.3. TERMOS ACESSÓRIOS 
Adjunto Adnominal 
Adjunto Adverbial 
Aposto 
 
 Professor Sidney Martins / Instagram @professorsidneymartins   9 
 
1. SUJEITO 
É o termo a que o verbo faz referência e com o qual concordará. Tem como núcleos o substantivo (ou                                       
palavra substantivada) e os pronomes substantivos. Jamais se separa do predicado por vírgula ou vem                             
precedido de preposição. Apresenta-se na ordem direta (antes do verbo) ou indireta( após o verbo). O                               
sujeito classifica-se em: 
 
a) SIMPLES​ - o sintagma nominal apresenta apenas um núcleo. 
Ex: Os dias nublados entristecem as pessoas. 
Ex: Na próxima semana, viajaremos com a nossa família. (Simples Desinencial ou Elíptico) 
 
b) COMPOSTO​ - o sintagma nominal apresenta mais de um núcleo. 
Ex: Pai e filho sempre foram amigos. 
 
c) I​NDETERMINADO - é aquele que não está expresso na oração e não pode ser reconhecido por                               
elementos fornecidos por nenhum outro termo. Nessas orações, em que só o predicado está expresso, não                               
se pode ou não se quer determinar sobre quem recai a ação. Casos de indeterminação do sujeito: 
1) Emprego de verbo (intransitivo, transitivo indireto ou de ligação) na 3ª pessoa do singular + partícula SE                                 
(índice de indeterminação do sujeito). 
Ex: Precisa-se de carpinteiros. 
 
2) Emprego de verbo na 3ª pessoa do plural, sem nenhuma referência dentro do texto. 
Ex: Atropelaram um cachorro na esquina. 
 
OPA! ORAÇÃO SEM SUJEITO (ou SUJEITO INEXISTENTE) 
 
É aquela que não possui nenhum ser ao qual o predicado possa ser atribuído. O que importa, nesse                                   
caso, é o processo verbal em si. Os verbos das orações sem sujeito são chamados de IMPESSOAIS. 
Tais verbos serão sempre mantidos na 3ª pessoa do singular, uma vez que não há sujeito com o qual                                     
concordar. Quando acompanhados de verbos auxiliares, transmitem a eles a sua impessoalidade. 
 
Ex:  Havia poucas flores naquele jardim. 
  Devia haver poucas flores naquele jardim. 
 
Casos de impessoalidade do verbo 
a) Verbo HAVER exprimindo EXISTÊNCIA ou OCORRÊNCIA. 
Ex: No meio do caminho, sempre haverá uma pedra. 
 
b) Verbos HAVER e FAZER indicando tempo decorrido. 
Ex: Há três meses não o vejo. 
  Deve fazer dois anos que tudo começou. 
 
c) Verbo SER nas indicações de tempo. 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS 
   10 
 
 
Ex: Já são duas horas. 
  Hoje são 22 de abril. 
 Agora é tarde. 
 
d) Verbos que exprimem fenômenos da natureza (No sentido denotativo) 
Ex: Choveu muito naquela cidade. 
Opa!​ No sentido conotativo (linguagem figurada), há sujeito. 
Ex: Choveram broncas na aula. 
 
2. PREDICADO 
É a parte da oração que contém a informação, a declaração a respeito do sujeito. Basicamente, pode-se                                 
informar a respeito do sujeito uma idéia de ação, praticada ou sofrida, ou uma idéia de estado. 
  A partir disso, pode-se dizer que o núcleo informativo de um predicado pode ser um verbo ou um                                   
nome. Há também predicados que têm um verbo e um nome como núcleos ao mesmo tempo. Os                                 
predicados classificam-se em: 
 
a) ​PREDICADO VERBAL - é aquele que contém um verbo significativo (transitivo ou intransitivo). Tem como                               
núcleo o verbo e não há nele nenhum predicativo. 
Ex: As luzes da cidade surgiram à frente de todos. 
 
b) ​PREDICADO NOMINAL - é aquele que contém um verbo de ligação e, consequentemente, um                             
predicativo do sujeito. Tem como núcleo o predicativo. 
Ex: As luzes da cidade estavam apagadas. 
 
c) ​PREDICADO VERBO-NOMINAL - é aquele que contém um verbo significativo e um predicativo (do                             
sujeito ou do objeto). Tem como núcleos o verbo e o predicativo. 
Ex: O tribunal julgou culpado o réu. 
 
3. PREDICATIVO 
É o termo da oração que indica uma característica que se atribui ao sujeito ou ao objeto. O predicativo                                     
classifica-se em: 
 
a) ​PREDICATIVO DO SUJEITO - é o termo que se liga ao sujeito, atribuindo-lhe estado ou qualidade.                                 
Aparece em predicados nominais (com verbos de ligação) ou verbo-nominais (com verbos intransitivos ou                           
transitivos). 
Ex: Aqui eu não sou feliz. 
 Ela baixou os olhos, amuada. 
 
b) ​PREDICATIVO DO OBJETO - é o termo que se refere ao objeto, atribuindo-lhe um estado ou qualidade.                                   
Concorda com o objeto em gênero e número. Pode vir precedido das preposições ​como, por, para, de.                                 
Ocorre, principalmente, com verbos do tipo: declarar, nomear, julgar, chamar, ver, eleger, consagrar,                         
considerar, achar, ter, tomar, fazer, deixar ​e ​dar. 
Ex: Dr. Juca achou o negócio ​ótimo. 
   
OPA!!! 
 
 Professor Sidney Martins / Instagram @professorsidneymartins   11 
1) Segundo vários gramáticos, o predicativo do objeto indireto só ocorre com o verbo chamar, significando                               
cognominar, atribuir um nome a. 
Ex: Chamei-lhe de ​bobo. 
 
2) Pode ocorrer predicativo do sujeito em frases com voz passiva sintética ou analítica. Nesse caso, o                                 
predicado será verbo-nominal e o predicativo da voz passiva será analisado como o da voz ativa                               
correspondente. 
Ex: O jovem foi encontrado​ ferido​ pelo policial. / O policial encontrou o jovem ​ferido. 
4. COMPLEMENTOS VERBAIS 
a) Objeto Direto (substantivo ou pronome substantivo) – é o termo que completa o sentido de um verbo                                   
transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio de preposição obrigatória. É importante que só encontremos                               
o objeto direto depois de sabermos qual é o sujeito. 
Ex: Recebi o prêmio. 
  Recebi o quê? o prêmio. 
 O.D. 
 
a.1) Objeto Direto Preposicionado - o objeto direto pode apresentar-se preposicionado em alguns casos.                           
Cuidado para não confundi-lo com o objeto indireto. 
 
Principais Casos: 
a) COM PRONOME PESSOAL TÔNICO:  
Ex: Ele não auxilia ​a mim. 
b) PARA EVITAR AMBIGUIDADE: 
Ex: ​Ao guarda​ o ladrãomatou. 
c) COM O PRONOME QUEM (INTERROGATIVO OU RELATIVO): 
Ex: ​A quem​ convidaste? 
d) COM A PREPOSIÇÃO DE COM SENTIDO PARTITIVO: 
Ex: Ele bebeu ​do meu vinho. 
e) COM OS PRONOMES REFERENTES A PESSOAS (NINGUÉM, ALGUÉM, OUTROS, TODOS) 
Ex: A menina ​a todos​ encantava. 
f) COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO: 
Ex: Colocaram ​a Vossa Excelência​ em má situação. 
 
a.2) Objeto Direto Interno ou Cognato - quando representado por palavra que repete a ideia já expressa                                 
pelo verbo. 
Ex: Ele viveu uma vida gloriosa. 
 
a.3) Objeto Direto Pleonástico​ - quando aparece repetido sob a forma de pronome oblíquo. 
Ex: Esta esperança jamais a terei 
 
b) Objeto Indireto (substantivo ou pronome substantivo) - é o termo que completa o sentido de um verbo                                   
transitivo indireto, ligando-se a ele com o auxílio obrigatório de uma preposição: A, COM, DE, EM, PARA,                                 
POR, SOBRE. 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS 
   12 
 
 
Ex: O peixe depende da água. 
 
5. COMPLEMENTO NOMINAL - termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou                               
substantivo abstrato; aparece sempre preposicionado. 
Ex.: Agiu favoravelmente a ambos.  
O fumo é prejudicial à saúde.  
Tenho confiança em ti. 
 
6. AGENTE DA PASSIVA - termo que, na voz passiva, pratica a ação expressa pelo verbo, a qual é sofrida                                       
pelo sujeito. 
Ex.: As ruas foram lavadas ​pelas chuvas. 
Mariana era apreciada ​por todos quantos iam a nossa casa. 
 
Opa! 
1 – A voz passiva é privativa dos verbos TD; 
2 – O termo “agente da passiva” vem sempre ​introduzido por preposição​ (por, per, de); 
3 – A voz passiva sempre ​apresenta sujeito​, o qual é o ​paciente ​da ação expressa pelo verbo; 
4 – A voz passiva analítica ou verbal pode apresentar agente da passiva, mas a voz passiva sintética ou                                     
pronominal nunca apresentará agente da passiva.  
Ex.: Cabral descobriu o Brasil. (VA) O Brasil foi descoberto por Cabral. (VPA) 
 Vendem-se flores. (VPS) Flores são vendidas. (VPA) 
 
7. ADJUNTO ADVERBIAL - é o termo da oração que se relaciona ao verbo, ao advérbio ou ao adjetivo a fim                                         
de acrescentar a um desses elementos uma circunstância qualquer. Os advérbios e as locuções adverbiais                             
desempenham a função de adjunto adverbial 
Ex: A prova de matemática foi muito fácil. 
   
8. ADJUNTO ADNOMINAL - termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado do                                 
substantivo, podendo ser expresso por: 
a) Adjetivo: Compareceram pessoas interessadas. 
b) Locução Adjetiva: Era um homem de consciência. 
c) Artigo: O mar era um lago sereno e azul. 
d) Pronome Adjetivo: Minha camisa é igual à sua. 
e) Numeral : Casara-se havia duas semanas. 
f) Oração Adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos, caíram-lhe pelo rosto. 
g) Pronome Oblíquo: "...te beijar a boca de um jeito que te faça rir...” 
 
9. APOSTO - é o termo usado para explicar, enumerar, recapitular ou especificar o seu antecedente. O                                 
núcleo do aposto é representado por um substantivo ou palavra substantiva. Classifica-se em: 
a) Aposto Explicativo: explica um termo anterior. 
Ex: Londrina, cidade paranaense, é muito linda. 
b) Aposto Enumerativo: enumera um termo anterior. 
Ex: Dois países não assinaram o acordo: Brasil e Chile. 
c) Aposto Recapitulativo: resume um termo anterior. 
 
 Professor Sidney Martins / Instagram @professorsidneymartins   13 
Ex: Os amigos, os parentes, os professores, todos o ajudaram. 
d) Aposto Especificador: especifica um termo anterior. 
Ex: A cidade de Fortaleza é muito visitada por turistas. 
 
10. VOCATIVO - é o termo da oração usado para chamar, pelo nome, apelido ou característica, o ser com                                     
quem se fala. O vocativo também é uma função substantiva. Ele, como termo independente que é, não faz                                   
parte do sujeito nem do predicado e aparece sempre isolado por pontuação, geralmente a vírgula. 
Ex: Sossega, coração, não desesperes. 
 Pai, afasta de mim esse cálice. 
 
Exercícios de Fixação: 
1. Classifique os termos integrantes usando os seguintes códigos: 
a) Obj. direto. 
b) Obj. direto preposicionado. 
c) Obj. Indireto. 
1. ( ) Adoramos ​nossas sogras​. 
2. ( ​ ​) Eduardo Paes cumpriu ​com a palavra​. 
3. ( ) Convidaram-​me​ para uma grande festa. 
4. ( ) As mulheres desconfiam ​dos homens​. 
5. ( ) Sabe-se que Brutus traiu ​a Nero​. 
6. ( ) Obedeço ​aos meus superiores​. 
7. (​ ​) Não temas ​da morte​. 
8. ( ) Não concordaram ​com o projeto​. 
9. ( ) Fazer samba lá na Vila é um brinquedo. 
10. ( ) O policial sacou ​do revólver​. 
11. ( ​ ​) Amarás ​a Deus​ sobre todas as coisas. 
 
Questão 2. ​Tendo em vista a transitividade verbal e seus respectivos complementos, analise os termos em                               
evidência de acordo com o código (OD) e/ou (OI): 
a – Entregamos ​o livro​ ​ ​ao professor​.    
b – Necessitamos ​de sua ajuda​.     
c – Não concordo ​com suas ideias​.     
d – Gostamos muito ​do passeio​.    
e – Aprecio ​a brisa da manhã​.   
 
Questão 3. ​Analise sintaticamente os termos em destaque, atribuindo-lhes a devida classificação: 
a – Ontem, pedi-​lhe​ um favor.  
b – Entregamos ​as encomendas​ ​ ​aos clientes​.  
c – Não ​o​ cumprimentamos, pois saímos mais cedo.  
d – Devemos respeitar ​os mais velhos​.  
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS 
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Questão 4​. ​Classifique os termos destacados em CN(Complemento nominal) ou AA(Adjunto adnominal): 
1. Tinha medo ​da noite.   
2. Ela é digna ​de pena.  
3. É preciso ter respeito ​a todos.  
4. Está enorme a fila ​do leite.  
5. O amor ​ao filho​ reanimava a mãe.  
6. A descoberta ​do rapaz​ deixou-o famoso.  
7. A descoberta ​de ouro​ deixou aquela região muito rica.  
8. O rapaz mora perto ​de casa.  
9. O apoio ​ao amigo ​fê-lo feliz.  
10. A leitura ​do anúncio​ fez-se em voz alta.  
11. A leitura ​do aluno​ era deficiente.  
12. A mesa ​de vidro​ quebrou.  
13. O fumo é nocivo ​à saúde.  
14. Agiu favoravelmente ​a nós.  
15. A admiração ​do povo​ ao Tiririca ainda é grande.  
16. Relativamente ​ao assunto.  
17. Barco ​a vela.  
18. Mula ​sem cabeça.  
19. O receio ​do frio.  
20. Ele está apto ​ao serviço.  
21. Ódio ​ao burguês.  
22. Amor ​de filho.  
23. Paulo foi cruel ​com o vizinho.  
24. Homem ​de coragem.  
25. Pedro é sincero ​com o amigo.  
26. O estudo ​sobre cinema.  
27. Independentemente ​de nós.  
28. O erro será digno ​de registro.  
29. O ladrão é cheio ​de temor. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
“E agora, José? 
A festa ​acabou 
A luz ​apagou  
O povo ​sumiu  
A noite ​esfriou...” 
(Carlos Drummond de Andrade) 
 
1. Em relação aos verbos destacados, pode-se afirmar que: 
a) Os verbos são todos transitivos diretos e estão no pretérito imperfeito. 
 
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b) Os verbos são todos transitivos diretos, embora o objeto direto não esteja expresso; e os verbos estão no                                     
pretérito perfeito. 
c) O primeiro e o segundo verbo são transitivos diretos e os dois últimos são transitivos indiretos e estão no                                       
pretérito mais-que-perfeito. 
d) Todos os verbos destacados são intransitivos e estão no pretérito perfeito. 
 
2. ​Observe as duas orações abaixo:  
I - Os fiscais ficaram preocupados com o alto índice de sonegação fiscal.  
II - Houve uma sensível queda na arrecadação do ICM em alguns Estados.  
Quanto ao predicado, elas classificam-se, respectivamente, como:  
a) nominal e verbo-nominal  
b) verbo-nominal e verbal  
c) nominal e verbal  
d) verbal e verbo-nominale) verbal e nominal  
 
3. ​Assinale a alternativa em que o predicado é verbo-nominal: 
a) O garoto tímido fez o discurso. 
b) Não encontraram o suspeito. 
c) A garota saiu chateada da escola. 
d) O garoto continua internado. 
 
 
 
4. Regência Verbal e Nominal 
 
 
  
Regência Verbal 
1- Agradar 
a) no sentido de acariciar – VTD. 
Ex.: Não é bom agradar demais as crianças. 
 
 
 
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b) no sentido de satisfazer, causar agrado. (preposição a) – VTI. ​Para a FCC também pode ser VTD, pois a                                       
banca adota o dicionário de regência do Celso Pedro Luft. 
Ex.: O sítio agradou ao fazendeiro. 
Ex.: Este chapéu lhe agradará. 
 
2 – Aspirar 
a- no sentido de cheirar, sorver: sem preposição - VTD. Ex.: Maradona aspirou o ar puro da manhã. 
b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a - VTI. Ex.: Aspirava ao cargo de promotor de                                     
vendas. 
 
3 – Assistir 
a) no sentido de dar assistência, ajudar: com ou sem preposição – VTD ou VTI. ​Assim é aceito pela FCC. 
Ex.: O médico assistia os (aos) lutadores machucados 
 
b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a - VTI. O objeto indireto não pode ser representado                                     
por lhe(s), apenas por a ele(s) a ela(s): 
Ex.: Assistimos ao filme 
Ex.: A criança assistiu ao espetáculo inteiro. 
 
c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a - VTI. Admite substituição pelos pronomes lhe(s), a                                   
ele(s), a ela(s). 
Ex.: Assiste ao homem o direito de permanecer calado. (Assiste-lhe ou assiste a ele.) 
 
d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em. 
Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo. 
 
4- Chamar 
a) no sentido de convocar, sem preposição – VTD. 
Ex.: A direção chamou os professores. 
 
b) no sentido de apelidar, denominar, caracterizar – VTD ou VTI. É verbo transobjetivo (objeto + predicativo                                 
do objeto). Esse predicativo pode aparecer ou não com a preposição ​de​. 
Ex.: 
Chamei-o de tolo. 
Chamei-o tolo. 
Chamei-lhe de tolo. 
Chamei-lhe tolo. 
 
5. Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em. ​A FCC classifica esses                                     
verbos como transitivos indiretos. 
Ex.: Vou ao ortopedista./ Cheguei a Brasília. 
 
6- Custar 
a) no sentido de ser custoso, ser difícil: preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender o fenômeno da crase. 
 
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b) no sentido de acarretar: sem preposição. Ex.: O valor da casa custou-me tudo o que tinha. 
c) no sentido de ter valor de, ter o preço: sem preposição. Ex.: Imóveis custam caro. 
 
7 - Esquecer/lembrar 
a- Quando não forem pronominais: sem preposição - VTD. Ex.: Esqueci o casaco dele. 
 
b- Quando forem pronominais: preposição de - VTI. Ex.: Lembrei-me de todas as respostas 
8 – Informar/certificar/cientificar/notificar/avisar /prevenir/ comunicar 
a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções: 
1) Alguém de algo – VTDI. 
Ex.: Informou todos do acidente. 
2) Algo a alguém – VTDI. 
Ex.: Informou a todos o acidente. 
Ex.: Avisei-o de que eu faltaria. 
 
9- Namorar – não se usa com preposição - VTD. Ex.: Elisa namora Otávio. 
 
10- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a - VTI. Ex.: O bom filho obedece aos pais./ O candidato                                   
desobedeceu ao regulamento 
 
11 - Pagar/ perdoar 
a) Se o objeto é a coisa que sofre a ação do verbo: sem preposição – VTD. 
Ex.: Ela pagou a conta de luz. 
Ex.: O professor perdoou os erros do aluno 
 
b) Se o objeto é pessoa que recebe a ação do verbo: são regidos pela preposição a – VTI. 
Ex.: Perdoei a todos. 
Ex.: O cliente pagou ao dono da loja. 
Ex.: Cristo perdoou aos pecadores. 
 
12- Preferir – Exigem um complemento sem preposição e outro com preposição a – VTDI 
Ex: Prefiro futebol a vôlei 
É errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais,                                 
etc. 
Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica. 
 
13 – Querer 
a) no sentido de desejar: sem preposição. 
Ex.: Quero a risada mais gostosa 
b) no sentido de querer bem, ter afeto: usa-se com a preposição a.  
Ex.: Quero muito aos meus primos. 
 
 
 
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14- Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com - VTI. Ex.: Sempre simpatizei com você. 
 
15 – Visar 
a) no sentido de mirar ou dar visto: sem preposição – VTD. 
Ex.: Visou o alvo com precisão. 
Ex.: Visaram os cheques. 
b) no sentido de objetivar: preposição a – VTI. ​Para a FCC também pode ser VTD, pois a banca adota o                                         
dicionário de regência do Celso Pedro Luft. 
Ex.: Viso a uma nova vida. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1. Com relação à regência verbal, a norma padrão aceita a construção presente na alternativa: 
a) Entrei em casa e dela saí. 
b) Entrei e saí de casa. 
c) Entrei a casa e dela saí. 
d) Entrei e sai à casa. 
 
2. Assinale a alternativa em que a regência verbal está CORRETA. 
a) Assisti o filme de que você gostou. 
b) Prefiro mais a cidade do que o campo. 
c) Este é o museu de que mais gosto. 
d) Finalmente chegamos em Diamantina. 
 
3. Em relação à regência verbal e nominal, o emprego do pronome relativo, segundo o registro culto e                                   
formal da língua, está INCORRETO em: 
a) A conclusão que chegamos é que o fracasso ensina ao homem como recomeçar 
b) O barco a cujos tripulantes me referi pode voltar a navegar 
c) O ideal por que lutamos norteia nossos projetos. 
d) O infortúnio a que está sujeito o empreendedor motiva-o 
e) Após o término da pesquisa, informei-lhe que tomasse cuidado para não errar. 
 
4. Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência: 
a) Chegamos finalmente ao colégio. 
b) Sua atitude implicará demissão. 
c) Ele namora com uma aluna do segundo ano. 
d) Eles eram fiéis ao amigo. 
e) O presidente assiste em Brasília. 
 
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5. NÃO há erro de regência verbal em: 
a) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos escolares. 
b) Falta de punição implica violência. 
c) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que pessoas honestas. 
d) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias. 
e) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade. 
 
6. Alternativa correta: 
a) Precisei de que fosses comigo. 
b) Avisei-lhe da mudança de horário. 
c)Incumbiu-me para realizar o negócio. 
d) Recusei-me em fazer os exames. 
e) Convenceu-se nos erros cometidos. 
 
7. Considere o comportamento do verbo em destaque quanto à sua regência, em “para ​dar sabor e aroma                                   
aos alimentos”.   
O trecho cujo verbo apresenta a mesma regência é: 
a) “Quando você ​lê ​‘aroma natural’ ”  
b) “ ‘artificial’ no rótulo ​significa​ que os aromistas” 
c) “que não ​existem ​na natureza,”  
d) “O processo ​encarece​ o produto”  
e) “​enviar​ as moléculas às fábricas de alimentos” 
 
8. A frase cuja regência do verbo respeita a norma-padrão é:  
a) Esquecemo-nos daquelas regras gramaticais. 
b) Os professores avisaram aos alunos da prova. 
c) Deve-se obedecer o português padrão. 
d) Assistimos uma aula brilhante. 
e) Todos aspiram o término do curso.  
 
9. Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:  
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. 
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana. 
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. 
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido. 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS 
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5. Ocorrência da Crase 
A palavra crase provém do grego Krasis e significa “fusão”, “junção”. Em português, ocorre a crase com                                 
as vogais idênticas a + a. Tal fusão é indicada por meio do acento grave (à). Pode ocorrer a fusão da                                         
preposição a com: artigo feminino (a / as), pronomes (aquele (s)/ aquelas (s)/ aquilo), pronome relativo (a                                 
qual/ as quais) ou com os demonstrativos (a / as = aquela/ aquelas). 
prep. art. prep. art. 
Fui a + a feira. Retornamos a + as praias. 
 
 
Fui à feira. Retornamos às praias. 
 
Fui a + aquele lugar. 
 
 
Fui àquele lugar. 
Regra geral. 
Haverá crase sempre que o termo anterior exigir a preposição “a” e o termo posterior admitir o artigo “a”                                     
ou “as”. 
prep. art. 
Eu me referi a + a diretora. 
 
 
Eu me referi à diretora. 
 
 
Alguns casos merecem destaque: 
1. A crase obviamente “não” ocorre diante de palavras que não podem ser precedidas de artigo feminino.                               
É o caso: 
a) dos substantivos masculinos: 
Andamos a cavalo. 
Íamos a pé. 
b) dos verbos no infinitivo: 
Não tenho nada a declarar. 
Começamos a sofrer. 
c) da maioria dos pronomes: 
Entreguei a Vossa Excelência. 
 
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Diga a ela. 
 
OPA: Alguns pronomes admitem artigos, como: senhora, dona, mesma, própria, senhorita e madame (e                           
também outra e outras). Com isso, poderá ocorrer crase. 
Ex.: Estou-me referindo à mesma pessoa. 
(ao mesmo homem) 
d) de palavras femininas “no plural” precedidas de um a: 
Dirigi-me a pessoas desconhecidas. 
 
OPA: Nesses casos, o a é preposição, e os substantivos estão sendo usados em sentido genérico. Quando                                 
são usados em sentido específico, os substantivos passam a ser precedidos do artigo as; ocorrerá então, a                                 
crase: 
Ex.: Você está se referindo a vidas humanas? 
 Você está se referindo às vidas de nossos companheiros? 
e) Não ocorre crase nas expressões formadas por palavras repetidas femininas ou masculinas: 
Cara a cara / Gota a gota / Dia a dia 
 
2. Com as expressões adverbiais de lugar, deve-se fazer a verificação da ocorrência por meio da troca do                                 
termo regente: 
 
Ex.: Vou à Bahia Vim da Bahia. / Estou na Bahia. 
 Vou a Recife Vim de Recife. / Estou em Recife. 
 
OPA: Merecem destaque as palavras casa (no sentido de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme)                                   
que só admitirão crase, se estiverem especificadas. 
 
Ex.: Cheguei a casa. / Cheguei à casa das minhas primas. 
 A tripulação da GOL desceu a terra. / A aeromoça da GOL chegou à terra de seus tios. 
3. O acento grave, indicativo de crase, é usado nas expressões adverbiais e nas locuções prepositivas e                               
conjuntivas de que participam palavras femininas. 
à tarde  à proporção que  à força de 
à toa à procura de às escondidas 
à noite à direita às ordens 
 
1º OPA: Incluem-se nessas expressões as indicações de horas especificadas: à meia-noite, às duas horas, às                               
três e quarenta. 
2º OPA: Merece destaque a expressão “à moda de”, que pode estar subentendida: 
Ex.: Você fez um gol à (moda de) Pelé. 
 
4. A crase é FACULTATIVA diante dos nomes próprios femininos, e após a preposição “até” que antecede                               
substantivos femininos, e ainda, no caso dos pronomes possessivos femininos. 
Ex.: Dei um recado a Atadolfa.  Dei um recado a Atadolfo. 
 Dei um recado à Atadolfa.  Dei um recado ao Atadolfo. 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA CRASE 
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 Vou até a praia.  Vou até o parque. 
 Vou até à praia.  Vou até ao parque. 
 Refiro-me a minha amiga.  Refiro-me a meu amigo. 
 Refiro-me à minha amiga.  Refiro-me ao meu amigo. 
 
Exercícios de Fixação: 
1) Coloque o acento indicador de crase quando for necessário. 
a) Diga às pessoas que me procurarem que tive de sair. 
b) Fui à Europa, de onde à Ásia. 
c) Fui à Natal das praias inesquecíveis. 
d) Cheguei a casa tarde da noite ontem. 
e) Preciso ir à terra dos meus antepassados. 
f) À noite, teremos de ficar à espreita. 
g) Dobre à esquerda. 
h) A loja estava às moscas quando chegamos, às quatro horas. 
i) Prefiro isto àquilo. 
j) A pessoa a que fiz referência não esteve presente à reunião. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1. O sinal indicador da CRASE foi corretamente empregado na frase “Que estivesse bem cedo junto ao                                 
edifício Brasília para assistir à coleta de lixo”. Dentre as opções abaixo, porém, este sinal foi                               
INCORRETAMENTE utilizado em: 
a) O bom repórter não poupa elogios à higiene dos lixeiros. 
b) Na adolescência o motorista teria sucumbido à previsão de uma velhice pobre. 
c) A esperança sobrevive até mesmo à uma ou outra mutilações. 
d) O motorista parece dizer às pessoas da cidade: “o lixo é vosso”. 
e) Os metais do caminhão esplendiam à luz da manhã. 
 
2. Indique a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo: 
a) Voltou à casa do Juiz. 
b) Chegou às três horas. 
c) Voltou à minha casa. 
d) Voltou às pressas. 
 
3. Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento grave indicativo de crase:                                   
 
a. Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta.  
b. Pedimos silêncio a todos. / Pouco a pouco, a praça central se esvaziava.  
c. Esta música foi dedicada a ela. / Os romeiros chegaram a Bahia.  
d. Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a direita da rua.  
e. Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta.  
 
4. Quanto ..... suas exigências, recuso-me ..... levá-las ..... sério.  
 
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a) às - à - a   
b) a - a - a   
c) as - à – à  
d) à - a – à 
e) as - a – a 
 
5. Marque o item cuja frase apresenta redigida da forma mais adequada, considerando-se clareza,                           
elegância, precisão e correção. 
a) De segunda à sexta, o programa será dedicado à você. 
b) De segunda à sexta, o programa será dedicado a você. 
c) Da segunda à sexta, o programa será dedicado a você. 
d) Da segunda à sexta, o programa será dedicado à você. 
e) Da segunda a sexta, o programa será dedicado a você. 
 
6. Ortografia e Acentuação 
 
Quanto à acentuação tônica (sílaba mais forte), as palavras recebem as seguintes classificações: 
1. OXÍTONAS:​ A última sílaba é a tônica.  
Ex. urubu, motel, marajá... 
2. PAROXÍTONAS:​ A penúltima sílaba é a tônica. 
Ex. cigarro, janela, lápis... 
3. PROPAROXÍTONAS:​ a antepenúltima sílaba é a tônica.  
Ex. gramática, tóxico, semântica... 
 
Casos Específicos de Acentuação: 
a) Monossílabos tônicos: acentuam-se os terminados em: a(s), e(s), o(s)  
Ex: má(s), ré(s), pó(s).  
 
b) Oxítonos: acentuam-se os terminados em: a(s), e(s),o(s), em, ens 
Ex: está(s), prevê(s), amém, reféns. 
 
c) Paroxítonos: acentuam-se os terminados em: 
1) i(s), us: júri(s), vírus. 
2) um, uns: álbum, álbuns. 
3) on, ons: íon(s), prótons. 
4) ôo, ôos: vôo(s). 
5) r, x, n ou l: ímpar, látex, hífen, túnel. 
6) ditongo: água, mágoa, série, ciência, órgão. 
7) ps, ã(s): bíceps, ímã(s). 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA CRASE 
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d) Proparoxítona: acentuam-se todas. 
Ex. fósforo, partícula, álibi... 
 
e) Hiatos: as vogais “i”, “u” receberão acento agudo quandoforem segunda vogal tônica de hiato e estiverem                                   
constituindo sílaba sozinhas ou acompanhadas de “s”. 
Ex. baía, faísca, baú, balaústre... 
 
SUPER OPA! REGRAS MODIFICADAS PELA REFORMA ORTOGRÁFICA. 
1 - Cai o acento dos ditongos abertos EI e OI nas palavras paroxítonas (sílaba tônica = penúltima). 
Como era Como Ficou 
idéia ideia 
platéia plateia 
jibóia jiboia 
bóia boia 
heróico heroico 
 
Opa! Lembre-se de que a mudança só vale para as palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou                                   
monossílabos tônicos).  
Ex: Contrói, Destrói, Dói, Fiéis.  
 
Opa2! Quando a palavra paroxítona termina em R, o acento nos ditongos ei e oi se mantém.  
Ex: Méier, Destróier.  
 
2. Cai o acento circunflexo nos hiatos com vogal repetida (OO; EE). 
Como era Como ficou 
Vôo  Voo 
Enjôo  Enjoo 
Lêem  Leem 
Crêem  Creem 
Vêem  Veem 
 
3. Cai o acento nas vogais i e u antecedidas de ditongo decrescente nas palavras paroxítonas.  
Como era Como ficou 
Feiúra  Feiura 
Sauípe  Sauipe 
 
Opa! A regra de acentuação diz que I e U são acentuados em HIATO (sozinhos na sílaba ou seguidos de                                       
S). Hiato é V + V. Nas palavras acima, o que temos é V + SV. Por isso, a regra do hiato não deve mesmo se                                                   
aplicar.  
Note que a regra ainda se aplica em “Guaíba” ou “Guaíra”, uma vez que os ditongos são crescentes. 
 
Opa2! Lembre-se de que a mudança só vale para as palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou                                   
proparoxítonas). Ex: Tuiuiú, Piauí e Maiúscula.   
 
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4. Com relação ao U, caem o acento agudo e o trema nos ambientes QUE/QUII, GUE/GUII 
Como era Como ficou 
Apazigúe  Apazigue 
Argúi  Argui 
Averigúe  Averigue 
Conseqüência  Consequência 
Lingüiça  Linguiça 
 
5. Acento Diferencial - deixa de existir a maioria dos casos de acento diferencial; três casos ainda se                                   
mantêm. 
COMO ERA  COMO FICOU, NOS DOIS CASOS  
Para (preposição) X Pára (verbo “parar”)  Para 
Pêlo (do corpo) X Pelo (por + o)  Pelo 
Pólo (Ex: Pólo Sul) X Polo (preposição arcaica)   Polo 
Pêra (fruta) X Pera (preposição arcaica)  Pera 
Côa/Côas (verbo “coar”) X Coa (com + a)    Coa (e Coas) 
 
 
Casos em que o acento diferencial se mantém 
 
CASOS COM ACENTO DIFERENCIAL  
Pôr (verbo) X Por (preposição)  
Pôde (passado) X Pode (presente)  
Vem / Tem (singular) X Vêm / Têm (plural)  
 
EXEMPLOS  
Quis pôr o seu envelope por cima do outro.  
Um dia ele pôde; hoje não pode mais.  
Ele sempre vem. X Eles sempre vêm.  
O rapaz tem sorte. X Os rapazes têm sorte.  
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado: 
a) orfão, taxi, balaustre. 
b) parabens, alguem, tambem. 
c) tatil, amago, cortex. 
d) hifen, cipos, leem. 
 
2. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos estejam corretamente acentuados. 
a) rítmo, impossível, enjoos, alcatéia. 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
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b) pôquer, sanduíche, seminú, afáveis. 
c) sótão, môsca, portátil, coronéis 
d) ensaísta, antevéspera, protótipo, orquídea 
 
3. Assinale o vocábulo acentuado graficamente por imposição de regra diferente das demais: 
a) inúmeros  
b) calmíssima 
c) cédulas  
d) uísque 
 
4. “As aves que _____aqui beber água são tão mansas que não ____ defesa contra a ação de predadores.” 
(A) vêem - têm 
(B) vêm – tem 
(C) vem – têm 
(D) vêem – tem 
(E) vêm – têm. 
 
ORTOGRAFIA 
1) ESA x EZA  
Natur___  
Portugu____   
Calabr____  
Bel____  
  
2) ÊS x EZ  
Palid____  
Franc____  
Burgu____  
Pequen____  
Pequin____  
 
3) ISAR x IZAR  
Pesqu____  
Ana​l​____  
Harmon____  
Higien____  
Final_____  
  Real____  
 
 4) POR QUE/POR QUÊ/PORQUE/PORQUÊ 
 
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Não sei _______ você se foi.  
_______ você estuda tanto? 
Este é o time ________ tenho carinho. 
Correu ________? 
Não sei o ________ disso tudo. 
Não estudarei em outro curso ________ 0 CPC é o melhor preparatório do Sul, quiçá do Brasil! 
 
 5) MAL x MAU 
 Ela não está ______ vestida.  
 Há luta do bem contra o _______.  
 Pedro não é um _____ sujeito.  
 Não há ____ que sempre dure. 
 
6) SENÃO x SE NÃO  
______ estudar, ficará de castigo.  
Estude, _______ ficará de castigo.  
 
7) ACERCA DE x CERCA DE  
 Discursou _______ problemas políticos.    
Comprei ______ 200 g de presunto.   
A guerra ocorreu _______ vinte anos.  
A capital fica ______ 200 km daqui.  
 
8) AFIM x A FIM  
Trabalhei ______ de ganhar dinheiro.    
João está ______ de pedir demissão.   
Matemática e Física são disciplinas ______.  
 
9) DEMAIS x DE MAIS  
A viúva comeu ________.  
A viúva comeu sal ______.  
Chamaram os ______ colegas.  
 
10) MAS x MAIS 
Ela é a _____ bonita da turma. 
Ela estudou, _____ não passou de ano. 
 
11) HÁ x A 
Ele parou de estudar ____algum tempo. 
Daqui ___ alguns dias eu me formo. 
____ muito tempo não o vejo 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
   28 
 
 
Daqui ____ duas semanas ela chegará. 
 
12) ONDE x AONDE 
A cidade ______ moro é linda. 
A cidade ______ irei é linda. 
 
13) DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE 
O carro foi __________ o poste. 
Pedro foi ___________ Paula para beijá-la. 
 
SEMÂNTICA 
 
a) Homógrafos  
colher (verbo) x colher (substantivo)  
b) Homófonos  
sessão x seção x cessão  
c) Homônimos perfeitos  
manga (fruta) x manga (de camisa)  
d) Parônimos  
soar x suar  
 
14) ABSOLVER x ABSORVER  
Usamos papel para _________ a gordura.  
O juiz vai __________ o réu.  
  
15) COMPRIMENTO x CUMPRIMENTO  
Vamos garantir o ____________ da lei.  
Quando cheguei, recebi um ____________.  
Qual é o ___________ da ponte? 
  
16) DEFERIR x DIFERIR  
É impossível __________ aqueles gêmeos.  
Vamos tentar __________ o compromisso.  
O juiz vai _________ o processo.  
 
17) DESCRIÇÃO x DISCRIÇÃO  
Aja com ___________.  
Fiz uma ___________ minuciosa da casa. 
 
18) DISPENSA x DESPENSA  
Ponha a comida na __________.  
Houve​ ​__________ de muitos empregados.  
 
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19) EMINENTE x IMINENTE  
Ele é um homem ___________.  
A colisão é __________.  
 
20) MANDATO x MANDADO  
Entramos com um __________ de segurança.   
O ___________ do político foi cassado.  
  
21) RATIFICAR x RETIFICAR  
É preciso _________ algumas falhas.  
Estou decidido: vou _________ o que disse antes.  
 
22) ACENDER x ASCENDER  
É preciso _________ a luz.  
O elevador vai __________.  
  
23) CENSO x SENSO  
Como foi o ________ do IBGE?   
É um guri de pouco _________.  
 
24) CONSERTO x CONCERTO  
 Essa mesa precisa de um _________.  
Vamos a um _________ de violinos.  
 
25) CESSÃO x SESSÃO x SEÇÃO  
Vamos a uma _______ de cinema.  
Trabalho na ________ de calçados.  
Fiz uma ________ de direitos autorais. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1. A única frase que, do ponto de vista semântico, NÃO está comprometida é:  
A) Delatou a pupila há meia hora, por isso não está enxergando bem.  
B) Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele demorar mais para imergir, pode correr perigo de morte.  
C) Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de trégua; essa intermitência me angustia.  
D) Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de visitá-los.  
E) Quando o temporal se anunciou, mandou arrear o cavalo e partiu imediatamente.  
 
2. Assinale a alternativa em que a palavra destacada foi empregada erroneamente:  
a) O Diretor-Geral retificou a Portaria 601, que fora publicada com incorreções.  
b) Esse assunto é confidencial; conto, portanto, com sua descrição.  
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL30 
 
 
c) O Superintendente da Receita Federal deferiu aquele nosso pedido.  
d) Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego em flagrante.  
e) Este fiscal vai trabalhar na seção de Tributação.  
 
3. Assinale a alternativa em que a oração está incorreta.  
a) Eu não sei por que!  
b) As agonias, por que passei, não as revelo.  
c) Ela fala tanto porque pretende convencer-nos.  
d) Não sei e acho que não saberei, jamais, o porquê.  
e) Você não me quer mais. Por quê?  
 
4. Considerando-se o contexto, o segmento cujo sentido está adequadamente expresso em outras palavras 
é:  
(A) Entre exclamações, citou = Em meio aos brados, parodiou  
(B) Ofícios fúnebres = Comunicações danosas  
(C) o seu necrológio no jornal = a sua matéria fúnebre impressa  
(D) obrigado à caceteação = compelido ao aborrecimento  
(E) aliviar o luto fechado = compensar a grande tristeza 
 
5. Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento em destaque pode ser substituído pelo que se 
encontra entre parênteses em:  
(A) ...qualquer possibilidade de ​remissão​ humana. (impiedade)  
(B) ...com a maior falta de consideração e ​desfaçatez​ possíveis... (indiferença) 
(C) ...conhecidas pela sua beleza ​inóspita​,... (profícua) 
(D) − o mesmo país que, hoje, ​subsidia​ a tradução de seus livros... (consolida)  
(E) a linguagem e a ​verve​ de Thomas Bernhard... (vivacidade)  
 
8. Traduz-se corretamente um segmento do texto em:  
(A) primordial vida marinha = preponderante nascente marítima  
(B) propelida pela luz solar = arrefecida pela energia do sol  
(C) recuperar esse valor intrínseco = reaver essa importância inerente  
(D) colônia extravagante de organismos = linhagem errante de seres vivos  
(E) resiliente biologia tropical = perseverante bioma dos trópicos 
 
9. Respeita a ortografia oficial vigente:  
(A) O culto à ignorância e à xenofobia é o responsável, em nosso dia-a-dia, por esta situação deplorável, 
que enserra a população local na bolha impenetrável de seus interesses e valores particulares.  
(B) Incrementar a participação política é um desafio perene, aja vista a nova estratégia de controle político 
que aparelha muitos órgãos publicos, incluindo os do setor educacional.  
(C) A soberania do mercado não é imprescindível para a democracia liberal − é uma alternativa a ela e a 
todo tipo de política, na medida em que elimina a necessidade de serem tomadas decisões que 
contemplem consensos coletivos.  
(D) Foram mencionadas as estratégias para disperçar as cepas oligárquicas das altas esferas do poder e, 
sobretudo, para prover o controle jurídico das suas ações; mais, até o momento, não se obteve sucesso.  
 
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(E) Suas ideias íam de encontro às dos demais; ele sempre optava pelas vias mais polêmicas afim de obter 
atenção da audiência. 
 
7. Concordância verbal e nominal /         
Emprego de tempos e modos         
verbais 
 
I. CONCORDÂNCIA NOMINAL 
É o estudo das relações sintáticas existentes entre um núcleo (de natureza substantiva) e seus determinantes.  
 
MEU ------------ > CÃO < ------------BRAVO 
MEUS  ------------ > CÃES <------------ BRAVOS 
 
Principais casos de Concordância Nominal: 
1. Adjetivo após vários substantivos: 
a) mesmo gênero – O adjetivo vai para o plural ou concorda com o último substantivo 
Ex: Casa e igreja antigas (concordância gramatical) 
 Casa e igreja antiga (concordância atrativa) 
b) gêneros diferentes – O adjetivo concorda com o último ou vai para o plural 
Ex: Prédio e casa antiga 
 Prédio e casa antigos (o gênero masculino prevalece) 
 
2. Adjetivo antes de vários substantivos 
A concordância só poderá ser atrativa 
Ex: Longa novela e filme. 
 
3. Mesmo 
a) Quando pronome, concorda com o substantivo (= próprias) 
Elas ​mesmas​ irão lá. 
b) Quando advérbio, é invariável (= realmente; de fato) 
Elas irão ​mesmo​ lá. 
 
4. Anexo 
É adjetivo. Logo, concorda com o substantivo ao qual se refere. 
Ex: As cartas estão ​anexas​ ao contrato. 
Opa! A locução adverbial EM ANEXO é invariável. Ela é repudiada pelos gramáticos, mas não podemos                               
ignorá-la. 
As cartas estão ​em anexo. 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
   32 
 
 
Seguem ​em anexo​ os documentos. 
 
5. Bastante 
a) Quando pronome indefinido, variável (referindo-se a substantivo) 
Ex: Eles fizeram ​bastantes​ críticas ao projeto 
b) Quando advérbio, invariável (referindo-se a verbo, advérbio ou adjetivo)  
Ex: Eles estudaram ​bastante. 
 ​Eles chegaram ​bastante​ tarde. 
 Eles permanecem ​bastante​ irritados.  
 
6. Meio 
a) Quando numeral, concorda com a palavra à qual se refere. (= metade) 
O alcoólatra só bebeu meia garrafa 
b) Quando advérbio, invariável. (=mais ou menos) 
A criança ficou meio cansada.  
 
7. É bom/ é proibido/ é necessário + substantivo 
a) Se o substantivo está acompanhado de determinante (artigo ou pronome) ​� bom, necessário, proibido e                               
outros adjetivos concordam com o substantivo. 
Ex: É permitida ​a entrada​ de crianças. 
 ​A​ cerveja é ​gostosa. 
b) Se o substantivo NÃO está acompanhado de determinante (artigo ou pronome) ​� bom, necessário, proibido                               
e outros adjetivos ficam no masculino e singular. 
Ex: É ​permitido​ entrada de crianças 
 Cerveja é ​gostoso​. 
 
II. CONCORDÂNCIA VERBAL  
É o estudo das relações sintáticas existentes entre o verbo e o seu sujeito. 
 
1. REGRA GERAL – O verbo concorda com o núcleo do sujeito. 
Ex: A flor murchou. As flores murcharam. 
Surgiu uma dúvida. Surgiram várias dúvidas. 
 
2. SUJEITO COMPOSTO 
Antes do verbo ​�​ verbo no plural.  
Ex: Céu e terra passarão 
Depois do verbo ​�​ verbo no plural ou concorda com o primeiro.  
Ex: Sabes/Sabemos tu e eu. Cansei/Cansamos eu e ela. 
Com núcleos ligados por ou ​�​ verbo no plural (exceto se houver exclusão)  
Ex: Aída ou Eva estão em casa? Um ou outro ficará na chefia. 
3. SER 
a) hora, data, distância ​�​ verbo concorda com o número seguinte.  
Ex: É uma hora. São 3 de maio. Da porta à rua são dez metros. 
 
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b) quantidade (muito pouco) ​�​ verbo no singular.  
Ex: Dois minutos é pouco tempo. Dois quilos foi demais. 
 
4. EXPRESSÕES COLETIVAS 
Coletivo + plural ​�​ verbo no singular.  
Ex: Um enxame de abelhas africanas aterrorizou a cidade. 
A maioria de, a maior parte de + plural ​�​ verbo no sing./plural.  
Ex: A maior parte das mulheres protestou/protestaram. 
 
5. MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE 
Verbo concorda com número seguinte.   
Ex: Mais de um bar fechou. Cerca de cem bares fecharam. 
 
6. VERBOS IMPESSOAIS 
6.1 – Haver no sentido de ​existir, ocorrer e acontecer.  
Ex: Haverá dúvidas em concordância.  
6.2 – Verbos que expressam fenômenos da natureza em sentido denotativo (real). 
Ex: Choverá muitos dias seguidos (sentido real) 
 
 
6.3 – Fazer: indicando tempo transcorrido ou clima 
Ex: Faziam dez dias que eu não te via (erro!) 
 Fazia dez dias...(certo) 
 Fará dez dias de calor. (certo) 
  
7. PRONOME APASSIVADOR “SE” 
Vale a regra geral: verbo concorda com sujeito 
Ex: A lei é cumprida./ Cumpre-se a lei 
 As leis são cumpridas./ Cumprem-se as leis. 
 
8. QUEM e QUE 
Sou eu quem ​�​ verbo concorda com quem ou seu antecedente.  
Ex: És tu quem faz/fazes. Fomos nós quem venceu/vencemos. 
Sou eu que ​�​ verbo concorda com antecedente de que.  
Ex: És tu que fazes. Fomos nós que vencemos. 
 
Exercícios de Fixação: 
1. Numere as colunas sendo: 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
Opa! Em sentido figurado, há sujeito. 
Ex: Choverão muitos exercícios. (sentido figurado)/ Choveram granizos no sul. (Catacrese) 
   34 
 
 
a) Sujeito simples; 
b) Sujeito composto; 
c) Sujeito indeterminado; 
d) Oração sem sujeito. 
 
1. ( ) “Sob pressão da opinião pública, a Câmaraaprovou ontem, em ritmo acelerado, o fim dos salários                                     
extras.” (Jornal O Globo) 
2. ( ) “Recebiam R$ 25 mil.” (Jornal O Globo) 
3. ( ) “Está-se sujeito a incertezas, após as eleições.” 
4. ( )”A Dilma é a primeira presidente do Brasil.” 
5. ( ​ ​ ) Choveu muito. 
6. ( ) Choveu muito dinheiro. 
7. ( ) Havia muita gente na rua. 
8. ( ) Existia muita responsabilidade. 
9. ( ) Choram de susto os meninos. 
10. ( ) Fazia grande calor. 
11. ( ​ ​) Na minha rua estão cortando árvores. 
12. ( ) “Bronzeado e de alto astral, Jesus brilhou na semana de moda carioca.” 
13. ( ) “Miguel Falabella e Marília Pêra se encontram em Ipanema.” (Jornal EXTRA) 
14. ( ​ ​ ) “Divertiram-se muito, no último dia 14, na Grande Rio, Gilberto e Suzana Vieira.”  
15. ( ) Corre, Joana! 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1. Identifique a opção em que não houve erro de concordância verbal: 
a) Já fazem alguns dias que não se veem. 
b) Na cidade, haviam viúvas e clérigos. 
c) As crianças da cidade tem privilégios. 
d) As luzes do castelo se mantinham acesas. 
e) A maioria da população viviam ao redor do palácio. 
 
2. Na oração ​“Pelas esquinas, havia vendedores, prostitutas e mendigos...”​, o sujeito deve ser classificado                           
como: 
a) Simples 
b) Composto 
c) Indeterminado 
d) Inexistente 
e) Oculto ou desinencial 
 
3. “​O pároco que lê as escrituras tem mais sabedoria​.” A pluralização do termo em destaque acarretaria                                 
as seguintes formas verbais: 
a) Leem e teem 
b) Lêm e têm 
c) Leem e têm 
 
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d) Lêem e tem 
e) Lêem e têm 
 
4. Apenas uma das orações abaixo se apresenta sem sujeito. Identifique-a: 
a) As pessoas haviam abandonado o cão na rua. 
b) Os alunos se houveram bem na prova. 
c) Haviam ocorrido alguns avanços. 
d) Havia certo rancor em sua voz. 
e) Os réus haviam sido libertados. 
 
5. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: “Ainda não ............... soado as oito horas da                               
noite, quando ................. à porta: ................ um viajante em busca de abrigo.”  
a) havia – bateu – era  
b) havia – bateram – era  
c) havia – bateu – eram  
d​) haviam – bateram – era  
e) haviam – bateu – eram 
 
6. Analise as opções abaixo quanto à concordância verbal e identifique a incorreta: 
a) Este documento é um dos que identifica a série de atribuições de cargo. 
b) A maioria das decisões anteriores desaprova tal procedimento. 
c) Admite-se que seja propício o estudo e a posterior avaliação. 
d) ​Vão fazer dez anos que eu não a vejo. 
 
7. Assim que .................. quatro horas no relógio da igreja, mais de um aluno ................. . 
a) bateu, saiu  
b) bateram, saíram 
c) baterão, sairá  
d) bateu, saíram  
e) ​bateram, saiu 
 
8. .......... cinco anos que não se ...................mais estes aparelhos. 
a) Fazem, faz  
b) Faz, faz  
c) Fazem, fazem  
d) Faz, fazem 
 
9. O verbo que se mantém corretamente no singular, apesar das alterações propostas entre parênteses                           
para o segmento grifado, está na frase: 
a) É ​o desafio​ do nosso tempo. (os desafios) 
b) E isso quando ​a própria FAO​ alerta ... (os especialistas da própria FAO) 
c) E que ​a produção​ precisará crescer 70% até 2050 ... (a produção de alimentos) 
d) ​Tudo​ acontece num cenário paradoxal. (Todos os problemas) 
e) ​Um relatório​ da própria FAO assegura ... (Os dados de um relatório) 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
   36 
 
 
10. Assinale a alternativa em que ocorreu erro de concordância nominal. 
a) livro e revista velhos  
b) aliança e anel bonito  
c) rio e floresta antiga  
d) homem, mulher e criança distraídas 
 
11. Assinale a frase que contraria a norma culta quanto à concordância nominal. 
a) Falou bastantes verdades.  
b) Já estou quites com o colégio​.  
c) Nós continuávamos alerta.  
d) Haverá menos dificuldades na prova. 
 
12. Cometeu-se erro no emprego de ANEXO em:  
a) Anexas seguirão as fotocópias.  
b) Em anexo estou mandando dois documentos.  
c) Estão anexos os requerimentos.  
d) Anexo seguiu uma foto.  
 
13. Assinale o erro de concordância nominal.  
a) Maçã é ótimo para isso.  
b) É necessário atenção.  
c) Não será permitida interferência de ninguém.  
d) Música é sempre bom.  
 
14. Marque o erro de concordância.  
a) Os alunos ficaram sós na sala.  
b) Já era meio-dia e meio.  
c) Os alunos ficaram só na sala.  
d) Márcia está meio cansada. 
 
15. Assinale a opção incorreta quanto à concordância nominal:  
a) Colecionava jornais e revistas antigas.  
b) Ao meio-dia e meia desceram para o almoço.  
c) Tinha pelo computador sincero respeito e admiração.  
d) Quaisquer que sejam as dificuldades, tudo será resolvido.  
e) Ela mesmo se negara a conhecê-lo melhor. 
 
8. Tempos, modos e vozes verbais 
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou                                     
paciente da ação. 
São três as vozes verbais: 
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo: 
 
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b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo: 
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a                                 
ação. Por exemplo: 
O menino feriu-se. 
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo: 
Os lutadores feriram-se. (um ao outro). 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1-“​... ​ela nunca alcançava a musa​.”. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal                                 
resultante será:  
a) foi alcançada.  
b) fora alcançada.  
c) seria alcançada.  
d) era alcançada  
 
2- “E assim, num impulso, lança a primeira pincelada​...”. Transpondo-se a frase acima para a voz                               
passiva, a forma verbal resultante será:  
a) foi lançada.  
b) é lançada.  
c) fora lançada.  
d) lançaram-se  
e) era lançada.  
 
3- A carta, essa personagem central dos últimos séculos, foi solapada pelo e-mail​... A frase acima está                                 
corretamente transposta para a voz ativa em:  
a) A carta, essa personagem central dos últimos séculos, solapa o ​e-mail​.  
b) O ​e-mail​, essa personagem central dos últimos séculos, a carta solapou-o.  
c) O​ e-mail ​solapou a carta, essa personagem central dos últimos séculos.  
d) O ​e-mail ​solapara essa personagem central dos últimos séculos, a carta.  
e) A carta, essa personagem central dos últimos séculos, solaparia o​ e-mail​. 
 
4-   “... ​o indivíduo exerce livremente sua atividade”  
Transpondo a frase acima para a voz passiva, obtém-se a forma verbal 
(A) exercerá. 
(B) ​é exercida. 
(C) pode exercer. 
(D) terá exercido. 
(E) terá como exercer. 
 
5-​... o etanol reduz em mais de 80% a emissão de gases do efeito estufa. (2° parágrafo) Transpondo-se a                                     
frase acima para a voz passiva, a forma verbal passará a ser, corretamente:  
a) é reduzida.  
b) foi reduzido.  
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
Ele  fez  o trabalho. 
sujeito agente  ação  objeto (paciente) 
O trabalho  foi feito por ele. 
sujeito paciente  ação  agente da passiva 
   38 
 
 
c) tinha reduzido.  
d) serão reduzidos.  
e) vinha sendo reduzida. 
 
9. Equivalência e transformação de         
estruturas / ​Colocação dos pronomes         
átonos 
Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos), como todos os outros monossílabos                                       
átonos, apoiam-se na tonicidade de alguma palavra próxima. Assim, esses pronomes podem ocupar trêsposições na oração: antes do verbo; no meio do verbo; depois do verbo. 
a) antes do verbo: nesse caso, ocorre a próclise, e dizemos que o pronome está proclítico: 
Ex.: Nunca me revelaram os verdadeiros motivos. 
b) no meio do verbo: nesse caso, ocorre a mesóclise, e dizemos que o pronome está mesoclítico. A mesóclise                                 
só é possível com o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo:  
Ex.: Revelar-te-ei os verdadeiros motivos.  
Ex.: Revelar-me-iam os verdadeiros motivos. 
c) depois do verbo: nesse caso, ocorre a ênclise, e dizemos que o pronome está enclítico:  
Ex.: Revelaram-me os verdadeiros motivos. 
Apresentamos, a seguir, algumas orientações acerca da colocação dos pronomes oblíquos átonos. 
 
Ênclise 
A ênclise ocorre normalmente:  
a) com o verbo no início da frase.  
Ex.: Comenta-se que ele deverá recebe o prêmio. 
b) com o verbo no imperativo afirmativo.  
Ex.: Alunos, apresentem-se ao diretor. 
 
c) com o verbo no gerúndio.  
Ex.: Modificou a frase, tornando-a ambígua. 
 
 
d) com o verbo no infinitivo impessoal.  
Ex.: Leia atentamente as questões antes de resolvê-las. 
 
Próclise 
A próclise ocorre geralmente em orações em que antes do verbo haja: 
a) palavra de sentido negativo (não, nada, nunca, ninguém, etc.)  
Ex.: Nunca me convidam para festas. 
 
 
Opa!!! 
Caso o gerúndio venha precedido pela preposição em, ocorrerá a próclise.  
Ex.: Em se tratando de cinema, prefiro filmes europeus. 
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b) conjunção subordinativa  
Ex.: "Quando te encarei frente a frente não vi o meu rosto." (Caetano Veloso) 
 
c) advérbio  
Ex.: Assim se resolvem os problemas.  
 
 
d) pronome indefinido  
Ex.: Tudo se acaba na vida. 
 
e) pronome relativo  
Ex.: Não encontrei o caminho que me indicaram. 
f) Ocorre também a próclise nas orações iniciadas por palavras interrogativas e exclamativas e nas orações                               
optativas (orações que exprimem um desejo).  
Ex.: Quem te disse que ele não viria? (oração iniciada por palavra interrogativa);  
Ex.: Quanto me custa dizer a verdade! (oração iniciada por palavra exclamativa);  
Ex.: Deus te proteja. (oração optativa). 
g) Com o infinitivo flexionado precedido de preposição.   
Ex.: Foram ajudados por ​nos​ trazerem até aqui. 
h) Com formas verbais proparoxítonas.  
Ex.: Nós ​lhes​ desobede​cí​amos sempre. 
i) Com certas conjunções coordenativas aditivas e certas alternativas antes do verbo*  
Ex.: Ora ​me​ ajuda, ora não ​me​ ajuda. / Não foi nem ​se​ lembrou de mim.  
*nem, não só/apenas/somente...mas/como (também/ainda/senão)..., tanto... quanto/como..., que, ou... ou,                 
ora...ora, quer... quer..., já... já...    
 
Mesóclise 
A mesóclise só pode ocorrer quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do                                     
indicativo.  
Ex.: Convidar-me-ão para a solenidade de posse da nova diretoria.  
Ex.: Convidar-te-ia para viajar comigo, se pudesse. 
Caso o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo venha precedido de alguma palavra                                     
que exija a próclise, esta será de rigor. 
Ex.: Não me convidarão para a solenidade de posse da nova diretoria.  
 
CASOS FACULTATIVOS 
01. Pronomes demonstrativos antes do verbo sem palavra atrativa.*     
Ex.: Aquilo me deixou triste / Aquilo deixou-​me triste. *este (e variações), isto; esse (e variações), isso; aquele                                   
(e variações), aquilo. 
02. Conjunções coordenativas (exceto aquelas mencionadas nos casos de próclise) antes do verbo sem palavra                             
atrativa.     
Ex.: Ele chegou e dirigiu-​se a mim. / Ele chegou e ​se dirigiu a mim. Corri atrás da bola, mas ​me escapou.                                           
/ Corri atrás da bola, mas escapou-​me​. 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
Opa! Caso haja pausa depois do advérbio (marcada na escrita por vírgula), ocorrerá a ênclise.  
Ex.: Assim, resolvem-se os problemas. 
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03. Sujeito explícito com núcleo pronominal (pronome pessoal reto e de tratamento) antes do verbo sem                               
palavra atrativa.     
Ex.: Eu te amo. / Eu amo-te. Sua Excelência se queixou de você. / Sua Excelência queixou-se de você. OPA!                                       
Com verbos monossilábicos, a eufonia ordena que se use a próclise, segundo o Gramático Manoel Pinto Ribeiro:                                 
“Eu a vi ontem, e não Eu vi-a ontem.” 
04. Sujeito explícito com núcleo substantivo (ou numeral) antes do verbo sem palavra atrativa.   
Ex.: Camila te ama ou Camila ama-te. / Os três se amam ou Os três amam-se. OPA! Para banca IBFC nesse caso                                           
a ênclise é obrigatória. Portanto, caberia apenas a frase: Camila ama-te.  
05. Infinitivo não flexionado precedido de “palavras atrativas” ou das preposições “para, em, por, sem, de, até,                                 
a”.   
Ex.: meu desejo era não o incomodar. / Meu desejo era não incomodá-lo. Calei-me para não o contrariar.                                   
/ Calei-me para não o contrariá-lo. Corri para o defender. / Corri para defendê-lo. Acabou de se quebrar o                                     
painel. / Acabou de quebrar-se o painel. Sem lhe dar de comer, ele passará mal. / Sem dar-lhe de comer, ele                                         
passará mal. Até se formar, vai demorar muito. / Até formar-se, vai demorar muito. Erro agora em lhe permitir                                     
sair? / Erro agora em permitir-lhe sair? Por se fazer de bobo. Enganou a muitos. / Por fazer-se de bobo,                                       
enganou a muitos. 
 
Colocação dos pronomes oblíquos átonos nas locuções verbais e nos tempos compostos 
Nas locuções verbais em que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio, o pronome oblíquo átono pode                                     
ser colocado, indiferentemente, depois do verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem hífen) ou depois                               
do verbo principal (com hífen).  
Ex.: Quero-lhe apresentar os meus primos que vieram do interior.  
 Quero lhe apresentar os meus primos que vieram do interior. 
 Quero apresentar-lhe os meus primos que vieram do interior.  
Ex.: Ia-lhe dizendo as razões da minha desistência.  
 Ia lhe dizendo as razões da minha desistência. 
 Ia dizendo-lhe as razões d a minha desistência. 
 
Caso haja antes da locução verbal palavra que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ser colocado,                                 
indiferentemente, antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.  
Ex.: Não lhe quero apresentar os meus primos que vieram do interior.  
 Não quero apresentar-lhe os meus primos que vieram do interior.  
 
 
Nos tempos compostos e nas locuções verbais em que o verbo principal está no particípio, a colocação dos                                   
pronomes oblíquos átonos será feita sempre em relação ao verbo auxiliar e nunca em relação ao particípio,                                 
podendo ocorrer a próclise, a mesóclise ou a ênclise, conforme as orientações apresentadas anteriormente. 
Ex.: Havia-lhe contado os verdadeiros motivos da minha desistência.  
 Nunca o tinha visto antes.  
 Ter-lhe-ia procurado, se tivesse tempo.  
Ex.: Ficou tímido, porque se sentiu rejeitado pelos colegas.  
 Se não o convidarem, sentir-se-á rejeitado pelos colegas. 
 
Nas locuções verbais e nos tempos compostos, quando se coloca o pronome oblíquo átono depois do verbo                                 
auxiliar, pode-se usar o hífen ou não.  
Ex.: Vou-te devolver o livro amanhã.  
 Vou te devolver o livro amanhã. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
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1- A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi                           
corretamente realizada em: 
A) Duas figuras merecem atenção = Duas figuras merecem-na 
B) poderá atingir a purgação = poderá lhe atingir 
C) dissecando a estrutura = dissecando-la  
D) provocar compaixão e terror = provocá-las 
E) mandou organizar as festas = mandou organizar-lhes 
 
2- O segmento grifado está corretamente substituído pelo pronome correspondente, considerando-se                     
também sua colocação, em:  
A) para substituir ​os próprios punhos​ = para lhes substituir. 
B) pertencem ​a outro capítulo da história​ = pertencem a ele. 
C) que pode causar ​admiração pela força​ = que pode causá-lo.  
D) mas nunca provocará ​um sorriso​ = mas nunca lhe provocará.  
E) representam ​a intromissão do humor​ = o representam. 
 
3. A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi feita 
corretamente em:  
 
(A) quando veio apanhar ​a crônica​ = quando veio apanhar-lhe  
(B) Depois de cumprir ​meus afazeres​ = Depois de cumprir-nos  
(C) Já tive ​muitas capas e infinitos guarda-chuvas​ = Já lhes tive  
(D) pendurei ​o guarda-chuva​ = pendurei-no  
(E) Pedi ​ao moço de recados​ = Pedi-lhe  
 
4.  ... por conhecer ​a dádiva do tempo​.  
... que distinguem ​o homem​ do resto...  
A transitoriedade dá alma ​ao ser​...  
 
Os segmentos sublinhados são, respectivamente, substituídos por pronomes em:  
 
(A) por a conhecer / que distinguem-no do resto / A transitoriedade o dá alma  
(B) por conhecê-la / que o distinguem do resto / A transitoriedade lhe dá alma  
(C) por conhecê-la / que distinguem-no do resto / A transitoriedade dá-lhe alma  
(D) por conhecê-lo / que o distinguem do resto / A transitoriedade dá alma a ele  
(E) por a conhecer / que distinguem-o do resto / A transitoriedade o dá alma 
 
5.  Ninguém sabe de fato ​o que é a vida​...  
Querida, não reduza ​minhas ideias​...  
Podemos fazer ​opções mais ousadas​.  
 
Os trechos sublinhados são corretamente substituídos por pronomes em:  
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
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(A) Ninguém a sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemo-las fazer  
(B) Ninguém a sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemos as fazer  
(C) Ninguém a sabe de fato / Querida, não reduza-as / Podemos fazê-las  
(D) Ninguém o sabe de fato / Querida, não nas reduza / Podemos fazê-lo  
(E) Ninguém o sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemos fazê-las  
 
6.  ... desrespeitando ​interlocutores​.  
Enxurradas de fotos invadem ​o espaço virtual​...  
... que caracteriza ​a obsessão​ pelos “cliques”.  
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados nos segmentos acima foram corretamente 
substituídos por um pronome, na ordem dada, em:  
 
(A) desrespeitando-os − invadem-no − a caracteriza  
(B) desrespeitando-lhes − o invadem − caracteriza-lhe  
(C) desrespeitando-os − lhe invadem − a caracteriza  
(D) desrespeitando-nos − invadem-no − lhe caracteriza  
(E) desrespeitando-lhes − invadem-no − caracteriza-a 
 
7 -“Ninguém a olhava duas vezes.” Nessa frase, a colocação do pronome oblíquo está correta. Assinalar a 
alternativa em que a colocação do pronome oblíquo átono está incorreta, de acordo com a Norma Culta. 
A) O anti-herói leva uma vida de malandro e vadio, envolvendo-se em vários amores. 
B) Ademais, dever-se-ia envelhecer maciamente. 
C) Nem já sei qual fiquei sendo. Depois que os vi. 
D)Jamais dar-te-ia tantas explicações, se não fosses pessoa de tanto merecimento. 
 
10. Pontuação 
USO DA VÍRGULA 
- Dentro de uma oração: 
  
1 - É recomendável o uso da vírgula 
  
a) Para separar termos de idêntica função (coordenados) 
 ​Ex: Escolheram um garoto-propaganda feio, atrapalhado, desajeitado, carente. 
 Bois, cavalos, bezerros e vacas vivem em harmonia aqui. 
  
  
b) Nas indicações de local e data  
 
Opa! Quando ligados por E, não se usa vírgula. 
Ex: Pedro estuda e trabalha. 
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Ex: Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2019. 
 
 c) A vírgula separa o adjunto adverbial deslocado do seu lugar normal 
Ex: Na virada do século, a operária Luiza trabalhava na fábrica têxtil Bangu. 
 
  
d) Para isolar o Objeto pleonástico (enfático) 
Ex: Esse dinheiro, nunca vou voltar a vê-lo. 
  
e) Para isolar o vocativo 
Ex: Mãe, acabei! 
  
f) Para isolar certos tipos de aposto (sobretudo o explicativo) 
Ex: A minha espingarda, a melhor do mundo, nunca falha. 
  
g) Para indicar a elipse do verbo 
Dizem que os homens decidem com o cérebro; as mulheres, com o coração. 
  
h) Para isolar palavras e expressões intercaladas que servem para resumir, incluir, excluir, retificar, exemplificar. 
Ex: Esse caso, por exemplo, pode ser resolvido rapidamente.​  
 Em suma, sua função era fazer comida. 
  
i) Para separar, quando deslocadas, as conjunções ​adversativas (mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no                           
entanto) e as ​conclusivas​ (logo, portanto, pois, por conseguinte) 
Ex: Tenho certeza; não darei, ​portanto​, o braço a torcer.               
O trabalho é árduo; ele, ​porém​, não pára 
  
2 - É proibido o uso da vírgula  
  
a) Entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e seu objeto.  
Ex: Os índios, acreditaram, nos invasores. (errado) 
b) Entre o nome o seu adjunto adnominal. 
Ex: A preocupação, do rapaz era enorme. (errado) 
 c) Entre o nome e seu complemento nominal. 
Ex: A rua é paralela, ao rio (errado) 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
Opa! Quanto maior a extensão, maior a obrigatoriedade em isolar o adjunto adverbial por vírgula para a                                 
gramática tradicional. Contudo, para o ​CESPE o adjunto adverbial deslocado com 3 ou mais palavras tem                               
vírgula obrigatória e para a ​FCC o tamanho do adjunto adverbial deslocado não importa. A FCC considera a                                   
vírgula facultativa sempre nesses casos.   
Ex: Ontem​, (facultativa para qualquer banca)​ estudei Direito Administrativo. 
Na semana passada​, (Facultativa para banca FCC e obrigatória para banca CESPE) estudei Direito                           
Constitucional. 
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 - Entre orações 
  
1 – Usa-se a vírgula para: 
 
a) Para separar as orações coordenadas 
Ex: Foi lá no porão, pegou três oitão, deu tiro na mão do próprio irmão.  
  
b) Para separar a oração subordinada adjetiva explicativa 
Ex: João, que não se sentia bem, caiu no chão. 
  
c) Para separar as orações subordinadas adverbiais deslocadas 
Ex: Quando meu time voltar a ganhar, eu compro a camisa. 
   
USO DO PONTO E VÍRGULA 
  
1 - Usa-se o ponto-e-vírgula para: 
  
a) Separar orações que tenham vírgulas em seu interior.  
Ex: Ela agia correto; ele, errado. 
  
b) Separar os itens de uma enumeração:  
Ex: O time estava escalado... 
  
c) Para enfatizar ideias adversativas ou conclusivas 
Ex: Estudou; portanto mereceu. 
   
USO DOS DOIS-PONTOS 
  
1 – Usam-se dois pontos para: 
 
a) Introduzir uma fala, uma citação 
Ex: A manchete estampava: “a meninha morreu” 
b) Anunciar uma enumeração 
Ex: Três meninas elegantes: cobra, jacaré e elefante. 
c) Introduzir um exemplo: 
Ex: um monossílabo tônico: pé. 
  
d) Anunciar um esclarecimento ou explicação de termo anteriormente dito: 
Ex: Ele é impaciente: não sabe ouvir. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
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1. Considere as construções abaixo.  
I. Ele pesquisa o transporte público nas grandes cidades, onde convivem meios obsoletos e avançados.  
II. A preferência pela vida no campo tende a diminuir, em função das ofertas de trabalho que há na cidade.  
III. Num passado recente, ninguém imaginaria que confortos da cidade viessem a se oferecer na vida do campo.  
A exclusão da vírgula

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