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Apostila curso de Microagulhamento

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICROAGULHAMENTO 
INDUÇÃO PERCUTÂNEA DE COLÁGENO 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Nayara M. Moreira 
 
 
2 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
Revisão básica da anatomofisiologia da pele ............................................. 3 
Biotipos e fototipos cutâneos ..................................................................... 6 
Introdução ao microagulhamento - Nomenclaturas .................................... 8 
História do microagulhamento ................................................................... 8 
Definição do microagulhamento ................................................................ 8 
Biossegurança .......................................................................................... 9 
Tamanho e profundidade das agulhas ....................................................... 9 
Fundamentação fisiológica-fisiologia do processo de reparação tecidual ....11 
Indicações e contraindicações .................................................................13 
Técnica de aplicação (Associada a aula prática) .......................................13 
Vantagens e Desvantagens da técnica .....................................................14 
3 
Apostila- curso Microagulhamento 
A pele 
 
A pele é um órgão dinâmico, tão importante e vital para o nosso organismo que sem ela não 
sobreviveríamos.O nome anatômico internacional é cútis. A pele é o maior orgão em continuidade, 
constituindo em média 12% do peso corporal seco. Um pedaço de pele com aproximadamente 3 cm 
de diâmetro contém mais de 3 milhões de células,entre 100 e 340 glândulas sudoríparas, 50 
terminações nervosas e 90 cm de vasos sanguíneos. Recobre o corpo, protegendo -o da perda 
excessiva de água, de atrito e dos raios ultravioletas. 
 
Características e funções da pele: Proteção contra traumas mecânicos, invasão bacteriana e radiação 
ultravioleta; termorregulação; percepção (através de receptores de tato, pressão e temperatura); 
secreções (manto hidrolipídico), metabolização (ação da vit. D). 
 
A pele tem duas camadas, a epiderme e derme. A epiderme e a derme estão conectadas entre si. O 
limite dermo-epidérmico é nítido e preciso com projeções onduladas chamadas papilas. 
 
A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. A palma das mãos e a planta dos pés, que 
sofrem um atrito maior, possuem uma epiderme com mais do que 5mm, constituída por várias 
camadas celulares e por uma camada superficial de queratina bastante espessa. 
 
 
CAMADAS DA PELE 
 
A pele é composta de duas camadas principais: 1)a epiderme, camada superficial composta de células 
epiteliais intimamente unidas e a 2)derme, camada mais profunda composta de tecido conjuntivo. 
Ambas são importantes para o corpo, e cada uma tem características e funções diferentes. 
Epiderme 
 
É a camada mais externa da pele, aquela que você pode ver a olho nu. A principal função da epiderme 
é formar uma barreira protetora do corpo, protegendo contra danos externos e dificultando a saída 
de água (do organismo) e a entrada de substâncias e de micróbios no organismo. É constituída por um 
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e não apresenta vasos (avascularizada). Toda 
nutrição é realizada pela derme,que é o tecido conjuntivo subjacente vascularizado. Essa nutrição é 
4 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
eficiente para as células mais próximas da derme, mas à medida que as células se dividem e são 
empurradas para a superfície, para cima, elas se afastam da derme, ficando longe do alimento 
(derme) e morrem, constituindo as células mortas na camada córnea. 
A epiderme possui células próprias: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de 
Merkel. 
 
• Os queratinócitos são as células mais numerosas da epiderme. Realizam a produção de 
queratina. Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme e sofrem 
contínua atividade mitótica (divisão celular) . Quando formadas, estas células são empurradas 
sucessivamente para camadas mais superficiais em decorrência da produção de novas células. 
À medida que ganham camadas superiores, as células sintetizam queratina no seu citoplasma. 
• Os melanócitos são células arredondadas localizadas principalmente na camada basal da 
epiderme, responsáveis pela produção da proteína melanina, um dos pigmentos que 
determinam a coloração da pele. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se 
multiplicam ou se multiplicam muito pouco (ou seja, sofrem pouca ou nehuma mitose). Os 
melanócitos são células dendríticas( possuem dendritos-prolongamentos) que permitem que 
sejam transferidos melanossomas aos queratinócitos. 
• As células de Langerhans são células que exercem um importante papel protetor na pele. 
Podem ser encontradas em qualquer camada da epiderme, porém, são mais frequentes na 
camada espinhosa. São células de defesa, células imunitárias. 
• As células de Merkel são consideradas mediadoras da sensação do tato. 
 
A epiderme compõe-se por cinco camadas: córnea, lúcida, granulosa, espinhosa e basal . 
 
 
 
• A camada basal é a camada mais profunda da epiderme que faz contato direto com a derme. É 
a camada onde ocorre intensa divisão celular, responsável pela renovação da epiderme, 
fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada córnea. 
5 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
• Camada espinhosa: Estão localizadas acima da camada basal. Segunda camada do epitélio. 
Nesta camada concentram-se maior número de células de Langerhans, que são responsáveis 
pelo sistema imunológico da célula. 
• Camada granulosa: Composta por células achatadas, subdivididas e queratinizadas com o seu 
núcleo em estado de degradação. A queratina forma grãos de queratohialina.É nessa camada 
que configura-se a formação do manto hidrolipídico e do NMF (Natural Moinstuzring Factor), 
Fator natural de hidratação. 
• Camada lúcida: Formada por uma fina camada de células achatadas e anucleadas. Mostra-se 
translúcida, daí o nome da camada lúcida. Encontrando-se nas palmas das mãos e plantas dos 
pés. 
• Camada Córnea: De espessura variável, é constituída por células achatadas, anucleadas e 
mortas. É a camada mais superficial. A camada córnea é constituída por células mortas, sem 
núcleo e completamente achatadas. 
 
Derme 
 
A derme é a camada que se encontra por baixo da epiderme, separadas por uma fina membrana 
basal. Nessa junção dermo-epidérmica se encontram reentrâncias ou vilosidades denominadas papilas 
dérmicas, que proporciona um aumento da superfície de contacto entre ambas as camadas, algo 
muito importante, uma vez que a nutrição da epiderme depende dos vasos sanguíneos presentes na 
derme. 
A derme é uma camada vascularizada formada por tecido conjuntivo, composto por vários tipos de 
células. Entre as células, destaca-se os fibroblastos que produzem as fibras (colágenas, elásticas e 
reticulares) e a substância fundamental amorfa , embora existam outras células muito importantes, 
como os macrófagos, por exemplo, células pertencentes ao sistema imunitário com a missão de 
eliminarem os microorganismos, que eventualmente possam ter chegado à derme, e fagocitarem as 
restantes células mortas e resíduos. 
Possui duas camadas: papilar e reticular. 
 
• Camada papilar (responsável pela nutrição da epiderme), onde encontram-se as papilas 
dérmicas, contato direto com a epiderme 
• Camada reticular (onde estão as fibras de colágeno, elásticas e reticulares intercaladas, em 
todas as direções), mais densa. 
 
A substância fundamental amorfa caracteriza-se por preencher os espaços entre as células e as fibras 
do tecido conjuntivo. Apresenta aspecto viscoso , incolor, transparente e opticamente homogêneo, 
formado principalmente por proteoglicanas, ácido hialurônico e glicoproteínas. Dentre as principais 
macromoléculas, estão os mucopolissacarídeos, também chamados de glicosaminoglicanos.Biotipos e fototipos cutâneos 
6 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
Biotipos cutâneos (classificação dos tipos de pele) 
 
No início do século XX, Helena Rubinstein, desenvolveu a classificação dos 4 tipos de pele. Em 2006 a 
dermatologista Leslie Baumann publicou o livro The Skin Type Solution, com 16 tipos de pele (quanto à 
oleosidade, sensibilidade, pigmentação, tendência a enrugar). O fato é que a classificação feita há 
mais de um século por Helena Rubinstein ainda é bastante atual. A classificação de Helena Hubinstein 
além de ser bastante atual, é a classificação adotada pela grande maioria de profissionais e 
fabricantes na área de estética e cosmética por ser uma classificação atemporal e de grande 
utilidade.Saber avaliar corretamente os tipos de pele e suas subclassificações é ter a certeza dos 
resultados positivos com o tratamento mais adequado ao biótipo cutâneo avaliado. A classificação dos 
tipos cutâneos ou biotipos de acordo com Helena Rubinstein, caracteriza-se por classificar a pele de 
acordo com a produção de sebo ( quantidade de secreção das glândulas sebáceas): 
 
➢ Pele Eudérmica ou Normal 
➢ Pele Lípidica ou Oleosa 
➢ Pele Alipídica ou Seca 
➢ Pele Mista ou Combinada 
 
 
• Normal ou eudérmica: considerada a pele ideal, apresenta espessura mediana, secreção sebácea e 
sudorípara equilibrada, tônus e elasticidade uniformes, superfície lisa e aveludada, brilho normal e 
óstios imperceptíveis. Pele característica de crianças,ou seja característicamente é a pele infantil. 
• Oleosa ou lipídica: a espessura da camada córnea é aumentada (a pele é grossa). Caracteriza-se pela 
produção exagerada de sebo(óleo), que lhe confere um brilho intenso e provoca a abertura dos óstios 
(óstios dilatados). A produção sudoral também é aumentada. Em geral, a pele oleosa é mais 
resistente, tolerando melhor as agressões e envelhecendo mais lentamente. Maior propensão à acne. 
• Seca ou alipídica (alípica): a espessura da camada córnea é diminuída (a pele é fina). Apresenta 
pouca produção sebácea, sendo opaca, sem brilho. A espessura é bem fina e óstios são diminutos; 
pouco elástica, finas rugas e ao tende ao envelhecimento precoce. 
• Mista ou combinada: Pele muito comum.Características de pele oleosa somente na zona T(nariz , 
testa e queixo). 
7 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
Classificação dos fototipos 
 
 
 
Fototipos cutâneos segundo Fitzpatrick, uma classificação baseada na reação da pele à exposição solar 
e a pigmentação cutânea: 
 
 
 
 
A melanina é o protetor natural em relação à radiação ultravioleta. As peles com fototipos mais baixos 
(peles mais claras) são mais sensíveis ao sol sendo mais propensa ao fotoenvelhecimento. As peles 
com fototipos mais altos (peles mais escuras) apesar de serem mais resistentes ao sol, apresentam 
maior propensão à hiperpigmentação, ou seja são mais fáceis de manchar. 
8 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ao microagulhamento- Nomenclaturas (sinônimos) 
 
A técnica é designada por alguns nomes, dentre eles: 
 
 Microagulhamento; 
• Terapia de indução de colágeno (TIC); 
 
• Indução percutânea de colágeno; 
• Micropunturação. 
 
O nome Roller caracteriza-se pelo nome do equipamento, ou seja é o nome do instrumento a qual é 
realizada a técnica. 
 
História do microagulhamento 
Em 1995, Orentreich e Orentreich*5 foram os primeiros a relatar a utilização de agulhas com o 
objetivo de estimular a produção de colágeno no tratamento de cicatrizes deprimidas e rugas, técnica 
difundida com o nome de subincisão“subcisão” .Em 1997, Camirand e Doucet trataram cicatrizes com 
pistola de tatuagem para simular uma abrasão com agulha. Embora essa técnica possa ser usada em 
áreas extensas ela é laboriosamente lenta. Desmond Fernandes projetou um aparelho especial para a 
TIC constituído por um cilindro rolante com microagulhas em intervalos regulares. Em 2005/2006 
Fernandes Publicou "indução percutânea de colágeno minimamente invasiva" Minimally invasive 
percutaneous collagen induction”. Neste artigo Fenandes trouxe embasamento prático e teórico para 
respaldar a técnica que foi nomeada por indução percutânea de colágeno ( FABBROCINI,2011). 
 
Definição do microagulhamento 
O microagulhamento ou terapia de indução percutânea de colágeno consiste numa técnica onde se 
faz uso de um mecanismo com agulhas que propõe um estímulo na produção de colágeno, sem 
9 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
provocar a desepitelização total observada nas técnicas ablativas.A técnica é indicada para aplicação 
de fármacos ou ativos na pele, rejuvenescimento, tratar cicatrizes de acne, estrias, flacidez de pele, 
alguns casos de alopecia, cicatrizes de queimaduras, melhorar aspecto geral da pele, rugas e linhas de 
expressão entre outros.É uma técnica minimamente invasiva, que utiliza um instrumento chamado 
roller, um rolo (cilindro)pequeno de polietileno, cravejado com diversas agulhas finas (0,07 mm a 
0,2mm de diâmetro), feitos de aço inoxidável cirúrgico, em diferentes milímetros de comprimento 
(0,2 a 3,0 mm) posicionados paralelamente em várias fileiras. Quando aplicadas em movimento de 
rolamento provacam microlesões na pele que estimulam a formação de colágeno e favorecem a 
permeação de ativos utilizados nos tratamentos. O cilindro contém, em média, de 192 a 540 micro 
agulhas, gerando centenas de microcanais na pele, que aumentam a permeabilidade cutânea além de 
estimular os fibroblastos a produzirem mais colágeno. 
 
Biossegurança 
Os aparelhos devem ter registro na Agência Nacional de vigilância sanitária (ANVISA) que classifica a 
utilização de rollers como sendo de uso único, não reutilizável. Após o uso, deve ser descartado em 
coletor de materiais Perfurocortantes. Aconselha-se abrir a embalagem lacrada na presença do 
cliente. 
Não é indicado esterilizar em Autoclave, Oxido de Etileno (ETO) ou quaisquer outros equipamentos de 
esterilização. A tentativa de esterilização do roller poderá danificar completamente o equipamento. 
 
 
Tamanho e profundidade das agulhas 
O comprimento das agulhas é um critério muito importante na escolha de um roller e é determinado 
pelo problema que deseja tratar e pelas atribuições e legislações do conselho de cada profissão. O 
comprimento das agulhas varia entre 0,2mm e 3,0mm. O estabelecimento de uma relação entre o 
comprimento da agulha utilizada e o dano provocado na pele facilita a escolha do instrumento nas 
diferentes indicações. 
 
Agulhas menores que 0,5mm são utilizadas somente para permeação de ativos, não trazendo nenhum 
resultado na produção de colágeno; Utilizada na técnica conhecida como Sistema de acesso 
transdermal de ingrediente (SATI) ou drug delivery. Agulhas a partir de 0,5 mm já leva a uma indução 
de colágeno. 
 
Levando em consideração a individualidade biológica e a sensibilidade de cada cliente, estabelece a 
utilização de anestésico tópico com roller de agulhas a partir de 1,0 mm. Agulhas a partir de 1,5mm a 
2,0mm necessitam de bloqueio anestésico. 
Comprimento das agulhas: .0,2 . 0,25 .0,3 .0,5 .1,0 .1,5 .2,0 .2,5 .3,0 
10 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
11 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
Fisiologia da reparação tecidual 
 
• fase inflamatória ou exsudativa; 
 fase proliferativa ou regenerativa; 
• fase reparativa ou de maturação. 
 
I) FASE INFLAMATÓRIA OU EXSUDATIVA 
 
Dura cerca de 72 horas e corresponde à ativação do sistema de coagulação sangüínea e à liberação de 
vários mediadores, tais como fator de ativação de plaquetas, fator de crescimento, serotonina, 
adrenalina e fatores do complemento entre outros. 
 
II) FASE PROLIFERATIVA OU REGENERATIVA 
 
Caracteriza-se pela formação do tecido de granulação. Nesta fase o colágeno é o principal 
componente do tecido conjuntivo reposto. 
 
III) FASE REPARATIVA OU DE MATURAÇÃO 
 
Durante esta última fase da cicatrização a densidade celular e avascularização da ferida diminuem, 
enquanto há maturação das fibras colágenasO alinhamento das fibras é reorganizado a fim de 
aumentar a resistência do tecido, reduzindo a deformidade. 
 
 
Fundamentação fisiológica 
A indução percutânea de colágeno (IPC) inicia-se com a perda da integridade da barreira cutânea, 
tendo como alvo a dissociação dos queratinócitos, que resulta na liberação de citocinas como a 
interleucina -1a, predominantemente, além da interleucina- 8, interleucina-6, , resultando em 
vasodilatação dérmica e migração de queratinócitos para restaurar o dano epidérmico. 
 
Três fases do processo de cicatrização, seguindo o trauma com as agulhas, podem ser bem delineadas, 
didaticamente: na primeira, a de injúria, ocorre liberação de plaquetas e neutrófilos responsáveis pela 
liberação de fatores de crescimento com ação sobre os queratinócitos e os fibroblastos, como os 
fatores de crescimento de transformação a e ß (TGF-a e TGF-ß), o fator de crescimento derivado das 
plaquetas (PDGF), a proteína III ativadora do tecido conjuntivo e o fator de crescimento do tecido 
conjuntivo .Na segunda fase, a de cicatrização, os neutrófilos são substituídos por monócitos, e 
ocorrem angiogênese, epitelização e proliferação de fibroblastos, seguidas da produção de colágeno 
tipo III, elastina, glicosaminoglicanos e proteoglicanos. Paralelamente, o fator de crescimento dos 
fibroblastos , o TGF- a e o TGF-ß são secretados pelos monócitos. Aproximadamente cinco dias depois 
da injúria a matriz de fibronectina está formada, possibilitando o depósito de colágeno logo abaixo da 
camada basal da epiderme . 
12 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
Os fatores de crescimento, são citocinas secretados por várias moléculas reguladoras do nosso 
organismo. Atuam como mediadores na maturação celular e como responsáveis pelos processos de 
reparação de danos teciduais. Têm uma ação importante de angiogênese, aumentando o processo 
microcirculatório local e ativando vários grupos celulares na integração e vitalidade dos tecidos. 
 
Na terceira fase ou de maturação, o colágeno tipo III que é predominante na fase inicial do processo 
de cicatrização e que vai sendo lentamente substituído pelo colágeno tipo I, mais duradouro, 
persistindo por prazo que varia de cinco a sete anos. A técnica tem como vantagem a preservação da 
epiderme, que foi apenas perfurada e não removida. A epiderme e especialmente o estrato córneo 
permanece “intactos”, exceto pelas perfurações minúsculas feitas pelas agulhas. A intensidade dessas 
reações é proporcional ao comprimento da agulha utilizada no procedimento. 
 
Recentemente, uma nova hipótese foi proposta para explicar os mecanismos de ação da TIC: quando a 
TIC é realizada com um aparelho altamente especializado, as microagulhas finas não criam uma ferida, 
no sentido clássico da palavra. O processo de cicatrização da ferida é abreviado, à medida que o corpo 
é, de alguma forma “enganado” para acreditar que uma lesão ocorreu. De acordo com essa nova 
teoria, a bioeletricidade (também chamada “corrente de demarcação”) desencadeia uma cascata de 
fatores de crescimento que estimula a cicatrização. 
 
13 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
 
 
 
Indicações e contraindicações 
Indicações 
 
.Estética facial - Rejuvenescimento - Clareamento- Hidratação- flacidez dérmica- Cicatrizes de 
acne (cicatrizes atróficas)- Permeação de ativos 
.Estética Corporal - Flacidez tissular- Estrias- FEG E adiposidade localizada (permeação de ativos) 
.Terapia capilar- Aumento do volume capilar- Alopécia- Nutrição da raiz- Tratamento do couro 
cabeludo 
 
Contraindicações 
 
➢ Quelóide 
➢ Rosácea 
➢ Doença vascular 
➢ Diabetes 
➢ Câncer de pele 
➢ Pele sensível 
➢ Acne ativa 
➢ Gestação 
➢ Uso do Roacutan inferior a 6 meses 
➢ Herpes ativa 
➢ Pele queimada de sol 
➢ Verrugas 
 
Técnica de aplicação (Associada a aula prática) 
.Anamnese . Avaliação .Escolha do roller adequado .Uso dos EPI´s .Assinatura do termo de 
consentimento .Higienização das mãos do terapeuta e do paciente a fim de evitar possíveis 
contaminações .Higienização no local e ao redor do local da aplicação, higienizante pode-se utilizar 
álcool 70% .Se necessário, aplicação do anestésico tópico(depende do limiar de sensibilidade do 
cliente e comprimento da agulha) .Aplicação da técnica:- Utilize o mínimo de pressão. Não mude o 
ângulo de deslizamento enquanto as agulhas estiverem na pele. 
 
direções: Horizontal, vertical, diagonal esquerda, diagonal direita /5 a 6x em cada local 
 
 
14 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
 
Possíveis associações cosméticas: fatores de crescimento, vitamina C, peptídeos, ácido hialurônico, 
argireline, aquaporine, arbutin... evitar veículos em creme, optar por veículos em gel, gel creme ou 
serum. 
 
Alguns cuidados: 
 
.Evite usar o produto sobre os lábios e região dos olhos (especialmente nas pálpebras) onde a pele é 
mais fina. 
.Em caso de irritação, inflamações, reações alérgicas e outros problemas, pare de usar o produto 
imediatamente. 
 
. Após o procedimento não pode-se usar nenhum tipo de calmantes, protetor solar, maquiagens. 
.Aguardar para usar o filtro solar.O ideal é utilizar o filtro solar 18 a 24 horas após o procedimento 
 
.Atenção especial ao passar o roller sobre regiões ósseas, colocar menos pressão. 
 
.Pode causar hiperpigmentação pós inflamatória. 
 
.É necessário termo de consentimento- •Explicando o procedimento •Advertindo sobre efeitos após 
aplicação 
Resultados-3 a 6 sessões em média (lembrando que cada cliente apresenta individualidade biológica 
e resposta peculiar ao tratamento) 
Intervalo entre as sessões: roller de até 0,3mm- 15 a 21 dias em média / roller acima de 0,5 mm- 21 a 
31 dias 
 
Vantagens da técnica: 
 
• Não causa remoção da epiderme- menor risco de fotodano 
• Rápida regeneração/baixo downtime 
• Bom custo benefício 
• Não é necessário afastamento das atividades laborais 
• Resultados efetivos com poucas sessões 
Desvantagens da técnica: 
 
• É procedimento técnico-dependente e exige treinamento 
• Exige tempo de recuperação caso a injúria seja profunda 
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Apostila- curso Microagulhamento 
• Cuidado com falsas expectativas 
• Produto de uso único 
 
 
O tratamento pode ser feito em homens e mulheres em várias regiões do corpo como rosto, colo, 
pescoço, mãos, braços, seios, glúteos, coxas, entre outros. O cliente deve utilizar cosméticos home 
care para otimização dos resultados. Dentre os cuidados home care, destacar a importância de utilizar 
e reaplicar o filtro solar, evitar exposição solar. 
 
“Realizar sempre anamnese , avaliação criteriosa e cuidados quanto à biossegurança. Trabalhar com 
amor, dedicação e ética leva a resultados satisfatórios!” Cristiane Rocha 
16 
 
Apostila- curso Microagulhamento 
 
 
 
 
1. HARRIS CARMARGO,Maria Inês Nogueira. Pele, Estrutura, propriedades e envelhecimento, 2º Ed. Editora 
SENAC, São Paulo, 2003 
 
2. GIRRO, GUIRRO. Fisioterapia Dermato-Funcional, 3º ed., São Paulo: Manole, 2002 
 
3. KEDE, SABATOVICH. Dermatologia Estética, São Paulo: Editora Atheneu, 2004 
 
4. Fernandes D. Minimally invasive percutaneous collagen Induction. Oral Maxillofac Surg Clin NorthAm 
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10. blog.carreirabeauty.com/microagulhamento-e-a-estimulacao-de-colageno/ acesso em 09/05/15 
 
11. GOMES, Rosaline Kelly; GABRIEL, Marlene. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. São Paulo: 
Livraria Médica Paulista, 2009. 
 
12. Manual Derma Erase-VR Medical

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