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MERCADO 
DE CAPITAIS
Mercado financeiroUNIDADE 3
MERCADO 
DE CAPITAIS
Mercado financeiroUNIDADE 3
3
Mercado de capitais
UNIDADE 3 Mercado financeiro
Objetivo de aprendizagem:
Identificar que o mercado financeiro é o responsável pelo apoio à produção 
de bens ou serviços, pertencendo ao mercado dos fatores de produção.
Tópicos de estudo:
• Sistema Financeiro Nacional (SFN);
• Mercado de capitais;
• Autoridades monetárias.
Iniciando os estudos:
Pensar numa carteira de investimentos pode parecer bastante simples, 
mas você já imaginou quem pode garantir a segurança 
do seu dinheiro? Ou em como opera o mercado financeiro 
e quais são as partes envolvidas nas negociações que ocorrem 
nesse ambiente?
Nesta unidade, você vai conhecer a composição do Sistema Financeiro 
Nacional e a diferença entre as instituições que operam nesse 
segmento. Vai compreender, também, como o Mercado de capitais 
movimenta recursos de excedentes financeiros de pessoas físicas, 
empresas e outras unidades econômicas para promover financiamentos 
voltados à produção, comercialização e investimento das empresas e ao 
consumo das pessoas. Por fim, vai conhecer a estrutura e a hierarquia 
das principais autoridades monetárias do país.
Bons estudos! 
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
4
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)
O mercado financeiro é um ambiente de compra e venda de valores mobiliários (ações, opções, 
títulos etc.), câmbio (moedas estrangeiras) e mercadorias (ouro, produtos agrícolas etc.). Nessas 
negociações, estão envolvidas diversas instituições, que facilitam o encontro entre agentes, bem 
como regulam e fiscalizam as transações.
O investidor é aquele que dispõe de dinheiro sobrando e deseja multiplicá-lo no mercado finan-
ceiro. Os caminhos para isso são diversos, mas partem da mesma premissa: o dinheiro é destinado 
a uma aplicação que oferece valorização de acordo com diretrizes acordadas entre as partes.
Mas, se por um lado há os investidores, o que há na outra ponta do mercado financeiro? Os tomadores 
de recursos. Eles são as empresas, instituições ou pessoas que querem captar dinheiro para diversos 
fins, como pagamento de dívidas, financiamento de máquinas e equipamentos, entre outros.
Sem perceber, ao receber nosso salário por meio de uma conta bancária, estamos operando 
no mercado financeiro. Com a conta aberta em um banco comercial, surgem diversas ofertas 
de produtos bancários, para as mais diversas oportunidades de investimentos, seguros, cartões 
de crédito, títulos de capitalização, entre outros. Se do salário recebido conseguirmos poupar, 
então faremos parte do grupo dos investidores, mas, se não soubermos adequar nossa renda 
com nossos gastos, ou seja, se gastarmos mais do que recebemos, então estaremos no grupo dos 
tomadores de recursos.
O mercado financeiro cumpre esse papel, de promover o encontro entre investidores e tomadores 
de recursos financeiros. E não importa qual o tipo de investimento você deseja efetuar, ou para qual 
finalidade você demanda recursos financeiros; o Sistema Financeiro Nacional (SNF) está organi-
zado para atender às mais diversas solicitações do mercado, entre elas: negociação de ações, hipo-
tecas, câmbio, seguros, financiamentos e muitos outros, específicos para cada mercado.
Assim, o mercado financeiro permite o devido fluxo da Economia. Você consegue imaginar que, 
ao colocar seu dinheiro em uma instituição financeira, em qualquer tipo de investimento, o banco 
irá movimentar seus recursos? O mercado financeiro, representado por instituições financeiras, 
cumpre o papel de intermediário entre os investidores e quem está demandando recursos, para 
projetos, financiamentos e pagamentos de dívidas.
O SFN possui toda uma estrutura, regras e leis que garantem essas transações financeiras entre 
os agentes econômicos. As empresas precisam se relacionar com instituições que operam finan-
ciamentos e investimentos, bem como prestam diversos serviços contemplados dentro da estru-
tura do SFN. Do ponto de vista delas, a movimentação nesse sistema está também cada vez mais 
expressiva.
Segundo Lemes Junior, Rigo e Cherobim (2005), a busca de melhores alternativas na captação de 
recursos, como a vantagem competitiva, tem crescido junto às empresas por três fatores:
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
5
• Globalização, que provocou mudanças nos mercados locais e internacionais;
• Modificações do sistema financeiro internacional, com a facilidade 
de transferências de recursos entre países;
• Surgimento de novos e sofisticados instrumentos financeiros aliados 
à expansão das telecomunicações, internet e informática.
A principal finalidade do SFN é a formulação de políticas de moeda e de crédito, com objetivo de 
atender aos interesses econômicos e sociais do país. Ele pode ser subdivido em entidades norma-
tivas, supervisoras e operadoras.
As entidades normativas são responsáveis pela definição das políticas e diretrizes gerais do sistema 
financeiro, sem função executiva. Em geral, são entidades colegiadas, com atribuições específicas 
e utilizam-se de estruturas técnicas de apoio para a tomada das decisões. Atualmente, no Brasil, 
funcionam como entidades normativas o Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional 
de Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
As entidades supervisoras, por outro lado, assumem diversas funções executivas, como a fiscali-
zação das instituições sob sua responsabilidade, assim como funções normativas, com o intuito de 
regulamentar as decisões tomadas pelas entidades normativas ou atribuições outorgadas a elas 
diretamente pela Lei. O Banco Central do Brasil (BCB), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Supe-
rintendência de Seguros Privados (Susep) e Superintendência Nacional de Previdência Comple-
mentar (Previc) são as entidades supervisoras do nosso sistema financeiro. No tópico 3, você verá 
com mais detalhes todas as entidades normativas e supervisoras.
E as entidades operadoras são todas as demais instituições financeiras, que podem ser monetárias, 
oficiais ou responsáveis, entre outras atribuições, pelas intermediações de recursos ou prestação de 
serviços. Elas constituem o mercado financeiro.
Veja como é classificado o mercado financeiro.
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
6
 
Infográfico 1 - Segmentação do mercado financeiro.
Fonte: elaborado pelo autor.
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
7
Veja mais detalhes de cada segmentação:
• Mercado de capitais
Tem a missão de mobilizar recursos da poupança financeira de pessoas físicas, 
empresas e outras unidades econômicas, que têm excedentes financeiros, e promover 
sua alocação para financiar a produção, comercialização e investimento das empresas 
e consumo das famílias. No tópico 2, você estudará mais detalhes desse mercado.
APROFUNDE-SE
Em 2008, o mundo foi surpreendido por uma grande crise com o “estouro” 
da bolha imobiliária, por causa dos empréstimos de alto risco vinculados a imóveis. 
Isso, inclusive, levou à falência o quarto maior banco dos Estados Unidos, 
o Lehman Brothers, que tinha 158 anos de existência.
Você investiria seu dinheiro em papéis de alto risco? 
Mesmo se a instituição financeira argumentar que eles 
são comercializados há mais de 200 anos? 
Assista ao filme e reflita sobre essas questões.
Título: Margin Call – O Dia Antes do Fim 
Ano: 2011. 
Sinopse: O filme é perfeito para quem quer entender 
como funcionou a Economia americana horas antes 
do colapso de 2008. Nitidamente baseado 
no Lehman Brothers, narra o dia anterior à quebra 
de um dos maiores bancos de investimentos 
estadunidenses (IHU, 2012). 
• Mercado de câmbio
Compreende a compra e venda de moeda estrangeira, bem como operações em 
moeda nacional entre residentes ou com sede no país e residentes ou com sede no 
exterior.
No Brasil, também inclui as operações relativas aos recebimentos, pagamentos 
e transferênciasdo e para o exterior mediante a utilização de cartões de uso 
internacional, além das operações referentes às transferências financeiras postais 
internacionais, inclusive vales-postais e reembolsos postais internacionais.
• Mercado monetário
Tem como objetivo garantir a liquidez da Economia. O BCB atua nesse mercado 
praticando a chamada política monetária, com o objetivo de cumprir a meta de 
inflação (controle da inflação).
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
8
• Mercado de crédito
Prestam serviços de intermediação de recursos a curto, médio e longo prazo 
aos indivíduos e empresas, os quais necessitam desses recursos para o consumo 
e capital de giro.
Conheça cada um deles:
◊ Banco comercial
Instituição financeira privada ou pública que tem como objetivo principal 
proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e 
médio prazo, o comércio, indústria, empresas prestadoras de serviços, pessoas 
físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente 
movimentáveis, é uma atividade típica do banco comercial, o qual pode 
também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de 
Sociedade Anônima e na sua denominação social deve constar a expressão 
"Banco" (Resolução CMN 2.099/1994).
◊ Banco múltiplo
Instituição financeira privada ou pública que realiza operações ativas, 
passivas e acessórias de outras diversas instituições financeiras, por intermédio 
das carteiras: comercial; de investimento e/ou de desenvolvimento; de crédito 
imobiliário; de arrendamento mercantil; e de crédito, financiamento 
e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais 
e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes 
às suas carteiras.
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo 
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e organizado sob a 
forma de Sociedade Anônima. Já as instituições com carteira comercial podem 
captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão 
"Banco" (Resolução CMN 2.099/1994).
◊ Caixa Econômica 
A Caixa Econômica Federal, criada em 1861, está regulada pelo Decreto-lei nº 
759/1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se 
de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos 
à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços.
Uma característica distintiva é que ela prioriza a concessão de empréstimos 
e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, 
educação, trabalho, transportes urbanos e esporte.
Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo 
duráveis, e emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos. 
Também tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob 
consignação, bem como o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal.
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
9
Centraliza o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos 
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). E integra o Sistema 
Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da 
Habitação (SFH).
◊ Banco de desenvolvimento
Instituição financeira controlada pelos governos estaduais. Tem como objetivo 
proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao 
financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visam a 
promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado.
As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão 
ou endosso de cédulas hipotecárias e emissão de cédulas pignoratícias de 
debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas 
são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado.
Deve ser constituído sob a forma de Sociedade Anônima, com sede na 
capital do Estado que detiver seu controle acionário, e adotar, obrigatória 
e privativamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de 
Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede 
(Resolução CMN 394/1976).
◊ Banco de investimento
Instituição financeira privada, especializada em operações de participação 
societária de caráter temporário; de financiamento da atividade produtiva 
para suprimento de capital fixo e de giro; e de administração de recursos de 
terceiros. Deve ser constituído sob a forma de Sociedade Anônima e adotar, 
obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de 
Investimento".
Não possui contas correntes e capta recursos via depósitos a prazo, bem 
como repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos 
de investimento por ele administrados. As principais operações ativas são 
financiamento de capital de giro e fixo, subscrição ou aquisição de títulos e 
valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos 
externos (Resolução CMN 2.624/1999).
◊ Outras instituições
No mercado financeiro, você ainda encontra outras instituições de crédito 
que promovem a intermediação entre poupadores e tomadores de recursos 
financeiros, como:
 » Cooperativa de crédito
Instituição financeira formada pela associação de pessoas para prestar 
serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Os cooperados 
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
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são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, participando de 
sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços.
Na cooperativa de crédito, os associados encontram os principais serviços 
disponíveis nos bancos, como conta corrente, aplicações financeiras, 
cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Elas são autorizadas 
e supervisionadas pelo BCB, ao contrário dos outros ramos 
do cooperativismo, tais como transporte, educação e agropecuária.
O resultado positivo da cooperativa é conhecido como sobra e é repartido 
entre os cooperados em proporção com as operações que cada associado 
realiza com ela. Assim, os ganhos voltam para a comunidade dos 
cooperados.
No entanto, assim como partilha das sobras, o cooperado está sujeito a 
participar do rateio de eventuais perdas, em ambos os casos na proporção 
dos serviços usufruídos.
 » Agência de fomento
Tem como objetivo principal financiar o capital fixo e de giro para 
empreendimentos previstos em programas de desenvolvimento, 
na unidade da Federação onde estiver sediada. Entre os potenciais 
beneficiários do financiamento (operações ativas), estão projetos de 
infraestrutura, profissionais liberais e micro e pequenas empresas.
 » Companhia Hipotecária (CH)
Instituição financeira que tem como objetivo a concessão de 
financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais, empréstimos 
garantidos por hipotecas ou alienação fiduciária de imóveis e repasses 
de recursos relacionados a programas imobiliários, além da administração 
de fundos de investimento imobiliário.
Foi criada pela Resolução 2.122/1994, para fomentar o financiamento 
imobiliário além dos limites do SFH. Com a publicação da Lei nº 
11.977/2009, que instituiu o “Programa Minha Casa, Minha Vida”, passou 
a fazer parte do SFH. É autorizada e supervisionada pelo BCB e regulada 
não só por essa autarquia, como também pelo CMN. Deve ser constituída 
sob a forma de Sociedade Anônima e a expressão “Companhia 
Hipotecária” deve constar em sua denominação social.
Ela não recebe depósitos de poupança; seus recursos provêm de letras 
hipotecárias, debêntures, empréstimos, financiamentos no país e no 
exterior e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
 » Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI)
Conhecida como financeira, é uma instituição privada que fornece 
empréstimo e financiamento para aquisição de bens, serviços e capital 
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
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de giro. Quando não é ligada a bancos, faz parte de conglomerados 
econômicos e opera como braço financeiro de grupos comerciais ou 
industriais,principalmente nos empréstimos e financiamentos com 
características específicas (risco mais elevado, financiamento de veículos 
usados e convênios com estabelecimentos comerciais). É o caso, por 
exemplo, de algumas lojas de departamento e montadoras de veículos, 
que possuem suas próprias financeiras, concentrando suas operações 
no financiamento de seus próprios produtos.
É supervisionada pelo BCB e deve ser constituída sob a forma de 
Sociedade Anônima, em cuja denominação social deve constar a 
expressão "Crédito, Financiamento e Investimento".
 » Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI)
Instituição financeira especializada no financiamento habitacional, 
integrante do SFH. Ela foca no financiamento para construção de 
habitações, na abertura de crédito para compra ou construção de casa 
própria e no financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, 
produtoras e distribuidoras de material de construção. Atualmente, em 
decorrência da sua condição de repassadora, essas instituições têm 
atuado de forma mais limitada, voltando-se a operações específicas, 
como o “Minha Casa, Minha Vida”, e agora o “Casa Verde e Amarela” 
(programas habitacionais que cada governo define em sua gestão).
É constituída na forma de Sociedade Anônima, supervisionada 
pelo BCB e deve constar em sua denominação social a expressão 
“Crédito Imobiliário”.
 » Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa 
de Pequeno Porte (SCMEPP)
Instituição criada para ampliar o acesso ao crédito por parte dos 
microempreendedores (pessoas naturais) e empresas de pequeno 
porte (pessoas jurídicas). Essa instituição é impedida de captar, sob 
qualquer forma, recursos do público, bem como emitir títulos e valores 
mobiliários destinados à colocação e oferta públicas.
É supervisionada pelo BCB e deve ser instituída sob a forma de 
Companhia Fechada ou de Sociedade Limitada, devendo constar a 
expressão "Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa 
de Pequeno Porte" na denominação social.
 » Associação de Poupança e Empréstimo (APE)
Instituição criada para facilitar aos associados a aquisição da casa própria 
e captar, incentivar e disseminar a poupança. Os depositantes se tornam 
associados da instituição e podem participar de duas formas básicas: ao 
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
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adquirir financiamento imobiliário ou depositar seu dinheiro 
para formar poupança.
A APE compõe o SBPE e o SFH, bem como atua sob a forma de Sociedade 
Civil, sendo supervisionada pelo BCB. O Decreto-lei nº 70/1966 estabeleceu 
a atuação regional das APE; ao longo do tempo, as instituições desse tipo 
foram perdendo a representatividade no Sistema Financeiro, restando 
apenas a Poupex, única APE em pleno funcionamento, criada com o 
amparo da Lei nº 6.855/1980.
Suas operações ativas são direcionadas ao mercado imobiliário, inclusive 
ao SFH. Já as operações passivas, além dos depósitos de poupança, 
são constituídas de: letras hipotecárias; repasses e refinanciamentos 
contraídos no país; empréstimos e financiamentos contraídos no exterior; 
LCI, letra financeira e depósitos interfinanceiros.
 » Sociedade de capitalização
Entidade constituída sob a forma de Sociedade Anônima. Negocia 
contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito 
periódico de prestações pecuniárias pelo contratante. Ele terá, depois 
de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos 
valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida 
contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de 
concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.
 » Sociedade seguradora
Entidade constituída sob a forma de Sociedade Anônima, especializada 
em pactuar contrato, por meio do qual assume a obrigação de pagar 
ao contratante (segurado) uma indenização.
 » Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC)
Operadora com objetivo de administrar planos de benefícios de natureza 
previdenciária, patrocinados e/ou instituídos.
É constituída na forma de Sociedade Civil ou como fundação e sem fins 
lucrativos. E foi estruturada na forma do art. 35, da Lei Complementar 
nº 109/2001.
 » Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 
Fundado em 1952, é um dos maiores bancos de desenvolvimento do 
mundo e, hoje, o principal instrumento do governo federal para o 
financiamento a longo prazo e o investimento em todos os segmentos 
da Economia brasileira, bem como a subscrição de valores mobiliários, 
prestação de garantia e concessão de recursos não reembolsáveis a 
projetos de caráter social, cultural e tecnológico.
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
13
Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas 
físicas, na realização de seus planos de modernização, de expansão e na 
concretização de novos negócios, tendo sempre em vista o potencial de 
geração de empregos, renda e de inclusão social para o país.
Ele atua por meio de produtos, programas e fundos, conforme a 
modalidade e a característica das operações. Por ser uma empresa 
pública e não um banco comercial, o BNDES avalia a concessão do apoio 
com foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil, pois tem 
como prioridade incentivar a inovação, desenvolvimento regional 
e desenvolvimento socioambiental.
 » Instituição não financeira
Sociedade de fomento mercantil, o qual é uma atividade comercial 
caracterizada pela aquisição de direitos creditórios, por um valor à vista 
e mediante taxas de juros e de serviços, de contas a receber a prazo. 
Ela possibilita liquidez financeira imediata para micro e pequenas 
empresas, bem como não deve ser confundida com a operação praticada 
pelos bancos. Empresas de factoring, agências de fomento mercantil e 
companhias hipotecárias são exemplos de instituição não financeira.
Figura 1 - A complexidade do mercado financeiro.
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
14
2 MERCADO DE CAPITAIS
É um sistema composto por regras, normas e leis, no qual são negociados documentos que repre-
sentam investimentos em dinheiro (e podem ser avaliados monetariamente). Também fornece 
recursos para financiar projetos ou desenvolver empresas tomadoras desses recursos.
Ele é regulado pela CVM, a qual define os participantes desse mercado: bancos de investimentos, 
corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, agentes autônomos de investimento e 
administradores de carteiras de investimentos. Há também outros, como os analistas de mercado 
dos valores mobiliários (analisam dados e os transformam em informações de mercado), as 
empresas de auditoria (emitem parecer e aumentam a confiabilidade das informações empre-
sariais) e as consultorias especializadas. Além dos investidores, como pessoas físicas ou jurídicas, 
nacionais ou estrangeiras, que possuem a poupança (sobra financeira) e demandam títulos e 
valores mobiliários com a intenção de ganhos futuros.
O investidor não possui influência sobre a direção dos recursos captados (inclusive, por isso é 
um capital de risco), mas tem noção dos mais diversos tipos de riscos nas atividades econômicas 
do mercado e tenta, por meio de análises técnicas e gráficas, efetuar as melhores escolhas para 
obter maiores ganhos e minimizar os possíveis riscos.
Também fazem parte do Mercado de capitais as Bolsas de valores (locais em que se comercia-
lizam títulos e valores mobiliários), as depositárias (centrais onde se realiza a custódia dos títulos) 
e as consultorias (que assessoram o mercado).
APROFUNDE-SE
Como ter sucesso no Mercado de capitais? Será que é somente seguir as ações que 
estão em alta? Observar o histórico das ações ao longo do tempo? Ou será que para 
ganhar dinheiro é necessário apostar numa empresa estreante no mercado de ações? 
Assista ao filme e reflita sobre sua visão de mundo a respeito do Mercado de capitais.
Título: Wall Street – Poder e Cobiça 
Ano: 1987. 
Sinopse: Na Nova Iorque de 1985, Bud Fox é um jovem e ambicioso corretor que 
trabalhano mercado de ações. Após várias tentativas, ele consegue falar com 
um inescrupuloso bilionário, Gordon Gekko. Durante 
a conversa, Bud sente que precisa dar alguma dica 
“muito quente” para ter a atenção de Gekko, então, 
conta que a Bluestar, a companhia aérea para a qual 
o seu pai, um líder sindical, trabalha, ganhou um 
importante processo. Essa informação ainda não havia 
sido divulgada oficialmente, mas, quando liberada, 
as ações teriam uma significativa alta. Assim, Gekko 
adota Bud como discípulo e este abandona qualquer 
escrúpulo, ética e meios lícitos, pois só quer enriquecer 
(ADOROCINEMA, 2021a).
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
15
O Mercado de capitais consegue ajudar a viabilizar recursos para as empresas, muito além do 
Mercado de crédito. Sua estrutura é dividida em:
MERCADO PRIMÁRIO
Onde ocorrem as negociações das empresas de capital aberto Sociedade Anônima, ou seja, a 
venda (subscrição) de novas ações aos investidores interessados.
MERCADO SECUNDÁRIO
Onde ocorrem as compras e vendas de títulos (ações) que os investidores adquiriram no mercado 
primário e desejam vender agora para outros.
Para facilitar, entenda que, num primeiro momento, a empresa emite títulos e os coloca à venda 
no mercado primário. Os investidores os adquirem e os mantêm pelo tempo desejado; quando 
optarem por vendê-los, terão que recorrer ao mercado secundário. Assim, o Mercado de capitais 
oferece operações que envolvem a emissão e subscrição de ações, o mercado primário fornece 
liquidez à empresa emitente e o secundário fornece liquidez ao investidor.
Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F)
Associação privada civil, que possui autonomia financeira, patrimonial e administrativa e é fisca-
lizada pela CVM. Tem como objetivo efetuar o registro, compensação e liquidação, física e finan-
ceira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. Para tanto, deve desenvolver, 
organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos 
agentes econômicos a oportunidade de efetuar operações de hedge (proteção) contra as flutua-
ções de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como 
de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro 
possa influenciar negativamente suas atividades.
Bolsa de valores
É uma companhia que administra mercados organizados de títulos, valores mobiliários e 
contratos, além de prestar serviços de registro, compensação e liquidação, atuando, principal-
mente, como contraparte central garantidora da liquidação financeira das operações realizadas 
em seus ambientes. Ela oferece ampla gama de produtos e serviços, como: negociação de ações, 
títulos de renda fixa, câmbio pronto e contratos derivativos referenciados em ações, ativos finan-
ceiros, índices, taxas, mercadorias, moedas, entre outros; listagem de empresas e outros emis-
sores de valores mobiliários; depositária de ativos; empréstimo de títulos; e licença de softwares.
B3
A junção da BM&F, Bovespa (antiga Bolsa de valores de São Paulo) e Central de Custódia e Liqui-
dação Financeira de Títulos (Cetip) deu origem, em maio de 2017, a uma nova empresa cujo nome 
foi definido como B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), sendo mundialmente conhecida como a atual Bolsa 
de valores de São Paulo. Com isso, a B3 passou a ser a quinta maior operadora de Bolsas do 
mundo em valor de mercado.
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
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ASSISTA
Acesse na plataforma o vídeo: A sedução do Mercado de capitais.
3 AUTORIDADES MONETÁRIAS
Têm como principal objetivo controlar a quantidade de dinheiro em circulação na Economia, 
utilizando instrumentos de política monetária para controle e meta de inflação. Veja quais são as 
autoridades monetárias no Brasil:
• Conselho Monetário Nacional (CMN)
Órgão superior do SFN, criado pela Lei nº 4.595/1964 e efetivamente instituído 
em 1965. Tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito, 
objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico 
e social do país.
O CMN sofreu algumas alterações em sua composição ao longo dos anos. 
A atual é:
◊ Ministro da Economia (presidente do Conselho);
◊ Presidente do Banco Central;
◊ Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia.
Os seus membros se reúnem uma vez por mês para deliberarem sobre 
assuntos relacionados às competências do CMN (em casos extraordinários, 
pode acontecer mais de uma reunião por mês). As matérias aprovadas são 
regulamentadas por meio de Resoluções, as quais são de caráter público 
e sempre divulgadas no Diário Oficial da União e na página de normativos 
do BCB.
• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
Órgão normativo das atividades de seguros no Brasil, vinculado ao Ministério 
da Fazenda. Foi criado pelo Decreto-lei nº 73/1966, e a sua principal atribuição 
é fixar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos 
de seguros privados e capitalização.
• Banco Central do Brasil (BCB)
O Banco Central do Brasil teve um longo processo de maturação até a 
sua criação. A necessidade de se encontrar uma instituição financeira que 
organizasse o sistema monetário do País pode ser observada desde 1694, com 
a criação da Casa da Moeda. Em 1808, quando o príncipe regente de Portugal, 
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
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D. João, desembarcou no Brasil colônia, já existia a ideia de se criar um 
banqueiro do Estado, com funções de Banco Central e comercial e poderes 
de emitir papel-moeda exclusivos.
A criação do Banco do Brasil buscou suprir essa necessidade. Ele foi 
organizado com funções de Banco Central misto, em que exercia o papel 
de banco de depósitos, desconto e emissão. Além disso, era encarregado da 
venda de produtos privativos da administração e contratos reais. Essa dupla 
função é colocada como um dos fatores que explica a longa demora até a 
criação de um Banco Central propriamente dito no Brasil.
Era necessário possuir um sistema capaz de acompanhar as evoluções 
econômicas que se observavam no mundo. Entretanto, ainda não existia 
nenhuma organização institucional para o controle da oferta de moeda, 
sendo todas as funções de autoridade monetária exercidas pelo Banco do 
Brasil. Então, em 1945, o governo do presidente Getúlio Vargas criou, por meio 
do Decreto nº 7.293, a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), 
que recebeu as funções imediatas de exercer o controle sobre o conturbado 
mercado financeiro e de combater a inflação que ameaçava o país, bem 
como preparar o cenário para a criação de um Banco Central.
A Sumoc tinha a responsabilidade de fixar os percentuais de reservas 
obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas do redesconto e da assistência 
financeira de liquidez, bem como os juros sobre depósitos bancários. Além 
disso, supervisionava a atuação dos bancos comerciais, orientava a política 
cambial e representava o País junto a organismos internacionais.
O Banco do Brasil desempenhava as funções de banco do governo, mediante 
o controle das operações de comércio exterior; o recebimento dos depósitos 
compulsórios e voluntários dos bancos comerciais; e a execução de operações 
de câmbio em nome de empresas públicas e do Tesouro Nacional (órgão 
emissor de papel-moeda), de acordo com as normas estabelecidas pela 
Sumoc e pelo Banco de Crédito Agrícola, Comercial e Industrial.
Finalmente, em 1964, a Lei nº 4.595 criou o Banco Central do Brasil, uma 
autarquia federal integrante do SFN e que iniciou suas atividades em 1965. 
Sua sede fica na capital, Brasília, e tem representações nas capitais dos 
estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, 
Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
O BCB é o principal executor das orientações do CMN e responsável por 
garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela 
adequada liquidez da Economia; manter as reservas internacionais em nível 
adequado;estimular a formação de poupança; e promover o permanente 
aperfeiçoamento do sistema financeiro.
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
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Figura 2 - Emissão de papel moeda, uma das atribuições do Banco Central do Brasil. 
Dentre suas atribuições, estão:
◊ Emitir papel-moeda e moeda metálica;
◊ Executar os serviços do meio circulante;
◊ Receber recolhimentos compulsórios e voluntários 
das instituições financeiras e bancárias;
◊ Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
◊ Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;
◊ Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;
◊ Exercer o controle de crédito;
◊ Exercer a fiscalização das instituições financeiras;
◊ Autorizar o funcionamento das instituições financeiras;
◊ Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer 
cargos de direção nas instituições financeiras;
◊ Vigiar a interferência de outras empresas no mercado financeiro 
e Mercado de capitais;
◊ Controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
É uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério 
da Economia, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada 
de autoridade administrativa independente; ausência de subordinação 
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hierárquica; mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes; e autonomia 
financeira e orçamentária. Foi criada em 1976 pela Lei nº 6.385/1976, com 
o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado 
de valores mobiliários no Brasil.
APROFUNDE-SE
Por que o Mercado de capitais, ou seja, a compra e a venda de ações sugere a muitas 
pessoas a possibilidade de enriquecimento rápido? É praticável enriquecer a curto 
prazo? O Mercado de capitais é o melhor caminho? Tem como identificar situações 
ilícitas nesse mercado? A CVM fiscaliza de forma eficaz esse mercado? É possível 
encontrar, em empresas listadas na B3, uma que tenha tendência de supervalorização 
a longo prazo? O filme proposto tem como objetivo despertar seu interesse na busca 
por responder a essas perguntas.
Título: Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme 
Ano: 2010. 
Sinopse: Continuação do clássico Wall Street – Poder 
e Cobiça, o filme acompanha Gekko, impossibilitado 
de operar no mercado financeiro, dedicando seu tempo 
a realizar palestras e a escrever um livro em que critica 
o comportamento de risco dos mercados. Um dia, 
após uma das palestras, ele é abordado por Jacob Moore, 
um operador idealista do mercado de Wall Street. 
Ele vive com a filha de Gekko, que não fala mais com 
o pai, e usa essa proximidade para pedir conselhos sobre 
como agir com um grande investidor. Gekko decide 
ajudá-lo, pedindo em troca que Jacob o ajude a se 
reaproximar da filha (ADOROCINEMA, 2021b).
• Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC)
Órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social 
cuja competência é regular o regime operado pelas entidades fechadas 
de previdência complementar (fundos de pensão). Trata de planos de 
aposentadoria, poupança ou pensão para funcionários de empresas, 
servidores públicos e integrantes de associações ou entidades de classe.
• Superintendência de Seguros Privados (Susep)
Órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, 
previdência privada aberta, capitalização e resseguro. É uma autarquia 
vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pelo Decreto-lei nº 73/1966.
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
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Suas principais atribuições são:
◊ Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das 
sociedades seguradoras, capitalização, entidades de previdência privada aberta 
e resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;
◊ Proteger a captação de poupança popular, que se efetua por meio das 
operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
◊ Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados;
◊ Promover o aperfeiçoamento das instituições e instrumentos operacionais 
vinculados a Susep, com vistas a uma maior eficiência do Sistema Nacional 
de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
◊ Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua 
expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;
◊ Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
◊ Disciplinar e acompanhar os investimentos das entidades, em especial os 
efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
◊ Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades 
que forem delegadas por ele;
◊ Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
• Instituto de Resseguros do Brasil (IRB)
Primeira resseguradora do Brasil, foi criada em 1939 pelo Presidente Getúlio 
Vargas. Atualmente, é uma Sociedade Anônima de economia mista, que 
exerce suas atribuições de acordo com as diretrizes gerais emanadas do CNSP 
e da Susep, sendo a maior resseguradora da América Latina; e a tendência 
é continuar crescendo, pois atua tanto no Brasil como no exterior.
Tem como função impulsionar o mercado segurador, dando suporte para 
segurar riscos que as seguradoras não conseguem liquidar. Assim, o IRB 
faz um “seguro do seguro”, ou seja, quando uma seguradora assume um 
risco muito maior do que ela pode suportar, ela transfere o excesso de 
responsabilidade, o qual ultrapassa o seu limite indenizatório, para uma 
resseguradora. Além disso, pratica a retrocessão, que é a transferência de 
risco entre resseguradoras.
• Secretaria de Previdência Complementar (SPC)
Autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e 
financeira, bem como patrimônio próprio. É vinculada ao Ministério da 
Fazenda, com sede e foro no Distrito Federal, e atua em todo o território 
nacional como entidade fiscalizadora e supervisora de atividades das EFPC 
Mercado de capitais | Unidade 3 - Mercado financeiro 
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e executora das políticas para o regime de previdência complementar 
operado por essas entidades.
REFLITA
Na Economia, há uma relação de troca entre os agentes econômicos, por exemplo, 
a venda da força de trabalho em troca de salário. E, no dia a dia, deparamo-nos 
com grande parte da sociedade em busca de mudar sua realidade financeira, ou 
seja, enriquecer.
Os filmes americanos nos convenceram, de forma romântica, da possibilidade 
de operar no mercado financeiro e ficar rico em um curto espaço de tempo. Mas, 
para investir no Mercado de capitais, é necessário ter algum dinheiro, o que nos 
faz perceber que o estágio anterior a isso é a disciplina de poupar boa parte de 
qualquer recurso monetário que chegar em nossas mãos.
O site da InfoMoney nos traz este questionamento: por que algumas pessoas 
enriquecem e outras não? Então leia sobre: https://www.infomoney.com.br/
minhas-financas/por-que-algumas-pessoas-enriquecem-e-outras-nao-
segundo-thiago-nigro/
E agora reflita: na sua opinião, para investir no mercado financeiro, é necessária 
uma “paixão” pelo mundo das finanças? O Mercado de capitais requer mais 
disciplina que outros tipos de investimento? A estrutura do sistema financeiro 
nacional é preparada de forma a garantir segurança para quem quer investir? 
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/por-que-algumas-pessoas-enriquecem-e-outras-nao-segundo-thiago-nigro/ 
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/por-que-algumas-pessoas-enriquecem-e-outras-nao-segundo-thiago-nigro/ 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todo indivíduo que, ao longo de sua formação acadêmica, conseguir assimilar 
e colocar em prática os principais conceitos de educação financeira, ao ingressar 
no mercado de trabalho, tem como disciplinasempre gastar menos que sua renda e, 
assim, poupar parte do seu salário.
O ingresso no mundo do trabalho também dá início a uma relação com o mercado 
financeiro, pois você passa a receber seu salário por meio do crédito em conta corrente, 
e se depara com uma grande oferta de produtos e serviços bancários para investir 
seu dinheiro.
Conhecer a dinâmica desse mercado é extremamente importante a fim de conseguir 
bons resultados. Nesta unidade, você aprendeu sobre a estrutura do SFN e como atuam 
as entidades normativas, supervisoras e operadoras. Compreendeu que o mercado 
financeiro é composto pelos Mercados monetário, de câmbio, de capitais e de crédito. 
E também percebeu a importância das autoridades monetárias do país. 
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GLOSSÁRIO
Hedge: transação compensatória que visa a proteger um operador financeiro 
contra prejuízos na oscilação de preços; proteção cambial. 
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REFERÊNCIAS
ADOROCINEMA. Wall Street – Poder e Cobiça. Disponível em: 
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-3175/ Acesso em: 29 maio 2021a.
ADOROCINEMA. Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme. Disponível em: 
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-128600/ Acesso em: 29 maio 2021b.
B3. B3. Disponível em: http://www.b3.com.br/pt_br/ Acesso em: 29 maio 2021.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Banco Central do Brasil. Disponível em: 
https://www.bcb.gov.br/#!/home Acesso em: 29 maio 2021.
IHU. O desespero para resolver o descontrole no “Dia Antes do Fim”, 10 abr. 2012. 
Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/508331-odesesperopararesolverodescon
trolenodiaantesdofim Acesso em: 29 maio 2021.
INFOMONEY. Por que algumas pessoas enriquecem e outras não, 
segundo Thiago Nigro, 9 abr. 2020. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/
minhas-financas/por-que-algumas-pessoas-enriquecem-e-outras-nao-segundo-thiago-
nigro/ Acesso em: 29 maio 2021.
IRB BRASIL RE. IRB Brasil RE. Disponível em: https://www.irbre.com/ 
Acesso em: 29 maio 2021.
LEMES JÚNIOR, Antônio B.; RIGO, Claúdio M.; CHEROBIM, Ana P. M. S. Administração 
financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Comissão de Valores Mobiliários. Disponível em: 
https://www.gov.br/cvm/pt-br Acesso em: 29 maio 2021.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Secretaria Especial de Fazenda. Disponível em: 
https://www.gov.br/fazenda/pt-br Acesso em: 29 maio 2021.
SUSEP. Susep. Disponível em: http://novosite.susep.gov.br/ Acesso em: 29 maio 2021. 
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-3175/
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http://www.b3.com.br/pt_br/
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http://www.ihu.unisinos.br/noticias/508331-odesesperopararesolverodescontrolenodiaantesdofim
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/508331-odesesperopararesolverodescontrolenodiaantesdofim
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/por-que-algumas-pessoas-enriquecem-e-outras-nao-segundo
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/por-que-algumas-pessoas-enriquecem-e-outras-nao-segundo
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/por-que-algumas-pessoas-enriquecem-e-outras-nao-segundo
https://www.irbre.com/
https://www.gov.br/cvm/pt-br
https://www.gov.br/fazenda/pt-br
http://novosite.susep.gov.br/

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