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amplo corresponde aos órgãos administrativos (executores) e aos órgãos governamentais (planejadores). Administração Pública em sentido estrito: Obj...

amplo corresponde aos órgãos administrativos (executores) e aos órgãos governamentais (planejadores). Administração Pública em sentido estrito: Objetivamente, a Administração Pública em sentido estrito corresponde somente à função administrativa desempenhada pelo Estado. Subjetivamente, compreende apenas os órgãos administrativos da Administração Direta e Indireta. ATENÇÃO: A função política desempenhada pelo Governo, bem como a organização política da República Federativa do Brasil são objeto de estudo do Direito Constitucional. O Direito Administrativo trata da Administração Pública em sentido estrito. Portanto, ao longo do curso sempre que falarmos em Administração Pública, esta deverá ser considerada em seu sentido estrito. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Princípios são diretrizes que norteiam o desenvolvimento de uma ciência. Os princípios na ciência jurídica não apenas lançam as bases de seu desenvolvimento, mas também servem de baliza, ou limite, para o alcance do Direito. Nas palavras dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: “Os princípios são as ideias centrais de um sistema, estabelecendo suas diretrizes e conferindo a ele um sentido lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada compreensão de sua estrutura. Os princípios determinam o alcance e sentido das regras de um dado subsistema do ordenamento jurídico, balizando a interpretação e a própria produção normativa”. Os princípios que norteiam as atividades da Administração Pública vêm previstos, expressamente ou implicitamente, na Constituição Federal. O art. 37, caput, da Lei Maior menciona de forma expressa os princípios fundamentais aplicáveis à administração direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, são eles: - princípio da legalidade; - princípio da impessoalidade; - princípio da moralidade; - princípio da publicidade; e - princípio da eficiência. Este último acrescentado pela EC n. 19/98. Existem princípios que são deduzíveis do sistema de normas constitucionais e que apesar de nelas não constarem expressamente, estão previstos de forma implícita. É o caso dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Já tivemos a oportunidade de mencionar que o Direito Administrativo não é um direito codificado e que, portanto, é disciplinado por diversas leis esparsas, reguladoras de diferentes atividades relativas à função administrativa. Muitas dessas leis preveem princípios específicos para os serviços ou setores que disciplinam. É o que acontece, por exemplo, com as leis 8.666/93 (lei de licitações e contratos), 8.987/95 (lei das concessões e permissões de serviços públicos) e lei 9.784/99 (lei do processo administrativo federal). Estudaremos a partir de agora os princípios constitucionais e os mais importantes princípios infralegais que norteiam a atividade administrativa estatal. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE A legalidade prevista no caput do art. 37, da CF, incidente sobre a Administração Pública, determina que esta apenas poderá atuar de acordo com o que a lei expressamente autorizar. É uma legalidade mais estrita do que a prevista no inc. II, do art. 5º, da Constituição Federal, o qual determina “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Costuma-se dizer que a Administração Pública atua apenas quando existe autorização legal, no caso de atividade vinculada, ou quando existe previsão legal, no caso de atividade discricionária. Para o particular, no entanto, o princípio da legalidade incide de forma diferente, mais propriamente de acordo com o preceituado no já citado inciso II, do art. 5º, da Carta Magna. Aplica-se ao particular o princípio da autonomia da vontade, em virtude do qual as pessoas podem fazer qualquer coisa desde que não proibida por lei. Essa diferença na incidência do princípio da legalidade decorre da proteção conferida aos direitos individuais contra os abusos cometidos no passado pelos Estados Absolutistas. Portanto, a grande garantia intrínseca ao princípio da legalidade é impor limites ao Estado, que não poderá interferir além do que a lei o autorize sobre a esfera de direitos dos administrados. De acordo com a professora Maria Sylvia di Pietro a partir da Constituição de 1988 ocorreu um alargamento do princípio da legalidade, em virtude da adoção do Estado Democrático de Direito pela Lei Maior. Significa dizer que a Administração Pública passou a se submeter não somente à lei em sentido formal, mas também ao Direito. Nesse sentido, e em decorrência do referido alargamento, restou ampliado o controle judicial sobre a validade dos atos administrativos, pois a legalidade da conduta da Administração não está mais restrita aos comandos estritamente legais. A partir de 88 sua atuação passou a ser limitada, também, pelo Direito. Caso um ato administrativo venha a ser praticado sem a observância da legalidade, o administrado poderá recorrer ao Poder Judiciário para obter a sua anulação. O administrador público, ao praticar um ato administrativo, deve observar não somente aquela decorrente das espécies normativas previstas no art. 59, da Constituição Federal. Está obrigado a respeitar, também, os atos normativos expedidos pela Administração - tais como instruções normativas, portarias e decretos - a fim de dar fiel cumprimento às leis. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE Existem duas acepções para o princípio da impessoalidade: 1 º) Impessoalidade relativa aos administrados. Neste sentido a Administração desenvolve a atividade administrativa de forma imparcial, sem visar beneficiar ou prejudicar determinadas pessoas, impedindo favorecimentos ou perseguições. Confunde-se, por este ângulo, com o princípio da finalidade pública, uma vez que a função administrativa é sempre desempenhada tendo em vista o bem comum e o interesse público. Portanto, o interesse de todos/para todos e não apenas de um grupo da sociedade. Eventual ato administrativo que venha a ser realizado sem atendimento aos fins públicos, deverá ser declarado nulo em virtude de desvio de finalidade. De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, a impessoalidade decorre do princípio constitucional da isonomia, com vistas a garantir tratamento igualitário entre os administrados. Podemos citar como exemplo do dever de impessoalidade da Administração a previsão contida no inc. II, do art. 37, da Constituição Federal, que exige a aprovação em concurso público como requisito para a investidura em cargos, empregos e funções públicas; e 2 º) Impessoalidade relativa à própria Administração. Por esta acepção a prática dos atos administrativos pelos agentes públicos é imputada ao órgão público ou pessoa jurídica estatal responsável pelo agente. Em outras palavras, o agente público pratica o ato não como pessoa física, como se cumprisse sua própria vontade, mas como se fosse a própria instituição pública atuando. Assim, por exemplo, quando um fiscal da prefeitura autua o particular por estar construindo um muro acima da altura determinada no Plano Diretor do respectivo Município, realiza tal ato como se fosse o próprio órgão de fiscalização municipal competente. Eventual contestação à autuação deve ser dirigida ao órgão público competente e não ao agente público que praticou o ato. A própria Constituição Federal determina no § 1º, do art. 37, que na publicidade dos atos administrativos não pode constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, garantindo que qualquer ação pública seja creditada à instituição pública que a está patrocinando e não ao agente público que realizou materialmente o ato. Dessa forma, portanto, na publicidade de uma obra recém inaugurada não pode constar, por exemplo, “Mais uma obra do Governador dos Pobres” ou “Mais uma obra de José dos Santos - Governador do Rio de Janeiro”; deve constar, sim, uma expressão semelhante a esta: “Mais uma obra do Governo do Estado”. PRINCÍPIO DA MORALIDADE Para que a conduta de um agente público, no exercício de suas atribuições, seja válida, é necessário que atenda aos comandos legais pertinentes. Sendo assim, podemos afirmar que o princípio da moralidade, ao ser previsto expressamente no caput do art. 37 da Constituição Federal, passou a

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DireitoAdministrativoAtualizado (1)
89 pág.

Direito/administração Geral Universidade PaulistaUniversidade Paulista

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