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ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO Chamamos atributos do ato administrativo as características de um ato administrativo que indicam a sua diferenciaçã...

ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO Chamamos atributos do ato administrativo as características de um ato administrativo que indicam a sua diferenciação em relação aos atos privados realizados pela Administração Pública. Nas palavras da professora Maria Sylvia di Pietro atributos do ato administrativo são “as características que permitem afirmar que ele se submete a um regime jurídico administrativo ou a um regime jurídico de direito público”. Vamos analisar a partir de agora os principais atributos dos atos administrativos apontados pela doutrina, quais sejam, presunção de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade e tipicidade. ATENÇÃO: Existem atos administrativos que podem apresentar apenas alguns dos atributos. Portanto, para caracterizar um ato como administrativo, não é necessário que o mesmo atenda a todos os atributos previstos em Direito. 1º) Presunção de Legitimidade: É a suposição de que o ato praticado pela Administração atende a todas as exigências legais. Referido atributo deve ser característica de qualquer ato praticado pela Administração, pois é essencial à fluidez da função administrativa. A Administração Pública ficaria praticamente impossibilitada de exercer suas atividades se precisasse recorrer ao Judiciário sempre que, para realizar um ato, fosse obrigada a comprovar sua legalidade. Através da presunção de legitimidade a Administração realiza suas atividades supondo-se que está agindo de acordo com a lei. Caso o particular pretenda se insurgir contra o ato administrativo que considere ilegal, poderá ingressar no Judiciário buscando invalidar o mesmo. Antes de buscar uma medida judicial, no entanto, o particular poderá recorrer à própria Administração para que ela anule ou revogue o ato contestado. De acordo com o que foi explicado podemos afirmar: 1 º) A presunção de legitimidade dos atos administrativos é uma presunção relativa ou juris tantum, o que significa dizer que admite prova em contrário; e 2 º) Em virtude da presunção de que todos os atos administrativos são editados com a observância da lei, a Administração não precisa provar a legitimidade de seus atos. O interessado que não se conformar com determinada atitude da Administração é quem terá o ônus de provar eventual irregularidade. 2º) Imperatividade: É o atributo que possibilita a imposição unilateral do ato administrativo, independentemente da concordância do particular. Não é característica que está presente em qualquer ato administrativo; é própria de atos punitivos, normativos e de polícia. Implica a criação e aplicação de obrigações ou restrições a direitos dos administrados, mesmo sem a anuência ou concordância deles. São exemplos de atos que apresentam o atributo da imperatividade: decreto que proíba a venda de bebidas alcoólicas a partir de determinada hora; imposição de penalidade a servidor público ou a interdição de estabelecimento que não atenda a requisitos legais. Os atos imperativos podem ser impostos aos administrados a partir do momento de sua criação, sem necessidade de pronunciamento anterior do Judiciário sobre sua validade. O administrado que considerar que determinado ato imperativo é ilegal, deve procurar sustar seus efeitos através de recurso administrativo ou decisão judicial. 3º) Autoexecutoriedade: Já tivemos a oportunidade de aprender sobre autoexecutoriedade quando estudamos o poder de polícia. Vamos relembrar! A autoexecutoriedade permite a execução direta de certos atos pela Administração Pública, sem que se precise de pronunciamento judicial nesse sentido. O ato que determina a demolição de edifício que oferece risco de desabamento, por exemplo, pode ser executado diretamente pela própria Administração. Os atos autoexecutáveis mais comuns são os decorrentes do poder de polícia. Contudo, não é atributo encontrado em todos os atos administrativos. Exemplo clássico de ato que não possui a característica de auto-executoriedade é a cobrança de multa administrativa. Eventual multa aplicada ao administrado somente pode ser cobrada compulsoriamente pela Administração Pública através de processo judicial. Segundo Maria Sylvia di Pietro a autoexecutoriedade dos atos administrativos decorre: a) de determinação legal. Por exemplo, a execução da garantia contratual, prevista no art. 80 da lei 8.666/93, em decorrência da inexecução total ou parcial do contrato administrativo; e b) medida urgente que vise minimizar prejuízos aos interesses públicos. Por exemplo, retirada de moradores de edifício que ameaça desabar, para posterior demolição do mesmo. LEMBRE-SE: O atributo da autoexecutoriedade não impede que os atos realizados pela Administração sejam tornados inválidos posteriormente, através de medidas judiciais requeridas pelos interessados. 4º) Tipicidade: Decorrência do princípio da legalidade, o atributo da tipicidade indica que o ato administrativo deve

Essa pergunta também está no material:

DireitoAdministrativoAtualizado (1)
89 pág.

Direito/administração Geral Universidade PaulistaUniversidade Paulista

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