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carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Nova Friburgo/RJ ... (art. 319, II, CPC) E MARTA MARANHÃO, brasileira, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrita no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliada na Rua ... Nova Friburgo/RJ ... (art.319, II, CPC), por intermédio de seu advogado subscrito com endereço profissional na Rua ... endereço eletrônico ... para fins do art. 77, V, do CPC, vem a este juízo propor AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO Pelo procedimento comum (art. 318, CPC), em face de MANUEL MARANHÃO, brasileiro, estado civil, portador da carteira de identidade nº ... inscrito no CPF nº ... endereço eletrônico ...residente e domiciliado na Rua ... Cidade ... (art. 319, II, CPC c/c 114 CPC) E FLORINDA MARANHÃO, brasileira, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Cidade ... (art.319, II, CPC c/c art. 114 CPC) E RICARDO MARANHÃO, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Cidade ... (art.319, II, CPC c/c art. 114 CPC) pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. I – DOS FATOS (Art. 319, III, CPC) Inicialmente cumpre informar que na data 20/09/2018 os réus Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, transferiram onerosamente por Escritura de Compra e Venda, lavrada no Cartório do 4º Ofício de Nova Friburgo/RJ e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente, um imóvel por um valor inferior ao valor de mercado, para o neto, Ricardo Maranhão. Os autores que possuíam a expectativa de direito sobre o imóvel citado, discordam totalmente do negócio jurídico realizado, pois os mesmos não deram consentimento à venda. O imóvel em questão é representado por um sítio situado na Rua Bromélia em Petrópolis/RJ, e foi vendido pelo preço certo e ajustado de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), porém, os autores acreditam que o valor correto do imóvel seria de R$ 350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil reais). II – DOS FUNDAMENTOS (art. 319, III, CPC) De acordo com os fatos narrados, restou comprovada a invalidade do negócio jurídico por não respeitar a vontade dos outros descendentes, diante da falta de consentimento expresso dos mesmos, sendo possível então a anulação do contrato nos termos do art. 496, CC. Para haver a transferência de imóveis, sendo onerosa ou não, é imprescindível o consentimento dos herdeiros, pois estes são os maiores interessados no bem, já que possuem a expectativa sobre ele. É certo que não foi observada a forma prevista em lei no momento da celebração do contrato, onde feriu um dos requisitos de validade do negócio jurídico, (art. 104, CC). Além disto, vale salientar que o imóvel discutido na presente demanda foi vendido por um valor abaixo do valor de mercado, onde os autores acreditam fielmente que os réus Manuel e Florinda tiveram o objetivo de beneficiar o neto Ricardo. CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA nos afirma que: “No direito sucessório moderno, o princípio dominante é o da igualdade dos quinhões. O monte partível se dividirá em tantas quotas iguais quantos são os herdeiros. Quando o ascendente beneficia um descendente, seja com uma doação, seja com a constituição de um dote, seja com a provisão de fundos com que pagar suas dívidas, estará rompendo aquela par conditio e desfalcando o monte em detrimento dos demais, mesmo que não haja ultrapassado a metade assegurada aos herdeiros. Presume-se que a liberalidade teve caráter de antecipação de seu quinhão, salvo declaração expressa, em contrário, da parte do doador”. Por fim, Silvio Rodrigues afirma que: “O histórico do instituto revela que seu nascimento e sua evolução tiveram por causa, sempre, o propósito de buscar a igualdade entre os descendentes”. O prazo para pleitear a anulação do negócio jurídico citado é de 2 (dois) anos, a partir da data da conclusão do ato, de acordo com o (art. 179, CC). A Jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim se posiciona quanto a anulação do negócio jurídico por venda de ascendente a descendente, sem consentimento dos demais descendentes: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL DE AVÓ PARA A NETA E SEU MARIDO. ALEGADA AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO E CONSENTIMENTO DA AUTORA OU DE SUA MÃE ENQUANTO VIVA, HERDEIRA NECESSÁRIA DA VENDEDORA. ATO ANULÁVEL, SUJEITO A PRAZO DECADENCIAL DE 2 ANOS. DECADÊNCIA RECONHECIDA NA R. SENTENÇA. ARTIGOS 496 C/C 179 DO CC. ACERTO DA R. SENTENÇA. DESPROVIMENTO DO APELO. 1. A compra e venda ora repudiada foi feita às claras, com escritura, registro no RGI, recolhimento do imposto de transmissão e mediante pagamento, devidamente comprovado. Assim, se algum vício há no referido negócio jurídico, é, efetivamente, a ausência de consentimento da mãe da autora, que ainda era viva quando realizada a compra e venda, não havendo que se falar em simulação. 2. Conforme os enunciados 368 da IV Jornada de Direito Civil do CJF e enunciado 545 da VI Jornada de Direito Civil do CJF, o prazo para pleitear a anulação de venda de ascendente a descendente sem anuência dos demais descendentes e/ou do cônjuge do alienante é de 2 (dois) anos, contados da ciência do ato, que se presume absolutamente, em se tratando de transferência imobiliária, a partir da data do registro de imóveis. 3. Inegável o decurso do prazo decadencial na espécie, já que o registro no RGI é datado de 03/10/2013 e a ação só foi ajuizada em 04/08/2017. 4. Sentença correta. 5. Desprovimento do apelo. 0197943-27.2017.8.19.0001 – APELAÇÃO (Des(a). GILBERTO CLÓVIS FARIAS MATOS - Julgamento: 27/08/2019 - DÉCIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL) Diante da comprovação da falta de consentimento dos réus, deve o negócio jurídico ser anulado. III – DOS PEDIDOS (art. 319, IV, CPC): Diante do exposto, a parte Autora requer a esse juízo: a) a designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para o seu comparecimento (art. 695, caput, CPC); b) a citação do réu para integrar a relação processual; c) a procedência do pedido autoral para anular o negócio jurídico entabulado pelas partes; d) a condenação do réu nas custas processuais e honorários advocatícios ou a condenação do réu aos ônus sucumbenciais. V – DAS PROVAS (art. 319, VI, CPC): Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu. VI- DO VALOR DA CAUSA (art. 292, II, CPC c/c art. 319, V, CPC): Dá–se à causa o valor de R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais), nos termos do art. 292,II, do CPC. Termos em que Pede deferimento. Local, (Dia), (Mês) de (ano) Nome do Advogado OAB/UF no ... PRÁTICA SIMULADA I Professora: Cintia Souza Aluna: Amélia Linhares Juliano Matricula: 201701250971

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Prática Penal III Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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