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Atualmente, essa modalidade é responsável por um grande volume de mercadorias que atravessam mares e rios, fazendo parte do comércio nacional e int...

Atualmente, essa modalidade é responsável por um grande volume de mercadorias que atravessam mares e rios, fazendo parte do comércio nacional e internacional de grãos e outros produtos, tais como os combustíveis. A poluição hídrica ocorre geralmente por acidentes, que causam muitos prejuízos de ordem econômica, social e ambiental. Veja a seguir um caso real de acidente por vazamento de petróleo: No ano de 2002, ocorreu um acidente em um navio cargueiro da Petrobrás que estava atracado na Baía de Ilha Grande, localizada no município de Angra dos Reis. O tanque principal do navio sofreu corrosão natural, resultando na abertura de um furo por onde vazaram 16 mil litros de petróleo. O óleo se espalhou por 20 quilômetros ao longo da costa e atingiu os costões rochosos. Barreiras absorventes e de contenção para acidentes com derramamento de óleo. A Petrobras acionou um plano de emergência assim que soube do vazamento e enviou um barco de combate a derramamentos de óleo. Para que o petróleo não se espalhasse, foram usados recolhedores mecânicos, bombas de sucção, barreiras absorventes e de contenção. Alterações observadas de acordo com a fonte de poluição. De acordo com o tipo de poluição hídrica, são observadas várias alterações químicas e físicas na água. Como consequência da poluição dos corpos hídricos, temos a diminuição da qualidade e da quantidade de água disponível. Veremos a seguir as características das alterações físicas e químicas da água: Alterações físicas. Temperatura. Alterações na temperatura da água podem ser identificadas em função da poluição térmica ou termal que, como vimos, tem como fonte a geração de energia nuclear. Cor. Alterações na coloração da água são causadas principalmente por esgotos domésticos, que apresentam matéria orgânica em estado coloidal, e por efluentes industriais, que contêm diversos compostos capazes de alterar a cor da água. Entre eles, estão os taninos, as anilinas provenientes de indústrias de curtumes e de tecidos, além de lignina e da celulose, que são efluentes das indústrias de celulose, papel e madeira. A metalurgia também está entre as indústrias que alteram a cor da água, pois realizam a remoção da camada oxidada (ferrugem) das peças antes do uso (decapagem). Odor e sabor. Na maioria das vezes, o responsável por alterações no odor e no sabor da água é o esgoto doméstico. Em ambientes naturais onde há a eutrofização, ocorre a decomposição biológica da matéria orgânica com presença de fenóis. Nessas águas eutrofizadas, frequentemente ocorre a proliferação excessiva de algas cianofíceas, também conhecidas como algas azuis ou cianobactérias, que produzem odores (cheiro de mofo ou terra) os quais podem ser até tóxicos. Em águas tratadas para abastecimento público, fenóis mesmos em quantidades reduzidas reagem com o cloro residual livre na água, o que produz cloro fenóis cujo cheiro típico é semelhante ao de peixe podre. Em ambiente anaeróbio, no lodo de rios, lagoas e manguezais, ocorre a produção e a liberação do gás sulfídrico ( ), que gera odor característico de ovo podre. Cor, odor e sabor são parâmetros de potabilidade da água para consumo humano, estabelecidos na Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, bem como são previstos como parâmetros de qualidade das águas na legislação federal. A água não deve possuir cor, sendo, portanto, transparente (incolor) e translúcida, nem cheiro (inodora) e nem gosto (insípida). Conheça um caso real de alteração de odor e gosto da água, envolvendo a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) e a geosmina: No ano de 2020, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), que abastece o Rio de Janeiro, detectou uma proliferação excessiva de algas cianofíceas (cianobactérias) no reservatório do Guandu, devido a variações de temperatura, luminosidade e índice de chuvas no reservatório. Essas algas produziram uma substância chamada geosmina, que altera o odor e o gosto da água, apesar de não ser tóxica ao organismo humano. Mesmo estando fora dos padrões de qualidade, em razão do sabor e do cheiro de terra apresentados, a CEDAE liberou o uso da água contendo geosmina à população, alegando que a água não continha cianotoxinas, portanto, não oferecia riscos à saúde humana. Turbidez. Os esgotos domésticos, a mineração e os efluentes industriais provocam elevações na turbidez das águas. A alta turbidez na água promove o desequilíbrio ambiental à medida que reduz a taxa fotossintética da vegetação aquática, incluindo as algas, o que reduz a oferta de alimento de peixes, altera a cadeia alimentar nos ecossistemas aquáticos e prejudica a pesca. Além disso, a turbidez também prejudica usos domésticos diversos, industriais e recreacionais. Padrões da qualidade da água: o caso da geosmina na água da CEDAE. Assista ao vídeo a seguir em que o mestre Arthur Rodrigues Lourenço apresenta o ponto de vista de pesquisadores de universidades renomadas e especialistas sobre a liberação do uso da água com geosmina por parte da CEDAE. Alterações químicas. Alterações no pH tornam o meio ácido ou alcalino (básico). Geralmente causadas por efluentes industriais de metalúrgicas e siderúrgicas e por esgotos sanitários, essas alterações no pH não são consideradas nos parâmetros de qualidade da água. No entanto, algumas substâncias têm seus efeitos tóxicos magnificados em pH extremos. As alterações no carbono orgânico total (COT) são um indicador do grau de poluição do corpo hídrico. Também são causadas por efluentes industriais e por esgotos sanitários. Os compostos gerados por algas cianofíceas, em altas concentrações, podem se tornar tóxicos. Os esgotos sanitários constituem, em geral, a principal fonte do aumento de séries de nitrogênio, lançando nas águas nitrogênio orgânico, devido à presença de proteínas, e nitrogênio amoniacal, em razão da hidrólise da ureia na água. Alguns efluentes industriais também concorrem para as descargas de nitrogênio orgânico e amoniacal nas águas, por exemplo, aqueles originários de algumas indústrias químicas, petroquímicas, siderúrgicas, farmacêuticas, conservas alimentícias, matadouros, frigoríficos e curtumes. O fósforo aparece em águas naturais principalmente devido às descargas de esgotos sanitários, que contêm matéria orgânica fecal e detergentes em pó empregados em larga escala no espaço doméstico, fontes relevantes desse elemento. Alguns efluentes industriais, como os de indústrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em geral, conservas alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em quantidades excessivas. As águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas também podem provocar fósforo em abundância nas águas naturais. Os óleos e graxas são substâncias orgânicas tais como hidrocarbonetos, gorduras e ésteres, e podem ter múltiplas origens — mineral, vegetal ou animal. Quando em contato com a água, essas substâncias não se misturam e se concentram na superfície, em razão de sua menor densidade.

Essa pergunta também está no material:

Controle e prevenção da poluição nos recursos hídricos
65 pág.

Hidrologia Grau TécnicoGrau Técnico

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