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Nathália Almeida – P3 
 
Conferência 2 
Definição 
o Epilepsia: tendência a recorrência 
de crise não provocada por 
evento sistêmico ou insulto 
neurológico agudo. 
 
o Crise Epilética: manifestação 
clínica de uma ativação anormal, 
excessiva, sincronizada de uma 
população de neurônios corticais 
(despolarizam de forma excessiva 
e causam uma ativação cortical). 
 
o Eventos Paroxísticos: evento 
transitório/autolimitados, podem 
ser epiléticos ou não epiléticos (1. 
Orgânicas: síncopes, em que é 
proveniente de uma arritmia ou de 
um reflexo vaso-vagal 
exacerbado; 2. Psicogênicos: 
transtorno conversível, ausência de 
status pós-ictal, atividade motora 
irregular, assíncrona e descontínua, 
movimentos de lado-a-lado da 
cabeça, consciência preservada 
com atividade motora bilateral, 
fechamento ocular com resistência 
à abertura, respiração rápida e 
superficial após paroxismo. 
 
Crise Epilética 
o Crise sintomática aguda: 
Desencadeada por uma causa 
conhecida- TCE/ Evento Vascular/ 
Tumor. 
o Crise provocada: 
Associada a distúrbio clínico 
metabólico que levam a uma 
redução do limiar epiléptico. 
 
Epilepsia 
o Afeta mais de 70 milhões de 
pessoas no mundo (cerca de 
10% da população têm no 
mínimo uma crise ao longo de 
80 anos de vida) 
o Apresentação epidemiológica 
com caráter bimodal: pico de 
incidência da infância e nos 
idosos. 
o 2014 ILAE: epilepsia como 
doença; 
o Ocorre em pacientes com crise 
epilética em um cérebro com 
patologia ou tendência à 
recorrência 
o Definição: duas crises não 
provocadas com um intervalo 
>24h entre as mesmas; 
o Uma crise não provocada com 
um risco de recorrência> 60% 
dentro de 10 anos; 
o Diagnóstico de síndrome 
epilética: conjunto de tipos de 
crise, achados de ECG e 
imaginológicos que tendem a 
ocorrer juntos; 
o Resolutividade da epilepsia: 
síndrome epilética com idade 
dependente (fora da faixa 
etária+ ausência de crises); 10 
anos sem crises (estando as 
últimos 5 anos sem DAE) 
*Dae: controla em 2/3 (não 
altera a história). 
 
Nathália Almeida – P3 
 
o Epileptogênese: 
- Mecanismo: a partir de 
alterações de concentrações 
iônicas locais/mudanças nos 
canais iônicos dependentes de 
voltagem/mudança no potencial 
excitatório e inibitório. 
 
Neurotransmissores 
▪ Excitatório: glutamato; 
▪ Inibitório: GABA. 
Canais 
▪ Mutações: incremento na 
entrada dos canais: Na/Ca; 
▪ Mutações: declínio entrada 
Cl-saída K+. 
- Ligeiras perturbações nos circuitos 
normais do cérebro decorrente de 
muitas situações diferentes podem 
resultar em via final comum; 
- Causas genéticas ou adquiridas 
podem variar desde pequenas 
modificações de canais até 
reorganização de regiões cerebrais 
inteiras; 
- Estímulos subclínicos se perpetuam 
no período a partir das células 
granulares do córtex: formação de 
regiões ectópicas; 
- Despolarização paroxística a partir 
de uma potencial de ação+ 
hipersincronização regional; 
 
Zona Epileptogênica 
o Região cortical que produz as 
crises epiléticas e sua remoção 
cirúrgica tornará os pacientes 
livres de crises; 
o 5 componentes: 
1. Zona irritativa; 
2. Zona de início total; 
3. Zona sintomatogênica; 
4. Zona lesional; 
5. Zona de déficit funcional. 
 
 
 
Classificação 
o História: 
- Até 1930: crise epiléptica era 
sinônimo de crise tônico-clônica 
generalizada; 
- Se iniciou o estudo topográfico 
das crises focais (chamadas 
inicialmente de equivalentes 
epiléptico/crises parciais); 
o Etiologia: estrutural, genética, 
infecciosa, metabólica, autoimune. 
 
Crise Generalizada 
o Envolve rapidamente redes 
distruibuídas bilateralmente (iniciam 
simultaneamente nos dois 
hemisférios); 
o Podem incluir estruturas corticais e 
subcorticais, mas não 
necessariamente todo o córtex; 
 
Nathália Almeida – P3 
 
 
 
Crise Focal 
o Origina-se em redes limitadas a um 
hemisfério; 
o Pode ser discretamente localizado 
ou mais amplamente distribuído; 
o Perceptiva: não compromete a 
consciência; 
o Disperceptiva: compromete a 
consciência. 
 
 
 
 
Exames 
o Eletroencefalograma; 
o Neuroimagem-Ressonância. 
 
Estado de mal epiléptico 
o Urgência neurológica: mortalidade 
de 10-30% em adultos; 
o Crises prolongadas: sem 
recuperação de consciência (T1 
5min/T2> 30min). 
 
Tratamento 
o Abortivos: principal classe: 
benzodiazepínicos (ex: Diazepam); 
o Profiláticos: DAE (ex: 
fenitoína/carbamazepina/ac. 
valproico/ lamotrigina/ 
levetiracetam/ topiramato); 
o Cirúrgico/dieta cetogênica.

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