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CENTRO UNIVERSITARIO AUGUSTO MOTTA
KENYA CRISTINA SOUZA
Matricula: 14102415
Processo Penal de Conhecimento
Atividade/Avaliação A1
Rio de Janeiro - RJ
2020
I. Conceito e natureza jurídica da prova processual penal.
Prova pode ser interpretada como tudo aquilo que ajuda ao convencimento do juiz, ou seja, é aquilo que levamos ao conhecimento do tribunal na esperança de convencê-lo da realidade dos fatos narrados ou de um ato do processo. Ela é própria a execução do direito de defesa e de ação. O ato de provar, é o processo em que se averigua a verdade do fato narrado, como exemplo, temos a instrução probatória onde as partes usam os elementos disponíveis para enxergar a "verdade" do que se declara. O meio para provar, que é a ferramenta pelo qual se explica a verdade de algo, um exemplo seria a prova testemunhal, e o resultado da ação de provar, que versa do artigo retirado da crítica dos instrumentos de prova oferecidos.
A natureza jurídica aborda a decisão das conexões que unem os sujeitos (juiz réu e acusador) um exemplo clássico seria o Juiz, o MP e o Réu. Como visto no caso narrado acima.
II. Quanto aos sistemas de apreciação da prova no processo penal.
O sistema legal de é um sistema categorizado, que diz que o valor de cada prova é predefinido, não existindo, assim uma apropriação particularizada, de acordo com cada caso concreto. Cada prova já há seu valor decidido em lei de forma prévia. Nesse sistema, o juiz não tem liberdade para se apropriar das provas de acordo com as especificações do caso narrado. Percebe-se que no sistema da prova legal, a confissão era o único meio de prova conclusiva, podendo, por si só, motivar uma possível condenação. Ou seja, mesmo que em desconformidade com outras provas, a confissão já era o suficiente para condenar alguém No código de processo penal, não existe atualmente nenhum dispositivo legal falando expressamente do sistema legal de provas, porém, há requisitos que mencionam o sistema. Pois existem algumas situações que o julgador está limitado de forma previa na apropriação das provas. Exemplo o artigo 158 do CPP, que impede que a confissão nos crimes que deixam vestígios, supra a ausência de exame de corpo de delito. O sistema da íntima convicção, é o oposto da prova legal, porque nesse sistema o juiz decide de forma livre, não precisando fundamentar sua decisão e nem está ligado a um juízo crítico predefinido de provas, o juiz decide com total liberdade. Nesse sistema, o legislador impõe ao magistrado toda a culpabilidade pelo ajuizamento das provas, dando a ele livre-arbítrio para decidir de acordo, único, com a sua consciência. O magistrado não é obrigado a fundamentar sua decisão, pois pode apenas valer sua experiência pessoal com o que tem das provas que estão ou não nos autos do processo. O sistema da íntima convicção foi adotado pelo nosso CPP, sendo aplicável apenas aos casos submetidos ao Tribunal do Júri. O sistema da íntima convicção, é o oposto da prova legal, porque naquele sistema o juiz decide de forma livre, não precisando fundamentar sua decisão e nem está ligado a um juízo crítico predefinido de provas, o juiz decide com total liberdade. Nesse sistema, o legislador impõe ao magistrado toda a culpabilidade pelo ajuizamento das provas, dando a ele livre-arbítrio para decidir de acordo, único, com a sua consciência. O magistrado não é obrigado a fundamentar sua decisão, pois pode apenas valer sua experiência pessoal com o que tem das provas que estão ou não nos autos do processo. O sistema da íntima convicção foi adotado pelo nosso CPP, sendo aplicável apenas aos casos submetidos ao Tribunal do Júri. O sistema do livre convencimento motivado, é aplicável a todos os ritos processuais, com exceção do júri, logo ele é a regra. Ele é previsto no caput do artigo 155 do CPP, é um sistema equilibrado, já que as provas não são vistas previamente (o que ocorre no sistema da prova legal), e o julgador não define com ampla e exagerada discricionariedade (como ocorre no júri). O juiz deve definir de acordo com a estrutura probatória que foi determinado durante o processo, é vedado, portanto, tão somente sua decisão. No Brasil adota o sistema do livre convencimento motivado (155 do CPP), e o sistema da íntima convicção (apenas para o júri). 
III. Quanto ao princípios relacionados a prova no processo penal.
O princípio da comunhão da prova tem em sua capacidade o entendimento de que, uma vez produzida a prova, ela competirá a todos os sujeitos processuais, mesmo que só uma das partes tenha levado. Aborda de uma decorrência dos princípios da igualdade das partes e verdade processual na relação processual, pois na busca da real verdade dos casos, a parte não monta das provas que foram movidas ao processo. O princípio da liberdade da prova tem como finalidade a busca pela verdade dos fatos e assim procede do princípio da verdade processual, precisando o juiz caso haja conformidade buscar a reconstrução dos fatos com o seu livre-arbítrio para agir. Contudo, deve-se observar que este princípio não é absoluto, já que, o juiz estará limitado somente em sua pesquisa sobre a verdade dos fatos. O Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos, previsto na Constituição Federal, em seu art. 5º, LVI, é clara ao estabelecer como garantia e direito fundamental a inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos. “São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”. É notório que as normas que abordam as provas ilícitas tanto constitucionais quanto legais possuem um propósito na fiscalização do Estado relativa à persecução penal, desanimando e reduzindo atividades ilegais de qualquer que seja o responsável na produção da prova ilegal
IV. Da prova ilícita e da prova ilícita por derivação (Teoria dos frutos da árvore envenenada). Esta teoria esclarece de modo apropriado a proibição das provas ilícitas por derivação, as quais são corrompidas pela prova originariamente ilícita.  O artigo 157, §1º do Código de Processo Penal que, “São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras” 
V. Quanto a tese de defensiva que deverá ser apresentado pelo defensor da Lívia. 
Não é possível a condenação de Lívia na suposição narrada, pois policiais militares responsáveis pela prisão de Lívia não foram ouvidos em juízo, sendo assim, não foram produzidas provas testemunhais pela acusação de contraditório, visto que o art. 155 do CPP impede uma condenação seja baseada somente com elementos informados e produzidos durante o inquérito. Logo o vídeo, deve ser considerado prova ilícita, pois foi realizado em um interrogatório sem que fosse assegurado as garantias constitucionais, que é a da pessoa presa permanecer em silêncio e estar acompanhado por um advogado. 
Bibliografia:
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. – 21 ed -. São Paulo: Saraiva, 2014.
AVENA, Norberto. Processo Penal Esquematizado. 6 ed. Rev., atual e ampl. Ed. Método, 2014.
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 23 ed. São Paulo. Atlas. 2015.
https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/515232225/sistemas-de-valoracao-da-prova-qual-e-o-adotado-no-brasil
https://saulomateus.jusbrasil.com.br/artigos/296020145/principios-atinentes-a-prova-no-processo-penal

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