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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Ref. Processo originário __________________ Nº STJ: HC 621.828 / R S ÁQUILA DA SILVA DIAS, brasileiro, Advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro, inscrito Sob nº 000.000, OAB/RJ, com escritório profissional sito à Rua , nº , na Cidade de Niterói/RJ, vem mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência e demais pares desta Egrégia Corte Maior, com fundamento no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e nos arts. 647 e seguintes, do Código de Processo Penal, impetrar HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR em favor de MOACIR FERREIRA, portador do RG nº , filho de , contra V. Acordão proferido pela 5ª Turma, do Egrégio Superior Tribunal de Justiça – HC Nº 621828 - RS (2020/0283624-0), pelos motivos que passa a expor. DO CABIMENTO. Preclaro Excelentíssimo Ministro Relator! Em missão constitucional, o impetrante subscrevente da presente missiva, passa a esclarecer as razões que fundamentam a impetração do presente writ diante da carência de outra medida. Em que pese o previsto na Súmula 691, deste egrégio Supremo Tribunal “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”, vale mencionar que no julgado do HC 106.860/SC – STF restou claro que quando a decisão impugnada apresenta quadro de teratoligia ou manifesta ilegalidade justifica a intervenção. DOS FATOS. O paciente foi condenado e preso por ter, supostamente, infringido o artigo 33, caput, da Lei 11.343/2006. A decisão foi confirmada no respectivo Tribunal de Justiça o que levou à impetração de Habeas Corpus contra decisão do referido Tribunal. O Remédio constitucional foi suscitado para aplicação da minorante prevista no artigo 33, §4º, da Lei 11.343/2006. Em sede de Liminar o pedido foi negado o que levou o paciente a recorrer com o instrumento cabível, qual seja o Agravo Regimental, que também foi negado, com o argumento de que o paciente respondia a outros processos criminais, o que supostamente indicaria que este dedica-se à atividade criminal e retira do tráfico de drogas o seu sustento. DA LIMINAR A escolha do redutor previsto no §4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, deve ser feita de forma motivada e proporcional, levando em conta, também, a quantidade, a natureza e a qualidade de droga apreendida. No caso, em tela, inexistindo circunstâncias desfavoráveis, fixada a pena-base no mínimo legal e apreendida pequena quantidade de droga, é razoável a aplicação do redutor mais condizente com a realidade posta nos autos, qual seja o previsto no §4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006. Vale ressaltar que, por força do princípio constitucional da inocência, inerente a todos os processos criminais, a existência de processos em curso em desfavor do paciente, não é razão impeditiva ao reconhecimento da minorante prevista no §4º do art. 33 da Lei nº11.343/06. Dessa forma, encontra-se presente, in casu, o fumus boni iuris, tendo em vista que as condições do paciente, enquadram-se no previsto na referida Lei. No mesmo sentido, verifica-se a ocorrência do periculum in mora, pois o não atendimento importará em inaceitável e temerária manutenção de violação ao seu status libertatis. DO PEDIDO. Ante todo o exposto, estando devidamente evidenciado a presença dos requisitos, requer a aplicação da Minorante prevista no §4º do art. 33 da Lei nº11.343/06, assim havendo a concessão em sede LIMINAR. Requer, outrossim, seja o presente pedido de habeas corpus julgado procedente ao final. Pede e espera deferimento. Local e Data. ____________________________ ADVOGADO OAB/RJ