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SISTEMA RESPIRATÓRIO RESUMO (VETERINÁRIA)

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SISTEMA RESPIRATÓRIO ANIMAL
(ANATOMIA, FISIOLOGIA E HISTOLOGIA)
Conecta o organismo com o ambiente externo, é essencial para a troca de gases entre ar e sangue, capitação dos gases (oxigênio). As pequenas partículas de poeira do ar inspirado são filtradas e ele então é umedecido e aquecido nas vias respiratórias, as quais transferem o ar para os pulmões. Nos pulmões, o oxigênio se propaga do ar inspirado para o sangue, e o dióxido de carbono, do sangue para o ar. O ar inspirado compõe-se de 20,9% de oxigênio, 0,03% de dióxido de carbono e 79,4% de nitrogênio. Em contrapartida, o ar expirado compõe-se de 16% de oxigênio, 4% de dióxido de carbono e 80% de nitrogênio. O transporte desses gases dos pulmões para as células e seu retorno aos pulmões é executado pelo sistema circulatório. 
O sistema respiratório pode ser dividido em vias respiratórias e locais de troca gasosa:
· As vias respiratórias compreendem os seguintes conjuntos de órgãos: Nariz (orifício da narina- Cavidade nasal); Porção nasal da faringe (nasofaringe); Laringe; Traqueia; Brônquios; e Pulmões.
· Os locais de troca gasosa dentro dos pulmões são: Bronquíolos respiratórios; Ductos alveolares; Sacos alveolares; e os Alvéolos.
(Funções):
Relacionado a troca gasosa:
· Fornecer O2 (oxigênio) e eliminar CO2 (gás carbônico);
· É responsável pelo equilíbrio ácido-base;
· Defesa contra infecções;
· Produção de componentes vasoativos;
· Fonação (faringe);
· Olfação (o nariz inclui receptores olfativos, os quais fornecem informações sobre o ambiente que podem ser usadas para orientação e para proteção contra substâncias nocivas);
· Termorregulação.
Distinguem-se no sistema respiratório duas porções com atividades funcionais distintas:
PORÇÃO CONDUTORA: (trato respiratório superior) constituído de: uma sequência de ductos extra e intrapulmonares, cavidade nasal, faringe (nasofaringe), laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos. Onde não há troca gasosa. Sua função é conduzir, transportar o ar, filtrar, umedecer e ajustar a temperatura do ar inspirado. Conforme o local da porção condutora, esses componentes consistem em um ou vários dos seguintes tecidos: osso, cartilagem, tecido conjuntivo e tecido muscular liso. Contém receptores para o sentido da olfação, atua como câmaras de ressonância para a fala, e massa óssea do esqueleto facial.
PORÇÃO RESPIRATÓRIA: (trato respiratório inferior) constituído de: bronquíolos, ductos alveolares e alvéolos. Realizam a troca gasosa chamada de HEMATOSE, sua função é permitir a troca passiva de gases entre o sangue e o ar.
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO: o principal tecido nos órgãos do sistema respiratório é o tecido epitelial, que no sistema respiratório é chamado de epitélio respiratório, apesar de sua denominação, ele não participa das trocas gasosas entre o sangue e o ar alveolar. 
----> (Tecido epitelial estratificado prismático ciliado), apresenta todas as células do epitélio respiratório.
É constituído por 5 tipos de células:
OBS.: (Como se trata de um epitélio pseudoestratificado, as células têm alturas diferentes, mas todas se apoiam na lâmina basal do epitélio.)
· Célula Colunar Ciliada: é a mais abundante, apresenta cerca de 300 cílios na sua superfície apical, e junto aos corpúsculos basais dos cílios há numerosas mitocôndrias, que fornecem trifosfato de adenosina (ATP) para os batimentos ciliares, e, portanto, esses cílios apresentarão movimento que funcionaram como PROTEÇÃO.
· Células Caliciformes: células secretoras de muco, com função SECRETORA e PROTETORA.
· Células em Escova: possui esse nome em virtude dos numerosos microvilos existentes em suas superfícies apicais. São consideradas células com função de RECEPTORES SENSORIAIS, na base dessas células há terminações nervosas aferentes.
· Células Basais: são pequenas e arredondadas, estão apoiadas na lâmina basal, mas que não se estendem até a superfície livre do epitélio. Elas são células-tronco que se multiplicam continuamente por mitose e originam os demais tipos celulares do epitélio respiratório, portanto sua função é de MULTIPLICAÇÃO.
· Célula granular: apresentam granulas no seu citoplasma e consequentemente serão células responsáveis pela função NEUROENDÓCRINAS.
ORGÃOS:
NARINAS: (fossas nasais) são aberturas externas pareadas, separadas pelo septo nasal, para a passagem de ar. São separadas da boca pelo palato duro e mole. Possui ossos cobertos por mucosa (conchas nasais) bem vascularizada, que aquece, filtra e umidifica o ar aspirado (atua como uma barreira física). Ossos que constituem o nariz: 2 nasais, 2 incisivos e 2 maxilares, a cartilagem hialina dá suporte ao nariz externo.
Compõe-se de: 1- narinas externas e suas cartilagens nasais associadas; 2- cavidade nasal com o meato e as conchas nasais; 3- e os seios paranasais:
O ápice do nariz e a parte rostral da mandíbula e do maxilar formam o focinho. A forma e o tamanho do focinho e a natureza do tegumento exibem diferenças significativas entre as espécies. O tegumento ao redor das narinas não possui pelos e sua delimitação da pele não sofre modificações, sendo bastante evidente em todos os mamíferos domésticos, com exceção do equino, no qual a pele não modificada com alguns pelos táteis circunda as narinas. De acordo com a sua extensão, a região modificada é conhecida variavelmente como plano nasal que pode ser dividido por um sulco mediano ou filtro (carnívoros e pequenos ruminantes), plano nasolabial (bovinos) ou plano rostral (suínos). 
· Cartilagens: as narinas externas são sustentadas pelas cartilagens nasais, as quais variam quanto a forma, tamanho e quantidade, dependendo da espécie. As cartilagens nasais laterais se fixam à extremidade rostral do septo nasal, de onde se prolongam ventral e dorsalmente, elas determinam o formato da abertura da narina. As cartilagens nasais laterais dorsal e ventral estão em contato uma com a outra em todas as espécies domésticas, exceto no equino. Dependendo da espécie, várias cartilagens nasais acessórias podem se originar das cartilagens nasais laterais. 
No equino, a cartilagem nasal dorsal não se prolonga muito e a cartilagem nasal ventral é indefinida ou inexistente. Em vez disso, as cartilagens alares, as quais são divididas em uma lâmina dorsalmente e um corno, sustentam as narinas amplas e espaçadas. As paredes laterais das narinas não são sustentadas por cartilagem, motivo pelo qual as margens das narinas permanecem bastante móveis e permitem que a abertura se dilate quando necessário. As cartilagens alares são responsáveis pela forma de vírgula característica, a qual divide a narina em uma parte ventral, chamada de narina verdadeira, que conduz à cavidade nasal, e uma parte dorsal, ou falsa narina, que conduz ao divertículo revestido de pele que ocupa a incisura nasoincisiva. Portanto, ao se passar um tubo nasogástrico, é essencial guiá-lo ventralmente. No equino e no asinino, o tegumento continua dentro da cavidade nasal e forma uma delimitação precisa com a mucosa nasal. No equino, o ponto nasal do ducto lacrimonasal situa-se no assoalho ventral do vestíbulo, próximo a essa transição mucosa, cuja abertura é muito evidente na inspeção do assoalho vestibular do animal vivo; a abertura é menos facilmente encontrada em outras espécies porque os tecidos são menos flexíveis (bovinos) ou porque está localizada mais profundamente (cão).
As Fossas Nasais, são revestidas por uma mucosa cuja estrutura difere segundo a região considerada. Nas fossas nasais (nariz), há três regiões: o vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória.
1. Vestíbulo nasal: a narina forma a abertura da cavidade nasal e cerca o vestíbulo nasal. Em algumas espécies, o ponto nasal do ducto lacrimonasal se localiza mais caudalmente, às vezes com mais de uma abertura. No cão, as aberturas muito menores e mais indistintas das glândulas nasais laterais serosas também desembocam nessa região.
(Histologia):
O vestíbulo é a porção mais anterior e dilatada das fossas nasais; sua mucosa é a continuação da pele do nariz; porém, o epitélio estratificado pavimentoso da pele logoperde sua camada de queratina, e o tecido conjuntivo da derme dá origem à lâmina própria da mucosa. Os pelos (vibrissas) e a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas existentes no vestíbulo constituem uma barreira à penetração de partículas grosseiras nas vias respiratórias.
2. Área respiratória: é a maior parte das fossas nasais, a mucosa dessa região é recoberta por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, com muitas células caliciformes. Nesse local, a lâmina própria contém glândulas mistas (serosas e mucosas), cuja secreção é lançada na superfície do epitélio, que ajuda na lubrificação, umidificação e proteção. Quando essa secreção se solidifica forma a chamada “meleca”.
3. Área olfatória: é uma área menor, é uma região situada na parte superior das fossas nasais, responsável pela sensibilidade olfatória, relacionada a grande quantidade de células granulares presentes nesse epitélio. É revestida por um epitélio olfatório, que contém os quimiorreceptores da olfação. O epitélio olfatório é um neuroepitélio colunar pseudoestratificado, formado por três tipos celulares:
Células de sustentação: são prismáticas, largas no seu ápice e mais estreitas na sua base; apresentam, na superfície, microvilos que se projetam para o interior da camada de muco que cobre o epitélio.
Células basais: são pequenas, arredondadas e situam-se na região basal do epitélio, entre as células olfatórias e as de sustentação; são as células-tronco do epitélio olfatório. As células desse epitélio renovam-se constantemente.
Células olfatórias: são neurônios bipolares que se distinguem das células de sustentação porque seus núcleos se localizam em uma posição mais basal. Suas extremidades voltadas para a cavidade nasal apresentam dilatações de onde partem seis a oito cílios imóveis, que contêm quimiorreceptores excitáveis pelas substâncias odoríferas. Os cílios ampliam enormemente a superfície receptora de odorantes. Os axônios que se originam na porção basal desses neurônios sensoriais reúnem-se em pequenos feixes. O conjunto dos feixes atravessa o osso pela lâmina crivosa, e seus axônios estabelecem sinapses com outros neurônios cujos axônios se dirigem para o sistema nervoso central (SNC) em forma do nervo olfatório.
Na lâmina própria dessa mucosa, além de abundantes vasos e nervos, observam-se glândulas ramificadas tubuloacinosas alveolares, as glândulas de Bowman (serosas). Os ductos dessas glândulas levam a secreção para a superfície epitelial, criando uma corrente líquida contínua que limpa os cílios das células olfatórias, facilitando o acesso de novas substâncias odoríferas.
· Cavidade nasal: se prolonga das narinas até a lâmina cribriforme do osso etmoide, sendo dividida pelo septo nasal em um lado direito e outro esquerdo, constituído de osso nas partes cranial e caudal e de cartilagem hialina. As cavidades direita e esquerda são divididas pelo septo nasal, que é altamente cartilaginoso, mas ossificado em sua parte mais caudal (a lâmina perpendicular do osso etmoidal). O septo se encontra com a superfície dorsal do palato duro, que separa as cavidades nasal e oral, mas os detalhes são amplamente variáveis ente as espécies. Nos equinos, o septo se estende pelo comprimento inteiro do palato duro, de modo que cada cavidade nasal se comunica com a faringe através de uma abertura separada (coana). Em outras espécies (p. ex., bovinos e cães) a parte caudal do septo não se une ao palato e uma única abertura é compartilhada entre os dois lados. Além da olfação, a cavidade nasal possui a importante função de modificar o ar inspirado antes de ele ser encaminhado para as passagens das vias respiratórias inferiores. 
O órgão vomeronasal, situado no assoalho da cavidade nasal, tem como função determinar o sabor dos alimentos na boca por meio da olfação em carnívoros. Em herbívoros ele serve como órgão olfatório acessório. 
· As conchas nasais: se projetam para o interior da cavidade nasal e servem para aumentar a superfície da área respiratória. Em animais com senso de olfato apurado, como o cão, as conchas nasais são mais complexas e aumentam ainda mais a superfície olfativa. Esse aumento, juntamente com uma quantidade maior de células olfativas receptoras, é responsável pelo excelente sentido de olfato do cão em comparação aos humanos. Plexos vasculares situam-se sob a mucosa e são formados por vasos anastomóticos múltiplos. As conchas nasais são tubos cartilaginosos ou ossificados com mucosa nasal que ocupam a maior parte da cavidade nasal, que apresentam uma disposição complexa e característica de cada espécie. O endoturbinado I é o turbinado mais extenso situado mais dorsalmente e o que mais se prolonga no interior da cavidade nasal, ele forma a base óssea da concha nasal dorsal. O endoturbinado II é adjacente ao primeiro e forma a parte óssea da concha nasal média. Turbinados subsequentes apresentam tamanhos menores, com exceção do cão, no qual os endoturbinados II a IV são bastante desenvolvidos. Embora as conchas nasais dorsal e média sejam formadas pelos endoturbinados, a concha nasal ventral é parte da maxila. 
As conchas nasais ocupam um grande espaço em cada cavidade nasal, as conchas maiores dividem a cavidade nasal em uma série de sulcos e meatos que se ramificam de um meato comum próximo ao septo nasal. Há três meatos nasais nos mamíferos domésticos: 
· O meato dorsal é a passagem entre o teto da cavidade nasal e a concha nasal dorsal, conduz ao fundo da cavidade do nariz e leva o ar ao contato da mucosa olfatória.
· O meato médio situa-se entre as conchas nasais dorsal e ventral e liga ao sistema de seios paranasais.
· O meato ventral é o caminho principal para o fluxo de ar que conduz à faringe e situa-se entre a concha nasal ventral e o assoalho da cavidade nasal. 
· O meato nasal comum é o espaço longitudinal de cada lado do septo nasal, ele se comunica com todos os outros meatos nasais. 
A faringe pode ser acessada pela passagem de tubos nasogástricos e endoscópicos por seu ponto mais largo, entre o meato ventral e o meato comum.
A principal função das conchas é refrigerar o sangue que vai para o cérebro (troca de calor com o ar), já que a temperatura cerebral precisa estar em torno de: 2° a 3° C menor que a temperatura corpórea. (Resfriamento do cérebro é importante em momentos de intensa atividade. Clima frio= ar muito frio, causa problema= super resfriamento, o mecanismo natural de defesa para que não haja esse super resfriamento é respirar pela boca).
(OBS: O ar que respiramos precisa ser aquecido, mas o ar que vai para o cérebro precisa ser resfriado.)
Particularidades Espécies narina:
· Bovinos: plano nasolabial liso e sem pelos. A mucosa é coberta por um epitélio estratificado e cornificado, umedecido por glândulas serosas da mucosa. O plano é mantido úmido, a umidade é derivada de glândulas subjacentes estritamente compactadas. 
Em Pequenos ruminantes, carnívoros e gatos a pele ao redor das narinas também não possui pelos, no cão existe um fluxo abundante da secreção de glândulas da mucosa nasal, principalmente as glândulas nasais laterais, a superfície do plano nasal dos carnívoros diferentemente da dos bovinos é umedecida pela secreção da glândula nasal lateral, situada no interior do recesso maxilar e por algumas glândulas menores da mucosa. Os cães também apresentam as narinas flexíveis e dilatáveis, diferentemente dos gatos.
O plano nasal é dividido por um sulco mediano, o filtro, que prossegue ventralmente e divide o lábio superior. A superfície do plano nasal possui uma grande quantidade de sulcos finos, cujo padrão acredita-se ser individual e pode ser usado como meio de identificação, de modo semelhante às impressões digitais dos humanos.
· Suínos: narinas rígidas e arredondadas, o ponto móvel em formato de disco do focinho é denominado rostro ou focinho. O focinho é sustentado pelo osso rostral (apenas nos suínos) e coberto por pele modificada, a qual forma o plano rostral e inclui os pelos táteis e glândulas mucosas, que umedecem a superfície. Seu plano é úmido, a umidade é derivadade glândulas subjacentes estritamente compactadas.
· Equinos: narinas totalmente flexíveis e dilatáveis para aumentar a capitação, requisição de ar.
· Seios paranasais: são divertículos da cavidade nasal que formam cavidades preenchidas com ar entre as lâminas externa e interna dos ossos do crânio, principalmente após o nascimento. Os seios paranasais são bastante desenvolvidos no bovino e no equino e respondem pela conformação da cabeça nessas espécies. Supõe-se que os seios paranasais forneçam proteção térmica e mecânica à órbita, à cavidade nasal e às cavidades cranianas; eles também alargam as áreas para fixação muscular sem aumentar consideravelmente o peso do crânio. A separação das lâminas internas e externas dos ossos altera a conformação da cabeça e é especialmente notável em suínos e bovinos.
São revestidos pela mucosa respiratória, a qual é extremamente delgada e pouco vascularizada. Acredita-se que esse fato seja responsável pela fraca capacidade de cicatrização dessa área. O tratamento é complicado devido à estreiteza e à localização das aberturas, o que os deixa propensos a obstruções quando a mucosa é espessada por inflamações. 
(Histologia): -----> São cavidades nos ossos da face frontal, maxilar, etmoide e esfenoide revestidas por epitélio do tipo respiratório, seu epitélio possui células mais baixas que o epitélio da porção condutora e com poucas células caliciformes. A lâmina própria contém apenas algumas glândulas pequenas e é contínua com o periósteo adjacente. Os seios paranasais se comunicam com as fossas nasais por meio de pequenos orifícios, e o muco produzido nessas cavidades é drenado para as fossas nasais pelo movimento ciliar das células epiteliais. É uma região seca que se inflama com facilidade, o que pode resultar na crise de “sinusite”.
Os seguintes seios paranasais podem ser encontrados no crânio de animais domésticos:
(Obs.: Todas as espécies têm os sistemas frontal e maxilar, no entanto nenhum deles se comunica com seu correspondente contralateral.)
· Seio maxilar: é contido dentro da parte caudal da maxila. 
O assoalho dos seios maxilares é perfurado pelos alvéolos dentários dos últimos três dentes molares. O canal infraorbital de orientação sagital se projeta nos seios maxilares e os divide em um compartimento medial e outro lateral. Os dois compartimentos partilham uma abertura em forma de ranhura em direção ao meato nasal médio, a abertura nasomaxilar. O seio maxilar rostral se comunica com o seio da concha ventral pela abertura conchomaxilar. O seio maxilar caudal se comunica direta ou indiretamente com todos os outros seios paranasais. Essa disposição anatômica responde pela propagação de infecções em todos os seios paranasais do equino.
No equino, um septo ósseo divide o seio maxilar em um compartimento rostral menor e um compartimento caudal maior. O seio maxilar de carnívoros recebe a denominação mais adequada de recesso maxilar, já que se trata de um divertículo da cavidade nasal na altura da concha nasal medial ao invés de uma cavidade real preenchida de ar entre as lâminas interna e externa dos ossos do crânio.
· Seio frontal: integra o osso frontal e normalmente se comunica com o meato nasal médio. O seio maxilar caudal se comunica com o seio conchofrontal pela abertura frontomaxilar.
No equino, ele é contínuo com o seio da concha dorsal e, portanto, recebe a denominação de seio conchofrontal. No suíno e no bovino, o seio frontal se divide em diversos compartimentos e se prolonga caudalmente até a região nucal. Em ruminantes, ele se prolonga para dentro do processo cornual do osso frontal, sendo responsável pela alta incidência de inflamações do seio frontal após a remoção cirúrgica dos cornos.
· Seio palatino:
· Seio esfenoidal:
No equino, os ossos palatino e esfenoide também são pneumáticos. A união do seio palatino e do seio esfenoidal resulta no seio esfenopalatino combinado, o qual se comunica com o seio maxilar caudal. Os seios frontal e esfenoidal são bem desenvolvidos nos animais dotados de grande capacidade olfativa, especialmente os carnívoros, nos quais a mucosa olfativa se expande por esses seios. O seio esfenoidal é ausente ou insignificante na maioria das espécies, excetuando-se o gorila e o homem, nos quais a mucosa de revestimento dessa cavidade não contém células olfativas.
· Seio lacrimal em suínos e em ruminantes;
· Seio da concha dorsal e seio da concha ventral no suíno, em ruminantes e no equino;
· Células etmoidais em suínos e em ruminantes.
FARINGE: passagem comum para o ar e a comida, a porção da parte respiratória é a nasofaringe. 
(Histologia): ----> A nasofaringe é revestida por epitélio do tipo respiratório, enquanto na orofaringe o epitélio é estratificado pavimentoso.
LARINGE: A laringe forma a conexão entre a faringe e a árvore traqueobronquial, é um tubo cartilaginoso, um órgão musculocartilaginoso cilíndrico e bilateralmente simétrico que conecta a faringe à traqueia. Situa-se abaixo da faringe e também pode ser usada para fonação, plano mediano, anteriormente ao pescoço e faringe. Ela protege a entrada para a traqueia e impede a aspiração de corpos estranhos pelo trato respiratório inferior, além de ser importante para a vocalização. As paredes da laringe são formadas pelas cartilagens laríngeas e por seus músculos conectores e ligamentos, os quais unem a laringe ao aparelho hioideo rostralmente e à traqueia caudalmente. As paredes laríngeas cercam a cavidade da laringe, cujo lúmen é comprimido pelas pregas vocais. Durante a deglutição, a epiglote pende para trás com a finalidade de cobrir parcialmente a abertura rostral da laringe. Caudalmente, a cavidade laríngea une-se ao lúmen da traqueia. A maior parte da cavidade laríngea é revestida por epitélio escamoso estratificado, embora a mucosa respiratória esteja presente caudalmente.
É constituída por 9 cartilagens membranosas (a cartilagem tireóidea, epiglote e cartilagem cricoide; e as cartilagens cuneiforme, corniculada e aritenoide, que se apresentam em pares), sua função é agir como uma válvula que impedir a passagem de ar durante a deglutição, e evitar que partículas alimentares possam penetrar na via respiratória, também possui a função de vocalização e fonação. Órgão de fonação dos mamíferos (produção do som). Som é produzido pela passagem controlada de ar +vibração das cordas vocais. Chamado de Siringe nas aves.
A cavidade da laringe pode ser dividida em três partes organizadas em série: 1- Vestíbulo (que se estende da entrada da laringe para a margem rostral das cartilagens aritenóideas e pregas vocais); 2- A fenda glótica (que é delimitada pelas cartilagens aritenóideas dorsalmente e pelas pregas vocais ventrolateralmente, e pode variar de tamanho); 3- A cavidade infraglótica, (que apresenta dimensões fixas e se direciona suavemente para o lume da traqueia).
Na laringe vai ter uma região média chamada de glote, que se compõe das cartilagens aritenóideas pares dorsalmente e pelas pregas vocais pares ventralmente que formam uma passagem estreita para a faringe denominada rima da glote (fenda glótica). Caudal à glote, o lúmen se torna mais amplo e forma a cavidade infraglótica, a qual se prolonga até a traqueia. A glote possibilita a abertura das cordas vocais e a abertura para a traqueia. Para o ar passar para a traqueia a glote precisa se abrir. É uma região que possui muitos nódulos linfáticos que durante um processo alérgico podem aumentar, o que pode ocasionar num edema de glote, pressionando a traqueia, que consequentemente pode se fechar e levar a óbito, é preciso uma abordagem rápida e realizar uma traqueostomia. A oclusão (fechamento) da glote também ocorre durante a tosse e o espirro: a pressão acumulada contra uma glote fechada permite uma expulsão vigorosa quando o ar é liberado, esse é o mecanismo usado quando se tosse para limpar as vias inferiores de acúmulos de muco ou corpos estranhos. Oclusão contínua com elevação da pressão intratorácica é usada durante esforço para defecação, micção e parto.
No equino e no cão, forma-se um ventrículolaríngeo lateral de cada lado através da invaginação da mucosa laríngea. A entrada para os ventrículos laterais se localiza entre a prega vestibular rostralmente e a prega vocal caudalmente. No suíno e no equino, um recesso laríngeo mediano do assoalho do vestíbulo laríngeo está presente no sentido caudal à epiglote. No suíno, a prega vocal é dividida em duas partes com um pequeno ventrículo laríngeo lateral entre elas.
O esqueleto da laringe é composto das seguintes cartilagens laríngeas, classificadas em 2 tipos: (ÍMPARES E PARES).
CARTILAGENS ÍMPARES:
· Cartilagem epiglótica (EPLIGOTE): forma a base da epiglote, é a mais rostral (cranial) localizada na parte superior da laringe, é uma placa cartilaginosa móvel, localizada na raiz da língua, e se assemelha a uma folha com um pequeno pecíolo e um corpo amplo.
Seu ápice livre está voltado para a direção rostral e é pontiagudo em carnívoros e no equino, porém mais arredondado em ruminantes e no suíno. O pecíolo está conectado à cartilagem tireóidea, e o corpo se projeta dorsorrostralmente atrás do palato mole durante repouso (posição retrovelar). A cartilagem epiglótica é composta de cartilagem elástica. Os processos cuneiformes estão presentes em alguns animais de cada lado da base da epiglote, projetando-se dorsalmente. Eles podem estar livres ou fusionados com a cartilagem epiglótica ou aritenóidea. Durante a deglutição, ele pende caudalmente para cobrir a entrada para a cavidade laríngea, ou seja, passivamente se inclina sobre a laringe durante o ato da deglutição, evitando assim a entrada do bolo alimentar na traqueia. 
(Histologia): ----> Tem um eixo de cartilagem elástica revestida por tecido conjuntivo e epitélio.
· Cartilagem tireóidea (TIREÓIDE): é a maior de todas, cartilagem medial que consiste em duas placas laterais que se unem ventralmente, onde se fundem em grau variável, formando a maior parte do assoalho da laringe. Contém cartilagem hialina, a qual pode se ossificar com o avançar da idade, e forma as paredes laterais e o assoalho da laringe. Ela possui duas lâminas laterais e um corpo ventral. Cada lâmina se expande dorsalmente para formar um processo rostral e um processo caudal. O processo rostral se articula com o osso hioide, e o processo caudal, com a cartilagem cricóidea. O corpo, formado por essa fusão ventral, é menos extenso no equino, no qual uma grande incisura direcionada à frente fornece uma prática via de acesso para a cirurgia da laringe. A parte mais rostral do corpo é geralmente espessa e corresponde ao “pomo-de-adão ou gogó” (proeminência laríngea) que sofre influência da testosterona, é mais saliente nos humanos do que nas espécies de animais domésticos. 
No equino, o processo rostral é separado da lâmina por uma fissura, e a parte ventral da cartilagem tireóidea é reduzida a uma ponte estreita rostralmente à qual se fixa o pecíolo da epiglote. O resultado é uma grande incisura no sentido caudal a essa ponte no assoalho da laringe, coberta apenas por tecidos moles, o que propicia um acesso conveniente para a cirurgia laríngea.
· Cartilagem cricóidea (CRICOIDE): é a mais caudal, forma um anel completo na extremidade caudal inferior da laringe, ela possui o formato de um anel de sinete com uma lâmina dorsal expandida e um arco ventral mais estreito. A lâmina dorsal se articula com as cartilagens aritenóideas enquanto o arco ventral se articula com os processos caudais da cartilagem tireóidea. O arco ventral é bastante semelhante às cartilagens traqueais que se seguem. Assim como a cartilagem tireóidea, a cartilagem cricóidea é formada de cartilagem hialina, a qual também pode se ossificar com a idade.
CARTILAGENS PARES:
· Cartilagens Aritenóideas (ARITENOIDES): são formadas de cartilagem hialina e são as únicas cartilagens laríngeas pares que se encontram dorsalmente para cobrir a abertura deixada aberta pela lâmina da cartilagem tireóidea, e desse modo formam a maior parte do teto da laringe.
São pequenas e situam-se na parte superior da cricoide, forma o dorso da laringe.
As cartilagens aritenóideas apresentam a forma de um triângulo a partir do qual se irradiam três processos: o processo corniculado, o qual se projeta dorsomedialmente desde o ângulo rostral do triângulo; um processo vocal, ao qual se fixam as pregas vocais, e que se projeta ventralmente para a cavidade laríngea; e um processo muscular, o qual se prolonga lateralmente e propicia fixação para o músculo cricoaritenóideo dorsal. Uma fóvea caudal se articula com a lâmina aritenóidea. (A cartilagem aritenóidea é principalmente hialina, porém o processo corniculado é elástico.)
· Cartilagens corniculadas: são nódulos de cartilagem que se situam nas extremidades das superiores acima das aritenoides.
· Cartilagens cuneiformes: lâminas de cartilagem que se situam na parte anterior (frente) das aritenoides.
Entre as cartilagens menores e menos proeminentes estão os processos cuneiformes elásticos, que suportam pregas mucosas que passam da cartilagem epiglótica para as aritenóideas. Esses processos não ocorrem em todas as espécies, e, quando presentes, podem estar livres ou fusionados com as cartilagens epiglótica ou aritenóideas. Um discreto nódulo de cartilagem hialina, a cartilagem interaritenóidea, pode ser encontrado dorsalmente entre as cartilagens aritenoideas.
(HISTOLOGIA DA LARINGE): -----> É um tubo de forma irregular que une a faringe à traqueia. Suas paredes contêm peças cartilaginosas de formas irregulares, unidas entre si por tecido conjuntivo fibrelástico. As cartilagens mantêm o lúmen da laringe sempre aberto, garantindo a livre passagem do ar. As peças cartilaginosas maiores (tireoide, cricoide e a maior parte das aritenoides) são do tipo hialino, enquanto as demais são do tipo elástico. 
A mucosa da laringe forma dois pares de pregas salientes no lúmen do órgão. O primeiro par, superior, constitui as pregas vestibulares (ou falsas cordas vocais); a lâmina própria dessa região é formada por tecido conjuntivo frouxo e contém glândulas. O segundo par, inferior, constitui as pregas vocais (ou cordas vocais verdadeiras), que apresentam um eixo de tecido conjuntivo muito elástico, ao qual se seguem, externamente, os músculos intrínsecos da laringe, do tipo estriado esquelético. Quando o ar passa através da laringe, esses músculos podem contrair-se, modificando a posição das cordas vocais e a amplitude da fenda que existe entre elas, produzindo sons com diferentes tonalidades. O revestimento epitelial não é uniforme ao longo de toda a laringe. 
É um tecido cartilaginoso, com epitélio pavimentoso não queratinizado, mas em determinado momento ele passa pela METAPLASIA (mudança) e passa a ter presença de queratina (condição presentes geralmente em animais que convivem com pessoas fumantes, poluentes no ar) se a metaplasia não for tratada se transforma em NEOPLASIA (câncer), e presença de epitélio respiratório. Nas pregas vocais, o epitélio está sujeito a mais atritos e desgaste e é do tipo estratificado pavimentoso não queratinizado. Nas demais regiões, é do tipo respiratório, e seus cílios batem em direção à faringe. A lâmina própria é rica em fibras elásticas e contém pequenas glândulas mistas (serosas e mucosas), as quais não são encontradas nas cordas vocais verdadeiras. Não existe uma submucosa bem definida.
A laringe conta com dois conjuntos de músculos do tipo estriado esquelético: músculos extrínsecos (sua contração eleva ou abaixa a laringe durante e após a deglutição) e músculos intrínsecos (que têm como função modificar a abertura das cordas vocais, localizam-se somente na laringe). Na face ventral (anterior) da epiglote, o epitélio é estratificado pavimentoso, enquanto, na face dorsal (posterior), é do tipo respiratório.
TRAQUÉIA: é a primeira via de acesso de ar para os pulmões, divide-se lateralmente em: Brônquio Esquerdo e Brônquio Direito. A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência anteroposterior que recebe o nome de Carina da traqueia, e serve para acentuar a separação dos dois brônquios.A traqueia e os brônquios formam um sistema contínuo de tubos de condução de ar entre a laringe e as passagens menores (bronquíolos) nos pulmões. Possuem uma construção muito semelhante e, juntos, são às vezes chamados de árvore traqueobronquial (árvore brônquica).
As subdivisões da traqueia para os alvéolos são: 
· Brônquios;
· Bronquíolos;
· Bronquíolos terminais; 
· Bronquíolos respiratórios;
· Ducto alveolar; 
· Saco alveolar;
· Alvéolos.
A traqueia se inicia a partir da laringe, segue pelo espaço visceral do pescoço, na entrada do tórax entra no mediastino, e continua até a sua bifurcação terminal acima do coração. Os dois brônquios principais divergem da linha da traqueia para entrar nos pulmões correspondentes em suas raízes. Em ruminantes e suínos, um brônquio traqueal separado surge cranialmente à bifurcação da traqueia e ventila o lobo cranial do pulmão direito. 
A parede traqueal é formada por anéis cartilaginosos, que são bastante flexíveis e possuem diâmetro variável (fluxo de ar), os anéis traqueais são incompletos, não forma um anel fechado, pois o esôfago se encaixa na traqueia, por isso o anel tem que ser aberto. é constituída por uma mucosa interna, uma camada média fibrocartilagínea e uma adventícia (no pescoço) ou serosa (no tórax). Ela compõe-se de uma série de cartilagens hialinas em forma de letra “C” conectadas por ligamentos. As margens das faixas são ligadas umas às outras por lâminas de tecido conjuntivo elástico contínuo ao pericôndrio. As extremidades são unidas pelo músculo traqueal liso, que preenche a lacuna dentro do “anel” na maioria das espécies, mas é disposto externamente no cão e no gato.
A quantidade de cartilagens traqueais varia também entre indivíduos: Equino: 48-60; Bovino: 48-60; Ovino: 48-60; Caprino: 48-60; Suíno: 29-36; Cão: 42-46; e Gato: 38-43. As cartilagens traqueais se abrem dorsalmente e apresentam formas diferentes em cada espécie doméstica.
(Histologia) ----> TRAQUEIA- É uma continuação da laringe e termina ramificando-se nos dois brônquios pulmonares. É revestida internamente por epitélio do tipo respiratório, e externamente por um tecido conjuntivo frouxo, constituindo a camada adventícia, que se continua com os tecidos análogos de órgãos adjacentes. Sua lâmina própria da mucosa é formada por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. Contém glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen traqueal.
PULMÕES: principais estruturas do sistema respiratório, ocupam quase todo o espaço do tórax e cada um deles é invaginado no saco pleural correspondente. (Tórax se expande/ Pulmões se expandem), quando o tórax se expande em volume, os pulmões também se expandem, isso faz com que o ar flua para o interior dos pulmões.
O pulmão direito e o pulmão esquerdo são basicamente semelhantes e se conectam um ao outro na bifurcação da traqueia. Eles são órgãos elásticos preenchidos com ar dotados de uma textura suave e esponjosa. A cor depende do teor sanguíneo: desde rosa pálido até alaranjado em animais que foram exanguinados, mas vermelho escuro quando cheios de sangue.
Apresentam movimento quase livre dentro do tórax devido a presença da Pleura. Cada pulmão é revestido internamente por uma membrana serosa, chamada de pleura, que também delimita a “etade” da cavidade torácica. A pleura é uma membrana lisa e serosa, constituída de apenas uma única camada de células fundidas na superfície de uma camada de tecido conjuntivo. Existem duas membranas pleurais, cada uma delas organizada como um saco invaginado fechado: pleura visceral (voltada para o lado interno, que está em contato com o pulmão) e a pleura parietal (voltada para o lado externo, em contato com as vertebras torácicas, ela serve para reduzir o atrito durante a respiração). Entre essas pleuras há um espaço chamado de espaço pleural, com presença de líquido pleural, esse líquido serve para lubrificar, e evitar o colabamento (colar, grudar) das pleuras. 
(Histologia Pleura) ----> a é a serosa do tecido conjuntivo que envolve o pulmão, formada por dois folhetos, o parietal e o visceral, que são contínuos na região do hilo do pulmão. Ambos os folhetos são formados por mesotélio e uma fina camada de tecido conjuntivo, que contém fibras colágenas e elásticas, sendo que as elásticas do folheto visceral se continuam com as do parênquima pulmonar. É uma membrana cuja forma lembra um saco, e que segrega serosidade em sua face interna, facilitando o deslizamento de órgãos contidos em seu interior.
Cada pulmão possui uma face costal (convexa adjacente à parede torácica), uma face mediastinal (em direção ao mediastino), e uma face diafragmática (a qual se posiciona em oposição à face do diafragma). Possui também uma Base (parte debaixo que faz relação com o diafragma), um Ápice (parte de cima, cranialmente), e o Hilo Pulmonar ou raiz do pulmão (parte medial onde vão entrar e sair todos os vasos pulmonares, nervos, artérias, veias, vasos linfáticos e estruturas do pulmão).
Os pulmões compõem-se de parênquima e interstício (estroma). O parênquima pulmonar é o órgão em que o oxigênio da atmosfera e o dióxido de carbono do sangue são trocados. Ele compreende os bronquíolos e seus ramos, e os alvéolos pulmonares terminais. O interstício compõe-se de tecido mole elástico e colágeno, onde se inserem glândulas mistas, fibras musculares lisas, fibras nervosas, vasos sanguíneos e linfáticos.
Árvore brônquica: Os brônquios se dividem nos pulmões de forma dicotômica ou tricotômica, sendo que cada nova geração apresenta um diâmetro menor e, desse modo, formam a árvore brônquica. A árvore brônquica pode ser dividida em duas partes, conforme seu funcionamento:
· Vias respiratórias: – A árvore brônquica se inicia com a bifurcação da traqueia pela formação dos brônquios principais direito e esquerdo. Cada brônquio principal se divide em brônquios lobares, os quais abastecem os diversos lobos dos pulmões e são denominados conforme o lobo ao qual se referem. Dentro do lobo, os brônquios lobares se dividem em brônquios segmentares (Os brônquios segmentares e o tecido pulmonar que eles ventilam são denominados segmentos bronco pulmonares, apresentam forma de cone, sendo que o ápice do cone se volta para a raiz pulmonar e a base se situa próxima à superfície livre do pulmão).
O interior de todos os brônquios é revestido pela mucosa respiratória; a parede contém glândulas mistas, fibras musculares lisas e cartilagem hialina. Ao contrário dos brônquios segmentares, as paredes dos bronquíolos seguintes não contêm glândulas e não são sustentadas por elementos cartilaginosos hialinos, mas ainda possuem fibras musculares e também são revestidas por mucosa respiratória. A última geração sem células alveolares pulmonares em seus segmentos na parede são os bronquíolos verdadeiros, os quais se ramificam para formar os bronquíolos terminais.
· Locais de troca gasosa com os pulmões: Os bronquíolos terminais se dividem em bronquíolos respiratórios, os quais contêm poucas células alveolares pulmonares em suas paredes (que se dividem em secundários e terciários antes de serem seguidos pelos ductos alveolares, os quais são completamente cercados por alvéolos).
 Os ductos alveolares terminam nos sacos alveolares. Os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, seus sacos e os alvéolos pulmonares realizam a interface entre ar e sangue por meio da qual ocorre a troca de gases. Durante a ramificação, o epitélio respiratório se torna cada vez mais delgado e finalmente é substituído por uma camada única de células escamosas alveolares. Os alvéolos pulmonares são revestidos por uma camada simples de pneumócitos (tipo I e tipo II), com uma membrana basal subjacente e são envoltos por uma densa rede de capilares. Os alvéolos e os capilares que os cercam formam a barreira hematoalveolar.
PARTICULARIDADES ESPÉCIES PULMÃO:
(Obs.: o pulmão esquerdo sempre será menor que o pulmão direito, por causa do coração.)
(Obs. 2: Os lobos do pulmão são definidos pela ramificação da árvore brônquica. Cada brônquio lobar abastece seu próprio lobo, quesegue a mesma denominação: por exemplo, brônquio cranial – lobo cranial; brônquio acessório – lobo acessório.)
(Obs. 3: O lobo acessório ocupa o recesso mediastinal, o qual se situa entre o mediastino, a veia cava caudal e sua rede mesovascular à direita, o pericárdio cranialmente e o diafragma caudalmente. No cão e no gato, parte do lobo acessório se situa fora do recesso mediastinal. Em ruminantes e no suíno, o lobo cranial direito é ventilado pelo brônquio traqueal, o qual emerge independentemente da traqueia cranial à sua bifurcação.)
Ruminantes: o pulmão (lobo) esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, já o pulmão (lobo) direito é dividido em 4 lobos: cranial, caudal, médio e acessório. Presença do brônquio traqueal.
Suínos: o pulmão (lobo) esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, já o lobo direito é dividido em 4 lobos: cranial, caudal, médio e acessório. No pulmão direito o lobo cranial possui uma subdivisão em: porção cranial e caudal. Presença de brônquio traqueal. Animal com maior lobulação pulmonar.
Equinos: pulmão (lobo) direito com lobos cranial e caudal com lobo acessório e pulmão (lobo) esquerdo com lobos cranial e caudal. É o pulmão mais simples, com menor lobulação pulmonar.
Carnívoros e Felinos: o pulmão (lobo) esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, já o lobo direito é dividido em 4 lobos: cranial, caudal, médio e acessório. No Pulmão (lobo) direito o lobo cranial possui uma subdivisão em: porção cranial e caudal.
(HISTOLOGIA)---->
· Brônquios: Nos ramos maiores, a mucosa é semelhante à da traqueia, revestida por epitélio respiratório; já nos ramos menores, o epitélio é cilíndrico simples ciliado. A lâmina própria é rica em fibras elásticas. Externamente à mucosa segue-se uma camada de tecido muscular com músculo liso, formada por feixes musculares dispostos em espiral, em torno da camada de músculo, existem glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen brônquico. Externamente à camada muscular, estão situadas as peças cartilaginosas dos brônquios, essas peças por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas. Essa capa conjuntiva, frequentemente denominada camada adventícia, se continua com as fibras conjuntivas do parênquima pulmonar adjacente.
· Bronquíolos: é a ramificação dos brônquios, são segmentos localizados intralobular, com diâmetro de 1 mm ou menos. Além do diâmetro menor, algumas de suas características diferenciais com os brônquios são: ausência de cartilagem e de glândulas em suas paredes. Nódulos linfáticos do BALT são infrequentemente encontrados. Seu epitélio é cilíndrico simples ciliado nas porções iniciais, passando, na porção final, a cúbico simples inicialmente ciliado e finalmente sem cílios. As células caliciformes diminuem em número, podendo estar ausentes completamente no final dos bronquíolos. O epitélio dos bronquíolos apresenta regiões especializadas em: corponeuroepiteliais. Cada corpo neuroepitelial é constituído por 80 a 100 células que contêm grânulos de secreção e recebem terminações nervosas colinérgicas. A lâmina própria da mucosa dos bronquíolos é delgada e rica em fibras elásticas.
· Bronquíolos terminais: são as últimas partes da porção condutora. Sua estrutura é semelhante à dos bronquíolos, tendo, porém, parede mais delgada, revestida internamente por epitélio colunar baixo ou cúbico, com células ciliadas e não ciliadas. O epitélio dos bronquíolos terminais apresenta as células em clava, (também chamadas células bronquiolares secretoras não ciliadas, anteriormente denominadas células de Clara), são células não ciliadas e com a superfície apical em forma de abóbada e saliente em relação às outras células do epitélio. Apresentam, em sua região apical, grânulos secretores que contêm diversas moléculas.
ALVÉOLOS PULMONARES: são os principais sítios de difusão de gases entre o ar e o sangue, é onde ocorre a troca gasosa. Através da hematose o sangue venoso da artéria pulmonar torna-se sangue arterial e retorna ao átrio esquerdo através das veias pulmonares.
Sangue Venoso: artérias pulmonares do coração; Sangue Arterial: retorna via veias pulmonares.
(histologia): ----> os pulmões contem cerca de 300 milhões de alvéolos, o que aumenta consideravelmente a superfície onde ocorre a troca de gases. É a última porção da árvore brônquica, são pequenas bolsas semelhantes aos favos de uma colmeia, ou cachos de uvas, e apresentam uma abertura. Possui parede epitelial fina, que constitui o septo interalveolar (ou parede alveolar). Há tecido conjuntivo com fibras reticulares, substância fundamental, células do tecido conjuntivo, e no tecido conjuntivo do interior dos septos, há também uma extensa rede de capilares sanguíneos. 
As paredes alveolares apresentam 2 tipos de células principais: 
· Pneumócito tipo I (ocupa 95% da área do alvéolo), é uma célula circular pavimentosa, célula achatada, alongado, que funde com o capilar. Possui o citoplasma muito delgado e núcleo achatado, que faz uma ligeira saliência para o interior do alvéolo. A principal função dos pneumócitos tipo I é constituir uma barreira de espessura mínima para possibilitar as trocas de gases entre o lúmen alveolar o tecido intersticial que forma o eixo da parede alveolar, e ao mesmo tempo impedir a passagem de líquido. 
· Pneumócito tipo II: o restante da área (5%) é ocupado pelos pneumócitos do tipo II, que se localiza na superfície alveolar, intercalado entre os pneumócitos tipo I. São células pequenas, arredondadas, cuboides, localizadas nos cantos dos alvéolos, frequentemente vistas em grupos de duas ou três células nos pontos em que as paredes alveolares se tocam, e o núcleo esférico é maior e mais claro em relação às demais células da parede interalveolar, as células apresentam retículo endoplasmático granuloso desenvolvido e microvilos na sua superfície livre. Sua função é a produção do líquido surfactante (reduz a tensão superficial dos alvéolos), um líquido branco- alveolar, que serve para impedir o colabamento dos alvéolos. Célula responsável pela regeneração dos alvéolos após lesão pulmonar, podendo gerar fibrose.
OBS.: (Os pneumócitos do tipo I não se regeneram, uma vez morto o espaço fica vazio e é preenchido pelos pneumócitos do tipo II, portanto passa a ter um excesso de líquido surfactante, se ele morre a troca gasosa fica diminuída, causando dificuldade respiratória.)
Além dessas 2 células principais, os alvéolos apresentam as células endoteliais capilares, são um importante componente dos septos interalveolares, pois constituem a delgada parede dos capilares sanguíneos, que formam uma abundante rede nas paredes. São, portanto, células muito numerosas e que têm o núcleo mais alongado que o dos pneumócitos. O endotélio é do tipo contínuo, não fenestrado. É a própria célula do tecido epitelial, que vai estar dentro dos capilares alveolares.
Outras células:
· Pneumócito tipo III: são células em escova, localizadas em todo o pulmão, associadas aos nervos, sensibilidades e quimiorreceptoras.
· Macrófago alveolar: ou célula de poeira (pois frequentemente têm em seu citoplasma fagossomos contendo partículas de carbono ou outras partículas inaladas e fagocitadas, observadas por microscopia óptica), situam-se no interior dos septos interalveolares e de alvéolos, ou seja, em todo o pulmão, exerce funções de fagocitose, proteção, defesa. É um macrófago dentro do alvéolo.
Fisiologia do sistema respiratório:
· Movimentos respiratórios (Fase inspiratória + Fase expiratória).
Inspiração: há uma contração do diafragma (move-se p/ baixo) (separação músculo- tendínea entre tórax e abdômen), contração dos músculos intercostais (localizados entre as costelas), então ocorre o aumento do tamanho do tórax, que causa a diminuição da pressão intrapulmonar que faz com que o ar entre nos pulmões (entrada de ar), ocorre por causa das contrações acima.
Expiração: há um relaxamento do diafragma (move-se p/ cima), relaxamento dos músculos intercostais, com uma diminuição do volume do tórax, que causa aumento da pressão intrapulmonar, fazendo com que o ar saia. Ela podeser ativa (esporádica), respiração acelerada e doenças, ou passiva.
Tipos de respiração:
· Abdominal: é o tipo mais comum e proeminente de respiração.
· Costal: caracterizada por movimentos pronunciados, movimentos acentuados das costelas, animal com dor, condição anormal.
A frequência respiratória varia em função de diferentes fatores associados: tamanho corporal, idade, exercício realizado, temperatura ambiente, gestação, grau de preenchimento do trato digestório e o estado de saúde.
Conclusão do sistema respiratório:
Os tecidos que constituem o aparelho respiratório estão organizados de forma a permitir que a função da respiração mecânica seja realizada com sucesso, por proporcionar os seguintes processos: 
1. Permitir que o ar inspirado passe por um processo de filtração, umidificação e ajuste de temperatura.
2. Proteger o trato respiratório contra a entrada de infectantes e irritantes.
3. Garantir a resistência das áreas que estão sujeitas a atritos e desgastes.
4. Permitir a livre passagem de ar. Permitir a hemóstase.