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complexo gengivite estomatie felina docx

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@martarebolo.vet 
Complexo gengivite-estomatite felino 
Bastante desafiador para o clínico! 
Sinónimos: 
 Estomatite Caudal 
 Estomatite Plasmocítica 
 Gengivite-Faringite Plasmocitária 
 Estomatite ulcerativa crônica 
 Gengivite estomatite linfocítica-
plasmocítica 
 Gengivite crônica 
 Estomatite necrosante 
 Gengivoestomatite crônica dos 
Felinos
 
O que é? 
Inflamação oral crônica 
Não transmite gato-gato 
“Inflamação severa da gengiva, mucosa alveolar e região glossopalatina em relação a uma 
resposta exacerbada do organismo”  SUPERINFLAMAÇÃO 
Lesões progridem para outros locais da cavidade oral, pode atingir o arco glosso-palatino 
(região de encontro entre a mandíbula e a maxila) 
Lesões hiperémicas que podem sangrar espontaneamente  Halitose intensa 
Estudos de Ueno e colaboradores (1996) mostram um aumento do nível da imunoglobulina 
(gama) devido à resposta imunológica exacerbada  Uso de corticoide recomendado! 
Doenças virais (FIV, FeLV, PIF, Herpesvírus, Calicivírus, desordens nutricionais e infecções 
por Bartonella podem apresentar sinais de inflamação oral, mas não se estabeleceu causa-
efeito nessa patologia! 
 
Sinais clínicos: 
 Salivação intensa – saliva espessa, 
“sujeira” mais escura ao redor da 
boca, bigodes – dificulta a 
medicação num primeiro momento 
 Halitose 
 Disfagia – “vai pegar a ração e não 
consegue” 
 
 Hiporexia – “queixa do tutor: gato parou de comer” - sente fome, mas sente dor ao 
se alimentar 
 Dificuldade para lamber-se e engolir; mãos podem estar sujas com resquícios de 
sangue/ saliva escura (devido aos sangramentos gengivais) 
 Pelame feio 
 Perda de Peso 
 Mímica de retirar algo da boca 
 Passar mão na boca 
 
Exame da cavidade oral: 
OBS: Se o paciente estiver com muita dor, pode-se administrar um analgésico antes e 
esperar fazer efeito antes de examinar 
 Mostra lesões ulcerativas ou proliferativas 
(infiltrado linfocítico plasmocítico) nas regiões da 
gengiva, faringe, arco glossopalatino, mucosas 
alveolares. 
 Pode apresentar doença periodontal e 
lesões de reabsorção dentária 
 Quadro de intensa dor! 
 
Prevalência: 
Sem preferência para sexo ou raça 
Algumas literaturas citam Siamês 
Idade média 8 anos (3 a 15) 
 
Diagnóstico: 
Exame da cavidade oral 
Biópsia (definitivo) 
Achados histopatológicos: 
 Hiperplasia do epitélio oral com ulcerações 
profundas 
 Abaixo dele, encontra.-se um infiltrado 
linfoplasmocítico, células inflamatórias migrando 
através da mucosa e macrófagos e neutrófilos 
polimorfonucleares na submucosa 
 Pode estar descrito como inflamação ou 
estomatite crônica inespecífica 
Diagnósticos diferenciais: 
 Gengivite urémica 
 Complexo granuloma eosinofílico 
 Carcinoma de células escamosas 
 Doença periodontal grave que mimetize o 
Complexo Gengivite-Estomaite 
 Lesão de Reabsorção Dentária Felina 
(LRDF) 
 Reação a CE 
 Doenças autoimunes (ex: lúpus e pênfigo) 
 
 
Tratamento: 
Não existe cura mas sim melhora na qualidade de vida do paciente! 
Exodontia total – Melhora 80% dos casos! 
 
 
 
Cuidados pós-operatórios: 
 Ração úmida: 1ª semana após a exodontia 
 Analgésicos: dipirona + tramadol (cuidado! Gato metaboliza a dipirona diferente do 
cão! Usar SID por no máximo 5 dias); Fora do brasil existe Buprenorfina gotas de 
pingar na língua que funciona muito bem 
MANEJO DA DOR
• Analgésicos
EXAMES PRÉ-
OPERATÓRIOS
• Ecocardiograma para 
gatos >5 anos
• Radiografia intraoral -
diagnóstico de perda 
de sustentação ou 
lesão de reabsorção 
(antes e depois do 
procedimento - nao 
quebrar raiz do dente 
se não pode 
perpetuar a doença)
TRATAMENTO 
PERIODONTAL
• Tratamento e 
profilaxia
EXTRAÇÃO DENTÁRIA
• Extração dos dentes 
com retração 
gengival, mobilidade, 
bolsa e exposição de 
furca, polimento
• Exodontia múltipla; em 
1º momento só os 
acometidos
• Alguns casos: todos os 
dentes caudais ao 
canino
 Antimicrobiano: antes do procedimento cirúrgico! Bocas já estão bastante 
contaminadas! 
 Antinflamatórios: 
 Higiene bucal – não vai ser todo paciente que vai deixar manipular a boca então nem 
todo o tutor vai conseguir realizar 
 Colocação de sonda esofágica em casos muito graves.: 
Gato já não estava se alimento 
adequadamente antes do 
procedimento cirúrgico? Depois deste 
vai desenvolver sensibilidade o que o 
pode fazer parar de comer. Vai 
depender do escore corporal do 
paciente e se ele já perdeu > 10% do 
peso na última semana – 
CONSIDERAR COLOCAR SONDA 
ESOFAGICA DURANTE O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. A sonda também facilita a 
administração de medicações quando o paciente não deixa manipular a boca de forma 
alguma. 
 Após a exodontia total, as lesões podem demorar meses para regredir, muitas 
delas permanecem mas não causam sinais clínicos 
Tratamento de casos refratários: (sinais clínicos permanecem – 30% dos casos 
em media) 
Corticoide sistémico: 
Prednisolona: 2mg/kg VO, SID, até 14 dias sem necessidade de desmame 
Gatos com muita dor ou irascíveis: acetato de Metilprednisolona 10mg/gato IM cada 21 dias 
Antibioticoterapia: 
ANTIBIÓTICO DOSE POSOLOGIA 
Clindamicina 11 mg/kg SID, por 10 a 30 dias 
Amoxicilina + Clavulanato de 
potássio 
10-20 mg/kg VO, BID, por 7 a 10 dias 
Metronidazol 11 a 22 mg/kg VO, BID, 7 a 10 dias 
Azitromicina 10mg/kg VO, SID, 5 dias 
Cefovecina sódica (Convênia) 1 ml para cada 10kg repete em 14 dias 
 
Doxicilina: 5 mg/kg BID (reduzir até 0,2 mg/kg) ou 5 mg/gato/dia por 9 a 12 meses ou até 
surtir o efeito desejado 
 Reduz a destruição do colagéno, pois inibe a secreção de matriz de 
metaloproteinases 
Pulsoterapia: 
 Controverso 
 Iniciada apenas se recidiva após 30 dias de antibiótico; antimicrobiano usado dose 
normal por 3 a 4 dias, 1 a 2 semanas sem e depois repete 
Outras terapias: 
1. Sais de ouro 
2. Lactoferrina 
3. Ciclosporina: 
 Imunosupressor 
 Propriedades antialérgicas: inibe 
as funções das células que iniciam 
a reação imunológica 
(Langerhans e linfócitos) 
 Reduz a liberação de histamina e 
citocinas 
 Efeitos adversos: sinais TGI, 
alterações mieloproliferativas, 
infeções secundárias, alterações 
hepáticas, renais e anemia
 Dose: 0,5 a 2,5 mg/kg, BID, VO 4 a 8 semanas no máximo 
 Ciclosporina tópica 0,5% 
 Importante monitorar níveis plasmáticos após 48h do início da terapia 
 OBS: Fazer sorologia de Toxoplasmose antes de iniciar tratamento 
 
4. Interferons 
 Melhora em partes o Sistema 
Imunológico, gerando intervalo de 
tempo para a reconstituição da 
imunidade mediada por células e 
assim a resposta para reduzir os 
níveis de antígeno viral 
 Virbagen Omega 10 UM (ainda não 
disponível no Brasil) 
 
5. Criocirurgia 
6. Laser baixa potência 
 Ativa macrófagos aumentando 
fagocitose e estimulando 
crescimento de fibroblastos 
 Tem que ser um gato fácil de 
manipular!
 
7. Laser CO2 
 
 Maxiguard Gel: 
Composição: clorexidine, zinco, vitamina C 
Objetivo: ajudar a repor o colágeno gengival e controlar a população bacteriana 
 
Terapias futuras: 
 
 Células-Tronco: (Trabalho de Arzi, 2017, demonstrou resultados promissores) 
 
 
Obs: Todas as imagens usadas são da médica veterinária Dra: Rochana Fett