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Aula 02 - Fundamentos Basicos do Cinema e Audiovisual

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AULA 02 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO 
DE TÉCNICO DE REGULAÇÃO (Teoria e Exercícios) 
PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA 
Profs. César Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
Olá, Futuro Servidor Concursado da ANCINE !!! Animado para mais uma aula? 
 
Hoje vamos continuar estudando a Medida Provisória nº 2.228-1/2001: 
 
� Capítulo VI: Da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria 
Cinematográfica Nacional – CONDECINE 
� Capítulo VII: Dos Fundos de Financiamento da Indústria 
Cinematográfica Nacional – FUNCINES 
� Capítulo VIII: Dos Demais Incentivos 
 
Sempre deixo a lembrança do nosso canal (Fórum) para dirimir dúvidas sobre 
a matéria ou sobre algum exercício, cujas explicações e comentários não 
ficaram muito claros para você. 
 
Não deixe de acessar o Fórum deste curso e inserir sua pergunta ou, quem 
sabe, analisar os questionamentos lá existentes que poderão ter alguma 
serventia a você. 
 
Reforço, também, nosso principal objetivo: prepará-los para encarar com 
sabedoria e tranquilidade as questões referentes a Atividades Cinematográficas 
e Audiovisuais p/ANCINE – Teoria e Exercícios, através de uma leitura clara, 
simples e direta. 
 
Bom curso para todos nós !!! 
 
Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br e henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br 
 
 
Profs. César Frade e Henrique Campolina 
Agosto/2012 
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1. A Medida Provisória nº 2.228-1/2001 (continuação) 
 
Não se assustem: pulamos o art. 31 (o último artigo (aula 01) foi o 30), em 
virtude de sua revogação pela Lei 12.485/2011. 
 
1.7. Capítulo VI – Da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria 
Cinematográfica Nacional – CONDECINE 
 
Não podemos deixar passar nenhuma informação, por mais óbvia que possa 
parecer. Então, caros candidatos e candidatas, não se esqueçam de memorizar 
o significado da sigla CONDECINE, que aparece no título deste capítulo da MP, 
e, também, de gravar se tratar de uma CONTRIBUIÇÃO. 
 
Art. 32. A CONDECINE terá por fato gerador:1 
I - a veiculação, a produção, o licenciamento e a distribuição de 
obras cinematográficas e videofonográficas com fins comerciais, por 
segmento de mercado a que forem destinadas; 
II - a prestação de serviços que se utilizem de meios que possam, 
efetiva ou potencialmente, distribuir conteúdos audiovisuais nos 
termos da lei que dispõe sobre a comunicação audiovisual de acesso 
condicionado, listados no Anexo I desta Medida Provisória; 
III - a veiculação ou distribuição de obra audiovisual publicitária 
incluída em programação internacional, nos termos do inciso XIV do 
art. 1º desta MP, nos casos em que existir participação direta de 
agência de publicidade nacional, sendo tributada nos mesmos 
valores atribuídos quando da veiculação incluída em programação 
nacional. 
Parágrafo único. A CONDECINE também incidirá sobre o 
pagamento, o crédito, o emprego, a remessa ou a entrega, aos 
produtores, distribuidores ou intermediários no exterior, de 
importâncias relativas a rendimento decorrente da exploração de 
obras cinematográficas e videofonográficas ou por sua aquisição ou 
importação, a preço fixo. 
 
Inicialmente, antes de entrarmos nas disposições contidas no art. 32, traremos 
a definição de fato gerador, retirada do Glossário do sítio eletrônico oficial do 
Ministério da Fazenda (www.fazenda.gov.br): 
 
Fato gerador: “Fato, ou o conjunto de fatos, ou o estado de fato, a que o 
legislador vincula o nascimento de obrigações jurídicas de 
pagar tributo determinado.” 
 
1 Redação dada pela Lei 12.485, de 12/09/2011 – caput e incisos I, II e III 
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Com este conceito em mente, vamos listar, de forma didática, os fatos 
geradores contidos neste dispositivo, da mesma forma que fizemos com as 
definições em nossa aula demonstrativa: 
 
1º Fato Gerador: 
� Serviços: Veiculação, produção, licenciamento e distribuição, 
� Objeto: Obras cinematográficas e videofonográficas, 
� Finalidade: Comercial, 
� Situações para cálculo: Por segmento de mercado a que forem destinadas. 
 
2º Fato Gerador: 
� Serviços: que utilizem meios que possam distribuir conteúdos audiovisuais 
sobre comunicação audiovisual de acesso condicionado (Anexo I desta MP). 
 
3º Fato Gerador: 
� Serviços: veiculação ou distribuição de obra audiovisual publicitária, 
� Local: incluída em programação internacional, 
� Participação: direta de agência de publicidade nacional, 
� Tributação: igual à veiculação incluída em programação nacional. 
 
O parágrafo único traz outra importante incidência da CONDECINE: sobre 
rendimentos decorrentes da exploração de obras cinematográficas e 
videofonográficas ou por sua aquisição ou importação, a preço fixo, cuja 
alíquota a ser aplicada será de 11% sobre as importâncias ali referidas2. 
 
Para esta situação (parágrafo único) esta MP (art. 35) define os “sujeitos 
passivos” cuja CONDECINE será devida: 
� Responsável pelo pagamento, crédito, emprego, remessa ou entrega das 
importâncias; 
 
� Concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços de 
telecomunicações; 
 
� Representante legal e obrigatório da programadora estrangeira no País. 
 
 
2 Referência de alíquota retirada do §2º do art. 33 (analisado a seguir) 
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Art. 33. A CONDECINE será devida para cada segmento de mercado, 
por:3 
 
I - título ou capítulo de obra cinematográfica ou videofonográfica 
destinada aos seguintes segmentos de mercado: 
a) salas de exibição; 
b) vídeo doméstico, em qualquer suporte; 
c) serviço de radiodifusão de sons e imagens; 
d) serviços de comunicação eletrônica de massa por assinatura; 
e) outros mercados, conforme anexo. 
 
II - título de obra publicitária cinematográfica ou videofonográfica, 
para cada segmento dos mercados previstos nas alíneas “a” a “e” 
do inciso I a que se destinar; 
 
III - prestadores dos serviços constantes do Anexo I desta MP, a 
que se refere o inciso II do art. 32 desta MP. 
 
§ 1º A CONDECINE corresponderá aos valores das tabelas 
constantes do Anexo I a esta MP. 
 
§ 2º Na hipótese do parágrafo único do art. 32, a CONDECINE será 
determinada mediante a aplicação de alíquota de 11% sobre as 
importâncias ali referidas. 
 
§ 3º A CONDECINE será devida: 
I - uma única vez a cada 5 (cinco) anos, para as obras a que se 
refere o inciso I do caput deste artigo; 
II - a cada 12 (doze) meses, para cada segmento de mercado em 
que a obra seja efetivamente veiculada, para as obras a que se 
refere o inciso II do caput deste artigo; 
III - a cada ano, para os serviços a que se refere o inciso III do 
caput deste artigo. 
 
§ 4º Na ocorrência de modalidades de serviços qualificadas na 
forma do inciso II do art. 32 não presentes no Anexo I desta Medida 
Provisória, será devida pela prestadora a Contribuição referente ao 
item “a” do Anexo I, até que lei fixe seu valor. 
 
 
O 1º fato gerador analisado acima diz “por segmento de mercado a que forem 
destinadas”. 
 
Então, vamos a eles: 
 
 
 
3 Redação e inclusões pela Lei 12.485, de 12/09/2011 – caput, incisos(II e III) e §§ (3º e 4º) 
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Incidência da CONDECINE 
Segmentos de 
Mercado Obras/Serviços 
Periodicidade 
Sujeitos 
passivos* 
- Salas de exibição; 
- Vídeo doméstico, em 
qualquer suporte; 
- Serviço de radiodifusão 
de sons e imagens; 
- Serviços de comunicação 
eletrônica de massa por 
assinatura; 
- Outros mercados. 
Título ou capítulo de obra 
cinematográfica ou 
videofonográfica; 
Única vez a cada 
5 anos 
Detentor dos direitos de 
exploração comercial ou de 
licenciamento no País 
Título de obra publicitária 
cinematográfica ou 
videofonográfica 
Cada 12 meses, 
por segmento de 
mercado 
Empresa produtora (obra 
nacional) ou detentor do 
licenciamento para 
exibição (obra estrangeira) 
- Serviços constantes no 
Anexo I da MP 
Prestadores destes 
serviços 
Cada ano 
(*) CONDECINE devida a estes sujeitos ativos (art. 35) 
 
O artigo traz mais regulamentações acerca da cobrança e quantificação dos 
valores da CONDECINE: 
 
- Não reproduziremos as tabelas constantes no Anexo, mas sugerimos uma 
rápida leitura do Anexo I apenas para contato com estes valores. (acessar: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/2228-1.htm - site do Planalto). 
 
Importante memorizarmos as periodicidades de incidência da CONDECINE 
trazidas pelo §3º, que inserimos na tabela acima. 
 
Art. 34. O produto da arrecadação da CONDECINE será destinado ao 
FNC4 e alocado em categoria de programação específica denominada 
Fundo Setorial do Audiovisual, para aplicação nas atividades de 
fomento relativas aos Programas de que trata o art. 47 desta MP.5 
 
Embora com redação simples, curta e direta, é importante guardarmos as 
informações contidas no art. 34: 
� Destinação da arrecadação da CONDECINE: Fundo Nacional da Cultura6; 
� Alocação: Fundo Setorial do Audiovisual (categoria:programação específica); 
� Aplicação: atividades de fomento dos Programas PRODECINE, PRODAV e 
PRÓ-INFRA (que serão abordados no art. 47). 
 
 
4 FNC - Fundo Nacional da Cultura 
5 Redação dada pela Lei 11.437, de 28/12/2006 
6 Instituído pela Lei 8.313/91, que também instituiu PRONAC (Programa Nacional de Apoio à Cultura) 
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Art. 35. A CONDECINE será devida pelos seguintes sujeitos 
passivos: 
I - detentor dos direitos de exploração comercial ou de 
licenciamento no País, conforme o caso, para os segmentos de 
mercado previstos nas alíneas "a" a "e" do inciso I do art. 33; 
II - empresa produtora, no caso de obra nacional, ou detentor do 
licenciamento para exibição, no caso de obra estrangeira, na 
hipótese do inciso II do art. 33; 
III - o responsável pelo pagamento, crédito, emprego, remessa ou 
entrega das importâncias referidas no parágrafo único do art. 32;7 
IV - as concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços 
de telecomunicações, relativamente ao disposto no inciso II, art.32; 
V - o representante legal e obrigatório da programadora estrangeira 
no País, na hipótese do inciso III do art. 32. 
 
“Sujeitos passivos” também deverão recolher a CONDECINE. Já inserimos 
estas disposições nas análises dos artigos 32 e 33 desta MP. 
 
Art. 36. A CONDECINE deverá ser recolhida à ANCINE, na forma do 
regulamento:8 
I - na data do registro do título para os mercados de salas de 
exibição e de vídeo doméstico em qualquer suporte, e serviços de 
comunicação eletrônica de massa por assinatura para as 
programadoras referidas no inciso XV do art. 1º da MP nº 2.228-
1/2001, em qualquer suporte, conforme Anexo I; 
II - na data do registro do título para o mercado de serviços de 
radiodifusão de sons e imagens e outros mercados, conforme 
Anexo I; 
III - na data do registro do título ou até o primeiro dia útil seguinte 
à sua solicitação, para obra cinematográfica ou videofonográfica 
publicitária brasileira, brasileira filmada no exterior ou estrangeira 
para cada segmento de mercado, conforme Anexo I;9 
IV - na data do registro do título, para o mercado de serviços de 
radiodifusão de sons e imagens e de comunicação eletrônica de 
massa por assinatura, para obra cinematográfica e videofonográfica 
nacional, conforme Anexo I; 
V - na data do pagamento, crédito, emprego ou remessa das 
importâncias referidas no parágrafo único do art. 32; 
VI - na data da concessão do certificado de classificação indicativa, 
nos demais casos, conforme Anexo I. 
VII - anualmente, até o dia 31 de março, para os serviços de que 
trata o inciso II do art. 32 desta Medida Provisória. 
 
7 Redação e inclusões pela Lei 12.485, de 12/09/2011 – incisos III, IV e V 
8 Redação dada pela Lei 10.454, de 13/05/2002 – caput e incisos I, II, IV, V, VI e VII 
9 Redação dada pela Lei 12.599, de 23/03/2012 
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A CONDECINE deve ser recolhida à ANCINE, na 
forma do regulamento. 
 
Traremos, agora, um quadro-resumo com as compilações didaticamente 
formatadas para facilitar a memorização de todos quantos às datas previstas 
para o recolhimento da CONDECINE nos diversos casos: 
 
CONDECINE 
(Regulamentações sobre o Recolhimento) 
Data Segmentos de Mercado / Obras 
Data do registro do título 
� Salas de exibição, 
� Salas de vídeo doméstico, 
� Serviços de comunicação eletrônica de massa 
por assinatura p/programadoras nacionais10. 
� Serviços de radiodifusão de sons e imagens, 
� Outros mercados (Anexo I da MP). 
� Serviços de radiodifusão de sons e imagens e 
de comunicação eletrônica de massa por 
assinatura, para: 
- Obra cinematográfica e videofonográfica 
nacional. 
Data do registro do título 
ou 
 Até 1º dia útil seguinte à 
sua solicitação 
� Para cada segmento de mercado: para obra 
cinematográfica ou videofonográfica: 
- Publicitária brasileira, 
- Brasileira filmada no exterior ou 
- Estrangeira. 
Data do pagamento, 
crédito, emprego ou 
remessa das importâncias 
� Importâncias previstas no parágrafo único do 
art. 32. 
Data da concessão do 
certificado de classificação 
indicativa 
� Para os demais casos (conf. Anexo I da MP). 
Anualmente, até o dia 31 
de março, � Serviços de que trata o art. 32,II desta MP. 
 
 
10 “Programação Nacional: aquela gerada e disponibilizada, no território brasileiro, pelos canais ou 
programadoras, incluindo obras audiovisuais brasileiras ou estrangeiras, destinada às empresas de 
serviços de comunicação eletrônica de massa por assinatura ou de quaisquer outros serviços de 
comunicação que transmitam sinais eletrônicos de som e imagem, que seja gerada e transmitida 
diretamente no Brasil por empresas sediadas no Brasil, por satélite ou por qualquer outro meio de 
transmissão ou veiculação.” (inciso XV do art. 1º da MP 2.228-1/2001) 
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Art. 37. O não recolhimento da CONDECINE no prazo sujeitará o 
contribuinte às penalidades e acréscimos moratórios previstos nos 
arts. 44 e 61 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. 
§ 1º A pessoa física ou jurídica que promover a exibição, 
transmissão, difusão ou veiculação de obra cinematográficaou 
videofonográfica que não tenha sido objeto do recolhimento da 
CONDECINE responde solidariamente por essa contribuição.11 
§ 2º A solidariedade de que trata o § 1º não se aplica à hipótese 
prevista no parágrafo único do art. 32. 
 
Aqui a norma estipula as penalidades que os inadimplentes com a CONDECINE 
se sujeitarão, remetendo aos artigos 44 (“Multas de Lançamento de Ofício”) e 
61 (“Acréscimos moratórios – Multas e Juros”) da Lei 9.430 que “dispõe sobre 
a legislação tributária federal, as contribuições para a seguridade social, o 
processo administrativo de consulta e dá outras providências”12. 
 
Art. 38. A administração da CONDECINE, inclusive as atividades de 
arrecadação, tributação e fiscalização, compete à:13 
I - Secretaria da Receita Federal, na hipótese do parágrafo único do 
art. 32; 
II - ANCINE, nos demais casos. 
§ 1º Aplicam-se à CONDECINE, na hipótese de que trata o inciso I 
do caput, as normas do Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972. 
§ 2º A ANCINE e a Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL 
exercerão as atividades de regulamentação e fiscalização no âmbito 
de suas competências e poderão definir o recolhimento conjunto da 
parcela da CONDECINE devida referente ao inciso III do caput do 
art. 33 e das taxas de fiscalização de que trata a Lei nº 5.070/1966, 
que cria o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações.14 
 
Administração da CONDECINE 
Responsável Hipóteses 
Secretaria da Receita 
Federal (SRF) 
� Incidência sobre pagamento, crédito, emprego, 
remessa ou entrega, aos produtores, distribuidores 
ou intermediários no exterior, de importâncias 
relativas a rendimento decorrente da exploração de 
obras cinematográficas e videofonográficas ou por 
sua aquisição ou importação, a preço fixo. 
ANCINE � Demais casos. 
 
 
11 Redação dada pela Lei 10.454, de 13/05/2002 – §§ 1º e 2º 
12 Ementa da Lei 9.430, de 27/12/1996 
13 Redação dada pela Lei 10.454, de 13/05/2002 – caput, incisos I e II e §1º 
14 Incluído pela Lei 12.485, de 12/09/2011 
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Vejam a extensão do art. 39 e tenham certeza que é um dos dispositivos mais 
cobrados em provas de concurso acerca da CONDECINE. 
 
Traremos, novamente a compilação das diversas informações aí contidas num 
quadro-resumo visando facilitar a memorização de todos vocês. 
 
Mas como sempre recomendamos, façam mais uma leitura do texto legal (base 
da grande maioria das questões) e, em seguida, inseriremos o quadro: 
 
Art. 39. São isentos da CONDECINE: 
I - a obra cinematográfica e videofonográfica destinada à exibição 
exclusiva em festivais e mostras, desde que previamente autorizada 
pela ANCINE; 
II - a obra cinematográfica e videofonográfica jornalística, bem 
assim os eventos esportivos; 
III - as chamadas dos programas e a publicidade de obras 
cinematográficas e videofonográficas veiculadas nos serviços de 
radiodifusão de sons e imagens, nos serviços de comunicação 
eletrônica de massa por assinatura e nos segmentos de mercado de 
salas de exibição e de vídeo doméstico em qualquer suporte;15 
IV - as obras cinematográficas ou videofonográficas publicitárias 
veiculadas em Municípios que totalizem um número de habitantes a 
ser definido em regulamento;16 
V - a exportação de obras cinematográficas e videofonográficas 
brasileiras e a programação brasileira transmitida para o exterior; 
VI - as obras audiovisuais brasileiras, produzidas pelas empresas de 
serviços de radiodifusão de sons e imagens e empresas de serviços 
de comunicação eletrônica de massa por assinatura, para exibição 
no seu próprio segmento de mercado ou quando transmitida por 
força de lei ou regulamento em outro segmento de mercado, 
observado o disposto no parágrafo único, exceto as obras 
audiovisuais publicitárias; 
VII - o pagamento, o crédito, o emprego, a remessa ou a entrega 
aos produtores, distribuidores ou intermediários no exterior, das 
importâncias relativas a rendimentos decorrentes da exploração de 
obras cinematográficas ou videofonográficas ou por sua aquisição 
ou importação a preço fixo, bem como qualquer montante referente 
a aquisição ou licenciamento de qualquer forma de direitos, 
referentes à programação, conforme definição constante do inciso 
XV do art. 1º; 
VIII - obras cinematográficas e videofonográficas publicitárias 
brasileiras de caráter beneficente, filantrópico e de propaganda 
política; 
 
15
 Redação dada pela Lei 12.599, de 23/03/2012 
16
 Redação dada pela Lei 10.454, de 13/05/2002 – incisos IV, VI, VII, VIII, IX e X e §§1º e 5º 
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IX - as obras cinematográficas e videofonográficas incluídas na 
programação internacional de que trata o inciso XIV do art. 1º, 
quanto à CONDECINE prevista no inciso I, alínea d do art. 33; 
X - a CONDECINE de que trata o parágrafo único do art. 32, 
referente à programação internacional, de que trata o inciso XIV do 
art. 1º, desde que a programadora beneficiária desta isenção opte 
por aplicar o valor correspondente a 3% (três por cento) do valor 
do pagamento, do crédito, do emprego, da remessa ou da entrega 
aos produtores, distribuidores ou intermediários no exterior, das 
importâncias relativas a rendimentos ou remuneração decorrentes 
da exploração de obras cinematográficas ou videofonográficas ou 
por sua aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer 
montante referente a aquisição ou licenciamento de qualquer forma 
de direitos, em projetos de produção de obras cinematográficas e 
videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens de 
produção independente, de co-produção de obras cinematográficas 
e videofonográficas brasileiras de produção independente, de 
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de 
programas de televisão de caráter educativo e cultural, brasileiros 
de produção independente, aprovados pela ANCINE. 
XI - a ANATEL, as Forças Armadas, a Polícia Federal, as Polícias 
Militares, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Civis e os Corpos 
de Bombeiros Militares.17 
§ 1º As obras audiovisuais brasileiras, produzidas pelas empresas 
de serviços de radiodifusão de sons e imagens e empresas de 
serviços de comunicação eletrônica de massa por assinatura, 
estarão sujeitas ao pagamento da CONDECINE se vierem a ser 
comercializadas em outros segmentos de mercado. 
§ 2º Os valores correspondentes aos 3% (três por cento) previstos 
no inciso X do caput deste artigo deverão ser depositados na data 
do pagamento, do crédito, do emprego, da remessa ou da entrega 
aos produtores, distribuidores ou intermediários no exterior das 
importâncias relativas a rendimentos decorrentes da exploração de 
obras cinematográficas e videofonográficas ou por sua aquisição ou 
importação a preço fixo, em conta de aplicação financeira especial 
em instituição financeira pública, em nome do contribuinte.18 
§ 3º Os valores não aplicados na forma do inciso X do caput deste 
artigo, após 270 dias de seu depósito na conta de que trata o § 2º 
deste artigo, destinar-se-ão ao FNC e serão alocados em categoria 
de programação específica denominada FSA19. 
§ 4º Os valores previstos no inciso X do caput não poderão ser 
aplicados em obras audiovisuais de natureza publicitária. 
§ 5º A liberação dos valores depositados na conta de aplicação 
financeira especial fica condicionada à integralização de pelo menos 
50% dos recursos aprovados para a realização do projeto. 
§ 6º Os projetos produzidos com os recursos de que trata o inciso Xdo caput deste artigo poderão utilizar-se dos incentivos previstos na 
 
17 Incluído pela Lei 12.485, de 12/09/2011 
18 Redação dada pela Lei 11.437, de 28/12/2006 
19 FSA: Fundo Setorial do Audiovisual 
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Lei nº 8.685/1993, e na Lei nº 8.313/1991, limitados a 95% do 
total do orçamento aprovado pela ANCINE para o projeto. 
XII - as hipóteses previstas pelo inciso III do art. 32, quando 
ocorrer o fato gerador de que trata o inciso I do mesmo artigo, em 
relação à mesma obra audiovisual publicitária, para o segmento de 
mercado de comunicação eletrônica de massa por assinatura.20 
 
Para facilitar nossa memorização, usaremos a sigla OCV para referência às 
Obras Cinematográficas ou Videofonográficas. Ok? 
 
CONDECINE – ISENÇÕES 
Hipóteses / Obras Observações 
OCV - Exibição exclusiva: festivas e mostras. 
- Prévia autorização da ANCINE. 
OCV jornalísticas - Incluindo eventos esportivos. 
Chamadas dos 
programas e publicidade 
de OCV, veiculadas: 
- Radiodifusão de sons e imagens, 
- Serviços comunicação eletrônica de massa p/assinatura, 
- Salas de exibição e de vídeo doméstico. 
OCV publicitárias, 
veiculadas: 
- P/Municípios com nº de habitantes a ser definido em 
regulamento. 
Exportação de OCV - Obras brasileiras 
Programação brasileira - Transmitida para o exterior. 
Obras audiovisuais 
brasileiras 
- Produzidas por empresas de serviços de: 
- radiodifusão de sons e imagens, 
- comunicação eletrônica de massa por assinatura. 
- Para exibição: 
- no seu próprio segmento de mercado ou 
- transmitida por força de lei/regulamento. 
- Observar disposto no §1º exceto as publicitárias; 
OCV public. brasileiras - Caráter beneficente, filantrópico e propaganda política. 
OCV - Incluídas em programação internacional21. 
Pagamento, crédito, 
remessa ou entrega 
para exterior, das 
importâncias relativas a 
rendimentos decorrentes 
da exploração de OCV22 
- Referentes à programação nacional (Art. 1º, XV) ou 
- Referentes à programação internacional (programadora 
beneficiária aplicar o valor correspondente a 3% do 
importância em projetos de produção de OCV brasileiras 
de longa, média e curta metragens de produção ou 
coprodução independente, aprovados pela ANCINE. 
ANATEL 
Formas Armadas, Polícias (Federal/Militares/Rodoviária/Civis) e Corpos de Bombeiros. 
 
20 Redação dada pela Lei 12.599, de 23/03/2012 
21 “Programação Internacional: aquela gerada, disponibilizada e transmitida diretamente do exterior 
para o Brasil, por satélite ou por qualquer outro meio de transmissão ou veiculação, pelos canais, 
programadoras ou empresas estrangeiras, destinada às empresas de serviços de comunicação eletrônica 
de massa por assinatura ou de quaisquer outros serviços de comunicação que transmitam sinais 
eletrônicos de som e imagem.” (inciso XV do art. 1º da MP 2.228-1/2001) 
22 Situação descrita no parágrafo único do artigo 32 
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Art. 40. Os valores da CONDECINE ficam reduzidos a: 
I – 20%, quando se tratar de obra cinematográfica ou 
videofonográfica não publicitária brasileira; 
II - 30%, quando se tratar de: 
a) obras audiovisuais destinadas ao segmento de mercado de salas 
de exibição que sejam exploradas com até 6 (seis) cópias;23 
b) obras cinematográficas e videofonográficas destinadas à 
veiculação em serviços de radiodifusão de sons e imagens e cuja 
produção tenha sido realizada mais de vinte anos antes do registro 
do contrato no ANCINE; 
IV - 10%, quando se tratar de obra publicitária brasileira realizada 
por microempresa ou empresa de pequeno porte, segundo as 
definições do art. 3º da Lei Complementar nº 123/2006, com custo 
não superior a R$ 10.000,00, conforme regulamento da ANCINE.24 
 
Vamos compilar também estes descontos em uma tabela? Vejam como a 
memorização fica facilitada: 
CONDECINE – Reduções 
Hipóteses / Obras Reduzida a 
� Obra publicitária brasileira realizada por ME ou EPP25, com custo 
não superior a R$10.000,00, conforme regulamento da ANCINE. 
10% 
� OCV não publicitária brasileira 20% 
� Obras audiovisuais para mercado de salas de exibição exploradas 
com até 6 cópias 
30% 
� OCV para radiodifusão (sons e imagens), com produção realizada 
há mais de 20 anos do registro do contrato na ANCINE 
30% 
 
1.8. Capítulo VII – Dos Fundos de Financiamento da Indústria 
Cinematográfica Nacional – FUNCINES 
 
Art. 41. Os Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica 
Nacional – FUNCINES serão constituídos sob a forma de condomínio 
fechado, sem personalidade jurídica, e administrados por instituição 
financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou 
por agências e bancos de desenvolvimento.26 
§ 1º O patrimônio dos FUNCINES será representado por quotas 
emitidas sob a forma escritural, alienadas ao público com a 
intermediação da instituição administradora do Fundo. 
§ 2º A administradora será responsável por todas as obrigações do 
Fundo, inclusive as de caráter tributário. 
 
23 Redação dada pela Lei 10.454, de 13/05/2002 
24 Redação dada pela Lei 12.599, de 23/03/2012 
25 ME ou EPP: siglas utilizadas para referência a empresas enquadradas como Microempresa e Empresa 
de Pequeno Porte, nesta ordem, conforme Lei Complementar nº 123/2006. 
26
 Redação dada pela Lei 11.437, de 28/12/2006 
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Art. 42. Compete à Comissão de Valores Mobiliários autorizar, 
disciplinar e fiscalizar a constituição, o funcionamento e a 
administração dos FUNCINES, observadas as disposições desta MP e 
as normas aplicáveis aos fundos de investimento. 
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários comunicará a 
constituição dos FUNCINES, bem como as respectivas 
administradoras à ANCINE. 
 
Dados importantes extraídos destes 2 primeiros artigos sobre os FUNCINES: 
� Sigla: FUNCINES – Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica 
Nacional; 
� Constituição: Forma de condomínio fechado; 
� Sem personalidade jurídica; 
� Administração: Por instituição financeira autorizada a funcionar pelo 
BACEN ou por agências/bancos de desenvolvimento, que serão 
responsáveis p/todas obrigações do Fundo (incluindo as tributárias); 
� Patrimônio: Representado por quotas emitidas sob a forma escritural, 
alienadas ao público com a intermediação da instituição 
administradora do respectivo Fundo; 
� Competências para autorizar, disciplinar e fiscalizar a constituição, 
funcionamento e administração dos FUNCINES:Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM); 
� Normas aplicáveis: MP 2.228-1/2001 e referentes aos fundos de 
investimento; 
� Comunicação sobre a constituição dos FUNCINES: CVM; 
� Comunicação à ANCINE: Respectiva administradora. 
 
Releiam o artigo 43, que, em seguida, traremos as informações compiladas e 
analisadas: 
Art. 43. Os recursos captados pelos FUNCINES serão aplicados, na 
forma do regulamento, em projetos e programas que, atendendo 
aos critérios e diretrizes estabelecidos pela ANCINE, sejam 
destinados a: 
I - projetos de produção de obras audiovisuais brasileiras 
independentes realizadas por empresas produtoras brasileiras;27 
II - construção, reforma e recuperação das salas de exibição de 
propriedade de empresas brasileiras; 
III -aquisição de ações de empresas brasileiras para produção, 
comercialização, distribuição e exibição de obras audiovisuais 
 
27
 Redação dada pela Lei 11.437, de 28/12/2006 – incisos I, II, III, IV e V e §§ 1º, 2º, 5º, 7º e 8º 
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brasileiras de produção independente, bem como para prestação de 
serviços de infra-estrutura cinematográficos e audiovisuais; 
IV - projetos de comercialização e distribuição de obras 
audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente 
realizados por empresas brasileiras; e 
V - projetos de infra-estrutura realizados por empresas brasileiras. 
§ 1º Para efeito da aplicação dos recursos dos FUNCINES, as 
empresas de radiodifusão de sons e imagens e as prestadoras de 
serviços de telecomunicações não poderão deter o controle 
acionário das empresas referidas no inciso III do caput deste artigo. 
§ 2º Os FUNCINES deverão manter, no mínimo, 90% do seu 
patrimônio aplicados em empreendimentos das espécies 
enumeradas neste artigo, observados, em relação a cada espécie de 
destinação, os percentuais mínimos a serem estabelecidos em 
regulamento. 
§ 3º A parcela do patrimônio do Fundo não comprometida com as 
aplicações de que trata este artigo, será constituída por títulos 
emitidos pelo Tesouro Nacional ou pelo Banco Central do Brasil. 
§ 4º É vedada a aplicação de recursos de FUNCINES em projetos que 
tenham participação majoritária de quotista do próprio Fundo. 
§ 5º As obras audiovisuais de natureza publicitária, esportiva ou 
jornalística não podem se beneficiar de recursos dos FUNCINES ou 
do FNC alocados na categoria de programação específica FSA. 
§ 6º As obras cinematográficas e videofonográficas produzidas com 
recursos dos FUNCINES terão seu corte e edição finais aprovados 
para exibição pelo seu diretor e produtor responsável principal. 
§ 7º Nos casos do inciso I do caput deste artigo, o projeto deverá 
contemplar a garantia de distribuição ou difusão das obras. 
§ 8º Para os fins deste artigo, aplica-se a definição de empresa 
brasileira constante no § 1º do art. 1º desta Medida Provisória. 
 
A norma traz a forma de aplicação dos recursos captados pelos FUNCINES: 
FUNCINES – Aplicações dos Recursos Captados 
Aplicação 
Projetos e Programas 
Critérios Destinação 
Na forma do 
regulamento 
Estabelecidos 
pela ANCINE 
Produção de obras audiovisuais brasileiras independentes 
realizadas por empresas produtoras brasileiras, cujo projeto 
contemplará garantia de distribuição e difusão das obras. 
Construção/melhorias:salas de exibição de empresas brasileiras. 
Aquisição de ações de empresas brasileiras para serviços de: 
- Produção, comercialização, distribuição e exibição de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente, 
- Infraestrutura cinematográficos e audiovisuais. 
Comercialização e distribuição de obras audiovisuais 
cinematográficas brasileiras de produção independente 
realizadas por empresas brasileiras. 
Infraestrutura realizados por empresas brasileiras. 
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Ainda sobre aplicação destes recursos, a norma traz outras regulamentações: 
� Não poderão deter controle acionário das empresas ref. no inc. III do caput: 
- Empresas de radiodifusão (sons e imagens), 
- Empresas prestadoras de serviços de telecomunicações; 
� FUNCINES deverão manter, no mínimo, 90% do seu patrimônio aplicados 
em empreendimentos das espécies aqui enumeradas, distribuídos 
observadas as parcelas mínimas definidas em regulamento p/cada espécie; 
� Parcela do patrimônio do Fundo não comprometida com tais aplicações, será 
constituída por títulos emitidos pelo Tesouro Nacional ou pelo BACEN. 
� Vedada aplicação de recursos de FUNCINES em projetos que tenham 
participação majoritária de quotista do próprio Fundo; 
� Obras audiovisuais de natureza publicitária, esportiva ou jornalística não 
podem se beneficiar de recursos dos FUNCINES ou do FNC alocados na 
categoria de programação específica FSA. 
� OCV produzidas com recursos dos FUNCINES terão seu corte e edição finais 
aprovados para exibição pelo seu diretor e produtor responsável principal; 
� Utilizar definição de empresa brasileira28 constante no art. 1º, §1º desta MP. 
 
 
FUNCINES X IMPOSTO DE RENDA 
 
Os artigos 44, 45 e 46 trazem regras referentes ao Imposto de Renda (IR). Por 
serem muito técnicos, transcreveremos estes dispositivos já de forma didática: 
 
� Até apuração relativa a 2016 (PF e PJ29), poderá ser deduzir do IR devido as 
quantias aplicadas na aquisição de cotas dos FUNCINES, observado: 
- Dedução poderá ser utilizada de forma alternativa ou conjunta com a 
referida nos arts. 1º e 1º-A da Lei nº 8.685/93. 
- Para PF: a dedução sujeita ao limite de 6%, aquelas da Lei 9.532/9730. 
- Somente são dedutíveis do IR as aquisições de cotas dos FUNCINES, por: 
- PF: no ano-calendário a que se referir a declaração de ajuste anual, 
- PJ: no respectivo período de apuração de imposto. 
 
28 “§1o ... entende-se por empresa brasileira aquela constituída sob as leis brasileiras, com sede e 
administração no País, cuja maioria do capital total e votante seja de titularidade direta ou indireta, de 
brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, os quais devem exercer de fato e de direito 
o poder decisório da empresa” §1º do art. 1º desta MP 
29 Siglas PF (Pessoa Física), PJ (Pessoa Jurídica) e IR (Imposto de Renda) 
30 Art. 22 da Lei 9.532/1997 
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� Esta dedução incidirá sobre o imposto devido: 
- PJ (que apuram lucro real trimestral): no trimestre dos investimentos, 
- PJ (que apuram o lucro real anual, com opção de recolhimento do IR por 
estimativa): no ano-calendário, 
- PF: no ano-calendário (conf. ajuste em declaração anual de rendimentos). 
 
� Não será dedutível a perda apurada na alienação das cotas dos FUNCINES. 
 
� Dedução limitada a 3% do IR pelas pessoas jurídicas e deverá observar 
limite previsto no inciso II do caput do art. 6º da Lei nº 9.532/1997. 
 
� Os rendimentos e ganhos líquidos e de capital: 
- Auferidos pela carteira de FUNCINES ficam isentos do imposto de renda. 
- Decorrentes de aplicação em FUNCINES sujeitam-se às normas tributárias 
aplicáveis aos demais valores mobiliários no mercado de capitais. 
 
� Ocorrendo resgate de quotas de FUNCINES, em decorrência do término do 
prazo de duração/liquidação do fundo, sobre o rendimento do quotista, 
constituído pela diferença positiva entre o valor de resgate e o custo de 
aquisição das quotas, incidirá IR na fonte à alíquota de 20%. 
 
 
1.9. Capítulo VIII – Dos Demais Incentivos 
 
Art. 47. Como mecanismos de fomento de atividades audiovisuais, 
ficam instituídos, conforme normas a serem expedidas pela 
ANCINE:31 
I - o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Cinema Brasileiro –
PRODECINE, destinado ao fomento de projetos de produção 
independente, distribuição, comercialização e exibição por 
empresas brasileiras; 
II - o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual 
Brasileiro - PRODAV, destinado ao fomento de projetos de produção, 
programação, distribuição, comercialização e exibição de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente; 
III - o Programa de Apoio ao Desenvolvimentoda Infra-Estrutura 
do Cinema e do Audiovisual - PRÓ-INFRA, destinado ao fomento de 
projetos de infra-estrutura técnica para a atividade cinematográfica 
e audiovisual e de desenvolvimento, ampliação e modernização dos 
 
31
 Redação e inclusões dadas pela Lei 11.437, de 28/12/2006 – caput, incisos e §2º 
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serviços e bens de capital de empresas brasileiras e profissionais 
autônomos que atendam às necessidades tecnológicas das 
produções audiovisuais brasileiras. 
§ 1º Os recursos do PRODECINE poderão ser objeto de aplicação a 
fundo perdido, nos casos específicos previstos no regulamento. 
§ 2º A ANCINE estabelecerá critérios e diretrizes gerais para a 
aplicação e a fiscalização dos recursos dos Programas referidos no 
caput deste artigo. 
 
Primeiramente, precisamos memorizar o significados destas novas 3 siglas que 
surgem na MP: 
 
� PRODECINE: PROgrama de Apoio ao DEsenvolvimento do CINEma Brasileiro, 
 
� PRODAV: PROgrama de Apoio ao Desenvolvimento do AudioVisual Brasileiro, 
 
� PRÓ-INFRA: PROgrama de Apoio ao Desenvolvimento da INFRAestrutura do 
Cinema e do Audiovisual. 
 
Cujas destinações dos programas se destinam: 
 
MECANISMOS DE FOMENTO DE ATIVIDADES AUDIOVISUAIS 
Programa Destinação: Fomento de... 
PRODECINE 
�Projetos de produção independente, distribuição, comercialização 
e exibição por empresas brasileiras. 
PRODAV 
�Projetos de produção, programação, distribuição, comercialização 
e exibição de obras audiovisuais brasileiras de produção 
independente. 
PRÓ-INFRA 
�Projetos de infraestrutura técnica para a atividade cinematográfica 
e audiovisual e de desenvolvimento, ampliação e modernização 
dos serviços e bens de capital de empresas brasileiras e 
profissionais autônomos que atendam às necessidades 
tecnológicas das produções audiovisuais brasileiras. 
 
São fontes de recursos destes Programas: 
� Percentual do produto da arrecadação da CONDECINE; 
� Arrecadação de multas e juros, decorrentes do descumprimento das normas 
de financiamento pelos beneficiários dos recursos do PRODECINE; 
� Remuneração dos financiamentos concedidos; 
� Doações e outros aportes não especificados; 
� Dotações consignadas nos orçamentos da União, Estados, DF e Municípios. 
 
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Art. 49. O abatimento do imposto de renda na fonte, de que o trata 
art. 3º da Lei nº 8.685/1993, aplicar-se-á, exclusivamente, a 
projetos previamente aprovados pela ANCINE, na forma do 
regulamento, observado o disposto no art. 67. 
Parágrafo único. A opção pelo benefício previsto no caput afasta a 
incidência do disposto no § 2º do art. 33 desta Medida Provisória. 
 
Art. 50. As deduções previstas no art. 1º da Lei nº 8.685/1993, 
ficam prorrogadas até o exercício de 2016, inclusive, devendo os 
projetos a serem beneficiados por esses incentivos ser previamente 
aprovados pela ANCINE.32 
 
Este dois artigos (49 e 50) trazem mais dispositivos técnicos acerca do IR. 
 
Pularemos os artigos 51 (revogado) e 52/53 (que se referem a alterações que 
foram inseridas na Lei nº 8.313/1991). 
 
Prêmio Adicional de Renda 
 
Art. 54. Fica instituído o Prêmio Adicional de Renda, calculado 
sobre as rendas de bilheterias auferidas pela obra cinematográfica 
de longa metragem brasileira de produção independente, que será 
concedido a produtores, distribuidores e exibidores, na forma que 
dispuser o regulamento. 
 
Vejam quantos requisitos e exigências aparecem neste curto artigo, em relação 
ao Prêmio Adicional de Renda: 
� Cálculo: Rendas de bilheterias; 
� Tipo de obra: Obra cinematográfica de longa metragem; 
� Origem: Brasileira; 
� Produção: Independente; 
� Concedido a: Produtores, distribuidores e exibidores; 
� Formato: Conforme regulamento próprio. 
 
Art. 55. Por um prazo de 20 anos, contados a partir de 5/09/2001, 
as empresas proprietárias, locatárias ou arrendatárias de salas, 
espaços ou locais de exibição pública comercial exibirão obras 
cinematográficas brasileiras de longa metragem, por um número de 
dias fixado, anualmente, por decreto, ouvidas as entidades 
representativas dos produtores, distribuidores e exibidores. 
 
32
 Redação dada pela Lei 12.375, de 30/12/2010 
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§ 1º A exibição de obras cinematográficas brasileiras far-se-á 
proporcionalmente, no semestre, podendo o exibidor antecipar a 
programação do semestre seguinte. 
§ 2º A ANCINE aferirá, semestralmente, o cumprimento do disposto 
neste artigo. 
§ 3º As obras cinematográficas e os telefilmes que forem exibidos 
em meios eletrônicos antes da exibição comercial em salas não 
serão computados para fins do cumprimento do disposto no caput. 
 
Art. 56. Por um prazo de 20 anos, contados a partir de 5/09/2001, 
as empresas de distribuição de vídeo doméstico deverão ter um 
percentual anual de obras brasileiras cinematográficas e 
videofonográficas entre seus títulos, obrigando-se a lançá-las 
comercialmente. 
Parágrafo único. O percentual de lançamentos e títulos a que se 
refere este artigo será fixado anualmente por decreto, ouvidas as 
entidades de caráter nacional representativas das atividades de 
produção, distribuição e comercialização de obras cinematográficas 
e videofonográficas. 
 
Art. 57. Poderá ser estabelecido, por lei, a obrigatoriedade de 
veiculação de obras cinematográficas e videofonográficas 
brasileiras de produção independente em outros segmentos de 
mercado além daqueles indicados nos arts. 55 e 56. 
 
Os últimos 3 artigos do Capítulo VIII, que também finalizarão a parte teórica 
de nossa aula 02, tratam do mesmo tema e, por este motivo, após a atenta 
leitura (espero que tenha sido atenta mesmo) dos ilustres candidatos dos 
textos legais, vamos compilar as informações mais importantes num único 
quadro-resumo: 
 
Obras Brasileiras – Garantias de Exibição 
Prazo 20 anos, contados a partir de 05/09/2001. 
Empresas Ações 
Proprietárias, locatárias ou 
arrendatárias de salas, 
espaços ou locais de 
exibição pública comercial. 
Exibirão obras cinematográficas brasileiras de longa 
metragem, por nº de dias fixado, anualmente, por 
decreto, ouvidas as entidades representativas dos 
produtores, distribuidores e exibidores. 
Distribuição de vídeo 
doméstico 
Deverão ter um percentual anual de obras brasileiras 
cinematográficas e videofonográficas entre seus títulos, 
obrigando-se a lançá-las comercialmente. 
 
VAMOS NOS EXERCITAR UM POUCO! 
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QUESTÕES RESOLVIDAS (Medida Provisória nº 2.228/2001) 
 
Questão 1 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras cinematográficas e videofonográficas destinadas à 
exibição exclusiva em festivais e mostras, desde que previamente autorizadas 
pela ANCINE. 
 
Esta é hipótese de isenção. 
 
Vejam como esta opção transcreve literalmente o inciso I do art. 39 da MP 
2.228-1/2001: 
Art. 39. São isentos da CONDECINE:I - a obra cinematográfica e videofonográfica destinada à exibição 
exclusiva em festivais e mostras, desde que previamente autorizada 
pela ANCINE; 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
 
Questão 2 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras cinematográficas e videofonográficas jornalísticas, 
bem como os eventos esportivos e os documentários que tenham como objeto 
personalidades do esporte nacional. 
 
Não é hipótese de isenção. 
 
Vejam como o inciso II do artigo 39 não mencionada os tais documentários 
com personalidades do esporte nacional. Também não há qualquer outra 
previsão na MP a respeito desta hipótese. 
 
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Confiram o citado inciso: 
Art. 39. São isentos da CONDECINE: ... 
II - a obra cinematográfica e videofonográfica jornalística, bem 
assim os eventos esportivos; 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
Questão 3 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras cinematográficas ou videofonográficas publicitárias 
veiculadas em Municípios do interior dos Estados. 
 
Não é hipótese de isenção. 
 
A previsão legal de isenção para estas obras publicitárias vincula à veiculação 
em determinados Municípios (com nº de habitantes a ser definido em 
regulamento) e não genericamente como aparece nesta opção. Vejam: 
Art. 39. São isentos da CONDECINE: 
... 
IV - as obras cinematográficas ou videofonográficas publicitárias 
veiculadas em Municípios que totalizem um número de habitantes a 
ser definido em regulamento; 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
Questão 4 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade 
Cinematográfica e Audiovisual – 2009) – O significado de CONDECINE e sua 
principal função são, respectivamente: 
a) Controle de Obras Cinematográficas Nacionais; verificar o número de 
espectadores de obras cinematográficas brasileiras nas salas de cinema; 
b) Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica 
Nacional; cobrar taxa de toda obra que circule nos mercados audiovisuais 
brasileiros; 
c) Contribuições para o Debate sobre o Cinema Brasileiro; reunir textos 
básicos organizados pela Agência como parâmetro para a proposta de Leis 
e Projetos ao Congresso Nacional; 
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d) Conselho Superior de Cinema; definir a política nacional de cinema; 
e) Conselho de Entidades de Cinema; reunir representantes das entidades de 
produtores, distribuidores e exibidores do audiovisual brasileiro. 
 
Resolução: 
 
Questão de resolução direta. Estudamos que CONDECINE é a sigla da 
CONtribuição para o DEsenvolvimento da Indústria CINEmatográfica Nacional. 
 
Daí só sobrou a alternativa B, mas precisamos ver se a principal função da 
CONDECINE também está correta: “cobrar taxa de toda obra que circule nos 
mercados audiovisuais brasileiros” - OK 
 
Gabarito: B 
 
Questão 5 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ Por um prazo de 50 anos, a partir de 6/9/2001, as exibidoras públicas 
comerciais terão de exibir obras cinematográficas brasileiras de longa 
metragem por um número de dias fixado, anualmente, por decreto. 
 
Resolução: 
 
Esta assertiva foi retirada do artigo 55 da MP nº 2.228-1/2001 e traz 2 
incorreções: prazo e data de início de sua contagem. 
 
Confiram o texto legal: 
Art. 55. Por um prazo de 20 anos, contados a partir de 5/09/2001, 
as empresas proprietárias, locatárias ou arrendatárias de salas, 
espaços ou locais de exibição pública comercial exibirão obras 
cinematográficas brasileiras de longa metragem, por um número de 
dias fixado, anualmente, por decreto, ouvidas as entidades 
representativas dos produtores, distribuidores e exibidores. 
 
Gabarito: E (Errado) 
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO CINEMA E AUDIOVISUAL PARA O CARGO 
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PROFESSORES: CESAR FRADE e HENRIQUE CAMPOLINA 
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Questão 6 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ As empresas de exibição deverão emitir relatório enumerando as obras 
cinematográficas brasileiras e estrangeiras exibidas pelos cinemas de sua rede 
de exibição, número de dias de exibição, número de expectadores e renda de 
bilheteria, conforme definido em regulamento, devendo as informações ser 
remetidas à ANCINE. 
 
Resolução: 
 
Esta resolução é interessante, caros candidatos e candidatas: como este 
concurso foi realizado em 2006, o gabarito oficial trouxe C (Certo), em virtude 
do artigo 18 da Medida Provisória 2.228-1/2001 cujo conteúdo foi literalmente 
transcrito para este enunciado. 
 
Entretanto, para nós, em 2012, após a Lei 11.437 ser sancionada em 
28/12/2006, esta assertiva está ERRADA. 
 
Vejam como, atualmente, está o citado artigo 18: 
Art. 18. As empresas distribuidoras, as programadoras de obras 
audiovisuais para o segmento de mercado de serviços de 
comunicação eletrônica de massas por assinatura, as 
programadoras de obras audiovisuais para outros mercados, 
conforme assinalado na alínea e do Anexo I desta Medida 
Provisória, assim como as locadoras de vídeo doméstico e as 
empresas de exibição, devem fornecer relatórios periódicos sobre a 
oferta e o consumo de obras audiovisuais e as receitas auferidas 
pela exploração delas no período, conforme normas expedidas pela 
ANCINE. 
 
Comparando as 2 assertivas (artigo da MP e enunciado) podemos verificar que, 
apesar de regulamentarem relatórios parecidos, não há elementos suficientes 
para confirmarmos a correção do enunciado. 
 
Gabarito: E (Errado) 
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Questão 7 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Com o advento das leis de fomento às atividades 
cinematográficas e audiovisuais, apoiadas em renúncia fiscal, não há mais 
investimento direto do setor público na produção de filmes com a utilização de 
verbas orçamentárias. 
 
Resolução: 
 
Se transcrevermos o artigo 48 da MP 2.228-1/2001, que trata das fontes de 
recursos dos mecanismos de fomento de atividades audiovisuais, percebemos 
nitidamente a incorreção da assertiva desta questão, ao depararmos com o 
inciso V deste dispositivo legal. Confiram comigo: 
Art. 48. São fontes de recursos dos Programas de que trata o art. 
47 desta Medida Provisória:33 
I - percentual do produto da arrecadação da Contribuição para o 
Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional -
 CONDECINE; 
II - o produto da arrecadação de multas e juros, decorrentes do 
descumprimento das normas de financiamento pelos beneficiários 
dos recursosdo PRODECINE; 
III - a remuneração dos financiamentos concedidos; 
IV - as doações e outros aportes não especificados; 
V - as dotações consignadas nos orçamentos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios; (grifos meus) 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 8 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Julgue o item que se segue com base nas Leis nos 
8.313/1991 e 8.685/1993. 
__ A partir de 2007, em virtude de modificação introduzida pela MP 
2.228/2001, os benefícios da Lei n.º 8.313/1991 só serão aplicados para 
projetos relativos a obras cinematográficas de curta e média metragem, 
excluindo-se, portanto, os projetos de filmes de longa metragem. 
 
 
33 Redação dada pela Lei 11.437, de 28/12/2006 
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Resolução: 
 
A assertiva está ERRADA, uma vez que a legislação autoriza que estes 
benefícios contemplem filmes documentais e estes poderão ser de longa 
metragem. 
 
A presente questão foi anulada pela banca (CESPE), que entendeu haver 
“dubiedade contida no item”. 
 
Apesar deste vício alegado, em fase recursal, pelo CESPE, entendemos que 
não haveria possibilidade de considerar a questão correta. 
 
Nossa intenção em trazer esta questão foi alertá-los para possíveis formas de 
recorrência da cobrança deste tópico, quando o CESPE poderá inserir pequenas 
alterações no texto visando eliminar a citada “dubiedade”. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 9 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Com base na legislação da área audiovisual e 
cinematográfica brasileira, julgue o item a seguir. 
__ Os recursos captados pelos fundos de financiamento da indústria 
cinematográfica nacional (FUNCINES), criados pela Medida Provisória n.º 
2.228/2001, poderão ser aplicados em projetos e programas que sejam 
destinados a: obras cinematográficas brasileiras de produção independente, 
construção de salas privativas de exibição e obra cinematográfica seriada 
produzida em dois capítulos. 
 
Resolução: 
 
Vocês lembram o que o art. 43 diz. Releitura para reforçar a memorização: 
 
 
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Art. 43. Os recursos captados pelos FUNCINES serão aplicados, na 
forma do regulamento, em projetos e programas que, atendendo 
aos critérios e diretrizes estabelecidos pela ANCINE, sejam 
destinados a: 
I - projetos de produção de obras audiovisuais brasileiras 
independentes realizadas por empresas produtoras brasileiras;34 
II - construção, reforma e recuperação das salas de exibição de 
propriedade de empresas brasileiras; 
III - aquisição de ações de empresas brasileiras para produção, 
comercialização, distribuição e exibição de obras audiovisuais 
brasileiras de produção independente, bem como para prestação de 
serviços de infra-estrutura cinematográficos e audiovisuais; 
IV - projetos de comercialização e distribuição de obras 
audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente 
realizados por empresas brasileiras; e 
V - projetos de infra-estrutura realizados por empresas brasileiras. 
 
Ao compararmos este artigo com a assertiva do enunciado, detectamos as 
seguintes observações e, também, incorreções: 
 
� “obras cinematográficas brasileiras de produção independente”: 
- Obras cinematográficas estão contidas em obras audiovisuais: Ok, 
- Ausência da vinculação destas obras à produtora brasileira: Não Ok; 
 
� “construção de salas privativas de exibição”: 
- Apesar de poder ser construção de salas privativas, há a necessidade 
de pertencerem a empresas brasileiras: Não Ok; 
 
� “obra cinematográfica seriada produzida em dois capítulos”: 
- a MP não traz esta hipótese: Não Ok. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 10 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras cinematográficas ou videofonográficas brasileiras 
que envolvam temática política. 
 
34
 Redação dada pela Lei 11.437, de 28/12/2006 – incisos I, II, III, IV e V e §§ 1º, 2º, 5º, 7º e 8º 
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Resolução: 
 
Não é hipótese de isenção. 
 
Ao se referir ao conteúdo do inciso VIII do art. 39, o enunciado retirou a 
característica “publicitária” destas obras, deixando de caracterizar hipótese de 
isenção tratada no enunciado: 
Art. 39. São isentos da CONDECINE: 
... 
VIII - obras cinematográficas e videofonográficas publicitárias 
brasileiras de caráter beneficente, filantrópico e de propaganda 
política; 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 11 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade 
Cinematográfica e Audiovisual – 2009) – A Medida Provisória nº 2.228-1/2001, 
em seu parágrafo único do Art. 32, trata da incidência da CONDECINE sobre o 
pagamento, o crédito, o emprego, a remessa ou a entrega, aos produtores, 
distribuidores ou intermediários no exterior, de importâncias relativas a 
rendimento decorrente da exploração de obras cinematográficas e 
videofonográficas, no Brasil, por programadora internacional. A mesma MP, em 
seu inciso X ao art. 39, dispõe sobre a isenção desta taxa quando a: 
a) programadora internacional investe 3% de seu capital na produção e co-
produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente; 
b) empresa beneficiária dessa isenção opta por aplicar o valor correspondente 
a 3% dos pagamentos acima listados na produção e co-produção de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente; 
c) empresa beneficiária dessa isenção investe o valor correspondente a 3% 
dos pagamentos acima listados em obras brasileiras, mesmo as que 
tenham natureza publicitária; 
d) empresa beneficiária dessa isenção opta por aplicar o valor correspondente 
a 70% dos pagamentos acima listados na produção e co-produção de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente; 
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e) programadora internacional investe na produção e coprodução de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente, com a única restrição 
de que essas obras não venham a ser comercializadas na forma de 
homevideo. 
 
Resolução: 
 
O enunciado traz, expressamente os dispositivos da MP 2.228-1/2001. Então, 
nada mais óbvio, que começarmos nossa resolução reavivando os conteúdos 
dos mesmos. Vamos lá? 
 
Art. 32 
... 
Parágrafo único. A CONDECINE também incidirá sobre o 
pagamento, o crédito, o emprego, a remessa ou a entrega, aos 
produtores, distribuidores ou intermediários no exterior, de 
importâncias relativas a rendimento decorrente da exploração de 
obras cinematográficas e videofonográficas ou por sua aquisição ou 
importação, a preço fixo. 
 
Art. 39. São isentos da CONDECINE: 
... 
X - a CONDECINE de que trata o parágrafo único do art. 32, 
referente à programação internacional, de que trata o inciso XIV do 
art. 1º, desde que a programadora beneficiária desta isençãoopte 
por aplicar o valor correspondente a 3% (três por cento) do valor 
do pagamento, do crédito, do emprego, da remessa ou da entrega 
aos produtores, distribuidores ou intermediários no exterior, das 
importâncias relativas a rendimentos ou remuneração decorrentes 
da exploração de obras cinematográficas ou videofonográficas ou 
por sua aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer 
montante referente a aquisição ou licenciamento de qualquer forma 
de direitos, em projetos de produção de obras cinematográficas e 
videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens de 
produção independente, de co-produção de obras cinematográficas 
e videofonográficas brasileiras de produção independente, de 
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de 
programas de televisão de caráter educativo e cultural, brasileiros 
de produção independente, aprovados pela ANCINE. (grifos meus) 
 
Percebam que com os trechos grifados podemos constatar que a alternativa de 
resposta correta está descrita na opção B. 
 
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Vamos às incorreções das demais alternativas, pois, em virtude da escassez de 
questões sobre o tema desta aula, não podemos desperdiçar tal chance: 
 
“a) programadora internacional investe 3% de seu capital na produção e co-
produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente;” 
Errado: o percentual até está correto, mas a base de seu cálculo não. 
 
“c) empresa beneficiária dessa isenção investe o valor correspondente a 3% 
dos pagamentos acima listados em obras brasileiras, mesmo as que 
tenham natureza publicitária;” Errado: Novamente aparece o percentual 
correto (tentando confundir os candidatos), mas além de não caracterizar 
bem quais seriam as “obras brasileiras”, traz na frase final afronta ao §4º 
deste artigo 39 da MP. Relembrem comigo: 
§ 4º Os valores previstos no inciso X do caput deste artigo não 
poderão ser aplicados em obras audiovisuais de natureza 
publicitária. 
 
“d) empresa beneficiária dessa isenção opta por aplicar o valor correspondente 
a 70% dos pagamentos acima listados na produção e co-produção de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente;” Errado: Percentual 
completamente errado. 
 
“e) programadora internacional investe na produção e coprodução de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente, com a única restrição 
de que essas obras não venham a ser comercializadas na forma de 
homevideo.” Errado: A MP não traz qualquer previsão acerca desta 
assertiva. 
 
Gabarito: B 
 
Questão 12 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras audiovisuais brasileiras, produzidas pelas empresas 
de serviços de radiodifusão de sons e imagens e empresas de serviços de 
comunicação eletrônica de massa por assinatura, mesmo quando 
comercializadas em outro segmento de mercado. 
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Não é hipótese de isenção. 
 
A assertiva começa bem, transcrevendo o inciso VI do art. 39 (transcrito 
abaixo), mas em seguida, deixa de ser hipótese de isenção da CONDECINE ao 
se referir a outro segmento de mercado. Confiram: 
Art. 39. São isentos da CONDECINE: 
... 
VI - as obras audiovisuais brasileiras, produzidas pelas empresas de 
serviços de radiodifusão de sons e imagens e empresas de serviços 
de comunicação eletrônica de massa por assinatura, para exibição 
no seu próprio segmento de mercado ou quando transmitida por 
força de lei ou regulamento em outro segmento de mercado, 
observado o disposto no parágrafo único, exceto as obras 
audiovisuais publicitárias; (grifo meu) 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS (Medida Provisória nº 2.228/2001) 
 
 
 
Questão 1 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras cinematográficas e videofonográficas destinadas à 
exibição exclusiva em festivais e mostras, desde que previamente autorizadas 
pela ANCINE. 
 
 
 
 
Questão 2 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras cinematográficas e videofonográficas jornalísticas, 
bem como os eventos esportivos e os documentários que tenham como objeto 
personalidades do esporte nacional. 
 
 
 
 
Questão 3 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras cinematográficas ou videofonográficas publicitárias 
veiculadas em Municípios do interior dos Estados. 
 
 
 
 
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Questão 4 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade 
Cinematográfica e Audiovisual – 2009) – O significado de CONDECINE e sua 
principal função são, respectivamente: 
a) Controle de Obras Cinematográficas Nacionais; verificar o número de 
espectadores de obras cinematográficas brasileiras nas salas de cinema; 
b) Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica 
Nacional; cobrar taxa de toda obra que circule nos mercados audiovisuais 
brasileiros; 
c) Contribuições para o Debate sobre o Cinema Brasileiro; reunir textos 
básicos organizados pela Agência como parâmetro para a proposta de Leis 
e Projetos ao Congresso Nacional; 
d) Conselho Superior de Cinema; definir a política nacional de cinema; 
e) Conselho de Entidades de Cinema; reunir representantes das entidades de 
produtores, distribuidores e exibidores do audiovisual brasileiro. 
 
Questão 5 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ Por um prazo de 50 anos, a partir de 6/9/2001, as exibidoras públicas 
comerciais terão de exibir obras cinematográficas brasileiras de longa 
metragem por um número de dias fixado, anualmente, por decreto. 
 
Questão 6 
(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com a Medida 
Provisória n.º 2.228/2001, que, entre outras providências, instituiu a Agência 
Nacional do Cinema (ANCINE) e a Política Nacional do Cinema e alterou em 
parte a legislação então existente, julgue o item a seguir. 
__ As empresas de exibição deverão emitir relatório enumerando as obras 
cinematográficas brasileiras e estrangeiras exibidas pelos cinemas de sua rede 
de exibição, número de dias de exibição, número de expectadores e renda de 
bilheteria, conforme definido em regulamento, devendo as informações ser 
remetidas à ANCINE. 
 
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Questão 7 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Com o advento das leis de fomento às atividades 
cinematográficas e audiovisuais, apoiadas em renúncia fiscal, não há mais 
investimento direto do setor público na produção de filmes com a utilização de 
verbas orçamentárias. 
 
 
Questão 8 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Julgue o item que se segue com base nas Leis nos 
8.313/1991 e 8.685/1993. 
__ A partir de 2007, em virtude de modificação introduzida pela MP 
2.228/2001, os benefícios da Lei n.º 8.313/1991 só serão aplicados para 
projetos relativos a obras cinematográficas de curta e média metragem, 
excluindo-se, portanto, os projetos de filmes de longa metragem. 
 
 
Questão 9 
(CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e 
Audiovisual – 2005) – Com base na legislação da área audiovisual e 
cinematográfica brasileira, julgue o item a seguir. 
__ Os recursos captados pelos fundos de financiamento da indústria 
cinematográfica nacional (FUNCINES), criados pela Medida Provisória n.º 
2.228/2001, poderão ser aplicados em projetos e programas que sejam 
destinados a: obras cinematográficas brasileiras de produção independente, 
construção de salas privativas de exibição e obra cinematográfica seriada 
produzida em dois capítulos. 
 
 
Questão 10 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras cinematográficas ou videofonográficas brasileiras 
que envolvam temática política. 
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Questão 11 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Especialista em Regulação da Atividade 
Cinematográfica e Audiovisual – 2009) – A Medida Provisória nº 2.228-1/2001, 
em seu parágrafo único do Art. 32, trata da incidência da CONDECINE sobre o 
pagamento, o crédito, o emprego, a remessa ou a entrega, aos produtores, 
distribuidores ou intermediários no exterior, de importâncias relativas a 
rendimento decorrente da exploração de obras cinematográficas e 
videofonográficas, no Brasil, por programadora internacional. A mesma MP, em 
seu inciso X ao art. 39, dispõe sobre a isenção desta taxa quando a: 
a) programadora internacional investe 3% de seu capital na produção e co-
produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente; 
b) empresa beneficiária dessa isenção opta por aplicar o valor correspondente 
a 3% dos pagamentos acima listados na produção e co-produção de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente; 
c) empresa beneficiária dessa isenção investe o valor correspondente a 3% 
dos pagamentos acima listados em obras brasileiras, mesmo as que 
tenham natureza publicitária; 
d) empresa beneficiária dessa isenção opta por aplicar o valor correspondente 
a 70% dos pagamentos acima listados na produção e co-produção de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente; 
e) programadora internacional investe na produção e coprodução de obras 
audiovisuais brasileiras de produção independente, com a única restrição 
de que essas obras não venham a ser comercializadas na forma de 
homevideo. 
 
 
Questão 12 
(COSEAC-UFF – ANCINE – Analista Administrativo – 2009) – Julgue o item 
abaixo: 
A Medida Provisória nº 2.228/2001, em seu Artigo 39, trata da isenção da 
CONDECINE para as obras audiovisuais brasileiras, produzidas pelas empresas 
de serviços de radiodifusão de sons e imagens e empresas de serviços de 
comunicação eletrônica de massa por assinatura, mesmo quando 
comercializadas em outro segmento de mercado. 
 
 
AULA 02 
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GABARITO 
 
Questão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Resposta C 
(Certo) 
E 
(Errado) 
E 
(Errado) 
B E 
(Errado) 
E 
(Errado) 
E 
(Errado) 
E 
(Errado) 
E 
(Errado) 
E 
(Errado) 
 
Questão 11 12 
Resposta B E 
(Errado) 
 
 
-----------------------x----------------------- 
 
 
Caros candidatos, 
 
Em virtude da não existência de muitos concursos já realizados para a 
ANCINE, as aulas da Medida Provisória nº 2.228-1/2001 estão ficando 
com menos questões do que gostaríamos de trazer. 
 
Algumas questões que citam esta MP, também consideram legislações 
complementares, que abordaremos a partir da nossa Aula 04, quando 
conseguiremos rechear nossas teorias com mais enunciados de 
concursos. 
 
Até a próxima aula! E bons estudos! 
 
Profs. César Frade e Henrique Campolina 
Agosto/2012

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