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Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 1 de 101 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 – Classes Gramaticais 
Curso: Português 
Professor: Bruno Spencer 
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 2 de 101 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 Olá amigos! 
Em primeiro lugar, quero agradecer pela confiança que depositaram 
em nosso curso. Vamos oferecer a vocês um material completo e objetivo 
de Português, para que possam melhorar seus conhecimentos e praticar a 
matéria de forma eficaz e eficiente. 
Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões, fiquem à vontade para nos 
contactarem pelo fórum. 
Portanto, mãos à obra e bons estudos!!! 
 
Sumário 
 
1 - Substantivo ...................................................................................... 4 
2 - Adjetivo ........................................................................................... 7 
3 - Artigo ............................................................................................ 12 
4 - Numeral ......................................................................................... 13 
5 - Pronome ........................................................................................ 14 
6 - Verbo ............................................................................................ 14 
7 - Advérbio ........................................................................................ 15 
8 – Palavras Denotativas ....................................................................... 20 
9 - Preposição ...................................................................................... 21 
10 - Conjunção .................................................................................... 22 
11 - Interjeição .................................................................................... 22 
 
 
Nesta aula vamos ver um assunto muito importante, em que 
precisamos estar bem seguros, pois é a BASE do conhecimento da Língua 
Portuguesa. Trata-se das classes gramaticais. 
Temos em nosso idioma 10 classes gramaticais, além das palavras 
denotativas (item 8). 
Vamos apenas revisá-las, focando os principais pontos de cada uma, 
a fim de abordarmos o conteúdo de forma EFICIENTE e EFICAZ. 
 Vamos lembrar quais são elas? 
 
Aula 01 – Classes Gramaticais 
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 3 de 101 
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•Nomeiam as coisas, os seres, lugares, 
sensações e estados. (NOMES)SUBSTANTIVOS
•Qualificam os nomes ou substantivos.
ADJETIVOS
•Acompanham e definem os nomes ou 
substantivos.ARTIGOS
•Enumeram, ordenam as coisas.
NUMERAIS
•Acompanham ou substituem os 
nomes.PRONOMES
•Indicam ação, estados ou fenômenos. 
VERBOS
•Modificam verbos, adjetivos ou outros 
advérbios.ADVÉRBIOS
•Modificam o sentido de uma outra 
palavra ou da oração.PALAVRAS DENOTATIVAS
•Ligam palavras ou termos, sendo um 
principal e um subordinado.PREPOSIÇÕES
•Ligam palavras ou orações.
CONJUNÇÕES
•Expressam emoções, sentimentos, 
surpresa e etc...INTERJEIÇÕES
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 4 de 101 
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 Os SUBSTANTIVOS são as palavras que NOMEIAM as coisas, seres e 
fenômenos. Eles têm um papel principal na oração, pois são eles que AGEM 
(sujeitos) e que SOFREM A AÇÃO (objeto). Nesta aula, porém, trataremos 
apenas da morfologia das palavras (valor intrínseco). 
Na aula 03, abordaremos detalhadamente as funções sintáticas das palavras 
(função das palavras na oração). 
Vamos à classificação dos substantivos. Lembram??? 
 
Comuns – servem para 
denominar seres ou coisas de 
mesma espécie. 
Ex. casa, menino, água 
X Próprios – denominam nomes de 
pessoas, lugares, entidades de 
forma única, específica. 
Ex. Lucas, Recife, Clube Português 
Simples – formados por apenas 
um elemento formador (radical) 
Ex. trabalho, tapete, crachá 
X Compostos – Formados por mais 
de um radical. 
Ex. couve-flor, guarda-costas, 
passatempo 
Concretos – seres materiais ou 
que existem independentemente 
de outros. 
Ex. casa, cabelo, céu, mar 
X Abstratos – nomeiam coisas 
imateriais, tais como sentimentos, 
qualidades e estados de espírito. 
Ex. amor, riqueza, disciplina, 
ordem, progresso 
Primitivos – Não derivam de 
outra palavra. 
Ex. terra, casa, verão 
X Derivados – Derivam de outra 
palavra. 
Ex. terreiro, casarão, veraneio 
Coletivos – Denominam um CONJUNTO de coisas ou seres de uma mesma 
espécie. 
Ex. Alcateia (lobos), enxame (abelhas), flora (plantas de uma região), 
biblioteca (livros) 
 
Note que um só substantivo, possui muitas classificações, de acordo com o 
critério em que é classificado. 
Exemplos: 
• casa (comum, simples, concreto e primitivo) 
• flora (comum, simples, concreto, primitivo e coletivo) 
 
1 - Substantivo 
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
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Além da tradicional classificação, devemos lembrar das FLEXÕES que 
sofrem os substantivos: 
• gênero (masculino ou feminino) 
• número (singular ou plural) 
• grau (aumentativo ou diminutivo) 
 
 
Existem diferentes maneiras de diferenciar os gêneros masculino e 
feminino na Língua Portuguesa. Uma das maneiras mais utilizadas é o 
emprego da vogal “a”, para designar o gênero feminino, quer seja 
acrescentando-a no final da palavra, substituindo a vogal “o”, ou mesmo 
acrescentando o artigo “a” antes da palavra. 
Ex. cantor/cantora, menino/menina, o motorista/a motorista 
 
 Há casos em que se utiliza de uma mesma palavra para designar os 
dois gêneros, sem alteração alguma. Ou ainda, em alguns casos podemos 
entender que não há gênero. 
Ex. a criança, o tempo, o casal, o dia, a noite 
 
 Em alguns casos pode-se lançar mão dos adjetivos macho e fêmea, e 
em outros utilizarmos uma palavra totalmente diversa para designar o gênero 
oposto. 
Ex. peixe macho / peixe fêmea; jacaré macho / jacaré fêmea; boi / vaca; 
homem / mulher 
 
ATENÇÃO! 
 Há situações em que a mudança do artigo, que antecede o nome, 
muda o seu sentido e não o seu gênero. 
Ex. o grama (unidade de medida) / a grama (relva); o capital (dinheiro) / a 
capital (sede de governo) 
 
 
 Vamos revisar o plural dos substantivos compostos, assunto que, às 
vezes, gera alguma dúvida nas pessoas. 
 
1.1 – Flexão de Gênero 
 
1.2 – Flexão de Número 
 
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 Pluraliza-se apenas o primeiro: 
• substantivo + preposição + substantivo – ex. câmaras de ar, pães 
de ló, pés de moleque 
• substantivo + substantivo (quando o segundo qualifica ou restringe o 
sentido do primeiro) – ex. pombos-correio, peixes-boi, bolsas-família 
 
OBS – Neste último caso, é facultativo o uso de plural nos dois termos, 
porém a primeira forma é a mais tradicional. 
Ex. pombos-correios, peixes-bois, bolsas-famílias 
 
 Pluraliza-se apenas o segundo: 
• palavras compostas sem hífen – ex. girassóis, pontapés, planaltos 
• verbo + substantivo – ex. beija-flores, guarda-roupas, para-choques 
• palavras repetidas - ex. tico-ticos, quebra-quebras 
• termo invariável + termo variável – ex. recém-nascidos, abaixo-
assinados, vaga-lumes, ave-marias 
 
 Pluralizam-se os dois: 
• substantivo + substantivo – ex. tenente-coronel / tenentes-coronéis 
• substantivo + adjetivo – ex. guada-noturno / guardas-noturnos 
• adjetivo + substantivo – ex. curto-circuito/ curtos-circuitos 
• numeral + substantivo – ex. sexta-feira / sextas-feiras 
 
 Pluraliza-se apenas o ARTIGO: 
• verbo + advérbio – ex. os fala-mansa, os bota-fora 
• verbo + substantivo plural – ex. os saca-rolhas, os salva-vidas 
 
 
 Os substantivos flexionam-se nos graus diminutivo e aumentativo. 
Exemplos: 
• menino – menininho – meninão – menino pequeno - menino grande 
As formas contendo os sufixos “ão” e “inho” são chamadas de sintéticas 
(formadas de uma só palavra), enquanto flexões formadas pelo acréscimo das 
palavras pequeno e grande, são chamadas de analíticas. 
1.3 – Flexão de Grau 
 
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Exemplos: 
 
• barquinho (diminutivo sintético) – barcaça (aumentativo sintético) – 
barco pequeno (diminutivo analítico) – barco grande (aumentativo 
analítico) 
• casinha ou casebre (diminutivo sintético) – casarão (aumentativo 
sintético) – casa pequena (diminutivo analítico) – casa grande 
(aumentativo analítico) 
 
Outros exemplos de diminutivo sintético: 
• livreto, cabrito, riacho, burrico, serrote, vilarejo, flautim... 
 
Mais alguns exemplos de aumentativo sintético: 
• muralha, bocarra, fogaréu, homenzarrão, mulherona... 
 
ATENÇÃO!!! 
Nosso objetivo nessa aula é revisar o conhecimento básico sobre as classes 
gramaticais e entendê-las mais profundamente. 
NÃO é produtivo gastar tempo decorando todas as regras ou conceitos, porém 
é importante a leitura atenta da teoria e a prática dos exercícios. 
Vamos em frente! 
 
 
 Os adjetivos são palavras que QUALIFICAM o nome (substantivo ou 
pronome que o substitua). 
Exemplo: Bons jogadores fazem jogadas decisivas. 
Observe que os adjetivos “bons” e “decisivas” qualificam os nomes 
“jogadores” e “jogadas”, ampliando o sentido da oração. 
 
Os adjetivos também podem vir expressos por um conjunto de 
palavras, são as locuções adjetivas. 
Exemplos: 
• abraço de irmão = abraço fraterno 
• água da chuva = água pluvial 
 
2 - Adjetivo 
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Abaixo, mais alguns exemplos de locuções adjetivas: 
 
 
Os adjetivos também se flexionam em gênero, número e grau de forma 
análoga aos substantivos. 
 
OBSERVAÇÃO: 
No feminino e no plural de adjetivos compostos formados por adjetivo 
+ adjetivo, flexiona-se o último termo. 
Ex. chapéu azul-claro – capa azul-clara – capas azul-claras 
LOCUÇÃO 
ADJETIVA
de abelha
de abdômen
de ano
de asno
de astro
de audição
de boca
de cão
de estrela
de face
de gado
de gato
de gelo
de guerra
de junho
de lua
de mãe
de pai
de páscoa
de pombo
de rim
de serpente
de sol
de tarde
de verão
sem piedade
ADJETIVO
apícola
abdominal
anual
asinino
sideral
ótico ou óptico
bucal
canino
estelar
facial
pecuário
felino
glacial
bélico
junino
lunar
maternal
paternal
pascal
columbino
renal
ofídico
solar
vespertino
estival
impiedoso
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Exceções: 
São invariáveis: 
• ultravioleta, sem-vergonha, azul-marinho, cor de rosa, azul celeste, 
laranja (cor) 
OBSERVAÇÃO: 
As cores cinza, laranja, rosa, significam cor de rosa, cor de laranja, cor de 
cinza, assim como marinho, celeste, significam cor de mar e cor de céu, todos 
eles DERIVAM DE SUBSTANTIVO e são invariáveis. 
Ex. chapéu rosa-claro – chapéus rosa-claro 
 
De acordo com Domingos Paschoal Cegalla, flexionam os dois elementos na 
palavra surdo-mudo (surdos-mudos). 
 
 
Vamos ver um esquema com o resumo sobre a flexão dos adjetivos em grau. 
 
 
 
Exemplos do grau comparativo: 
Ela é mais alta que você. (comparativo analítico de superioridade) 
Ela é maior que você. (comparativo sintético de superioridade) 
Ela é menos alta que você. (comparativo analítico de inferioridade) 
Ela é menor que você. (comparativo sintético de inferioridade) 
Ela é tão alta quanto você. (comparativo de igualdade) 
 
 
GRAU DO 
ADJETIVO
comparativo
sintético
analítico
superlativo
sintético
analítico
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Observe as frase abaixo: 
Ele é o mais baixo da turma. Ele é o menos alto da turma 
Apesar de ambas terem o mesmo sentido, a primeira se trata de um 
comparativo de superioridade, enquanto a segunda de um comparativo de 
inferioridade. 
 
O grau superlativo indica um alto grau das qualidades e conta ainda com duas 
variações: absoluto ou relativo. 
Exemplos: 
Ela é muito/extremamente bela. (superlativo absoluto analítico) 
Ela é belíssima. (superlativo absoluto sintético) 
Ela é a mais bela de todas. (superlativo relativo analítico de superioridade) 
Este é o melhor livro que já li. (superlativo relativo sintético de superioridade) 
 
Note que no superlativo relativo há uma espécie de “comparação”, enquanto 
no absoluto, apenas há um acréscimo no grau do adjetivo. 
 
 
FCC/TJ/TRE-MS/Administrativa/2007 
Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, 
no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em 
matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou 
a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma 
densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou 
compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um 
papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. 
Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de 
superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros 
quadrantes do planeta. 
Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua 
sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em 
geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não 
se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – 
onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a 
nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito 
 
em matéria de poesia e de melodia no Brasil. 
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Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um 
homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um 
Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de 
imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi 
à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de 
Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, 
Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo 
às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...] 
O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e 
gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como 
esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela 
imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte. 
Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos 
é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as 
nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma 
ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades 
artísticas” dos desfiles nacionais... 
Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literaturabrasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é 
ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção 
artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. 
Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, 
Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são 
eles, e não outros, que expressam o que somos. 
(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, 
(Idéias que desafiam o senso comum) 
 
Brasileiro se realiza em arte menor. (1a frase) 
O adjetivo flexionado de maneira idêntica ao do grifado acima está na 
expressão: 
a) com raras exceções. 
b) é bastante sintomático. 
c) de imenso apelo popular. 
d) grandes manifestações artísticas. 
e) por nossos melhores artistas plásticos. 
Comentários: 
O adjetivo “menor” encontra-se flexionado no grau comparativo sintético de 
superioridade, sendo originado do adjetivo pequeno. 
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
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Alternativa A – Incorreta – O adjetivo “raras” está flexionado no gênero 
feminino e no plural. 
Alternativa B – Incorreta – O adjetivo “bastante” não se flexiona em gênero, e, 
em relação ao número, encontra-se no singular. 
Alternativa C – Incorreta – “Imenso” e “popular” encontram-se no singular, 
sendo que apenas o primeiro flexiona-se em gênero. O primeiro está flexionado 
no grau superlativo absoluto sintético. 
Alternativa D – Incorreta - “Grandes” e “artísticas” estão no plural. Apenas o 
segundo flexiona-se em gênero. 
Alternativa E – Correta – O adjetivo “melhores”, assim como “menor”, flexiona-
se apenas em número e grau, este também está flexionado no grau 
comparativo sintético de superioridade. 
Gabarito: E 
 
 
 Os artigos acompanham os substantivos, dando-lhes um caráter geral 
(artigos indefinidos) ou específico (artigos definidos). Flexionam-se em gênero 
e número. 
 
Definidos – o, a, os, as 
Indefinidos – um, uma, uns, umas 
 
Exemplos: 
• Comprou uma boneca. (sentido geral) 
• Comprou a boneca que a filha queria. (sentido específico) 
 
ATENÇÃO – Podemos usar um artigo para MUDAR a classe gramatical de 
um termo, fazendo com que ele funcione como SUBSTANTIVO. 
 
Exemplos: 
• Ele aprecia o cantar dos pássaros. (a forma verbal “cantar” passou a 
funcionar como substantivo) 
• Ouviram um sonoro não. (o termo “não” - advérbio de negação - passou 
a funcionar como substantivo) 
• Olhem o azul do mar. (o adjetivo “azul” funciona como substantivo) 
 
3 - Artigo 
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Os numerais são palavras que indicam quantidade, ordem, 
multiplicidade ou divisão. Dividem-se em cardinais, ordinais, multiplicativos 
e fracionários. 
 
Cardinais – Servem para indicar um determinado número ou quantidade. 
Ex. Ele viu quatorze anjos em seu sonho. 
 
Ordinais – Indicam uma ordem ou posição. 
Ex. Ela ficou em primeiro lugar no concurso. 
 
Multiplicativos – Dão ideia de multiplicação. 
Ex. Eu tenho o dobro da sua idade. 
 
Fracionários – Indicam uma fração ou divisão. 
Ex. A metade dos candidatos não estudaram para a prova. 
 
OBS. O termo AMBOS é considerado um numeral. 
 
Abaixo uma tabela para recordarmos! 
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários 
um primeiro - - 
dois segundo dobro, duplo meio 
três terceiro triplo, tríplice terço 
quatro quarto quádruplo quarto 
cinco quinto quíntuplo quinto 
seis sexto sêxtuplo sexto 
sete sétimo sétuplo sétimo 
oito oitavo óctuplo oitavo 
nove nono nônuplo nono 
dez décimo décuplo décimo 
onze décimo primeiro - onze avos 
doze décimo segundo - doze avos 
treze décimo terceiro - treze avos 
catorze décimo quarto - catorze avos 
quinze décimo quinto - quinze avos 
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos 
4 - Numeral 
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dezessete décimo sétimo - dezessete avos 
dezoito décimo oitavo - dezoito avos 
dezenove décimo nono - dezenove avos 
vinte vigésimo - vinte avos 
trinta trigésimo - trinta avos 
quarenta quadragésimo - quarenta avos 
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos 
sessenta sexagésimo - sessenta avos 
setenta septuagésimo - setenta avos 
oitenta octogésimo - oitenta avos 
noventa nonagésimo - noventa avos 
cem centésimo cêntuplo centésimo 
duzentos ducentésimo - ducentésimo 
trezentos trecentésimo - trecentésimo 
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo 
quinhentos quingentésimo - quingentésimo 
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo 
setecentos septingentésimo - septingentésimo 
oitocentos octingentésimo - octingentésimo 
novecentos nongentésimo ou 
noningentésimo 
 - nongentésimo 
mil milésimo - milésimo 
milhão milionésimo - milionésimo 
bilhão bilionésimo - bilionésimo 
 
 
 
Os pronomes foram abordados separadamente na aula 00. 
 
 
 “O Verbo se fez carne e habitou entre nós. ” 
Os verbos são estruturas fundamentais do idioma, que indicam as ações, 
os estados, os fatos e os fenômenos. 
Assim como os pronomes, abordaremos esse assunto numa aula 
específica (aula 02), a fim de melhor concentrarmos neste assunto, devido à 
sua importância e à grande quantidade de informações que contém. 
 
5 - Pronome 
6 - Verbo 
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 São palavras que modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios. 
Indicam tempo, lugar, modo, intensidade, negação, dúvida, afirmação, ordem 
ou interrogação. 
OBSERVAÇÃO: Apesar de serem termos invariáveis, muitos advérbios 
aceitam a flexão em grau. 
 
Exemplo: 
Ele jogou bem. 
Ele jogou tão bem quanto Neymar. (comparativo de igualdade) 
Ele jogou melhor que Neymar (comparativo de superioridade) 
Ele jogou muito bem. (superlativo analítico) 
 
 
NÃO CONFUNDIR o numeral fracionário “meia” com o advérbio “meio”. 
Exemplo: 
• Ela comeu meia melancia. (comeu a metade da melancia) 
• Ela ficou com a barriga meio cheia após comer a melancia. 
Repare que “meio” é advérbio de intensidade, portanto INVARIÁVEL, 
significando “um pouco”. Aqui, não cabe a palavra “meia”, ok? 
 
Fique atento às locuções adverbiais. 
Elas ocorrem quando duas ou mais palavras juntas adquirem o valor de um 
advérbio. 
Exemplo: 
• Tomaram a decisão às escuras. 
• As pessoas saíam às pressas. 
 
Colocamos uma lista de advérbios classificados e com suas respectivas 
locuções a seguir, para melhor nos familiarizarmos com esta classe. 
NÃO aconselho decorar a lista, pois devemos sempre analisar o 
sentido em que a palavra está inserida no texto para podermos classificá-la 
corretamente. 
7 - Advérbio 
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TIPO ADVÉRBIO
LOCUÇÃO 
ADVERBIAL
TEMPO
hoje, ontem, amanhã, 
logo, antes, depois, 
agora, tarde, cedo, 
outrora, ainda, 
antigamente, nunca, 
jamais, sempre, já, 
enfim, afinal, breve, 
constantemente, 
imediatamente
às vezes, à tarde, à 
noite, de manhã, de 
repente, de vez em 
quando, de quando em 
quando, a qualquer 
momento, de tempos 
em tempos, em breve, 
hoje em dia 
LUGAR
Aqui, ali, acolá, dentro, 
fora, adiante, atrás, além, 
lá, cá, detrás, aquém, 
além, abaixo, acima, longe, 
perto, aí, aonde, adentro, 
afora, embaixo, 
externamente
à distancia, de longe, 
de perto, em cima, à 
direita, à esquerda, 
ao lado, em volta
MODO
bem, mal, assim, pior, 
melhor, depressa,devagar, calmamente, 
propositadamente, 
pacientemente, 
amorosamente, 
generosamente, 
bondosamente
às pressas, às claras, às 
cegas, à toa, à vontade, às 
escondidas, aos poucos, 
desse jeito, desse modo, 
dessa maneira, em geral, 
frente a frente, lado a 
lado, a pé, de cor, em vão, 
a maior
INTENSIDADE
muito, pouco, demais, 
tão, quanto, menos, 
mais, em excesso, 
pouco, bastante, 
demasiado, quão, tanto, 
assaz, que (equivale a 
quão), tudo, nada, todo, 
quase, 
de todo, de muito, por 
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FGV/Analista Legislativo/SEN/Informática Legislativa/Análise de 
Sistemas/2008 
Desafios do crescimento econômico 
A crise do sistema financeiro internacional, que ameaça lançar o mundo numa 
profunda recessão, revela a importância do papel do governo no funcionamento 
da economia em diferentes dimensões, sobretudo na promoção de uma melhor 
operação dos mercados, da estabilidade e do crescimento econômico. 
DÚVIDA
acaso, porventura, 
possivelmente, 
provavelmente, 
quiçá, talvez, 
casualmente 
por certo, quem sabe
NEGAÇÃO
não, nem, nunca, 
jamais, tampouco 
de modo algum, de 
forma nenhuma, de 
jeito nenhum
AFIRMAÇÃO
sim, 
indubitavelmente, 
certamente, 
realmente, decerto, 
efetivamente, certo, 
decididamente, 
realmente, deveras 
com certeza, sem 
dúvida
ORDEM
primeiramente, 
segundamente, 
ultimamente 
em primeiro lugar, por 
último 
INTERROGAÇÃO
onde?(lugar), 
como?(modo), 
quando?(tempo), 
quanto?(preço e 
intensidade)
por que?(causa), 
para que?(finalidade 
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Entretanto, após algumas décadas de excessivo crescimento dos gastos 
governamentais e da crise financeira que se abateu sobre inúmeros governos, 
particularmente em países da América Latina, a eficiência da ação pública 
começou a ser questionada. 
Novamente vigoravam idéias de que as economias deveriam ser liberalizadas 
da ação governamental, de que, quanto menos governo, melhor e de que o 
setor privado por si só resolveria todos os problemas. 
Na realidade, o que se notou foi uma grande confusão. Em vez de defendermos 
um governo eficiente, comprometido com o crescimento econômico, acabamos 
por tentar excluir o governo das funções econômicas, esquecendo seu 
importante papel. Era muito comum a idéia de que a privatização e a 
liberalização dos mercados seriam condições eficientes para que os países 
entrassem numa rota de crescimento econômico. 
Entretanto, a realidade mostrou que essa bandeira não tem sustentação. A crise 
financeira que estamos atravessando e não sabemos ainda suas reais 
conseqüências sobre a economia mundial realça um fato inconteste: faltou a 
presença do governo, mediante uma regulação mais ativa do mercado 
financeiro. 
Recente estudo promovido pela Comissão para o Crescimento Econômico, cujo 
objetivo primordial é entender o fenômeno do desenvolvimento com base na 
experiência mais exitosa dos países durante as décadas de 1950 a 1980, 
transmite informações relevantes para o entendimento do momento que 
vivemos, ainda que seu objetivo seja totalmente distinto. 
Em primeiro lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes 
que os mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem 
interferências externas, na alocação dos recursos. 
Entretanto, não podemos esquecer que as ações tomadas pelos diversos 
agentes econômicos se baseiam em perspectivas de retornos privados e, 
portanto, na ânsia de obter tais retornos, mercados como o financeiro podem 
gerar instabilidades. O papel da regulação, tarefa que deve ser executada por 
autoridades governamentais, não pode ser esquecido. 
Por outro lado, apesar da virtude dos mercados, não se pode esquecer que eles 
não são garantia para a promoção de desenvolvimento econômico ou a melhor 
distribuição de renda. 
O relatório da comissão enfatiza o papel do governo no processo de 
desenvolvimento econômico, mostrando inicialmente que o processo de 
desenvolvimento é um fenômeno complexo e difícil de ser entendido. "Não 
damos aos formuladores de políticas públicas uma receita ou uma estratégia de 
crescimento. Isso porque não existe uma única receita a seguir." 
Mais adiante, afirma: "Não conhecemos as condições suficientes para o 
crescimento. Podemos caracterizar as economias bemsucedidas do pós guerra, 
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mas não podemos apontar com segurança os fatores que selaram seu êxito nem 
os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas." 
Certamente essas frases devem nos deixar algo perplexos, especialmente 
quando ouvimos as certezas que dominam a maioria dos analistas econômicos 
espalhados pelo mundo, em especial quando tratam de fornecer fórmulas 
prontas para o crescimento dos países. 
A comissão reconhece que a dificuldade do entendimento sobre o fenômeno do 
crescimento dificulta a ação governamental na definição das estratégias a serem 
seguidas. A recomendação dada é a de que o governo "não deve ficar inerte, 
por temor de malograr; os governos devem testar diversos programas e devem 
ser rápidos em aprender quando dão errado. Se dão um passo errado, devem 
tentar um plano diferente, e não submergir na inação ou recuar." 
Outra recomendação dada pela comissão se relaciona com a tentativa de adoção 
de receitas prontas de outros países: "Os planos de ação ruins de hoje em geral 
são os bons planos de ontem, mas aplicados por tempo demasiado." 
Em suma, a comissão defende um governo crível, comprometido com o 
crescimento e eficiente. Um governo forte, capaz de realizar investimentos na 
área de educação, saúde e infraestrutura a fim de elevar a rentabilidade dos 
investimentos privados. 
É com uma ação eficiente do governo e do setor privado que certamente 
poderemos promover o desenvolvimento dos países. 
(Carlos Luque. Folha de São Paulo, 30 de setembro de 2008.) 
Assinale a alternativa em que a palavra indicada, no texto, se classifique como 
advérbio. 
a) livre 
b) profunda 
c) melhor 
d) algo 
e) após 
Comentários: 
Alternativa A - A palavra “livre” é um adjetivo que qualifica a palavra 
“maneira”. 
Alternativa B - A palavra “profunda” é um adjetivo. Repare que ela qualifica o 
substantivo “recessão”. 
Alternativa C - Igualmente às alternativas anteriores, “melhor” qualifica o 
nome “operação”. 
Alternativa D - Embora a palavra “algo” seja originalmente um pronome 
indefinido, no entanto, temos que ter ATENÇÃO ao sentido empregado pelo 
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examinador. 
Repare que o sentido de “algo” nessa oração é de “um tanto” ou “um pouco”, 
modificando o adjetivo “perplexo”, portanto, sendo empregada como 
advérbio. 
Alternativa E – A palavra “após” é preposição que liga as orações do período. 
Estudaremos esse assunto com mais detalhes na aula sobre períodos e 
conectivos. 
Gabarito: D 
 
 
 Tais palavras já foram classificadas como advérbios outrora. 
Atualmente, por não enquadrarem-se perfeitamente em nenhuma das outras 
classes, são classificadas separadamente pela Nomenclatura Gramatical 
Brasileira. 
Indicam contextos diversos, modificando sentido de uma palavra 
ou mesmo da oração, tais como: situação, designação, exclusão, inclusão, 
limitação, realce, retificação, explanação ou afetividade. 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO - afinal, então, mas, agora...
Ex. Afinal, decidiu se vai estudar
DESIGNAÇÃO - eis.
Ex. Senhor, eis me aqui.
EXCLUSÃO - menos, exceto, salvo,fora, sequer...
Ex. Todos, menos ele, foram ao teatro.
INCLUSÃO - inclusive, também, até, além disso...
Ex. Comemos bem, teve até sobremesa!
8 – Palavras Denotativas 
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São palavras invariáveis que ligam dois termos da oração, sendo um 
principal (regente ou subordinante) e um dependente (regido ou 
subordinado). 
São classificadas em: essenciais e acidentais. 
As preposições essenciais são aquelas originalmente classificadas como 
preposição, enquanto as acidentais são palavras de outras classes empregadas 
como preposição. 
 
Exemplos de preposições essenciais: 
a, ante, após, até, com, contra, de desde, em, entre, para, perante, por, sem, 
sob, sobre, trás. 
Exemplos de preposições acidentais: 
conforme, consoante, segundo, durante, mediante 
LIMITAÇÃO - apenas, unicamente, somente, só...
Ex. Só o amor constrói.
REALCE - mesmo, lá, embora, é que, sobretudo...
Ex. Eu mesmo é que não dou palpite em briga alheia.
RETIFICAÇÃO - isto é, ou melhor, aliás...
Ex. Chegarei pela manhã, ou melhor, na hora do almoço.
EXPLANAÇÃO - por exemplo, a saber...
Ex. Coma coisas saudáveis, por exemplo, brócolis.
AFETIVIDADE - ainda bem, infelizmente, felizmente...
Ex. Felizmente chegamos bem.
9 - Preposição 
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Vamos ver alguns exemplos de orações com preposições: 
• Voltou para casa depois do trabalho. (“voltou” – principal / “casa” – 
dependente) 
Note que o termo “voltou” necessita do complemento “para casa”, para ter 
um sentido completo. 
 
• Pensei em você. (“pensei” – principal ou regente / “você” – regido) 
Se você diz para alguém: Pensei, fatalmente, você ouvirá a pergunta em quê? 
Ao responder em você, finalmente, estará completando o sentido da frase. 
 
 Assim como outras classes, as preposições também formam LOCUÇÕES, 
quando se associam a outras palavras (advérbios ou locuções adverbiais) para 
exercer a mesma função de preposição. 
 
 Eis algumas locuções prepositivas: 
Abaixo de, acima de, a fim de, além de, apesar de, atrás de, através de, antes 
de, junto a, ao encontro de, embaixo de, em frente a, longe de, por causa de, 
por trás de, em virtude de, na proporção de, à custa de... 
Exemplos: 
• Ele passou no concurso apesar de todas as dificuldades. 
• Caminhou ao encontro de seu Mestre com alegria. 
 
 
 Conjunção significa união ou ligação. São palavras que ligam termos de 
mesma função sintática em uma oração ou orações em um período 
composto. Elas podem ser coordenativas ou subordinativas. 
 As conjunções serão estudadas detalhadamente na aula 04 - Períodos e 
Conectivos. 
 
 
 É um termo que exprime uma ideia de forma independente, expressando 
um forte sentimento, emoção, saudação e outros. 
10 - Conjunção 
11 - Interjeição 
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Domingos Pachoal Cegalla, define interjeições como “frases resumidas”, 
porque elas contêm em si o sentido implícito de toda uma frase. 
Exemplo: Ai!!! 
 Apenas essa interjeição já diz tudo, você sabe que alguém sentiu dor. 
 
Vamos a alguns exemplos de interjeições e algumas idéias que elas 
podem expressar. 
Note que, algumas são originalmente ou exclusivamente 
interjeições enquanto outras pertencem a outras classes gramaticais, 
mas que são usadas em alguns contextos como interjeição. 
 
 
 
Ok pessoal... mandem suas dúvidas pelo fórum, terei satisfação em 
clareá-las! 
Não deixem de responder as questões, pois este assunto é parte da 
BASE do conhecimento da Língua Portuguesa. 
Vamos aos exercícios!!! 
 
•viva!Aclamação
•uau! nossa! caramba!Admiração
•ufa!
Advertência
•obrigado! grato!Agradecimento
•cuidado! atenção! devagar!
Alegria •oh! viva! aleluia!
Alívio
•muito bem! boa! isso!Aprovação
•perdão! desculpa!Desculpa
•oxalá! tomara!Desejo
•adeus! até logo! tchau! Despedida
•ai! ui! oh!Dor
•ora! francamente! vixe!Reprovação
•salve! ave! bom dia!Saudação
•psiu! silêncio!Silêncio
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1) FCC/Prof B/SEDU ES/Arte/2016 
Medo da eternidade 
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em 
Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou 
bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: 
com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola 
me explicou: 
− Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida 
inteira. 
− Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
− Não acaba nunca, e pronto. 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de 
príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o 
elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu 
que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para 
chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-
rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual 
eu já começara a me dar conta. 
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
− E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que 
certamente deveria haver. 
− Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar 
o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você 
perca, eu já perdi vários. 
Perder a eternidade? Nunca. 
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda 
perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
− Acabou-se o docinho. E agora? 
− Agora mastigue para sempre. 
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha 
na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha 
que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. 
Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna 
12 - Questões Comentadas 
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me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade 
ou de infinito. 
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava 
era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. 
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de 
o chicle mastigado cair no chão de areia. 
− Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora 
não posso mastigar mais! A bala acabou! 
− Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às 
vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no 
sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e 
esse você não perderá. 
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da 
mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. 
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. 
06 de junho de 1970 
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: 
Rocco, 1999, p.289-91) 
 
Um dos elementos mais importantes na organização do texto de Clarice 
Lispector é o advérbio de tempo, como o que se encontra grifado em: 
I. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contatocom a eternidade. (1º 
parágrafo) 
II. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando 
possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. (7º 
parágrafo) 
III. – E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que 
certamente deveria haver. (9º parágrafo) 
IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. (16º parágrafo) 
Atende ao enunciado APENAS o que consta de 
a) I, II e IV. 
b) II e IV. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) I, III e IV. 
Comentários: 
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Item I – O advérbio “jamais” indica tempo ou negação. 
 
Item II – O termo “eis” é uma palavra denotativa de designação. 
 
Item III – O advérbio “agora” indica tempo. 
Item IV – A preposição “sem” tem valor semântico de exclusão ou negação. 
Gabarito: D 
 
2) FCC/Vic Dir/Pref Campinas/2016 
Pequenas injustiças no calor da hora 
Nestes dias tumultuados de incerteza política que estamos vivendo, há outras 
incertezas de menor visibilidade, que vêm de longe, e fazem parte de um 
sistema articulado de crise social e de decadência de que anomalias de agora 
são apenas parte do problema. Os sociólogos definem situações desse tipo como 
estados de anomia, caracterizados pela perda da eficácia dos valores e das 
regras sociais que tornam a vida em sociedade possível. O Brasil, 
aparentemente, está ultrapassando o limite dessa segurança coletiva. Alguns 
episódios recentes são indicativos do que está acontecendo. 
Alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
em Porto Alegre, a que se juntou um da Pontifícia Universidade Católica, 
segundo as notícias, na noite do último dia 19, diante da residência estudantil, 
agrediram a socos e pontapés um estudante do Curso de Veterinária, Nerlei 
Fidelis, de 31 anos, que estava acompanhado de um sobrinho. Da nação 
Caingangue, ele é um dos 76 alunos indígenas que ingressaram na Universidade 
através do vestibular especial ali implantado. 
(...). Os agressores incriminaram em Nerlei o fato de ser índio, e deram início a 
agressão com a pergunta “o que esses índios estão fazendo aí?” 
Os preconceitos de vários tipos, no Brasil, raciais, sociais, religiosos, de gênero 
e outros estão fundados no pressuposto de que cada um é livre e tem direitos 
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antigamente, nunca, 
jamais, sempre, já, 
enfim, afinal, breve, 
constantemente, 
imediatamente
às vezes, à tarde, à 
noite, de manhã, de 
repente, de vez em 
quando, de quando em 
quando, a qualquer 
momento, de tempos 
em tempos, em breve, 
hoje em dia 
DESIGNAÇÃO - eis.
Ex. Senhor, eis me aqui.
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nos limites do espaço a ele ou ela destinado. Não se trata, portanto, apenas de 
racismo, palavra que escamoteia um conjunto grande de preconceitos. Trata-se 
de uma concepção remotamente fundada no preconceito de casta ou no 
preconceito estamental, próprio de uma sociedade baseada no pressuposto de 
que as pessoas nascem e morrem socialmente desiguais. 
O Brasil sempre foi um país intolerante e, de vários modos, autoritário. 
Construímos um conjunto de disfarces formais e meramente rituais para 
enfrentar o desconforto da intolerância e das injustiças que dela decorrem. Mas, 
nos momentos de crise e de tensão sociais, os disfarces derretem-se sob o calor 
da hora e ficamos nus diante do espelho. Nunca conseguimos construir uma 
verdadeira identidade social. No papel, sim, mas, na vida, não. Com facilidade 
tendemos ao corporativismo e são muitos os que se fecham numa identidade 
restrita, sobreposta ao que deveria ser a identidade de todos, a da Pátria. 
(Adaptado de: MARTINS, José de Souza. Pequenas injustiças no calor da hora. 
In: O ESTADO DE S. PAULO. Aliás, E2, Domingo, 3 de abril de 2016.) 
 
No segundo parágrafo, considerando o referente da expressão Da nação 
Caingangue, a preposição “de” em contração com o artigo “a” (da) introduz a 
ideia de 
a) procedência. 
b) autoria. 
c) tempo. 
d) oposição. 
e) companhia. 
Comentários: 
Pessoal, o “referente” é tão somente o termo a que a expressão se refere, que 
nesse caso é “um estudante do Curso de Veterinária, Nerlei Fidelis, de 31 anos, 
que estava acompanhado de um sobrinho”. 
A expressão “Da nação Caingangue” indica a origem ou procedência do 
estudante indígena. 
Gabarito: A 
 
3) FCC/Ana Amb/SEMA MA/Biólogo/2016 
COP-21 já foi. E agora, o que virá? 
O Acordo do Clima aprovado em Paris em dezembro de 2015 não resolve o 
problema do aquecimento global, apenas cria um ambiente político mais 
favorável à tomada de decisão para que os objetivos assinalados formalmente 
por 196 países sejam alcançados. 
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Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para 
que algo aconteça, e, nesse caso, não há sequer prazos ou metas. As propostas 
apresentadas voluntariamente pelos países passam a ser consideradas “metas” 
que serão reavaliadas a cada 5 anos, embora a soma dessas propostas não 
elimine hoje o risco de enfrentarmos os piores cenários climáticos com a 
iminente elevação média de temperatura acima de 2º C. 
Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma 
diferença para a humanidade? A 21ª Conferência do Clima (COP-21) sinaliza um 
caminho. Para segui-lo, é preciso realizar muito mais − e melhor − do que tem 
sido feito até agora. A quantidade de moléculas de CO2 na atmosfera já 
ultrapassou as 400 ppm (partes por milhão), indicador que confirmaria − 
segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPC) da ONU − a 
progressão rápida da temperatura acima dos 2 °C. 
A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões 
anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. 
Sem essa medida, como imaginar que a nossa atual dependência de petróleo, 
carvão e gás (75% da energia do mundo é suja se modifique no curto prazo? 
Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem 
mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, 
etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da 
curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a 
climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue 
em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo. 
Como promover tamanho freio de arrumação em um planeta tão acostumado a 
emitir gases estufa sem um novo projeto educacional? Desde cedo a garotada 
precisa entender o gigantesco desafio civilizatório embutido no combate ao 
aquecimento global. 
O Acordo do Clima é certamente um dos maiores e mais importantes da história 
da diplomacia mundial. Mas não nos iludamos. 
Tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada pela ONU em 
1948), o Acordo sinaliza rumo e perspectiva, aponta o que é o certo, e se 
apresenta como um compromisso coletivo. Tornar o Acordo realidade exige 
atitude. Diária e obstinada. 
(Adaptado de: TRIGUEIRO, André. http://g1.globo.com/natureza/blog/mundo-
sustentavel/2.html) 
 
Ao relacionar os segmentos destacados, o vocábulo “para” expressa sentido de 
“em proveito de” na seguinte passagem do texto: 
a) o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça (2º 
parágrafo) 
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b) o Acordo de Paris faça alguma diferença paraa humanidade? (3º parágrafo) 
c) Para segui-lo, é preciso realizar muito mais (3º parágrafo) 
d) um ambiente político mais favorável à tomada de decisão para que os 
objetivos [...] sejam alcançados. (1º parágrafo) 
e) Para piorar a situação, [...] nada sugere [...] que testemunhemos a inflexão 
da curva de emissões de gases estufa. (5º parágrafo) 
Comentários: 
Pessoal, para esse tipo de questão, recomendo o método da substituição, 
assim podemos perceber se a expressão “encaixa” no sentido do período. 
Alternativa B – Correta – o Acordo de Paris faça alguma diferença em proveito 
da humanidade? 
Gabarito: B 
 
4) FCC/ACI/CGM-São Luís)/Pref-SL/Abrangência Geral/2015 
Considere o trecho abaixo − adaptado de Gramática de usos do português, de 
Maria Helena de Moura Neves (São Paulo: Edtora UNESP, 2000, p. 628 e 633), 
e o que se tem em I, II e III. 
A preposição com funciona no sistema de transitividade, isto é, introduz 
complemento; pode introduzir, por exemplo, complemento de verbo ou de 
adjetivo. 
I. Depois das devidas explicações, o cliente concordou com os advogados / a 
preposição com introduz complemento de verbo. 
II. Identificou-se desde o primeiro momento com os ideais do grupo / a 
preposição com introduz complemento de adjetivo. 
III. Triste com a situação, procurou os amigos para esclarecer os fatos. / a 
preposição com introduz complemento de adjetivo. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I, II e III. 
c) I e II, apenas. 
d) II, apenas. 
e) I e III, apenas. 
Comentários: 
Item I – Correta – Quem concorda, concorda com alguém, por isso a preposição 
COM é necessária à complementação do verbo CONCORDAR. 
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Item II – Incorreta – A despeito de sua posição na frase, a preposição COM foi 
utilizada em virtude do verbo IDENTIFICAR-SE (identificou-se com algo). 
Item III – Correta – Quem fica triste, fica triste com algo. Portanto, triste 
(adjetivo) é complementado por “com a situação”. 
Gabarito: E 
 
5) FCC/AJ/TRT 3/Judiciária/Oficial de Justiça/Avaliador 
Federal/2015 
A matéria abaixo, que recebeu adaptações, é do jornalista Alberto Dines, e foi 
veiculada em 9/05/2015, um dia após as comemorações pelos 70 anos do fim 
da Segunda Guerra Mundial. 
Quando a guerra acabar… 
Abre parêntese: há momentos − felizmente raros − em que a história pessoal 
se impõe às percepções conjunturais e o relato na primeira pessoa, embora 
singular, parcial, às vezes suspeito, sobrepõe-se à narrativa impessoal, ampla, 
genérica. Fecha parêntese. 
O descaso e os indícios de esquecimento que, na sexta-feira (8/5), rodearam 
os setenta anos do fim da fase europeia da Segunda Guerra Mundial 
sobressaltaram. O ano de 1945 pegou-me com 13 anos e a data de 8 de maio 
incorporou-se ao meu calendário íntimo e o cimentou definitivamente às 
efemérides históricas que éramos obrigados a decorar no ginásio. 
Seis anos antes (1939), a invasão da Polônia pela Alemanha hitlerista − e logo 
depois pela Rússia soviética − empurrou a guerra para dentro da minha casa 
através dos jornais e do rádio: as vidas da minha avó paterna, tios, tias, primos 
e primas dos dois lados corriam perigo. Em 1941, quando a Alemanha rompeu 
o pacto com a URSS e a invadiu com fulminantes ataques, inclusive à Ucrânia, 
instalou-se a certeza: foram todos exterminados. 
A capitulação da Alemanha tornara-se inevitável, não foi surpresa, sabíamos 
que seria esmagada pelos Aliados. Nova era a sensação de paz, a certeza que 
começava uma nova página da história e perceptível mesmo para crianças e 
adolescentes. A prometida quimera embutida na frase “quando a guerra acabar” 
tornara-se desnecessária, desatualizada. 
A guerra acabara para sempre. Enquanto o retorno dos combatentes brasileiros 
vindos da Itália era saudado delirantemente, matutinos e vespertinos − mais 
calejados do que a mídia atual − nos alertavam que a guerra continuava feroz 
não apenas no Extremo Oriente, mas também na antiquíssima Grécia, onde 
guerrilheiros de direita e de esquerda, esquecidos do inimigo comum − o 
nazifascismo − se enfrentavam para ocupar o vácuo de poder deixado pela 
derrotada barbárie. 
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Sete décadas depois − porção ínfima da história da humanidade −, aquele que 
foi chamado Dia da Vitória e comemorado loucamente nas ruas do mundo 
metamorfoseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não acabou. Os 
Aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra continua, está aí, 
espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas, inconfundível, 
salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém com intensos ressentimentos. 
(Reproduzido da Gazeta do Povo (Curitiba, PR) e do Correio Popular 
(Campinas, SP), 9/5/2015; intertítulo do Observatório da Imprensa, edição 
849) 
 
A guerra continua, está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes 
nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém 
com intensos ressentimentos. 
Justifica-se o emprego do advérbio aí, na frase, do seguinte modo: 
a) a palavra delimita o lugar da guerra, aquele em que o interlocutor se 
encontra. 
b) a palavra remete ao lugar a que se fez referência anteriormente: ao espaço 
dos Aliados. 
c) a palavra tem o sentido de "nesse ponto", como em "É aí que está o X da 
questão". 
d) a palavra compõe expressão que tem o sentido de "apresenta-se por lugares 
incertos, de modo disseminado". 
e) a palavra tem seu sentido associado ao da palavra inconfundível, para 
expressarem, juntas, a ideia de "contorno único". 
Comentários: 
Para respondermos a esta questão, precisamos ler um pouco mais do texto para 
entendermos o contexto em que o período está inserido. 
“Sete décadas depois − porção ínfima da história da humanidade −, aquele 
que foi chamado Dia da Vitória e comemorado loucamente nas ruas do mundo 
metamorfoseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não 
acabou. Os Aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra 
continua, está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes 
nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém 
com intensos ressentimentos.” 
Portanto, podemos inferir que o advérbio “aí” não está referindo-se a um lugar 
específico, mas no sentido que a guerra se encontra presente de forma 
disseminada por todo o mundo. 
Gabarito: D 
 
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6) FCC/Ass Tec Leg/AL-PB/2013 
José Lins do Rego é brasileiríssimo. Outro dia, um amigo conversou comigo 
sobre as pretendidas influências estrangeiras na obra do paraibano. Falamos 
em Thomas Hardy, em D. H. Lawrence. Não estava certo. José Lins do Rego é 
ele mesmo. É paraibano. É brasileiro, brasileiríssimo. É brasileiro com amor à 
terra, às mulheres, à conversa, aos gracejos, com a memória do avô que era 
governador da província, do tio que vendeu o engenho, com a memória 
vivíssima de todas as tristezas da sua gente brasileira. Risos e lágrimas: eis o 
seu mundo. 
O grande valor literário da obra de José Lins do Rego reside no fato de que o 
seu assunto e o seu estilo correspondem-se plenamente. Assim, conta-se a 
decadência do patriarcalismo, com as suas inúmeras tragédias e uns raros raios 
de graça e humor. Desse modo, José Lins do Rego consegue acertadamente o 
que quer; e isso me parece o maior elogio que se pode fazer a um escritor. 
Concebendo a cultura no sentido de Gilberto Freire, como expressão global da 
vida política e do espírito, social e individual, vital e humana, José Lins do Rego 
é a expressão literária da culturada sua terra. 
[Adaptado de Otto Maria Carpeaux. O brasileiríssimo José Lins do Rego. 
(prefácio) Fogo Morto. Rio de Janeiro: José Olympio. 50. ed. 1998. p. XVXVI] 
 
O elemento flexionado de modo a indicar uma qualidade em um grau muito 
elevado está destacado em: 
a) ... o seu assunto e o seu estilo correspondem-se plenamente. 
b) ... com a memória vivíssima de todas as tristezas de sua gente… 
c) ... com as suas inúmeras tragédias... 
d) ... e uns raros raios de graça e humor. 
e) ... conta-se a decadência do patriarcalismo... 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – O termo “plenamente” não é sequer um adjetivo, 
mas um advérbio que modifica o verbo “correspondem-se”. 
Alternativa B – Correta – O termo “vivíssima” corresponde ao grau superlativo 
absoluto sintético do adjetivo “viva”. 
Alternativa C – Incorreta – O termo “tragédias” é um substantivo e não um 
adjetivo. Em alguns casos, ele pode ser empregado como adjetivo, porém não 
é o que ocorreu aqui. 
Ex. Isso é uma tragédia. 
Repare que no exemplo acima o termo “tragédia” qualifica o pronome “isso”, 
por isso é um adjetivo. 
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Alternativa D – Incorreta – O adjetivo “raros” não está flexionado em grau. São 
exemplos de sua flexão: mais raros que (comparativo de superioridade), 
muito raros (superlativo absoluto analítico), raríssimos (superlativo absoluto 
sintético). 
Alternativa E – Incorreta – O termo “decadência” é um substantivo cujo 
significado é similar a queda, derrocada. O adjetivo dele derivado é “decadente” 
ou a locução “em decadência”. 
Ex. O governo está decadente. O governo está em decadência. 
Gabarito: B 
 
7) FCC/Ana. Jud./TRF 2/Apoio Especializado/Taq./2012 
Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. 
 Em "Antropologia do Ponto de Vista Pragmático", o filósofo Immanuel 
Kant apresenta suas considerações a respeito do caráter dos povos. Lá 
encontramos páginas sobre os ingleses, alemães, franceses, espanhóis, turcos, 
entre outras nacionalidades. 
 Mas há nisso tudo um detalhe intrigante. Kant nunca saíra de sua cidade, 
Köninsberg (hoje, Kaliningrado). Não por outra razão, as tais páginas são um 
conjunto bisonho de lugares-comuns. 
 Esta pequena anedota diz muito a respeito de uma certa maneira de 
pensar que consiste em acreditar que a experiência nunca fornecerá nada capaz 
de reorientar uma ideia clara. O acesso à experiência acumulada em livros e 
relatos já forneceria o embate necessário para nos orientarmos no pensamento. 
 Qualquer coisa que eu, enquanto particularidade, experimente seria 
parcial, limitado e restrito a um contexto. Por essa razão, seu valor seria muito 
frágil. 
 Quase 200 anos depois, outro filósofo, Michel Foucault, resolveu fazer um 
caminho inverso. "Há muitos acontecimentos do mundo que forçam o 
pensamento a se reorientar", dirá Foucault. "Devemos ir lá onde tais 
acontecimentos estão." 
 E com tal ideia na cabeça, o filósofo francês foi ao Irã acompanhar de 
perto a revolução que acabou por levar o aiatolá Khomeini ao poder. Vários 
artigos seus sobre tal processo apareceram no jornal "Corriere dela Sera". 
 As análises de Foucault não passaram à posteridade como o melhor 
exemplo de acuidade. De fato, ele compreendeu posteriormente os riscos nos 
quais a revolução tinha 
entrado, mas espera-se de um filósofo que ele consiga apreender os riscos antes 
deles estarem evidentes a todos. 
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 Se a força da ideia, assim como a crença de que não há nada de novo 
sob o sol, pode nos cegar, o mesmo vale para o entusiasmo pelo acontecimento. 
 Entre estes dois polos, encontramos uma peculiar afirmação feita por um 
terceiro filósofo, Theodor Adorno. Logo após a audição de uma peça de John 
Cage, "Concerto para Piano", Adorno volta para casa e escreve: "Eu não sei 
exatamente o que pensar". 
 Diante de um acontecimento tal como a obra de Cage, Adorno reconhecia 
que o melhor a fazer era dizer: "Eu não sei o que isto significa, só sei que 
precisarei de tempo para o pensamento voltar a se orientar". Abdicar deste 
tempo devido ao medo diante da angústia da indecisão seria o pior de todos os 
erros. 
 Este é o erro que cometemos com mais facilidade. Ele é o que mais fere. 
Às vezes, a indecisão prolongada é o tempo que o pensamento exige para se 
reconstruir diante dos acontecimentos. 
(Wladimir Safatle. "Ideias e acontecimentos". Folha de S. Paulo, opinião, 3/1/2012, p.2) 
Flexiona-se de maneira idêntica a lugares-comuns a palavra 
a) ave-maria. 
b) amor-perfeito. 
c) salário-maternidade. 
d) alto-falante. 
e) bate-boca. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – O plural correto seria as ave-marias. 
Alternativa B – correta - “amores-perfeitos” (substantivo + adjetivo) Flexionam-
se os dois termos, igualmente a “lugares-comuns”. Perfeito! 
Alternativa C – incorreta – Embora sejam dois substantivos, o segundo limita o 
sentido do primeiro (apenas o segundo flexiona-se, porém, atualmente, é 
aceito a flexão dos dois). 
Alternativa D – incorreta – Ficaria correto: os alto-falantes (adjetivo + adjetivo) 
flexiona-se o último termo. 
Alternativa E – incorreta – O correto seria os bate-bocas (verbo + substantivo) 
flexiona-se o último termo. 
Gabarito: B 
 
8) FCC/DP/DPE-RS/2011 
EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido 
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WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está 
dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas 
nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta 
terça-feira. 
Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou 
ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas 
nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam 
retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade. 
(http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu
ataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010) 
 
A palavra para é uma 
a) preposição derivada da regência verbal da palavra meios. 
b) conjunção que liga uma oração coordenada a uma subordinada. 
c) preposição que liga meios a um verbo intransitivo. 
d) preposição derivada da regência nominal da palavra meios. 
e) proposição que liga meios a um verbo. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – A preposição derivada da regência nominal da 
palavra “meios” (meios para algo). 
Alternativa B – Incorreta – A palavra “para” é uma preposição com valor 
semântico de finalidade (“para convencer o Irã a não procurar ter armas 
nucleares”). 
Alternativa C – Incorreta – O verbo “convencer” não é intransitivo. 
Alternativa D – Correta 
Alternativa E – Incorreta – A palavra “para” não é uma “proposição”, mas uma 
preposição. De fato, ela liga “meios” ao verbo “convencer”. 
Gabarito: D 
 
9) FCC/DP/DPE-RS/2011 
Lição de bom senso 
O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a 
polêmica gerada em torno do veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), 
de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que contém 
expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar 
um esclarecimento de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela primeira 
vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas expressões não eram 
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consideradasofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de 
decisão sirva de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição a 
tentações apressadas de recorrer à censura. 
O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias 
envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau 
Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito 
décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na 
vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda 
assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção 
e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais. 
Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que 
esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a 
personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos hoje vistos 
como racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro 
para os alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção apenas pelo fato 
de o país ter evoluído sob o ponto de vista de costumes e de direitos humanos. 
No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos 
como o racismo. Isso não significa, porém, que seja preciso revolver o passado, 
muito menos sem levar em conta as circunstâncias da época. 
(Editorial Zero Hora, 18/10/2010) 
 
A passagem ..., em contraposição a tentações apressadas de recorrer à censura 
contém o elemento gramatical a, que 
a) define quais são as tentações, porque é um artigo. 
b) não define quais são as tentações, porque é artigo. 
c) define quais são as tentações, porque é uma preposição. 
d) não define quais são as tentações, porque é artigo indefinido. 
e) não define quais são as tentações, porque é preposição. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – Se houvesse um artigo “a”, ele deveria estar no 
plural (AS) para concordar em número com o nome “tentações”. 
Alternativa B – Incorreta – Os artigos servem para definir os nomes. 
Alternativa C – Incorreta – As preposições não servem para definir, mas para 
ligar dois termos, sendo um principal (regente ou subordinante) e um 
dependente (regido ou subordinado). 
Alternativa D – Incorreta – Os artigos definidos são: A(S) e O(S), já os artigos 
UM, UNS, UMA(S) são os artigos indefinidos. 
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Alternativa E – Correta – O nome “contraposições” exige o uso da preposição 
A (contraposições a algo). Caso houvesse artigo, o termo deverias ser 
flexionado no plural e craseado (preposição A + artigo AS = ÀS) 
Gabarito: E 
 
10) CESPE/ACE/TCE PA/Procuradoria/2016 
A partir do momento em que o Estado passa a cobrar tributos de seus 
cidadãos, amealhando para si parte da riqueza nacional, surge a necessidade 
de destinação de tais quantias à realização das necessidades públicas, pois, não 
visando ao lucro, o Estado não pode cobrar mais do que os dispêndios que lhe 
são imputados. Na chamada atividade financeira do Estado, sua principal 
ferramenta é o orçamento público, pois nele constam as decisões políticas 
tomadas pelo administrador com o objetivo de satisfação dos interesses 
coletivos. 
Muito mais do que um mero documento de estimação e fixação das 
receitas e despesas, o orçamento, conforme o texto constitucional vigente, 
constitui um verdadeiro sistema integrado de planejamento, de sorte que, 
constituindo um verdadeiro orçamento-programa, o orçamento público passa a 
constituir etapas do planejamento de desenvolvimento-econômico e social, isto 
é, passa a ser conteúdo dos planos e programas nacionais, regionais e setoriais, 
que devem ser compatibilizados com o plano plurianual. 
Extrapolando-se os limites da simples teoria clássica do orçamento, pode-
se dizer que o orçamento, em sua feição atual, não deve ser compreendido 
unicamente como a simples autorização de gastos do Poder Executivo pelo 
Poder Legislativo. Não se pode olvidar que, a partir do momento em que houve 
a limitação das antigas monarquias absolutistas, o rei passou a necessitar de 
autorização de seus vassalos para a realização dos gastos da coroa — como 
preceituado, por exemplo, na Magna Charta Libertatum, de 1215, e na Petition 
of Rights, de 1628. Também não se deve desconsiderar que a revolução 
orçamentária deveu-se, em grande parte, à idealização do Estado liberal 
burguês, que emana, segundo especialistas da área, de razões políticas, e não 
financeiras. 
Conquanto esses fatos tenham contribuído para a formação do orçamento 
em sua tessitura tradicional, é preciso, hoje, refletir sobre a real natureza da lei 
orçamentária atual, se autorizativa ou impositiva. 
César Augusto Carra. O orçamento impositivo aos estados e aos municípios. 
Internet: <libano.tce.mg.gov.br> (com adaptações). 
 
Julgue o item seguinte, com relação aos aspectos linguísticos do texto. 
A supressão da preposição “em” prejudicaria a correção gramatical do texto. 
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Certo 
Errado 
Comentários: 
A expressão “em que”, formada pela preposição EM + o pronome QUE é 
equivalente a NO QUAL e liga o termo “momento” ao resto da oração, que tem 
valor temporal. 
Repare que quando falamos algo que se refere a tempo, normalmente há a 
presença da preposição EM. 
Ex. no dia 10 (em+o), naquele mês (em+aquele), neste momento (em+este), 
nessa hora (em+naquela), em sete dias, em uma hora, em dois minutos... 
Gabarito: Certo 
 
11) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria 
Governamental/2015 
Com os avanços das tecnologias informáticas, atividades como ir ao banco, 
assistir a filmes, fazer compras, acompanhar processos judiciais, estudar a 
distância e solicitar serviços passaram a ser realizadas até mesmo a partir de 
um simples smartphone. A tecnologia alterou a noção de tempo, distância e 
espaço e produziu grandes impactos que afetam a forma com que cada um se 
relaciona, trabalha, produz, se comunica e se diverte. Não é à toa que, 
paralelamente ao mundo real, há um mundo representado virtualmente — o 
denominado ciberespaço — com código e linguagem próprios, mas que se inter-
relaciona — e muito — com o mundo real. Hoje, essa relação de 
interdependência entre os mundos real e virtual é tão forte que se torna difícil 
pensar na existência de um sem o outro. A administração pública também está 
cada vez mais imersa nesse mundo. Tanto que o uso da tecnologia tem 
permitido a expansão e a melhoria dos serviços oferecidos à sociedade e 
alterado a forma como o governo trabalha e se relaciona com o público. 
Inovação tecnológica, dados abertos e big data: um novo momento para o 
exercício do controle social. In: Revista do Tribunal de Contas da União, ano 
46, n.º 131, set.–dez./2014, p. 9. Internet: 
<http://portal2.tcu.gov.br>(comadaptações). 
Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item 
a seguir. 
Na linha 5, a alteração na posição do adjetivo “simples” em relação a 
“smartphone” — escrevendo-se smartphone simples — não prejudica a correção 
gramatical nem altera o sentido do texto. 
Certo 
Errado 
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Comentários: 
Note que a mudança na posição do adjetivo altera o seu sentido, ainda que de 
uma forma sutil, ou seja, que não é tão perceptível, porém precisamos estar 
atentos. 
“Com os avanços das tecnologias informáticas, atividades como ir ao banco, 
assistir a filmes, fazer compras, acompanhar processos judiciais, estudar a 
distância e solicitar serviços passaram a ser realizadas até mesmoa partir de 
um simples smartphone” 
O trecho acima, quer dizer que, hoje, podemos fazer diversas coisas impensadas 
no passado apenas com um smartphone. 
Ao mudarmos a posição do adjetivo para: “... com um smartphone simples”, 
estaríamos dizendo que podemos fazer essas coisas com um smartphone 
barato ou de pouca tecnologia, quando não é esse o sentido original do texto. 
Gabarito: Errado 
 
12) CESPE/Técnico/MPU/Apoio Técnico e 
Administrativo/Segurança Institucional e Transporte/2015 
O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do Estado brasileiro e da 
democracia. A sua história é marcada por processos que culminaram 
consolidando-o como instituição e ampliando sua área de atuação. 
No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia o 
Ministério Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e 
as Ordenações Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores de justiça, 
atribuindo-lhes o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação criminal. 
Existiam ainda o cargo de procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) 
e o de procurador da Fazenda (defensor do fisco). 
Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império, iniciou-
se a sistematização das ações do Ministério Público. Na República, o Decreto n.º 
848/1890, ao criar e regulamentar a justiça federal, dispôs, em um capítulo, 
sobre a estrutura e as atribuições do Ministério Público no âmbito federal. 
Foi na área cível, com a Constituição Federal de 1988, que o Ministério Público 
adquiriu novas funções, com destaque para a sua atuação na tutela dos 
interesses difusos e coletivos. Isso deu evidência à instituição, tornando-a uma 
espécie de ouvidoria da sociedade brasileira. 
Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações). 
 
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Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se 
segue. 
O adjetivo “lusitano” diz respeito a português, ou seja, originário de Portugal. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
Perfeito. Alguns adjetivos substituem as locuções adjetivas, como vimos no 
quadro da página 8 (de abelha = apícola; de cão = canino e etc.). 
Gabarito: Certo 
 
13) CESPE/AA/ICMBio/2014 
De acordo com uma lista da International Union for the Conservation of Nature, 
o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas de 
extinção, com um total de 123 espécies sofrendo risco real de desaparecer da 
natureza em um futuro não tão distante. A Mata Atlântica concentra cerca de 
80% de todas as aves ameaçadas no país, fato que resulta de muitos anos de 
exploração e desmatamentos. Atualmente, restam apenas cerca de 10% da 
floresta original, não sendo homogênea essa proporção de floresta 
remanescente ao longo de toda a Mata Atlântica. A situação é mais séria na 
região Nordeste, especialmente nos estados de Alagoas e Pernambuco, onde a 
maior parte da floresta original foi substituída por plantações de cana-de-
açúcar. É nessa região que ainda podem ser encontrados os últimos exemplares 
das aves mais raras em todo o país, como o criticamente ameaçado limpa-folha-
do-nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena ave de dezoito centímetros vive 
no estrato médio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromélias, 
onde procura artrópodes dos quais se alimenta. Atualmente, as duas únicas 
localidades onde a espécie pode ser encontrada são a Estação Ecológica de 
Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco. 
Pedro F. Develey et al. O Brasil e suas aves. In: Scientific American Brasil, 
2013 (com adaptações). 
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos estruturais do texto 
acima. 
Nas sequências “toda a Mata Atlântica” e “todo o país”, os artigos definidos “a” 
e “o” são opcionais, podendo ser suprimidos sem que haja prejuízo à correção 
gramatical e à significação dos períodos de que fazem parte.. 
Certo 
Errado 
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Comentários: 
A supressão dos artigos “a” e “o” nos trechos acima indicados têm o mesmo 
efeito. Gramaticalmente, as orações continuam corretas, porém sofrem 
alteração no sentido. Quando se utiliza o artigo “a”, por exemplo, em “toda a 
mata atlântica”, a expressão tem sentido de a mata atlântica inteira. Por 
outro lado, quando omitimos o artigo a expressão quer dizer qualquer mata 
atlântica. 
Da mesma forma acontece com a expressão “todo o país” = o país inteiro, 
enquanto “todo país” = qualquer país. 
Gabarito: Errado 
 
14) CESPE/Técnico Legislativo/Câmara dos Deputados/Agente 
de Polícia Legislativa/2014 
A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações 
políticas que conhecemos, desde as cidades-estado gregas até os Estados 
atuais. Entretanto, o seu sentido e a forma como é realizada têm variado ao 
longo do tempo. A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores 
estruturais e organizacionais que moldaram seu processo histórico de 
transformação. 
A palavra “polícia” deriva do termo grego polis, usado para descrever a 
constituição e organização da autoridade coletiva. Tem a mesma origem da 
palavra “política”, relativa ao exercício dessa autoridade coletiva. Assim, 
podemos perceber que a ideia de polícia está intimamente ligada à noção de 
política. Não há como dissocia-las. 
A atividade de polícia é, portanto, política, uma vez que diz respeito à 
forma como a autoridade coletiva exerce seu poder. 
Arthur T. M. Costa. Polícia, controle social e democracia. In: Arthur 
Trindade Maranhão Costa. Entre a lei e a ordem. Rio de Janeiro: FGV, 2004, p. 
93. Internet: <www.necvu.ifcs.ufrj.br> (com adaptações). 
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item 
a seguir. 
A substituição de “cidades-estado” por cidades-estados não prejudicaria a 
correção gramatical do texto. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Esse é um caso em que é FACULTATIVA a pluralização apenas do primeiro 
ou dos dois termos. 
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 42 de 101 
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• Pluraliza-se apenas o primeiro: 
substantivo + substantivo (quando o segundo qualifica ou restringe o 
sentido do primeiro) – ex. pombos-correio, peixes-boi, bolsas-família 
 
OBS – Neste caso, é facultativo o uso de plural nos dois termos, porém 
a primeira forma é a mais tradicional. 
Ex. pombos-correios, peixes-bois, bolsas-famílias 
Gabarito: Certo 
 
15) CESPE/TJ/STF/Administrativa/"Sem Especialidade"/2013 
Texto para o item 
Eu não sou capaz de me lembrar do cheiro que meu pai tinha quando eu era 
criança. As pessoas mudam de cheiro com a idade, assim como mudam de pele 
e de voz, e quando você fala da infância, é possível que associe a figura do seu 
pai com a figura do seu pai como é hoje. Então, quando me lembro dele me 
trazendo um triciclo de presente, ou mostrando como funcionava uma máquina 
de costura, ou pedindo que eu lesse algumas palavras escritas no jornal, ou 
conversando comigo sobre as coisas que se conversam com uma criança de três 
anos, sete anos, treze anos, quando me lembro de tudo isso, a imagem dele é 
a que tenho hoje, os cabelos, o rosto, meu pai bem mais magro e curvado e 
cansado do que em fotografias antigas que não vi mais que cinco vezes na vida. 
Quando me lembro do meu pai me proibindo de mudar de escola, a voz que 
ouço dele é a de hoje, e me pergunto se algo parecido acontece com ele: se a 
lembrança que ele tem de mim aos treze anos se confunde com a visão que ele 
tem de mim agora, depois de tudo o que ficou sabendo a meu respeito nessas 
quase três décadas, um acúmulo de fatos que apagam os tropeços do caminho

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