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Í N D I C E PREFÁCIO - A RELEVÂNCIA DA MUDANÇA 01 INTRODUÇÃO - SOMOS ESCRAVOS DOS NOSSOS HÁBITOS 02 CAPÍTULO 1 - A CIÊNCIA DA MUDANÇA DE HÁBITOS 04 CAPÍTULO 2 - A ANATOMIA DO CÉREBRO 08 CAPÍTULO 3 - OS 3 COMPONENTES DO HÁBITO 11 CAPÍTULO 4 - CIÊNCIA COMPORTAMENTAL 13 CAPÍTULO 5 - OS 10 ERROS MAIS COMUNS NA MUDANÇA DE HÁBITOS 17 CAPÍTULO 6 - MOTIVAÇÃO E FORÇA DE VONTADE 29 CAPÍTULO 7 - FORÇA DE VONTADE: PRINCÍPIOS INICIAIS 30 CAPÍTULO 8 - 5 PRINCIPAIS CAUSAS DA DESISTÊNCIA 37 CAPÍTULO 9 - A FISIOLOGIA DA FORÇA DE VONTADE 41 CAPÍTULO 10 - A PSICOLOGIA DA FORÇA DE VONTADE 45 CAPÍTULO 11 - OS 2 LADOS DA ROTINA 50 CAPÍTULO 12 - DESCOBRINDO GATILHOS 53 CAPÍTULO 13 - O PODEROSO MINI HÁBITO 58 CAPÍTULO 14 - HÁBITOS NEGATIVOS 63 CAPÍTULO 15 - SINAIS DA CONQUISTA 65 P R E F Á C I O A Relevância da Mudança Há algo que podemos com toda certeza afirmar: a mudança é inevitável. Quando falamos sobre o mundo em que vivemos, é claro que há mudanças em todos os aspectos, sejam elas físicas, sociais, culturais, etc. Em nossa atmosfera, podemos observar conceitos óbvios de mudança como as estações climáticas do ano e outros fenômenos naturais que englobam desde as transformações do nosso biossistema até as etapas cíclicas das quais se compreendem a vida. Fica-se claro que o próprio conceito de vida e do nosso planeta é fantasticamente integrado pelas tão temidas mudanças. Ao trazer estes conceitos para as diversas ciências, posso ir ainda mais a fundo afirmando que a mudança está diretamente relacionada com o próprio avanço e inovação! Quero dizer… Já imaginou o que seria da medicina e da sociedade sem as transformações que ocorreram nas últimas décadas? É de conhecimento geral que as mudanças ocorridas nos últimos 50 anos foram as grandes responsáveis por descobertas que hoje fazem a nossa vida ter muito mais qualidade. Aqui, posso citar exemplos magníficos, como o tratamento para doenças que eram consideradas antes incuráveis e a tecnologia em si. Sem a audácia de se escolher a mudança, talvez a humanidade jamais alcançasse tais progressos. Algumas linhas de pensamento abordam o assunto de forma ainda mais provocante. O consultor de empresas Milton Luís F. Pereira chega a afirmar que: “(...) quanto mais uma pessoa estiver presa a velhos paradigmas, in- sistindo em não enxergar o que muda ao seu redor, mais difícil será o seu diálogo com as novas gerações, nascidas em plena era da in- formação”. Isso leva a importância da mudança a outro patamar, e a falta da mesma não é somente a ausência do avanço, é a estagnação de pen- samento! A mudança, como aqui abordei, é o primórdio do progresso. Sem ela, todas as ou- tras áreas ficam carentes de desenvolvimento e ascensão, inclusive quando falamos de nós mesmos. A mudança chega a ser um verdadeiro poder que permite a quem a escolhe questionar conceitos ancestrais, considerados antes como verdades, e desenvolver novos argumentos que defendam ideias revolucionárias. Pensando nisso, o desejo de trazer a mudança para o nosso cotidiano é inevitável. Se grandes empresários e profissionais de todas as áreas do mundo tiveram a coragem de buscar a mudança e de criar conceitos que não só renderam milhões de dólares, mas também transformações incalculáveis (citando aqui ícones como Steve Jobs - fundador da Apple - e o grande nome da medicina Maurice Wilkins - vencedor do Prêmio Nobel pela contribuição nas pesquisas sobre o DNA), por que você não pode ser um dominador das mudanças também? O domínio das mudanças não só rende ideias inovadoras para seu negócio, como também é responsável por avanços e conquistas pesso- ais que incluem saúde e qualidade de vida. Esta grande habilidade de não temer mudanças e de enfrentá-las com segurança permite que todas as suas conquistas atinjam proporções ainda maiores, afetando quem o rodeia e possibilitando que a mudança chegue em seu ambiente, seja familiar ou empresarial. Fica óbvio que a mudança não é apenas rele- vante como também é necessária para quem busca e quer fazer melhor! Se a mudança é a base do progresso, como eu disse antes, qual é a base da mudança? E qual a forma de deixar velhos paradigmas para trás e ir diretamente ao encontro da inovação? Sem deixar de lembrar que o novo somente progride se honrar o que passou. É isso que está apostila irá, de forma simples, te ensinar: como, na prática, você pode abraçar a mudança e criar novos hábitos e, assim, deixar o que já não funciona para você. Se existem meios e técnicas que ensinam a ter mais controle sobre as áreas da sua vida e se tornar uma melhor versão de si mesmo, você não irá querer passar horas tentando descobrir sozinho, certo? Para os audaciosos e corajosos que estão pres- tes a descobrir, de maneira prática e dinâmica, o comando das mudanças e a criação de novos hábitos, estaremos juntos em uma excelente leitura e aprendizado! I N T R O D U Ç Ã O Somos escravos dos nossos Hábitos. Para ser um verdadeiro líder de mudanças na sua vida, é necessário possuir um conhecimento dos fundamentos destas. Qual é o impulsionador da mudança? Qual o estado em que nos encontramos anteriormente a ela? É o que você verá logo a seguir. Nossas crenças e experiências são a base de nossas escolhas, costumes H e até mesmo tabus¹, e, quando não mudadas ou ascendidas, podem se tornar valores inflexíveis que impedem a aceitação do novo. É fato que tradição não pode ser em si considerada um mal. No Á entanto, o grande problema da tradição acontece quando ela trabalha do lado oposto da moeda do progresso, ou seja, quando ela vira um mau hábito! Se de um lado encontramos o grupo dos inovadores, do outro encontramos os habituais natos. Seguir o que aprendemos e nos foi passado é uma forma simples de resolver as situações cotidianas, eu diria até que automática, mas quando este comportamento vai contra o que queremos, encontramos a raiz do problema. Se formos buscar o significado exato da palavra hábito no dicionário B de língua portuguesa, encontraremos a seguinte resposta: “maneira usual de ser, fazer, sentir; costume, regra, modo”. Se juntarmos essa afirmação a uma pesquisa da Universidade de Duke, a qual afirma que 45% dos nossos comportamentos são hábitos, podemos concluir que quase metade das coisas que somos, fazemos e sentimos, os são. Já imaginou o resultado de quando estes hábitos são utilizados para o seu mal? Exatamente, pode ser catastrófico! Infelizmente, a maioria dos maus hábitos não são controlados por nós diretamente. Isso porque a maioria dos nossos hábitos são regidos I pela escolha mais simples e fácil, ou pela qual fomos ensinados socialmente e, mesmo tendo a sorte de identificá-los, dá trabalho nos libertarmos dos mesmos. Transformar um hábito, ou seja, desempenhar uma mudança, é uma ação que exige um esforço e dedicação muito maior do que estamos acostumados, e quando não se tem uma metodologia de como quebrar esses antigos paradigmas, a dificuldade que se encontra é ainda maior. Felizmente, existem formas que podem te ajudar a transformar T seus maus hábitos, ou melhor, o estado inerte em que você se encontra, em hábitos de mudança e hábitos inovadores. Esta apostila deixará claro que estas ações podem ser facilmente desempenhadas por você quando colocadas em prática.Meu papel é fazer você alcançar verdadeiros resultados ao final dessa leitura, portanto, quanto mais atento e imerso você estiver, maiores as chances de alcançarmos o êxito! Minha sugestão é que sejam seguidas cada uma dessas instruções, nas quais você irá não O somente tirar todas as suas dúvidas, como também terá uma ex- periência transformadora! ¹ “Tabu - Dicio, Dicionário Online de Português”. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/tabu/> https://www.dicio.com.br/tabu/ A Ciência da Mudança de Hábitos Capítulo 01 “As nossas crenças se transformam em pensamentos, nossos pensamentos se transformam em palavras, nossas palavras se tornam ações, nossas ações se tornam hábitos, nossos hábitos se tornam valores, e os nossos valores revelam o nosso destino.” - Alguns atribuem a Mahatma Gandhi, outros ao Talmud. - M A H A T M A G A N D H I As palavras de Gandhi poderiam ser resumidas e concluídas facilmente como: “Nós, verdadeiramente, somos aquilo que fazemos constante- mente”. Algo que eu observo no dia a dia, principalmente com os meus pacientes, são pessoas estarem certas de que o sorvete ingerido no final de semana arruinará toda a sua saúde. Parece difícil de acreditar, mas apesar do excesso de açúcar ser maléfico à saúde, o que realmente causa prejuízo não é o deslize do feriado ou da festa de aniversário, e sim o alimento ingerido diariamente. O mesmo se aplica tanto aos hábitos alimentares quanto a todos os outros. O que te condena não são os deslizes e sim os hábitos cotidianos, aquilo que o molda de maneira consistente, ou seja, para toda a existência. De acordo com a psicoterapeuta Virgínia Satir2: “O maior instinto do ser humano não é o da sobrevivência, e sim o de fazer o que sempre fez.” De fato, ela tinha um embasamento fortíssimo para essa afirmação. É muito mais simples optar por um delicioso bolo de chocolate do que por uma salada leve, certo? Alguns até podem afirmar que não, mas a verdade é que preferir a primeira opção exige muito menos esforço e controle próprio! Nós sempre tendemos a realizar a ação mais simples para nosso cérebro, o hábito mais simples. Isso torna a afirmação “somos escravos dos nossos hábitos” cada vez mais real. No entanto, o segredo se encontra em qual tipo de hábito você se faz escravo. Se hábitos são ações realizadas inconsciente e automaticamente pelo nosso cérebro, de fato temos de fazer esforço para controlá-las, porém, podemos alterá-las ou reprogramá-las. Se o seu cérebro estiver programado para realizar um hábito ruim, gerará consequências naturalmente ruins, mas se seus hábitos forem benéficos, gerará resultados espontaneamente bons. Ser bom ou ruim é determinado pelo fato de te aproximar ou te afastar das suas metas. Portanto, o verdadeiro vilão não consiste na “prisão” que nossos hábitos desempenham em nossa mente, e sim na escravidão dos maus hábitos! Uma vez que nos fazemos sujeitos aos bons hábitos, quero dizer, quando reprogramamos nosso inconsciente a exercer bons hábitos, automaticamente encontramos o caminho para a transformação positiva! Mas como isso seria possível? Como fazer nosso inconsciente escolher a inovação e a mudança ao invés dos hábitos construídos desde cedo? A resposta está na ciência. A anatomia do cérebro e a forma como a mente funciona são a solução para encontrarmos os resultados tão desejados. ² “Virginia Satir - Golfinho, o Porta da PNL no Brasil”. Disponível em: <https://golfinho.com.br/escritor/virginia-satir.htm>. https://golfinho.com.br/escritor/virginia-satir.htm A Anatomia do Cérebro Capítulo 02 Vamos fazer um exercício! Imagine um enorme e majestoso elefante, com seus quase 3 metros de altura e 6.000 quilos de estrutura. Em cima dele você pode encontrar um condutor comum, de estatura e peso medianos, mas que saiba conduzi-lo. Eles caminham juntos à beira do mar, e o condutor, por mais que tenha um maior controle e inteligência se comparado ao elefante, precisa se utilizar da força quando o animal ancestral resolve virar para o lado errado, para que o desejo instintivo da criatura não seja realizado. O mesmo pode ser aplicado à nossa anatomia cerebral! O elefante faz o papel da parte mais primitiva e inconsciente do nosso cérebro (os gânglios da base); e o condutor representa a nossa consciência (córtex pré-frontal). Quando nossa parte inconsciente deseja desempenhar um hábito ou um comportamento, é necessário um esforço extremamente grande de nossa parte consciente para que tal hábito não se concretize. É como ir a um mercado e comprar uma barra de chocolate esperando comer apenas dois pequenos pedaços. Se a barra fica em seu campo de visão ou no mesmo ambiente que você, é inevitável comer muito mais do que você se determinou. Quando você não cai em tentação, é claramente a parte consciente do cérebro fazendo sua parte, mas o mais habitual de acontecer é que metade da barra de chocolate seja ingerida sem ao menos você se dar conta. Nesse caso, é o elefante (parte inconsciente) desempenhando o seu papel! Ou seja, a única forma de criar hábitos é ensinando seu próprio cérebro a obedecer o seu córtex pré frontal (sua consciência). Quando falamos em quantidade de informação, nosso cérebro é capaz de processar 11 milhões de bits por segundo, dos quais apenas em 40 bits temos consciência! Isso significa que para alcançar resultados é necessário adotar um método extremamente efetivo, do contrário, nenhuma mudança pode ser realizada. Apenas 40 bits (informação que pode ser armazenada ou transmitida) no nosso cérebro são processados por nossa consciência. Os 3 Componentes do Hábito Capítulo 03 Para ter uma noção melhor de como é o funcionamento exato e científico do hábito, podemos se- pará-lo em 3 componentes. Gatilho, rotina e recompensa. Coloquemos dessa forma… Você passa em frente à sua geladeira (gatilho), em consequência isso irá disparar um comportamento (rotina). Você abre a geladeira, vê um refrigerante e o ingere, ime- diatamente é recompensado pelo prazer de tomá-lo (recompensa), fazendo com que o ciclo dos 3 componentes se complete.Todo hábito é inevitavelmente acionado por seu primeiro componente: o gatilho. Este pode estar relacionado ao que você vê, ouve, sente, ou até mesmo a influências de quem está à sua volta. Mais para frente, abordarei como identificar tais gatilhos. Levando este entendimento à prática, um bom exercício para ser realizado é o de raciocinar sobre quais podem ser os seus gatilhos específicos! Façamos assim, reflita sobre um hábito que você verdadeiramente deseja mudar, algo que o incomode há tempos ou que você acabou de perceber como maléfico. Quais poderiam ser seus fatores influenciadores (gatilhos que provocam esse tipo de comportamento: algo que você vê, sente, ouve)? Está relacionado a quem está perto de você? Vamos colocar em exemplos: suponhamos que um de seus desejos seja o de ter uma alimentação mais saudável para ter maior qualidade de vida. Sabido que a alimentação correta não gera apenas saúde, como também acaba sendo responsável por um melhor desempenho profissional, o que é um desejo comum de muitas pessoas. É inegável que nosso inconsciente habitualmente acabe escolhendo sempre a opção mais fácil e prazerosa, ou seja, a alimentação que normalmente não é a ideal para uma saúde de qualidade. Tragamos para um novo gatilho mental. Neste caso, determine a si mesmo que toda vez que você se sentar à mesa, comerá pelo menos uma verdura ou vegetal. Apenas um, para começar. Você fará do ato de “sentar-se à mesa” o gatilho ideal para desencadear este novo comportamento desejado e, com o tempo, seguindo uma metodologia correta, ele se tornará um novo hábito. https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891 A Ciência Comportamental Capítulo 04 “A Simplicidade é o máximo da Sofisticação.” - Leonardo da Vinci - L E O N A R D O D A V I N C I DOMINE SEUS HÁBITOS COM A NEUROCIÊNCIA 1 O professor e estudioso de ciência comportamental da renomada Universidade de Stanford, B.J. Fogg3, apresenta um modelo diferenciado sobre como a mudança positiva no comportamento pode impactar todas as áreas da vida de um indivíduo. Lembro aqui, que o objetivo de todo este material é transformá-lo em um líder nas mudanças da sua vida, resultando em muito mais produtividade, saúde e inovação em todos os aspectos. Para isso, é indispensável buscar fontes que estejam à altura de uma verdadeira mudança! O modelo simples e interessante do professor BJ. Fogg é uma dessas fontes, e seus estudos defendem basicamente o seguinte: “Eu ensino as pessoas como o comportamento fun- ciona para que elas possam criar produtos e serviços que beneficiem a si mesmas e a outros em todo o mun- do.” Sua afirmação é exatamente o que defendo no decorrer desta apostila. Em um conceito básico, o professor afirma que o comportamento desempenhado por você - aquele em que quase metade é automático - pode refletir não apenas em todos os aspectos da sua vida, como também em todos com quem você se relaciona. Isso torna a ciência comportamental uma tremenda alavanca para toda a sociedade. Não é por menos que uma das maiores faculda- des de todo o mundo tem investido no estudo do comportamento e das mudanças humanas. Se cada um desempenhasse uma posição de autoridade mediante as mudanças, teríamos grandes inovadores e pensadores em todas as empresas e em todos os lares do planeta! Fica claro que quem domina conceitos da ciência comportamental domina, consequentemente, o conceito da transformação dos maus hábitos em bons hábitos. Se 45% dos nossos comportamentos são compostos por hábitos, é de suma importância que estes estejam sendo desempenhados para o bem, fomentando - mesmo inconscientemente - grandes ideias. Começar uma mudança de hábitos repentina- mente e exercer o domínio com maestria é uma tarefa complexa de se desempenhar sem uma metodologia. Inicialmente, faz-se necessário o conhecimento do porquê mudar um hábito é algo tão difícil. É aí que entra o estudo do professor BJ. Fogg, no qual ele apresenta quais são exatamente os 10 erros mais comuns na mudança de hábitos. Veja no próximo capítulo. ³ “BJ Fogg, PhD - BJ Fogg”. Disponível em: <https://www.bjfogg.com/>. Os 10 Erros mais Comuns na Mudança de Hábitos Capítulo 05 erros OS 10 ERROS MAIS COMUNS NA MUDANÇA DE HÁBITOS Vamos trazer para a prática... Você já decidiu que quer tomar o controle de seus hábitos e ser uma pessoa mais produtiva, saudável e que alcança suas metas. Mas como desempenhar isso com a menor margem de erros? Pode parecer presunçoso, porém, a verdade é que você pode ter passado toda a sua vida prisioneiro dos maus hábitos, e quanto mais tempo você perde preso neles, mais você pode estar comprometendo a suasaúde e até a sua performance profissional. Isso quer dizer que quanto mais você puder aproveitar para executar uma mudança de hábito assertiva, mais rápido você alcançará a mudança e assim criará novos bons hábitos! Como fazer isso? Bom, como eu disse logo acima, você não tem tempo para margem de erros, certo? Para isso, revisaremos o estudo realizado pelo professor B.J. Fogg sobre quais são os 10 erros mais comuns de um indivíduo quando ele decide alterar seus hábitos. Isso te ajudará a evitá-los. 01 Contar apenas com a sua força de vontade nas mudanças ao longo prazo A proposta do professor é a seguinte: “imagine que a força de vontade simplesmente não exista.” Para quem está prestes a desenvolver uma mudança de hábito, é indispensável considerar que a própria força de vontade é um recurso escasso, ou seja, ela é um recurso esgotável. Quantas vezes você já não começou um projeto, ou até mesmo tentou fazer uma simples alteração na sua alimentação, e foi perdendo o estímulo inicial ao longo do tempo? Isso ocorre porque, na maioria das vezes, nos apoiamos em nossa excitação inicial para começar um novo projeto. Seja pelo cansaço ou outros fatores externos, é muito comum a força de vontade ir se esvaindo aos poucos. Por isso, para alterar um mau hábito é necessário se apoiar em algo maior do que a instável e esgotável força de vontade. 02 Tentar dar grandes passos ao invés de pequenos passos Coloquemos dessa forma: imagine que você começa uma dieta extremamente restritiva em que toda sua alimentação é bruscamente alterada logo de cara e que ainda exige um consumo muito menor do que você estava acostumado. O erro será iminente, afinal, você pecará por excesso. São tantos novos hábitos a serem colocados em prática que a sua mente não consegue acompanhar de forma correta. A solução para este segundo erro é simples: Procure sempre dar pequenos passos, um após o outro e, assim, alcançar conquistas diárias! 03 Ignorar como o ambiente molda o comportamento Assim como mencionei algumas vezes aqui, nossas mudanças podem moldar e refletir no ambiente em que nos encontramos, mas o ambiente também pode refletir em nosso comportamento de uma maneira boa ou ruim. Alterar o seu ambiente pode ser uma das formas mais simples de desenvolver um novo hábito. Sabemos, por exemplo, o quão maléfico é o refrigerante, mas mesmo assim encontramos diversas pessoas que lutam para parar de consumi-lo. Boa parte disso pode estar relacionada ao fato de que estas pessoas estão rodeadas pela bebida no cotidiano, seja no ambiente familiar ou profissional. Para desenvolver um novo hábito, é necessário olhar a sua volta e ver o que você pode alterar. Assim, a mudança será mais simples! Se você deseja parar de consumir o refrigerante, tente, por exemplo, deixar uma garrafa de água sempre cheia e perto, além, é claro, de evitar ficar próximo da “desagradável” bebida. Ou não tenha a bebida em casa. Você irá perceber que, com o tempo, um novo hábito foi formado de forma muito mais rápida, pelo simples fato de que o ambiente não foi ignorado. Além disso, lembre-se que hábitos são controlados pela parte inconsciente do nosso cérebro, que acaba sempre escolhendo o mais simples e corriqueiro. Se você altera o seu contexto para que o saudável seja o simples, ele logo se tornará também corriqueiro! 04 Tentar parar velhos hábitos ao invés de criar novos O que BJ. Fogg quis dizer com este quarto erro mais comum? Bem, por mais que, em grande parte das vezes, você precise lutar contra velhos hábitos ruins, para a sua mente é muito mais simples desenvolver um novo bom hábito do que tentar substituir um antigo. Isso ocorre porque somos motivados pela ação! É muito mais simples o cérebro e o corpo se motivarem com uma nova ação do que retrocederem para alterar um velho hábito que, muitas vezes, exige a inércia para que seja freado. Foque, antes de tudo, no desenvolvimento de novos hábitos bons e saudáveis, assim, com o tempo, você verá que a determinação tende a crescer. 05 Culpar a falta de motivação por fracassos Existem dois mecanismos que controlam a mudança de hábitos: a motivação e a força de vontade. O que queremos aqui é tornar o processo de adesão a novos bons hábitos mais simples, porém, a motivação é um dos mecanismos sobre o qual a sua mente tem pouquíssimo controle. Como mencionei acima, a motivação é desencadeada por ações. Se estas não são desem- penhadas com sucesso, a motivação pode nunca ser ativada. Dessa maneira, o fracasso é a consequência. Afirmar que não conseguiu alcançar a mudança apenas porque não se sentiu motivado o suficiente não é uma solução prática! Se você quer se tornar um líder em mudanças, sua primeira ação deve ser a de facilitar a adoção do hábito, o que nos leva ao próximo erro mais comum. 06 Subestimar o poder dos incentivos A verdade é que não há mudança de comportamento sem que haja incentivos para isso, ou seja, qual a recompensa para que você passe para a próxima etapa da mudança de hábitos? Atente-se para quais serão os fatores estimuladores da sua mudança. Procure ser o seu maior incentivador e premiador. Elogie-se e se recompense quando atingir um resultado proposto: as palavras possuem um poder inimaginável, mesmo quando aplicadas por nós mesmos. Por outro lado, também é fundamental o desempenho da autocompaixão. Quando o erro é cometido ou uma meta não é alcançada, é importantíssimo deixar de lado a autocrítica e se permitir perdoar. Assim, você garantirá um impulsionador para seguir em frente e desenvolver muito mais motivação e força de vontade. 07 Acreditar que a informação leva à ação Por mais estudados e informados que sejamos, a verdade é que nós, humanos, nunca nos tornaremos seres completamente racionais. É comprovado cientificamente que não somente os fatores inconscientes têm um grande papel na formação humana, como também existem os fatores instintivos. Por isso, basear-se completamente na informação para desempenhar um novo hábito (que se encontra na parte inconsciente do seu cérebro) é um erro claro. Você pode ter toda a consciência sobre os males do cigarro para a sua saúde, da mesma maneira que sabe sobre todos os males do excesso de gordura e, mesmo assim, não ser capaz de controlar o impulso de consumir uma ou outra, ou até ambas as coisas, certo? É claro que a informação é um fator importantíssimo, no entanto, ela não basta para que uma verdadeira mudança aconteça. 08 Focar em objetivos abstratos mais do que em ações concretas Afinal, o que são objetivos abstratos e ações concretas? Colocarei um simples exemplo. Suponha que você é alguém que deseja entrar em uma melhor forma. É claro que o seu objetivo final é alcançar um corpo ideal, porém, colocá-lo como alvo principal podeser um erro, pois é algo abstrato e que não vem acompanhado de ação. Se seu objetivo inicial for uma ação concreta, o resultado pode ser completamente diferente. Dentro do exemplo acima, poderíamos colocar “andar 15 minutos diários” como um objetivo inicial. Desse modo, o objetivo de entrar em uma melhor forma vem acompanhado de uma ação concreta e que, agora, pode ser colocada em prática. Assim, ficará claro se você cumpriu ou não este novo hábito. 09 Buscar mudar um hábito para sempre e não por um curto período Quando falamos na mudança para novos hábitos, é muito melhor possuir o foco em períodos fixos do que no indeterminado, como o “para sempre”. Um exemplo muito claro disso é a forma como o A.A. (alcoólicos anônimos) funciona. Você não encontrará um indivíduo que diga: “nunca mais vou beber”. Pelo contrário, a prática de afirmação do grupo é dizer: “mais um dia sem beber. Só por mais um dia”. Este tipo de comportamento constante é o que, no final, faz com que um alcoólatra passe anos sem depender da bebida. Essa é uma ótima técnica para enganar o “elefante” (seu inconsciente) e alcançar, com pequenos prazos, a sonhada mudança definitiva. Portanto, para o êxito, substitua o “para sempre” por um prazo determinado! 10 Reconhecer que é difícil mudar hábitos Se eu afirmei e mostrei cientificamente diversas vezes como pode ser desafiador desenvolver um novo hábito, por que é um erro reconhecer que o processo é difícil? Pelo fato de que, quando as técnicas corretas são aplicadas, a dificuldade se torna mais branda e tudo fica mais alcançável e simples. Sabendo que existe um processo que irá auxiliar a desenvolver novos hábitos, isso acaba se tornando também um fator de incentivo/estímulo que, como já mencionei aqui, é essencial para impulsionar a motivação! E agora? Fica mais simples entender que o conhecimento de todos estes erros comuns torna o procedimento de gerar novos hábitos mais fácil. Contudo, é indispensável colocar todas as técnicas em prática e estar constantemente se lembrando de cada uma delas. Você se lembra do que combinamos ao início desta apostila? Que toda informação for- necida aqui só lhe seria útil com o seu comprometimento com os resultados. É exatamente isso que deve acontecer agora. Procure uma forma de memorizar estas informações e colocá-las em prática, assim, essa leitura será muito mais transformadora do que você imagina. IMPORTANTE Quanto tempo leva para criar um novo hábito? Você já deve ter ouvido algumas vezes que, para gerar um novo hábito, todas essas técnicas devem ser colocadas em prática por pelo menos 21 dias, certo? Errado! O estudo que se baseia neste número foi fundamentado no livro chamado Psicocibernética4 do cirurgião Maxwell Maltz5. Observando seus pacientes, o médico concluiu que, quando um membro do paciente era retirado, levava em média 21 dias para que o indivíduo se acostumasse com a ausência dele. Assim, dr. Maxwell Maltz não baseou sua afirmação em pesquisa, apenas em observação. Por outro lado, um estudo recente, realizado na Inglaterra, chegou à conclusão de que, para desenvolver um novo hábito, seriam necessários no mínimo 66 dias. No entanto, este mesmo estudo mostrou que existe variação do tempo e que um novo com- portamento poderia levar de 18 até 254 dias para se tornar automático, ou seja, para ser realizado pela parte inconsciente do cérebro e, assim, virar um hábito. Pode-se concluir que para gerar um novo hábito é necessário levar em conta fatores individuais, e até qual o tipo de hábito o indivíduo gostaria de desenvolver. Portanto, não pense que colocar estas técnicas em prática por apenas 21 dias será suficiente para que você tenha desenvolvido um comportamento automático. Lembre-se que cada caso tem fatores determinantes específicos. 4 “ Psycho-Cybernetics: Updated and Expanded - Amazon”. Disponível em: <https://www.amazon.com.br/Psycho-Cybernetics-Updated-Ex-panded- Maxwell-Maltz/dp/0399176136/>. 5 “Dr. Maxwell Maltz Dead; Plastic Surgeon and Author - The New York Times Company”. Disponível em: <https://www.nytimes.com/1975/04/08/ archives/dr-maxwell-maltz-dead-plastic-surgeon-and-author.html>. https://www.amazon.com.br/Psycho-Cybernetics-Updated-Expanded-Maxwell-Maltz/dp/0399176136/ https://www.amazon.com.br/Psycho-Cybernetics-Updated-Expanded-Maxwell-Maltz/dp/0399176136/ https://www.amazon.com.br/Psycho-Cybernetics-Updated-Expanded-Maxwell-Maltz/dp/0399176136/ Motivação e Força de Vontade Capítulo 06 São dois os pontos que podem ser considerados fundamentais para avançar para um novo hábito: MOTIVAÇÃO E FORÇA DE VONTADE Motivação: Sabemos que a palavra motivação deriva da palavra motivo, sendo assim, refere-se a causas e fatores que podem ser internos ou externos. Essas poucas informações já nos são necessárias para encontrar a problemática da motivação: a inconstância. Se a motivação pode ser baseada em fatores in- fluenciadores, ela pode ser facilmente criada de acordo com o nosso estado emocional e, na maio- ria das vezes, é realmente. Isso quer dizer que se nos firmamos apenas nela, o dia em que não nos sentirmos muito bem resultará na desmotivação e, consequentemente, na falta de desenvolvimento do novo hábito. No entanto, ela também se faz necessária para gerar um bom hábito, precisando apenas de um bom fundamento. O grande para- doxo da motivação é que ela tem uma forte carga emocional, já o hábito é um comportamento au- tomático. Ninguém tem emoção para escovar os dentes, por exemplo. Portanto, a medida que um comportamento vai se tornando mais automático ou seja, virando um hábito, a carga emocional é reduzida e então desistimos. Por isso, o grande segredo está na força de vontade. Força de vontade: Encontramos aqui o foco do nosso cuidado para o avanço a um novo hábito. Ao contrário da motivação que é facilmente influenciada pela perda do entusiasmo que, quando colocado corretamente em prática, torna-se o real combustível para desenvolver um novo hábito. Para que isto aconteça, será necessário fundamentar alguns argumentos que irão de fato mostrar o caminho para manter a força de vontade e entender exatamente o porquê de ela se fazer tão importante. “Motivação é o que te faz começar, mas o que te mantém em movimento é um hábito.” - Jim Rohn https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 https://www.istockphoto.com/br/foto/desporto-jovem-mulher-correndo-escadas-no-andar-de-cima-na-cidade-gm625841738-110296023 Força de Vontade: Princípios Iniciais Capítulo 07 O que é força de vontade? No que consiste? A força de vontade nada mais é do que uma batalha cons- tante. A força de vontade surge apenas quando es- tamos lutando contra um conflito interno, quando temos que colocar em pauta a nossa vontade contra o nosso desejo. O assunto é ex- tremamente amplo e fascinante, por isso, po- demos encontrar diversos estudiosos da área, e entre eles posso citar o psicólogo e professor da Universidade de Princeton, Roy Baumeis-ter6, uma das mentes que se especializou pro- fundamente neste incrível termo que é a força de vontade. Em um de seus estudos, Baumeister colocou em uma sala alguns estudantes que estavam há 6 horas sem comer. Naquele local, estavam sendo preparados alguns cookies que infestavam todo o ambiente com o delicioso aroma do alimento. Em seguida, ele dividiu os estudantes em dois grupos e distribuiu papéis com alguns exercícios a serem desenvolvidos. Para um dos grupos, o professor disponibilizou os cookies, já para o outro, permitiu que comessem apenas rabanetes. Mesmo que dentro do grupo houvesse diversos amantes de rabanete, o resultado era inevitável: todos os participantes do grupo acabavam olhando para os cookies que estavam sendo preparados na sala. Isso porque todo o ambiente estava aromatizado e propício para que fossem comidos cookies. A ação gerou nos participantes do grupo uma concentração menor nos exercícios, pois tinham que lutar constantemente contra a vontade de olhar para os cookies. A conclusão foi óbvia: os participantes que receberam os biscoitos acabaram tendo um desempenho muito maior na resolução dos problemas do que aqueles que receberam os rabanetes. Isso porque os estudantes do pri- meiro grupo tiveram a vantagem de maior concentração por não terem que lutar contra nenhum impulso ou instinto. Em informações técnicas, o professor concluiu que os participantes que não receberam os cookies tinham um nível de concentração de 35 a 50% menor na resolução dos problemas quando comparados ao grupo que comeu o cookie. Isso aconteceu porque os que comeram os cookies não tiveram que usar a força de vontade para desviar o foco da tentação. Podemos facilmente afirmar que todas as vezes que somos colocados em frente a problemas e decisões, temos que exercitar a força de vontade. 6“Roy F. Baumeister - ScienceSites Inc”. Disponível em: <http://www.roybaumeister.com/>. Outro exemplo que citarei aqui é o de alguns juízes em Israel que decidiam sobre as condicionais de prisioneiros. O estudo colocado em prova mostrava que um prisioneiro julgado às 17 horas, na grande maioria das vezes, recebia uma sentença diferente do prisioneiro que era julgado às 8 horas, mesmo tendo cometido o mesmo crime. O impacto que o descanso exercia no julgamento que estes juízes realizavam era claro. O réu que era julgado às 17 horas tinha 60% de chance a mais de condenação quando comparado ao réu julgado às 8 horas. O mesmo acontecia quando estes juízes iam a um julgamento logo após as 10h30, horário em que eles haviam acabado de retornar de uma pausa para se alimentar. Os réus julgados após o lanche recebiam mais “sim” do que os que eram julgados anteriormente. Em resumo, quando cansados ou com fome, escolhiam a resposta mais fácil, que era a de negar a condicional. Você pode concluir que a força de vontade pode estar também ligada a fatores condicionais externos como o descanso e o alimento. Para um melhor desempenho, é necessário permitir que os fatores externos sejam também bons influenciadores. No caso dos alimentos, aqueles que possuem índice glicêmico* ideal são significativamente melhores para aumentar e manter a força de vontade do que os que possuem um índice inadequado. Quer começar a colocar em prática agora mesmo? Abaixo você irá encontrar uma tabela com alguns destes índices glicêmicos alimentares: Índice glicêmico se refere à velocidade com que um alimento é absorvido. Quanto mais lenta a absorção, melhor para o corpo, pois a absorção rápida aumenta a gordura corporal e leva a oscilações na glicose do sangue, causando uma alteração na performance do cérebro. Portanto, podemos reafirmar que a força de vontade é uma fonte esgotável e que perde a sua capacidade à medida que o cansaço, a alimentação e outros fatores externos influenciam a sua ação. Você já ouviu falar em depleção do ego? Pois bem, este é o termo científico utilizado para determinar exatamente este esgotamento da nossa força de vontade. Seu significado exato pode ser colocado como: “a diminuição da capacidade de se fazer escolhas”. Ou seja, quando perdemos essa força de vontade, voltamos ao padrão inicial, e isso quer dizer que voltamos a realizar escolhas automatizadas e habituais! E qual é o seu padrão? Quais são os hábitos que entram em ação quando sua força de vontade se esgota? São hábitos que geram bons resultados ou são hábitos que geram más consequências? Está aí o maior papel da força de vontade: introjetar um bom comportamento para que este se torne um bom hábito o mais rápido possível. O segredo “Saber que a força de vontade é como um músculo que cansa muda tudo! Pois, assim, entendemos que temos de aprender a aumentar a resistência dessemúsculo e entender como gerenciá-lo!” 5 Principais Causas da Desistência Capítulo 08 desistir 5 PRINCIPAIS CAUSAS DA DESISTÊNCIA Mencionei diversas vezes aqui como os fatores externos são grandes influenciadores na nossa força de vontade e acabam refletindo diretamente em nossa adesão a novos hábitos. Também ressaltei que o ambiente pode ser um grande incentivador de bons ou maus comportamentos. Nos exemplos aos quais me referi no capítulo anterior, ambos possuíam fatores externos que os influenciavam em suas decisões, mas existem fatores comuns? A resposta é sim! Por meio da análise de dezenas de estudos foi possível comprovar quais são as 5 principais causas da desistência do desenvolvimento de um novo hábito, ou melhor, as 5 principais causas que diminuíam drasticamente a força de vontade. Acompanhe: 1- ESFORÇO Infelizmente, tudo o que requer mais esforço da nossa mente e corpo acaba sendo uma das principais causas de diminuição da força de vontade. 2- DIFICULDADE PERCEBIDA A dificuldade percebida precocemente também é um dos grandes fatores que diminuem a força de vontade. Um exemplo é ver um grande peso na academia e desanimar antes mesmo de começar a treinar. 3- FADIGA SUBJETIVA Já notou que durante uma atividade física, como o início de uma corrida, mesmo que você esteja em forma, é sempre mais difícil a largada do que quando já passados alguns minutos? Isso se chama fadiga subjetiva. Mesmo que seu corpo não esteja cansado, sua mente acaba o enganando e o desmotivando de seguir em frente. Isso acontece porque a mente busca economizar energia. 4- EMOÇÃO NEGATIVA Está totalmente ligada à autocrítica que já mencionei anteriormente. Uma vez que você erra ou não alcança o seu objetivo, é inevitável se colocar para baixo. Esta emoção se mostra como uma das principais causas da diminui- ção da força de vontade. 5- NÍVEIS DE GLICOSE É comprovado que nosso cérebro aumenta o consumo de glicose quando está trabalhando, isso quer dizer que quando nossos níveis de glicose não são ideais, o trabalho que a mente exerce para desenvolver a força de vontade acaba não sendo suficiente, resultando na desistência. https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 https://www.istockphoto.com/br/foto/a%25C3%25A7%25C3%25BAcar-branco-gm495650076-78109213 Dica: Certifique-se de que cada um destes pontos esteja devidamente alinhado, ou seja, evitado. Assim, você garante que a mudança aconteça verdadeiramente e que os novos hábitos não tenham barreira alguma para começarem a ser colocados em prática. A Fisiologia da Força de Vontade Capítulo 09 Assim como qualquer outro estudo, a força de vontade também possui uma fisiologia que se refere ao que é físico e orgânico. Após abordar as 5 principais causas da desistência, eu não po- deria deixar de citar quais são as formas de fun- cionamento que afetam positivamente a força de vontade: 01Sono É cientificamente comprovado que boas noites de sono - incluindo dormir o tempo ideal por noite - ativa o córtex pré-frontal (nossa parte consciente) e permite o aumento consequente da força de vontade. O sono pode ter um papel fundamental até mesmo em vícios. Uma pesquisa comprovou que pessoas viciadas em heroína7, e que dormem menos de 6 horas por dia, têm 70% mais chances de não superar o vício do que aquelas que possuem boas noites de sono. Já imaginou o poderoso efeito que uma boa noite de sono pode ter quando usado a seu favor? 7 “Heroína - Brasil Escola”. Disponível em: <https://brasilescola. 02 Meditação A prática de focar sua atenção. A meditação é um excelente meio de treinar sua mente a fazer escolhas conscientes e sóbrias. Isso acontece, pois, a prática constante desta técnica ajuda o cérebro a se concentrar melhor, uma vez que toda a atividade de meditar consiste em voltar a concentração constantemente para algo, seja um som, uma imagem ou o mais comum, a respiração. Essa prática, de direcionar a nossa atenção para o que escolhemos, desenvolve o córtex pré-frontal. 03 Atividade Física É quase um paradoxo, pois para praticar uma atividade física é necessário força de vontade, mas ao mesmo tempo, a prática do exercício auxilia a desenvolver a própria força de vontade. Assim como o sono, a movimentação do corpo ajuda a ativar o córtex pré- frontal e também a elevar a força de vontade. 04 Alimentos Com Baixo Índice Glicêmico Experiencial mente falando, alimentos que possuem menor índice glicêmico fazem com que o organismo os absorva de forma mais lenta, evitando os picos de glicemia. Isso resulta na melhor distribuição da glicose no orga- nismo e evita os picos e quedas causados pelos maus alimentos. Os níveis de glicose estáveis im- pactam positivamente no fun- cionamento do cérebro, permi- tindo a elevação consequente da força de vontade. A Psicologia da Força de Vontade Capítulo 10 Tão importante quanto a fisiologia da força de vontade, encontramos neste capítulo a outra face fundamental deste estudo, a psicologia da força de vontade. Começarei com o exemplo de algo que, se você já não passou, conhece alguém que esteve nessa situação. Vamos imaginar que você entrou em uma dieta e tem seguido corretamente desde o início, mas, logo no começo, você é surpreendidocom um delicioso e farto café da manhã irrecusável. Nesse momento, você sai completamente daquilo que se propôs e perde o foco da dieta. Você sentiu cul- pa? É inevitável senti-la e, com isso, a autocrítica entra em ação abrindo um espaço perigoso. A partir daí, o seu inconsciente entende que a sua dieta foi posta por água abaixo, e já que errou pela manhã, passa o resto do dia cometendo grandes deslizes na dieta. Afinal, tudo foi perdido já no co- meço do dia, não é mesmo? O que podemos fa- zer? 1- AUTOCOMPAIXÃO Eu já a citei aqui, o perdão liberado pela autocompaixão é o primeiro ponto a favor da psicologia da força de vontade. Se este primeiro fator tivesse sido colocado em vigor no exemplo acima, por mais que a manhã tivesse sido perdida na dieta, o resto do dia poderia ter sido um grande sucesso, impedindo muitos outros erros e, quem sabe, até amenizado o pequeno deslize. 2- EU FUTURO Esta é uma proposta de algumas linhas de psicologia que pode te ajudar muito a desenvolver um novo hábito. Você já ouviu falar em Desconto Hiperbólico8? Em termos simples, significa o presente “valendo mais” do que o futuro. Trazendo à rotina, podemos dizer que este fenômeno entra em ação quando comparamos o prazer momentâneo de comer um bolo com a prevenção de doenças sérias, como o diabetes, no futuro. Pode parecer irreal, mas nós, seres humanos, possuímos uma grande dificuldade em trocar o hoje pelo amanhã, por mais benéfico que pareça ser. O contato com o seu “eu futuro” é difícil, e fazer um exercício que permita que você dialogue consigo se imaginando daqui a 10 ou 20 anos, faz com que os benefícios corretos fiquem mais claros e a escolha certa seja mais simples de ser efetuada. 3- IMAGINAR FALHANDO É comum começar uma mudança com um entusiasmo alto, justamente porque está totalmente ligada ao fator motivação inicial - mas, que como você bem aprendeu, vai se esgotando no caminho - e esse fator acaba muitas vezes nublando as dificuldades que serão enfrentadas durante o processo. Imaginar as margens de erro que podem ser colocadas no caminho é uma excelente forma de se preparar para quando estes obstáculos chegarem no futuro. 8 “Modeling Myopic Decisions: Evidence for Hyperbolic Delay-Discounting within Subjects and Amounts - ScienceDirect”. Disponível em: <https:// www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0749597885710862>. PERGUNTAS Ainda pensando no desenvolvimento de bons hábitos, existem algumas perguntas que você pode se fazer para ter a certeza de que está no caminho certo. Anote: 1. Qual é a minha meta? 2. Qual seria o resultado mais positivo? 3. Qual ação eu vou tomar para atingir a meta? 4. Qual é o maior obstáculo? 5. Quando e onde os obstáculos surgirão com maior possibilidade? 6. O que posso fazer para prevenir os obstá- culos? 7. Que ação específica eu terei para voltar à minha meta quando este obstáculo aconte- cer? Apenas as respostas destas perguntas já serão fundamentais para que haja uma grande diferença na adesão de um novo e bom hábito. Isso fará de você um verdadeiro líder das boas mudanças. Surfando o impulso Quando lembramos que a força de vontade é a batalha entre a vontade e o desejo, podemos colocar em prática uma tática interessante denominada como “surfar o impulso”: 1 - Perceba o pensamento, desejo ou sentimento (não o negue); 2- Aceite e assista a experiência interna; 3 - Respire e dê ao seu cérebro e corpo uma chance de pausar e planejar; 4- Expanda sua atenção e olhe para a ação que te ajudará a atingir a meta. A arte de se atentar ao impulso quando ele chega é colocar em prática racional e conscientemente todas essas 4 dicas e, assim, surfar com maestria o obstáculo que te impediria de alcançar com êxito seus resultados! Checklist: X X X X X Treine a fisiologia da força de vontade. Perdoe a si mesmo (exerça a autocompaixão). Seja amigo do seu “eu futuro”. Profetize sua falha. Surfe o impulso. Estas são as dicas básicas para aumentar grandemente a sua força de vontade. Você se lembra quais eram as 5 principais causas da desistência? Bem, com essas táticas na manga, superá-las será muito mais simples! Porém, nosso trabalho aqui não deve ser dado como concluído. Mesmo elevando a sua força de vontade, ainda é necessário outra estratégia para escolher como abordar os novos comportamentos a serem aprendidos. Com a força de vontade adquirida, é necessário saber o que vem a seguir. No próximo capítulo você verá como introduzir hábitos novos e como encerrar hábitos antigos! Os 2 Lados da Rotina Capítulo11 !! Agora que você tem as ferramentas e táticas necessárias para aumentar e controlar a sua força de vontade, vamos ao próximo passo. Para isso, voltaremos ao início desta apostila para trazer à memória os 3 componentes do hábito. Você se lembra quais eram? Isso mesmo… gatilho, rotina e recompensa. Dessa vez, iremos acompanhá-lo com outra tríade que é extremamente válida: diagnóstico, intervenção e acompanhamento. Quando essas duas tríades se unem, temos a base comportamental cotidiana, ou seja, encontramos o ciclo do comportamento que desempenhamos em nossa rotina. E aí entra um assunto importantíssimo para nosso estudo: a rotina. Afinal, todos os nossos hábitos são desempenhados durante ela, não é mesmo? Bem, se queremos ter controle de nossos hábitos, é fundamental entendermos, então, como funciona a nossa própria rotina! Para isso, iremos dividi-la de duas formas: 1 - Quais são as coisas que você faz todo dia: Neste lado da rotina podemos encontrar questões básicas como a higiene (escovar os dentes, tomar banho), até questões óbvias como calçar sapatos e trocar de roupa. 2 - Quais são as coisas que acontecem com você todo dia: Aqui já podemos incluir outros acontecimentos mais específicos como parar no sinal de trânsito, enviar mensagens e receber ligações (neste caso a variação fica responsável apenas por você). Dica: Coloque em uma lista esses dois lados de sua rotina e preencha ambos. Quando você conhece todos os acontecimentos da sua rotina, juntamente com as coisas que você realiza automaticamente todos os dias, fica muito mais simples ter controle e consciência de quais são os gatilhos que desencadeiam certos hábitos. Fica cada vez mais claro que o inconsciente terá menor espaço para desempenhar um papel quando houver o domínio e conhecimento de cada aspecto da sua rotina, certo? Com a consciência dos gatilhos, é muito mais simples controlá-los e até freá-los. Mas e se eu te disser que você pode ir ainda mais a fundo e saber quais são os gatilhos desencadeadores mais comuns?Descobrindo Gatilhos Capítulo 12 Depois de adquirir lucidez sobre a sua rotina, está na hora de identificar os gatilhos que estão sendo responsáveis pelo desempenho de seus hábitos. Mas, antes, é necessário descobrir o seu surgimento, que pode derivar de algumas fontes: 1. LOCALIZAÇÃO O lugar pode ser um grande desencadeador de hábitos. Você pode perceber que certos lugares são um verdadeiro gatilho para que determina- dos comportamentos entrem em evidência. Por exemplo, você pode perceber que no seu traba- lho, inevitavelmente, você sente mais vontade de tomar café, ou que toda vez que está na casa de familiares tem mais necessidade de comer bolo. Fica claro que o lugar é um dos primeiros gatilhos desencadeadores. 2. HORÁRIO Assim como o lugar, o horário também está to- talmente relacionado a certos hábitos. Comece a perceber que até mesmo seu horário de almo- ço é um gatilho para sentir fome. É um gatilho imposto desde a sua infância e que até hoje de- sencadeia um hábito inevitável. O melhor exercí- cio, então, é começar a identificar seus horários e quais hábitos eles desencadeiam. https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 https://www.istockphoto.com/br/foto/enjoying-fresh-coffee-at-work-gm605740730-103836643 3. ESTADO EMOCIONAL Já ouviu essa frase: “quando perco minha pa- ciência, simplesmente não consigo mais me concentrar e me torno improdutivo o resto do meu dia”? Você mesmo pode ser uma das pessoas que afirma isso. É possível perceber que o seu estado emocional também pode ser um grande gatilho desencadeador de comportamentos automáticos (hábitos). Por mais difícil que seja controlar esse fator, é possível e se faz muito efetivo para ser um verdadeiro líder de mudanças. 4. OUTRAS PESSOAS Pode parecer que não, mas certas pessoas podem ser verdadeiros gatilhos para alguns hábitos e até sensações. O sentimento que estas pessoas exerceram em você ao longo do tempo pode estar totalmente relacionado a alguns hábitos que você mantém hoje. Procure saber quem são essas pessoas e quais são os hábitos gerados por este gatilho. 5. ESTADOS ANTERIORES O passado também é um enorme gatilho. Não é novidade que situações anteriores desempenham fortes papéis em comportamentos atuais e até mesmo hábitos. A repetição de padrões anteriores, ou mesmo a lembrança dos mesmos, também pode ser um poderoso gatilho de hábitos. Para refletir! Quais os gatilhos que estão dispa- rando um comportamento que você não quer? fazer?-se! A sentença acima pode ser séria, afinal, já ressaltei diversas vezes a importância da mudança. É necessário lembrar que certos hábitos podem estar certamente te levando à ruína profissional ou mesmo à decadência de sua própria saúde! Por isso, não deixe de refletir comprometidamente sobre isso. Procure trazer à memória as questões aqui tratadas e esteja sempre se indagando: 1 - Onde estou? 2 - Que horas são? 3 - O que estou sentindo agora? 4 - Quem está comigo? 5 - O que eu acabei de... Lembre-se: É importante dar um diagnóstico definitivo para sua rotina. Experimente responder a estas perguntas durante toda a sua semana e você verá uma diferença enorme. A RECOMPENSA! Para finalizar este capítulo e, consequentemente, o ciclo dos 3 componentes do hábito (rotina, gatilho e recompensa), faz- se indispensável entender como as suas recompensas estão interligadas. Por quais recompensas você tem praticado certos hábitos? Você come um bolo simplesmente por ser gostoso ou por que sempre que come está na companhia de alguém? O mesmo vale para outros hábitos. Descobrir quais são as verdadeiras recompensas é fundamental para estabelecer definitivamente o controle dos comportamentos! O Poderoso MINI HÁBITO Capítulo 13 O PODEROSO MINI HÁBITO Durante todo o meu estudo sobre o tema hábitos, talvez este seja um dos pontos mais interessantes. A ideia contraintuitiva de BJ. Fogg (professor ao qual já me referi anteriormente) pode parecer simplória de início, mas se mostra verdadeiramente inovadora quando levada à prática. Para este capítulo e entendimento, começarei com uma simples alegoria que poderá te proporcionar esclarecimento inicial: Por falta de um prego, perdeu-se a ferradura. Por falta de uma ferradura, perdeu-se o cavalo. Por falta de um cavalo, perdeu-se o cavaleiro. Por falta de um cavaleiro, perdeu-se a mensagem. Por falta de uma mensagem, perdeu-se a batalha. Por falta de uma batalha, perdeu-se o reino. E tudo por falta de um prego na ferradura. Na alegoria, poderíamos facilmente comparar o prego com o temadeste capítulo: o mini hábito. Mas por que ele se faz tão importante e fascinante? Bem, você se lembra quais eram as 5 causas principais da desistência ao se formar um novo hábito? Vamos recapitular: X X X X X Esforço Dificuldade Percebida Fadiga Subjetiva Emoção Negativa Níveis de Glicose O grande papel do mini hábito é exatamente solucionar todas estas causas. Ele não requer esforço, anula a dificuldade percebida, não há fadiga subjetiva, não gera emoções negativas e não altera os níveis de glicose. Parece milagroso? Mas a verdade é que essa é realmente a sua ação quando colocado em prática. O funcionamento do mini hábito é simples, ele é a ponte entre um gatilho (presente em sua rotina atual) e um novo comportamento. Seu intuito é, acima de tudo, mostrar que uma mudança mínima pode ter um grande impacto! Em meu consultório coloco isso em prática pedindo para que os meus pacientes se desafiem a caminhar pelo menos 5 minutos por dia. A maioria deles se espanta com a quantidade de tempo, afinal, parece pouco para gerar resultados. Veja bem, é aí que o mini hábito está entrando em ação, é uma prática tão mínima que não exige nenhum esforço. Você pode linkar uma prática que toma 30 segundos a algo da sua rotina. EXEMPLO: antes de entrar no banho, faça 5 agachamentos. Quando essa pequena técnica é exercida, seu córtex frontal entra em funcionamento, enviando uma mensagem ao seu inconsciente de que este será um novo comportamento, tornando a adesão de tempo, geralmente maior, muito mais simples em um período muito mais curto. A primeira lei de Newton¹ afirma: “Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em movimento tende a permanecer em movimento. ” Em concordância com as leis da física, a estratégia do mini hábito é fazer com que você saia da inércia e se coloque em ação, de maneira sutil e correta! Além disso, ele desperta a chamada AUTOEFICÁCIA, que quer dizer o aumento da confiança nas suas próprias ações e desempenho. Existem dois tipos de resistência no processo de H formação de um novo hábito (de mudança): a que aparece antes mesmo de você agir e a que sempre cobra para que seja feito mais. O mini hábito é a técnica que consegue ascender essas resistências. Por ser uma ação mínima, conse- Á quentemente, a resistência inicial se revoga e a cobrança se esvai gradativamente! Está pronto para colocar em prá- tica? Então determine quais se- rão os 3 primeiros mini hábitos que você deseja introduzir em sua rotina. Você pode colocá-los em ação ainda hoje! B Para se motivar a ter um novo hábito, você deve ter sempre em mente: Qual o resultado que você quer atingir com este novo hábito e por que você quer aderir a este hábito em específico? Lembre I que essa ação é uma das ques- tões que te deixará mais moti- vado e com maior força de von- tade para persistir! Existem dois tipos de agentes motivadores: os intrínsecos - relacionados ao valor que este há- bito representa em sua vida (exemplo: comer T saudavelmente porque quer ter mais disposição) - e os extrínsecos - ligados às relações externas, normalmente envolvendo a sociedade, (exem- plo: comer saudavelmente, para ter um corpo bonito, porque é exigido socialmente). O segun- do possui uma força muito menor quando com- parado ao primeiro agente motivador, ou seja, se a sua motivação estiver relacionada a um valor extrínseco, o desenvolvimento desse novo hábi- O to provavelmente será mais árduo. Mas não de- sanime, pois como já provei diversas vezes nesta apostila, as possibilidades se expandem com as estratégias corretas! Hábitos Negativos Capítulo 14 Há uma grande diferença entre construir novos hábitos e alterar hábitos já existentes. Durante todo esse conteúdo, eu reforcei diversas vezes a importância da mudança e da criação de novos e bons hábitos, por isso, vejo a relevância de tratar um assunto que também está relacionado: os hábitos negativos. Os maus hábitos estão presentes na rotina da maioria das pessoas, sejam alimentares, viciosos ou até relacionados ao comportamento emocional. Infelizmente, fomos ensinados por uma sociedade não confiável em relação aos bons costumes. Mas é claro que também não podemos culpar as suas interações sociais em todos os aspectos, uma vez que você é responsável por grande parte de seus hábitos negativos, e é por esta razão que você também pode ser responsável pela alteração deles. Contudo, pausar um hábito ruim não é mais simples do que criar um novo. De fato, pode ser ainda mais complexo. Para acabar com um mau hábito, a primeira etapa é o reconhecimento de seus 3 componentes (aqueles que já citei algumas vezes nesta apostila): GATILHO: Trazendo o conceito para a quebra de um mau há- bito, você deve readaptar sua visão sobre o gatilho e se fazer algumas perguntas sobre este comportamento automático que você gostaria de terminar. São elas: Esse gatilho é fácil de evitar? Às vezes, eu consigo evitar? É impossível de ser evitado? Com a ideia de qual é o real poder desse gatilho em sua rotina, fica mais simples desenvolver uma estratégia contra este mau hábito. É importante também ressaltar sobre a perseverança de seu desempenho a cerca do abandono deste velho hábito. Ao contrário da adesão de um novo hábito, abandonar um antigo é uma tarefa muito mais difícil. Por isso, de forma alguma se permita retroceder ao que você se habituou, uma vez escolhido que este comportamento será deixado. Sinais da Conquista Capítulo 15 Como identificar que estou no caminho certo? Como ter a certeza de que um comportamento meu tem se tornado um verdadeiro hábito? Exis- tem algumas formas e alguns sinais que mostram, com certeza, se você tem colocado com êxito as estratégias em prática. São eles: 01 Redução da Resistência O primeiro sinal que você observará é que a re- sistência, antes visível ao se realizar certo hábito, se tornará cada vez mais branda. Você pode ficar atento quando este comportamento se tornar mais fácil de ser realizado do que quando ele não é, por exemplo. 02 Identidade Um grande sinal de que o seu comportamento tem se tornado um hábito é quando você começa a se identificar com ele. Você consegue se ver realizando constantemente e encontra ali uma pequena parte de sua identidade. “Eu não apenas corro. Hoje, eu sou um corredor! ” 03 Agir sem pensar É o que temos chamado de comportamento automático. Será considerado uma grande vitória quando você se der conta de que aquele hábito que você vinha se propondo a realizar, deixa de ser um esforço, e, passa a ser