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Apostila domine seus hábitos com a neurociência

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Prévia do material em texto

Í N D I C E 
 
 
 
 
 
 
PREFÁCIO - A RELEVÂNCIA DA MUDANÇA 01 
INTRODUÇÃO - SOMOS ESCRAVOS DOS NOSSOS HÁBITOS 02 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 - A CIÊNCIA DA MUDANÇA DE HÁBITOS 04 
CAPÍTULO 2 - A ANATOMIA DO CÉREBRO 08 
CAPÍTULO 3 - OS 3 COMPONENTES DO HÁBITO 11 
CAPÍTULO 4 - CIÊNCIA COMPORTAMENTAL 13 
CAPÍTULO 5 - OS 10 ERROS MAIS COMUNS NA MUDANÇA DE HÁBITOS 17 
CAPÍTULO 6 - MOTIVAÇÃO E FORÇA DE VONTADE 29 
CAPÍTULO 7 - FORÇA DE VONTADE: PRINCÍPIOS INICIAIS 30 
CAPÍTULO 8 - 5 PRINCIPAIS CAUSAS DA DESISTÊNCIA 37 
CAPÍTULO 9 - A FISIOLOGIA DA FORÇA DE VONTADE 41 
CAPÍTULO 10 - A PSICOLOGIA DA FORÇA DE VONTADE 45 
CAPÍTULO 11 - OS 2 LADOS DA ROTINA 50 
CAPÍTULO 12 - DESCOBRINDO GATILHOS 53 
CAPÍTULO 13 - O PODEROSO MINI HÁBITO 58 
CAPÍTULO 14 - HÁBITOS NEGATIVOS 63 
CAPÍTULO 15 - SINAIS DA CONQUISTA 65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P R E F Á C I O 
 
A Relevância da Mudança 
 
 
 
 
 
Há algo que podemos com toda certeza afirmar: 
a mudança é inevitável. Quando falamos sobre o 
mundo em que vivemos, é claro que há 
mudanças em todos os aspectos, sejam elas 
físicas, sociais, culturais, etc. Em nossa 
atmosfera, podemos observar conceitos óbvios 
de mudança como as estações climáticas do ano 
e outros fenômenos naturais que englobam 
desde as transformações do nosso biossistema 
até as etapas cíclicas das quais se 
compreendem a vida. 
 
Fica-se claro que o próprio conceito de vida e do 
nosso planeta é fantasticamente integrado pelas 
tão temidas mudanças. Ao trazer estes conceitos 
para as diversas ciências, posso ir ainda mais a 
fundo afirmando que a mudança está 
diretamente relacionada com o próprio avanço e 
inovação! Quero dizer… Já imaginou o que seria 
da medicina e da sociedade sem as 
transformações que ocorreram nas últimas 
décadas? 
 
É de conhecimento geral que as mudanças 
ocorridas nos últimos 50 anos foram as grandes 
responsáveis por descobertas que hoje fazem a 
nossa vida ter muito mais qualidade. Aqui, posso 
citar exemplos magníficos, como o tratamento 
para doenças que eram consideradas antes 
incuráveis e a tecnologia em si. Sem a audácia 
de se escolher a mudança, talvez a humanidade 
jamais alcançasse tais progressos. 
 
 
 
 
Algumas linhas de pensamento abordam o 
assunto de forma ainda mais provocante. O 
consultor de empresas Milton Luís F. Pereira 
chega a afirmar que: “(...) quanto mais uma 
pessoa estiver presa a velhos paradigmas, in-
sistindo em não enxergar o que muda ao seu 
redor, mais difícil será o seu diálogo com as 
novas gerações, nascidas em plena era da in-
formação”. 
 
Isso leva a importância da mudança a outro 
patamar, e a falta da mesma não é somente a 
ausência do avanço, é a estagnação de pen-
samento! A mudança, como aqui abordei, é o 
primórdio do progresso. Sem ela, todas as ou-
tras áreas ficam carentes de desenvolvimento e 
ascensão, inclusive quando falamos de nós 
mesmos. 
 
A mudança chega a ser um verdadeiro poder que 
permite a quem a escolhe questionar conceitos 
ancestrais, considerados antes como verdades, e 
desenvolver novos argumentos 
 
 
 
 
 
 
que defendam ideias revolucionárias. 
 
 
Pensando nisso, o desejo de trazer a mudança 
para o nosso cotidiano é inevitável. 
 
Se grandes empresários e profissionais de todas 
as áreas do mundo tiveram a coragem de buscar 
a mudança e de criar conceitos que não só 
renderam milhões de dólares, mas também 
transformações incalculáveis (citando aqui 
ícones como Steve Jobs - fundador da Apple - e 
o grande nome da medicina Maurice Wilkins - 
vencedor do Prêmio Nobel pela contribuição nas 
pesquisas sobre o DNA), por que você não pode 
ser um dominador das mudanças também? 
 
 
 
 
O domínio das mudanças não só rende ideias 
inovadoras para seu negócio, como também 
 
é responsável por avanços e conquistas pesso-
ais que incluem saúde e qualidade de vida. Esta 
grande habilidade de não temer mudanças e de 
enfrentá-las com segurança permite que todas as 
suas conquistas atinjam proporções ainda 
maiores, afetando quem o rodeia e possibilitando 
que a mudança chegue em seu ambiente, seja 
familiar ou empresarial. 
 
Fica óbvio que a mudança não é apenas rele-
vante como também é necessária para quem 
busca e quer fazer melhor! Se a mudança é a 
base do progresso, como eu disse antes, qual é 
a base da mudança? E qual a forma de deixar 
velhos paradigmas para trás e ir diretamente ao 
encontro da inovação? Sem deixar de lembrar 
que o novo somente progride se honrar o que 
passou. 
 
É isso que está apostila irá, de forma simples, te 
ensinar: como, na prática, você pode abraçar a 
mudança e criar novos hábitos e, assim, deixar o 
que já não funciona para você. Se existem meios 
e técnicas que ensinam a ter mais controle sobre 
as áreas da sua vida e se tornar uma melhor 
versão de si mesmo, você não irá querer passar 
horas tentando descobrir sozinho, certo? 
 
 
 
 
Para os audaciosos e corajosos que estão pres-
tes a descobrir, de maneira prática e dinâmica, o 
comando das mudanças e a criação de novos 
hábitos, estaremos juntos em uma excelente 
leitura e aprendizado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I N T R O D U Ç Ã O 
 
Somos escravos 
dos nossos 
Hábitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para ser um verdadeiro líder de mudanças na sua vida, é necessário 
possuir um conhecimento dos fundamentos destas. Qual é o 
impulsionador da mudança? Qual o estado em que nos encontramos 
anteriormente a ela? É o que você verá logo a seguir. 
 Nossas crenças e experiências são a base de nossas escolhas, costumes H e até mesmo tabus¹, e, quando não mudadas ou ascendidas, podem se tornar valores inflexíveis que impedem a aceitação do novo. 
 
 É fato que tradição não pode ser em si considerada um mal. No 
Á 
 
 entanto, o grande problema da tradição acontece quando ela trabalha 
 do lado oposto da moeda do progresso, ou seja, quando ela vira um 
 mau hábito! 
 Se de um lado encontramos o grupo dos inovadores, do outro encontramos 
 os habituais natos. Seguir o que aprendemos e nos foi 
 passado é uma forma simples de resolver as situações cotidianas, 
 eu diria até que automática, mas quando este comportamento vai 
 contra o que queremos, encontramos a raiz do problema. 
 Se formos buscar o significado exato da palavra hábito no dicionário 
B 
 
 de língua portuguesa, encontraremos a seguinte resposta: 
 “maneira usual de ser, fazer, sentir; costume, regra, modo”. Se juntarmos 
 essa afirmação a uma pesquisa da Universidade de Duke, 
 a qual afirma que 45% dos nossos comportamentos são hábitos, 
 podemos concluir que quase metade das coisas que somos, fazemos 
 e sentimos, os são. Já imaginou o resultado de quando estes 
 hábitos são utilizados para o seu mal? Exatamente, pode ser catastrófico! 
 
 Infelizmente, a maioria dos maus hábitos não são controlados por 
 nós diretamente. Isso porque a maioria dos nossos hábitos são regidos 
I 
 
 pela escolha mais simples e fácil, ou pela qual fomos ensinados 
 socialmente e, mesmo tendo a sorte de identificá-los, dá 
 trabalho nos libertarmos dos mesmos. 
 Transformar um hábito, ou seja, desempenhar uma mudança, é 
 uma ação que exige um esforço e dedicação muito maior do que 
 estamos acostumados, e quando não se tem uma metodologia 
 de como quebrar esses antigos paradigmas, a dificuldade que se 
 encontra é ainda maior. 
 Felizmente, existem formas que podem te ajudar a transformar 
T 
 
 seus maus hábitos, ou melhor, o estado inerte em que você se 
 encontra, em hábitos de mudança e hábitos inovadores. Esta apostila 
 deixará claro que estas ações podem ser facilmente desempenhadas 
 por você quando colocadas em prática.Meu papel é fazer você alcançar verdadeiros resultados ao final 
 dessa leitura, portanto, quanto mais atento e imerso você estiver, 
 maiores as chances de alcançarmos o êxito! Minha sugestão é que 
 sejam seguidas cada uma dessas instruções, nas quais você irá não 
 O 
 
 somente tirar todas as suas dúvidas, como também terá uma ex- 
 periência transformadora! 
 
 
 
 
 ¹ “Tabu - Dicio, Dicionário Online de Português”. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/tabu/> 
 
https://www.dicio.com.br/tabu/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Ciência da Mudança de 
Hábitos 
Capítulo 
 
01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“As nossas crenças se 
transformam em pensamentos, 
nossos pensamentos se 
transformam em palavras, 
nossas palavras se tornam 
ações, nossas ações se tornam 
hábitos, nossos hábitos se 
tornam valores, e os nossos 
valores revelam o nosso 
destino.” 
 
 
 
- Alguns atribuem a Mahatma 
Gandhi, outros ao Talmud. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- M A H A T M A G A N D H I 
 
 
As palavras de Gandhi poderiam ser resumidas e concluídas facilmente 
como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Nós, verdadeiramente, somos aquilo que fazemos constante-
mente”. 
 
Algo que eu observo no dia a dia, principalmente com os meus pacientes, são pessoas estarem certas 
de que o sorvete ingerido no final de semana arruinará toda a sua saúde. 
 
Parece difícil de acreditar, mas apesar do excesso de açúcar ser maléfico à saúde, o que realmente 
causa prejuízo não é o deslize do feriado ou da festa de aniversário, e sim o alimento ingerido 
diariamente. 
 
O mesmo se aplica tanto aos hábitos alimentares quanto a todos os outros. O que te condena não são 
os deslizes e sim os hábitos cotidianos, aquilo que o molda de maneira consistente, ou seja, para toda 
a existência. 
 
De acordo com a psicoterapeuta Virgínia Satir2: 
 
 
“O maior instinto do ser humano não é o da sobrevivência, e sim o 
de fazer o que sempre fez.” 
De fato, ela tinha um embasamento fortíssimo para essa afirmação. É muito mais simples optar por um 
delicioso bolo de chocolate do que por uma salada leve, certo? Alguns até podem afirmar que não, 
mas a verdade é que preferir a primeira opção exige muito menos esforço e controle próprio! 
 
 
 
 
Nós sempre tendemos a realizar a ação mais simples para nosso cérebro, o hábito mais simples. Isso 
torna a afirmação “somos escravos dos nossos hábitos” cada vez mais real. No entanto, o segredo se 
encontra em qual tipo de hábito você se faz escravo. 
 
Se hábitos são ações realizadas inconsciente e automaticamente pelo nosso cérebro, de fato temos de 
fazer esforço para controlá-las, porém, podemos alterá-las ou reprogramá-las. Se o seu cérebro estiver 
programado para realizar um hábito ruim, gerará consequências naturalmente ruins, mas se seus 
hábitos forem benéficos, gerará resultados espontaneamente bons. Ser bom ou ruim é determinado 
pelo fato de te aproximar ou te afastar das suas metas. 
 
Portanto, o verdadeiro vilão não consiste na “prisão” que nossos hábitos desempenham em nossa 
mente, e sim na escravidão dos maus hábitos! Uma vez que nos fazemos sujeitos aos bons hábitos, 
quero dizer, quando reprogramamos nosso inconsciente a exercer bons hábitos, automaticamente 
encontramos o caminho para a transformação positiva! 
 
Mas como isso seria possível? Como fazer nosso inconsciente escolher a inovação e a mudança ao 
invés dos hábitos construídos desde cedo? A resposta está na ciência. A anatomia do cérebro e a 
forma como a mente funciona são a solução para encontrarmos os resultados tão desejados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
² “Virginia Satir - Golfinho, o Porta da PNL no Brasil”. Disponível em: <https://golfinho.com.br/escritor/virginia-satir.htm>. 
 
 
 
https://golfinho.com.br/escritor/virginia-satir.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Anatomia do Cérebro 
Capítulo 
 
02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos fazer um exercício! 
 
 
 
 
Imagine um enorme e majestoso elefante, com seus quase 3 metros de altura e 6.000 quilos de estrutura. Em 
cima dele você pode encontrar um condutor comum, de estatura e peso medianos, mas que saiba conduzi-lo. 
 
Eles caminham juntos à beira do mar, e o condutor, por mais que tenha um maior controle e inteligência se 
comparado ao elefante, precisa se utilizar da força quando o animal ancestral resolve virar para o lado errado, 
para que o desejo instintivo da criatura não seja realizado. 
 
O mesmo pode ser aplicado à nossa anatomia cerebral! 
 
 
O elefante faz o papel da parte mais primitiva e inconsciente do nosso cérebro (os gânglios da base); e o 
condutor representa a nossa consciência (córtex pré-frontal). 
 
Quando nossa parte inconsciente deseja desempenhar um hábito ou um comportamento, é necessário um 
esforço extremamente grande de nossa parte consciente para que tal hábito não se concretize. 
 
É como ir a um mercado e comprar uma barra de chocolate esperando comer apenas dois pequenos 
pedaços. Se a barra fica em seu campo de visão ou no mesmo ambiente que você, é inevitável comer muito 
mais do que você se determinou. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando você não cai em tentação, é claramente a parte 
consciente do cérebro fazendo sua parte, mas o mais 
habitual de acontecer é que metade da barra de 
chocolate seja ingerida sem ao menos você se dar 
conta. Nesse caso, é o elefante (parte inconsciente) 
desempenhando o seu papel! 
 
Ou seja, a única forma de criar hábitos é ensinando seu 
próprio cérebro a obedecer o seu córtex pré frontal (sua 
consciência). Quando falamos em quantidade de 
informação, nosso cérebro é capaz de processar 11 
milhões de bits por segundo, dos quais apenas em 40 
bits temos consciência! Isso significa que para alcançar 
resultados é necessário adotar um método 
extremamente efetivo, do contrário, nenhuma mudança 
pode ser realizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apenas 40 bits (informação 
que pode ser armazenada ou 
transmitida) no nosso cérebro 
são processados por nossa 
consciência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os 3 Componentes do 
Hábito 
Capítulo 
 
03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para ter uma noção melhor de 
 
como é o funcionamento exato e 
 
científico do hábito, podemos se- 
 
pará-lo em 3 componentes. 
 
 
Gatilho, rotina e 
 
recompensa. 
 
 
Coloquemos dessa forma… Você 
 
passa em frente à sua geladeira 
 
(gatilho), em consequência isso 
 
irá disparar um comportamento 
 
(rotina). Você abre a geladeira, vê 
 
um refrigerante e o ingere, ime- 
 
diatamente é recompensado pelo 
 
prazer de tomá-lo (recompensa), 
 
fazendo com que o ciclo dos 3 
 
componentes se complete.Todo hábito é inevitavelmente acionado por seu primeiro componente: o gatilho. 
 
 
Este pode estar relacionado ao que você vê, ouve, sente, ou até mesmo a influências de quem está à 
sua volta. Mais para frente, abordarei como identificar tais gatilhos. 
 
Levando este entendimento à prática, um bom exercício para ser realizado é o de raciocinar sobre quais 
podem ser os seus gatilhos específicos! Façamos assim, reflita sobre um hábito que você 
verdadeiramente deseja mudar, algo que o incomode há tempos ou que você acabou de perceber como 
maléfico. 
 
Quais poderiam ser seus fatores influenciadores (gatilhos que provocam esse tipo de comportamento: 
algo que você vê, sente, ouve)? Está relacionado a quem está perto de você? Vamos colocar em 
exemplos: suponhamos que um de seus desejos seja o de ter uma alimentação mais saudável para ter 
maior qualidade de vida. 
 
Sabido que a alimentação correta não gera apenas saúde, como também acaba sendo responsável por 
um melhor desempenho profissional, o que é um desejo comum de muitas pessoas. É inegável que 
nosso inconsciente habitualmente acabe escolhendo sempre a opção mais fácil e prazerosa, ou seja, a 
alimentação que normalmente não é a ideal para uma saúde de qualidade. 
 
Tragamos para um novo gatilho mental. Neste caso, determine a si mesmo que toda vez que você se 
sentar à mesa, comerá pelo menos uma verdura ou vegetal. Apenas um, para começar. Você fará do 
ato de “sentar-se à mesa” o gatilho ideal para desencadear este novo comportamento desejado e, com o 
tempo, seguindo uma metodologia correta, ele se tornará um novo hábito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-tendo-lanche-e-beber-cerveja-tarde-da-noite-na-frente-do-refrigerador-gm666190264-121465891
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A Ciência Comportamental 
Capítulo 
 
04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A Simplicidade é o máximo da 
Sofisticação.” 
 
 
- Leonardo da Vinci 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- L E O N A R D O D A V I N C I 
 
DOMINE SEUS HÁBITOS COM A NEUROCIÊNCIA 1 
 
 
 
 
 
O professor e estudioso de ciência comportamental da renomada Universidade de Stanford, B.J. Fogg3, 
apresenta um modelo diferenciado sobre como a mudança positiva no comportamento pode impactar 
todas as áreas da vida de um indivíduo. 
 
Lembro aqui, que o objetivo de todo este material é transformá-lo em um líder nas mudanças da sua 
vida, resultando em muito mais produtividade, saúde e inovação em todos os aspectos. Para isso, é 
indispensável buscar fontes que estejam à altura de uma verdadeira mudança! 
 
O modelo simples e interessante do professor BJ. Fogg é uma dessas fontes, e seus estudos defendem 
basicamente o seguinte: 
 
“Eu ensino as pessoas como o comportamento fun-
ciona para que elas possam criar produtos e serviços 
que beneficiem a si mesmas e a outros em todo o mun-
do.” 
 
 
 
Sua afirmação é exatamente o que defendo no 
decorrer desta apostila. 
 
 
Em um conceito básico, o professor afirma que o 
comportamento desempenhado por você - aquele 
em que quase metade é automático - pode refletir 
não apenas em todos os aspectos da sua vida, 
como também em todos com quem você se 
relaciona. Isso torna a ciência comportamental 
uma tremenda alavanca para toda a sociedade. 
 
 
 
 
Não é por menos que uma das maiores faculda-
des de todo o mundo tem investido no estudo do 
comportamento e das mudanças humanas. Se 
cada um desempenhasse uma posição de 
autoridade mediante as mudanças, teríamos 
grandes inovadores e pensadores em todas as 
empresas e em todos os lares do planeta! 
 
Fica claro que quem domina conceitos da ciência 
comportamental domina, consequentemente, o 
conceito da transformação dos maus hábitos em 
bons hábitos. Se 45% dos nossos comportamentos 
são compostos por hábitos, é de suma importância 
que estes estejam sendo desempenhados para o 
bem, fomentando - mesmo inconscientemente - 
grandes ideias. 
 
Começar uma mudança de hábitos repentina-
mente e exercer o domínio com maestria é uma 
tarefa complexa de se desempenhar sem uma 
metodologia. Inicialmente, faz-se necessário o 
conhecimento do porquê mudar um hábito é algo 
tão difícil. É aí que entra o estudo do professor BJ. 
Fogg, no qual ele apresenta quais são exatamente 
os 10 erros mais comuns na mudança de hábitos. 
Veja no próximo capítulo. 
 
 
 
 
 
³ “BJ Fogg, PhD - BJ Fogg”. Disponível em: <https://www.bjfogg.com/>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os 10 Erros mais Comuns na 
Mudança de Hábitos 
Capítulo 
 
05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
erros 
 
 
 
 
 
 
OS 10 ERROS MAIS COMUNS 
NA MUDANÇA DE HÁBITOS 
 
 
Vamos trazer para a prática... Você já decidiu que quer tomar o controle de seus hábitos e ser uma 
pessoa mais produtiva, saudável e que alcança suas metas. Mas como desempenhar isso com a menor 
margem de erros? 
 
Pode parecer presunçoso, porém, a verdade é que você pode ter passado toda a sua vida prisioneiro 
dos maus hábitos, e quanto mais tempo você perde preso neles, mais você pode estar comprometendo 
a suasaúde e até a sua performance profissional. 
 
Isso quer dizer que quanto mais você puder aproveitar para executar uma mudança de hábito assertiva, 
mais rápido você alcançará a mudança e assim criará novos bons hábitos! 
 
Como fazer isso? Bom, como eu disse logo acima, você não tem tempo para margem de erros, certo? 
Para isso, revisaremos o estudo realizado pelo professor B.J. Fogg sobre quais são os 10 erros mais 
comuns de um indivíduo quando ele decide alterar seus hábitos. Isso te ajudará a evitá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
01 
 
 
Contar apenas com a sua força de 
vontade nas mudanças ao longo 
prazo 
 
 
 
A proposta do professor é a seguinte: “imagine que a força de vontade simplesmente não exista.” 
Para quem está prestes a desenvolver uma mudança de hábito, é indispensável considerar que a 
própria força de vontade é um recurso escasso, ou seja, ela é um recurso esgotável. 
 
 
 
Quantas vezes você já não começou um projeto, ou até mesmo tentou fazer uma simples 
alteração na sua alimentação, e foi perdendo o estímulo inicial ao longo do tempo? Isso ocorre 
porque, na maioria das vezes, nos apoiamos em nossa excitação inicial para começar um novo 
projeto. 
 
Seja pelo cansaço ou outros fatores externos, é muito comum a força de vontade ir se esvaindo 
aos poucos. Por isso, para alterar um mau hábito é necessário se apoiar em algo maior do que a 
instável e esgotável força de vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02 
 
 
 
Tentar dar grandes passos ao invés 
de pequenos passos 
 
 
Coloquemos dessa forma: imagine que você começa uma dieta extremamente restritiva em que 
toda sua alimentação é bruscamente alterada logo de cara e que ainda exige um consumo 
muito menor do que você estava acostumado. O erro será iminente, afinal, você pecará por 
excesso. 
 
São tantos novos hábitos a serem colocados em prática que a sua mente não consegue 
acompanhar de forma correta. A solução para este segundo erro é simples: 
 
Procure sempre dar pequenos passos, um após o outro e, assim, 
alcançar conquistas diárias! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03 
 
 
 
Ignorar como o ambiente molda o 
comportamento 
 
 
Assim como mencionei algumas vezes aqui, nossas mudanças podem moldar e refletir no 
ambiente em que nos encontramos, mas o ambiente também pode refletir em nosso 
comportamento de uma maneira boa ou ruim. Alterar o seu ambiente pode ser uma das formas 
mais simples de desenvolver um novo hábito. 
 
Sabemos, por exemplo, o quão maléfico é o refrigerante, mas mesmo assim encontramos 
diversas pessoas que lutam para parar de consumi-lo. Boa parte disso pode estar relacionada 
ao fato de que estas pessoas estão rodeadas pela bebida no cotidiano, seja no ambiente 
familiar ou profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para desenvolver um novo hábito, é necessário olhar a sua volta e ver o que você pode alterar. 
Assim, a mudança será mais simples! Se você deseja parar de consumir o refrigerante, tente, 
por exemplo, deixar uma garrafa de água sempre cheia e perto, além, é claro, de evitar ficar 
próximo da “desagradável” bebida. Ou não tenha a bebida em casa. 
 
Você irá perceber que, com o tempo, um novo hábito foi formado de forma muito mais rápida, 
pelo simples fato de que o ambiente não foi ignorado. Além disso, lembre-se que hábitos são 
controlados pela parte inconsciente do nosso cérebro, que acaba sempre escolhendo o mais 
simples e corriqueiro. Se você altera o seu contexto para que o saudável seja o simples, ele 
logo se tornará também corriqueiro! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04 
 
 
Tentar parar velhos hábitos ao 
invés de criar novos 
 
O que BJ. Fogg quis dizer com este quarto erro mais comum? Bem, por mais que, em grande 
parte das vezes, você precise lutar contra velhos hábitos ruins, para a sua mente é muito mais 
simples desenvolver um novo bom hábito do que tentar substituir um antigo. Isso ocorre porque 
somos motivados pela ação! 
 
É muito mais simples o cérebro e o corpo se motivarem com uma nova ação do que retrocederem 
para alterar um velho hábito que, muitas vezes, exige a inércia para que seja freado. Foque, antes 
de tudo, no desenvolvimento de novos hábitos bons e saudáveis, assim, com o tempo, você verá 
que a determinação tende a crescer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
05 
 
 
Culpar a falta de motivação por 
fracassos 
 
Existem dois mecanismos que controlam a mudança de hábitos: a motivação e a força de vontade. 
O que queremos aqui é tornar o processo de adesão a novos bons hábitos mais simples, porém, a 
motivação é um dos mecanismos sobre o qual a sua mente tem pouquíssimo controle. 
 
 
 
Como mencionei acima, a motivação é desencadeada por ações. Se estas não são desem-
penhadas com sucesso, a motivação pode nunca ser ativada. Dessa maneira, o fracasso é a 
consequência. 
 
Afirmar que não conseguiu alcançar a mudança apenas porque não se sentiu motivado o 
suficiente não é uma solução prática! Se você quer se tornar um líder em mudanças, sua primeira 
ação deve ser a de facilitar a adoção do hábito, o que nos leva ao próximo erro mais comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
06 
 
 
Subestimar o poder dos incentivos 
 
 
 
 
A verdade é que não há mudança de comportamento sem que haja incentivos para isso, ou seja, 
qual a recompensa para que você passe para a próxima etapa da mudança de hábitos? Atente-se 
para quais serão os fatores estimuladores da sua mudança. 
 
Procure ser o seu maior incentivador e premiador. Elogie-se e se recompense quando atingir um 
resultado proposto: as palavras possuem um poder inimaginável, mesmo quando aplicadas por 
nós mesmos. 
 
Por outro lado, também é fundamental o desempenho da autocompaixão. Quando o erro 
 
é cometido ou uma meta não é alcançada, é importantíssimo deixar de lado a autocrítica e se 
permitir perdoar. Assim, você garantirá um impulsionador para seguir em frente e desenvolver 
muito mais motivação e força de vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
07 
 
 
 
Acreditar que a informação leva à 
ação 
 
 
Por mais estudados e informados que sejamos, a verdade é que nós, humanos, nunca nos 
tornaremos seres completamente racionais. É comprovado cientificamente que não somente 
os fatores inconscientes têm um grande papel na formação humana, como também existem os 
fatores instintivos. Por isso, basear-se completamente na informação para desempenhar um 
novo hábito (que se encontra na parte inconsciente do seu cérebro) é um erro claro. 
 
 
 
Você pode ter toda a consciência sobre os males do cigarro para a sua saúde, da mesma 
maneira que sabe sobre todos os males do excesso de gordura e, mesmo assim, não ser 
capaz de controlar o impulso de consumir uma ou outra, ou até ambas as coisas, certo? 
 
É claro que a informação é um fator importantíssimo, no entanto, ela não basta para que uma 
verdadeira mudança aconteça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
08 
 
 
 
Focar em objetivos abstratos mais 
do que em ações concretas 
 
 
Afinal, o que são objetivos abstratos e ações concretas? Colocarei um simples exemplo. 
Suponha que você é alguém que deseja entrar em uma melhor forma. É claro que o seu 
objetivo final é alcançar um corpo ideal, porém, colocá-lo como alvo principal podeser um erro, 
pois é algo abstrato e que não vem acompanhado de ação. 
 
Se seu objetivo inicial for uma ação concreta, o resultado pode ser completamente diferente. 
Dentro do exemplo acima, poderíamos colocar “andar 15 minutos diários” como um objetivo 
inicial. Desse modo, o objetivo de entrar em uma melhor forma vem acompanhado de uma 
ação concreta e que, agora, pode ser colocada em prática. Assim, ficará claro se você cumpriu 
ou não este novo hábito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
09 
 
 
 
Buscar mudar um hábito para 
sempre e não por um curto período 
 
 
Quando falamos na mudança para novos hábitos, é muito melhor possuir o foco em períodos 
fixos do que no indeterminado, como o “para sempre”. Um exemplo muito claro disso é a forma 
como o A.A. (alcoólicos anônimos) funciona. Você não encontrará um indivíduo que diga: 
“nunca mais vou beber”. Pelo contrário, a prática de afirmação do grupo é dizer: “mais um dia 
sem beber. Só por mais um dia”. 
 
Este tipo de comportamento constante é o que, no final, faz com que um alcoólatra passe anos 
sem depender da bebida. Essa é uma ótima técnica para enganar o “elefante” (seu 
inconsciente) e alcançar, com pequenos prazos, a sonhada mudança definitiva. Portanto, para 
o êxito, substitua o “para sempre” por um prazo determinado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
Reconhecer que é difícil mudar 
hábitos 
 
 
Se eu afirmei e mostrei cientificamente diversas vezes como pode ser desafiador desenvolver 
um novo hábito, por que é um erro reconhecer que o processo é difícil? Pelo fato de que, 
quando as técnicas corretas são aplicadas, a dificuldade se torna mais branda e tudo fica mais 
alcançável e simples. 
 
Sabendo que existe um processo que irá auxiliar a desenvolver novos hábitos, isso acaba se 
tornando também um fator de incentivo/estímulo que, como já mencionei aqui, é essencial para 
impulsionar a motivação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E agora? Fica mais simples entender que o conhecimento de todos estes erros comuns torna o 
procedimento de gerar novos hábitos mais fácil. Contudo, é indispensável colocar todas as 
técnicas em prática e estar constantemente se lembrando de cada uma delas. 
 
Você se lembra do que combinamos ao início desta apostila? Que toda informação for-
necida aqui só lhe seria útil com o seu comprometimento com os resultados. É exatamente isso 
que deve acontecer agora. Procure uma forma de memorizar estas informações e colocá-las 
em prática, assim, essa leitura será muito mais transformadora do que você imagina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
Quanto tempo leva para criar um novo hábito? 
 
 
 
 
Você já deve ter ouvido algumas vezes que, para gerar um 
 
novo hábito, todas essas técnicas devem ser colocadas em 
prática por pelo menos 21 dias, certo? Errado! 
 
O estudo que se baseia neste número foi fundamentado no livro chamado Psicocibernética4 do 
cirurgião Maxwell Maltz5. Observando seus pacientes, o médico concluiu que, quando um membro 
do paciente era retirado, levava em média 21 dias para que o indivíduo se acostumasse com a 
ausência dele. Assim, dr. Maxwell Maltz não baseou sua afirmação em pesquisa, apenas em 
observação. Por outro lado, um estudo recente, realizado na Inglaterra, chegou à conclusão de que, 
para desenvolver um novo hábito, seriam necessários no mínimo 66 dias. 
 
No entanto, este mesmo estudo mostrou que existe variação do tempo e que um novo com-
portamento poderia levar de 18 até 254 dias para se tornar automático, ou seja, para ser realizado 
pela parte inconsciente do cérebro e, assim, virar um hábito. Pode-se concluir que para gerar um 
novo hábito é necessário levar em conta fatores individuais, e até qual o tipo de hábito o indivíduo 
gostaria de desenvolver. 
 
 
 
Portanto, não pense que colocar estas técnicas em prática por apenas 21 
dias será suficiente para que você tenha desenvolvido um comportamento 
automático. Lembre-se que cada caso tem fatores determinantes 
específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 “ Psycho-Cybernetics: Updated and Expanded - Amazon”. Disponível em: <https://www.amazon.com.br/Psycho-Cybernetics-Updated-Ex-panded-
Maxwell-Maltz/dp/0399176136/>. 
 
5 “Dr. Maxwell Maltz Dead; Plastic Surgeon and Author - The New York Times Company”. Disponível em: <https://www.nytimes.com/1975/04/08/ 
archives/dr-maxwell-maltz-dead-plastic-surgeon-and-author.html>. 
 
 
 
 
https://www.amazon.com.br/Psycho-Cybernetics-Updated-Expanded-Maxwell-Maltz/dp/0399176136/
https://www.amazon.com.br/Psycho-Cybernetics-Updated-Expanded-Maxwell-Maltz/dp/0399176136/
https://www.amazon.com.br/Psycho-Cybernetics-Updated-Expanded-Maxwell-Maltz/dp/0399176136/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motivação e Força de 
Vontade 
Capítulo 
 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São dois os pontos que podem ser considerados 
 
fundamentais para avançar para um novo hábito: 
 
MOTIVAÇÃO 
E FORÇA DE 
 
VONTADE 
 
 
 
 
 
 
Motivação: 
 
 
Sabemos que a palavra motivação deriva da palavra 
 
motivo, sendo assim, refere-se a causas e fatores 
 
que podem ser internos ou externos. Essas poucas 
 
informações já nos são necessárias para encontrar 
 
a problemática da motivação: a inconstância. 
 
 
Se a motivação pode ser baseada em fatores in- 
 
fluenciadores, ela pode ser facilmente criada de 
 
acordo com o nosso estado emocional e, na maio- 
 
ria das vezes, é realmente. Isso quer dizer que se 
 
nos firmamos apenas nela, o dia em que não nos 
 
sentirmos muito bem resultará na desmotivação 
 
e, consequentemente, na falta de desenvolvimento 
 
do novo hábito. No entanto, ela também se faz 
 
necessária para gerar um bom hábito, precisando 
 
apenas de um bom fundamento. O grande para- 
 
doxo da motivação é que ela tem uma forte carga 
 
emocional, já o hábito é um comportamento au- 
 
tomático. Ninguém tem emoção para escovar os 
 
dentes, por exemplo. Portanto, a medida que um 
 
comportamento vai se tornando mais automático 
 
ou seja, virando um hábito, a carga emocional 
 
é reduzida e então desistimos. Por isso, o grande 
segredo está na força de vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Força de vontade: 
 
 
Encontramos aqui o foco do nosso cuidado para o avanço a um novo hábito. Ao contrário da motivação 
 
 que é facilmente influenciada pela perda do entusiasmo que, quando colocado corretamente em prática, 
 
torna-se o real combustível para desenvolver um novo hábito. 
 
 
Para que isto aconteça, será necessário fundamentar alguns argumentos que irão de fato mostrar o 
 
caminho para manter a força de vontade e entender exatamente o porquê de ela se fazer tão importante. 
 
“Motivação é o que te faz começar, mas o que te mantém 
 
em movimento é um hábito.” 
 
- Jim Rohn 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Força de Vontade: Princípios 
Iniciais 
Capítulo 
 
07 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que é força de vontade? No que consiste? A força 
de vontade nada mais é do que uma batalha cons-
tante. 
 
 
A força de vontade surge apenas quando es-
tamos lutando contra um conflito interno, quando 
temos que colocar em pauta a nossa vontade 
contra o nosso desejo. O assunto é ex-
tremamente amplo e fascinante, por isso, po-
demos encontrar diversos estudiosos da área, e 
entre eles posso citar o psicólogo e professor da 
Universidade de Princeton, Roy Baumeis-ter6, 
uma das mentes que se especializou pro-
fundamente neste incrível termo que é a força de 
vontade. 
 
Em um de seus estudos, Baumeister colocou em 
uma sala alguns estudantes que estavam há 6 
horas sem comer. Naquele local, estavam sendo 
preparados alguns cookies que infestavam todo o 
ambiente com o delicioso aroma do alimento. Em 
seguida, ele dividiu os estudantes em dois grupos 
e distribuiu papéis com alguns exercícios a serem 
desenvolvidos. Para um dos grupos, o professor 
disponibilizou os cookies, já para o outro, permitiu 
que comessem apenas rabanetes. 
 
 
 
Mesmo que dentro do grupo houvesse diversos 
amantes de rabanete, o resultado era inevitável: 
todos os participantes do grupo acabavam 
olhando para os cookies que estavam sendo 
preparados na sala. Isso porque todo o ambiente 
estava aromatizado e propício para que fossem 
comidos cookies. A ação gerou nos participantes 
do grupo uma concentração menor nos 
exercícios, pois tinham que lutar constantemente 
contra a vontade de olhar para os cookies. 
 
 
 
A conclusão foi óbvia: os participantes que 
receberam os biscoitos acabaram tendo um 
desempenho muito maior na resolução dos 
problemas do que aqueles que receberam os 
rabanetes. Isso porque os estudantes do pri-
meiro grupo tiveram a vantagem de maior 
concentração por não terem que lutar contra 
nenhum impulso ou instinto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em informações técnicas, o professor concluiu que os participantes que não receberam os cookies 
tinham um nível de concentração de 35 a 50% menor na resolução dos problemas quando 
comparados ao grupo que comeu o cookie. Isso aconteceu porque os que comeram os cookies não 
tiveram que usar a força de vontade para desviar o foco da tentação. Podemos facilmente afirmar que 
todas as vezes que somos colocados em frente a problemas e decisões, temos que exercitar a força 
de vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6“Roy F. Baumeister - ScienceSites Inc”. Disponível em: <http://www.roybaumeister.com/>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro exemplo que citarei aqui é o de alguns juízes em Israel que decidiam sobre as condicionais de 
prisioneiros. O estudo colocado em prova mostrava que um prisioneiro julgado às 17 horas, na grande 
maioria das vezes, recebia uma sentença diferente do prisioneiro que era julgado às 8 horas, mesmo 
tendo cometido o mesmo crime. 
 
O impacto que o descanso exercia no julgamento que estes juízes realizavam era claro. O réu que era 
julgado às 17 horas tinha 60% de chance a mais de condenação quando comparado ao réu julgado às 8 
horas. O mesmo acontecia quando estes juízes iam a um julgamento logo após as 10h30, horário em 
que eles haviam acabado de retornar de uma pausa para se alimentar. Os réus julgados após o lanche 
recebiam mais “sim” do que os que eram julgados anteriormente. Em resumo, quando cansados ou com 
fome, escolhiam a resposta mais fácil, que era a de negar a condicional. 
 
 
 
 
Você pode concluir que a força de vontade pode estar também ligada a fatores condicionais externos 
como o descanso e o alimento. Para um melhor desempenho, é necessário permitir que os fatores 
externos sejam também bons influenciadores. No caso dos alimentos, aqueles que possuem índice 
glicêmico* ideal são significativamente melhores para aumentar e manter a força de vontade do que os 
que possuem um índice inadequado. 
 
Quer começar a colocar em prática agora mesmo? Abaixo você irá encontrar uma tabela com alguns 
destes índices glicêmicos alimentares: 
 
Índice glicêmico se refere à velocidade com que um alimento é absorvido. Quanto mais lenta a absorção, melhor para o corpo, pois a absorção 
rápida aumenta a gordura corporal e leva a oscilações na glicose do sangue, causando uma alteração na performance 
 
do cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, podemos reafirmar que a força de vontade é uma fonte esgotável e que perde a sua 
capacidade à medida que o cansaço, a alimentação e outros fatores externos influenciam a sua ação. 
 
 
 
Você já ouviu falar em depleção do ego? Pois bem, este é o termo científico utilizado para determinar 
exatamente este esgotamento da nossa força de vontade. Seu significado exato pode ser colocado 
como: “a diminuição da capacidade de se fazer escolhas”. Ou seja, quando perdemos essa força de 
vontade, voltamos ao padrão inicial, e isso quer dizer que voltamos a realizar escolhas automatizadas e 
habituais! 
 
E qual é o seu padrão? Quais são os hábitos que entram em ação quando sua força de vontade se 
esgota? São hábitos que geram bons resultados ou são hábitos que geram más consequências? 
 
Está aí o maior papel da força de vontade: introjetar um bom comportamento para que este se torne um 
bom hábito o mais rápido possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O segredo 
 
 
 
 
 
“Saber que a força de vontade é como 
um músculo que cansa muda tudo! Pois, 
assim, entendemos que temos de 
aprender a aumentar a resistência dessemúsculo e entender como gerenciá-lo!” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Principais Causas da 
Desistência 
Capítulo 
 
08 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 desistir 
 
 
 
 
5 PRINCIPAIS CAUSAS DA 
DESISTÊNCIA 
 
Mencionei diversas vezes aqui como os fatores externos são grandes influenciadores na nossa força de 
vontade e acabam refletindo diretamente em nossa adesão a novos hábitos. Também ressaltei que o 
ambiente pode ser um grande incentivador de bons ou maus comportamentos. 
 
Nos exemplos aos quais me referi no capítulo anterior, ambos possuíam fatores externos que os 
influenciavam em suas decisões, mas existem fatores comuns? A resposta é sim! Por meio da análise 
de dezenas de estudos foi possível comprovar quais são as 5 principais causas da desistência do 
desenvolvimento de um novo hábito, ou melhor, as 5 principais causas que diminuíam drasticamente a 
força de vontade. Acompanhe: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- ESFORÇO 
 
 
Infelizmente, tudo o que requer mais esforço da nossa mente e corpo acaba sendo uma das principais 
causas de diminuição da força de vontade. 
 
2- DIFICULDADE PERCEBIDA 
 
 
A dificuldade percebida precocemente também é um dos grandes fatores que diminuem a força de 
vontade. Um exemplo é ver um grande peso na academia e desanimar antes mesmo de começar a 
treinar. 
 
3- FADIGA SUBJETIVA 
 
 
Já notou que durante uma atividade física, como o início de uma corrida, mesmo que você esteja em 
forma, é sempre mais difícil a largada do que quando já passados alguns minutos? Isso se chama fadiga 
subjetiva. Mesmo que seu corpo não esteja cansado, sua mente acaba o enganando e o desmotivando 
de seguir em frente. Isso acontece porque a mente busca economizar energia. 
 
 
 
 
4- EMOÇÃO NEGATIVA 
 
 
Está totalmente ligada à autocrítica que já 
 
mencionei anteriormente. Uma vez que você 
 
erra ou não alcança o seu objetivo, é inevitável 
 
se colocar para baixo. Esta emoção se mostra 
 
como uma das principais causas da diminui- 
 
ção da força de vontade. 
 
 
5- NÍVEIS DE GLICOSE 
 
 
É comprovado que nosso cérebro aumenta o 
consumo de glicose quando está trabalhando, isso 
quer dizer que quando nossos níveis de glicose 
não são ideais, o trabalho que a mente exerce 
para desenvolver a força de vontade acaba não 
sendo suficiente, resultando na desistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dica: 
 
 
 
 
 
Certifique-se de que cada um destes 
pontos esteja devidamente alinhado, ou 
seja, evitado. Assim, você garante que a 
mudança aconteça verdadeiramente e 
que os novos hábitos não tenham 
barreira alguma para começarem a ser 
colocados em prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Fisiologia da Força de 
Vontade 
Capítulo 
 
09 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim como qualquer outro estudo, a força de 
 
vontade também possui uma fisiologia que se 
 
refere ao que é físico e orgânico. Após abordar 
 
as 5 principais causas da desistência, eu não po- 
 
deria deixar de citar quais são as formas de fun- 
 
cionamento que afetam positivamente a força 
de vontade: 
01Sono 
 
 
É cientificamente comprovado que boas noites de 
sono - incluindo dormir o tempo ideal por noite - 
ativa o córtex pré-frontal (nossa parte consciente) e 
permite o aumento consequente da força de 
vontade. O sono pode ter um papel fundamental 
até mesmo em vícios. 
 
Uma pesquisa comprovou que pessoas viciadas 
 
em heroína7, e que dormem menos de 6 horas 
 
por dia, têm 70% mais chances de não superar 
 
o vício do que aquelas que possuem boas noites 
 
de sono. Já imaginou o poderoso efeito que 
 
uma boa noite de sono pode ter quando usado 
 
a seu favor? 
 
 
 
 
 
 
7 “Heroína - Brasil Escola”. Disponível em: <https://brasilescola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02 Meditação 
 
 
 
 
A prática de focar sua atenção. A meditação é um excelente meio de treinar sua mente a fazer 
escolhas conscientes e sóbrias. Isso acontece, pois, a prática constante desta técnica ajuda o 
cérebro a se concentrar melhor, uma vez que toda a atividade de meditar consiste em voltar a 
concentração constantemente para algo, seja um som, uma imagem ou o mais comum, a 
respiração. Essa prática, de direcionar a nossa atenção para o que escolhemos, desenvolve o 
córtex pré-frontal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03 
 
Atividade 
Física 
 
É quase um paradoxo, pois para 
praticar uma atividade física é 
necessário força de vontade, mas 
ao mesmo tempo, a prática do 
exercício auxilia a desenvolver a 
própria força de vontade. Assim 
como o sono, a movimentação do 
corpo ajuda a ativar o córtex pré-
frontal e também a elevar a força 
de vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04 
 
Alimentos 
Com Baixo 
Índice 
Glicêmico 
 
Experiencial mente falando, 
alimentos que possuem menor 
índice glicêmico fazem com que o 
organismo os absorva de forma 
mais lenta, evitando os picos de 
glicemia. Isso resulta na melhor 
distribuição da glicose no orga-
nismo e evita os picos e quedas 
causados pelos maus alimentos. 
Os níveis de glicose estáveis im-
pactam positivamente no fun-
cionamento do cérebro, permi-
tindo a elevação consequente da 
força de vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Psicologia da Força de 
Vontade 
Capítulo 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tão importante quanto a fisiologia da força de 
 
vontade, encontramos neste capítulo a outra face 
 
fundamental deste estudo, a psicologia da força 
 
de vontade. Começarei com o exemplo de algo 
 
que, se você já não passou, conhece alguém que 
 
esteve nessa situação. 
 
 
Vamos imaginar que você entrou em uma dieta 
 
e tem seguido corretamente desde o início, mas, 
 
logo no começo, você é surpreendidocom um 
 
delicioso e farto café da manhã irrecusável. Nesse 
 
momento, você sai completamente daquilo que 
 
se propôs e perde o foco da dieta. Você sentiu cul- 
 
pa? É inevitável senti-la e, com isso, a autocrítica 
 
entra em ação abrindo um espaço perigoso. 
 
 
A partir daí, o seu inconsciente entende que a sua 
 
dieta foi posta por água abaixo, e já que errou pela 
 
manhã, passa o resto do dia cometendo grandes 
 
deslizes na dieta. Afinal, tudo foi perdido já no co- 
 
meço do dia, não é mesmo? O que podemos fa- 
 
zer? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- AUTOCOMPAIXÃO 
 
 
Eu já a citei aqui, o perdão liberado pela autocompaixão é o primeiro ponto a favor da psicologia da 
força de vontade. Se este primeiro fator tivesse sido colocado em vigor no exemplo acima, por mais que 
a manhã tivesse sido perdida na dieta, o resto do dia poderia ter sido um grande sucesso, impedindo 
muitos outros erros e, quem sabe, até amenizado o pequeno deslize. 
 
2- EU FUTURO 
 
 
Esta é uma proposta de algumas linhas de psicologia que pode te ajudar muito a desenvolver um novo 
hábito. Você já ouviu falar em Desconto Hiperbólico8? Em termos simples, significa o presente “valendo 
mais” do que o futuro. Trazendo à rotina, podemos dizer que este fenômeno entra em ação quando 
comparamos o prazer momentâneo de comer um bolo com a prevenção de doenças sérias, como o 
diabetes, no futuro. Pode parecer irreal, mas nós, seres humanos, possuímos uma grande dificuldade 
em trocar o hoje pelo amanhã, por mais benéfico que pareça ser. 
 
 
 
 
O contato com o seu “eu futuro” é difícil, e fazer um exercício que permita que você dialogue consigo se 
imaginando daqui a 10 ou 20 anos, faz com que os benefícios corretos fiquem mais claros e a escolha 
certa seja mais simples de ser efetuada. 
 
3- IMAGINAR FALHANDO 
 
 
É comum começar uma mudança com um entusiasmo alto, justamente porque está totalmente ligada ao 
fator motivação inicial - mas, que como você bem aprendeu, vai se esgotando no caminho - e esse fator 
acaba muitas vezes nublando as dificuldades que serão enfrentadas durante o processo. Imaginar as 
margens de erro que podem ser colocadas no caminho é uma excelente forma de se preparar para 
quando estes obstáculos chegarem no futuro. 
 
 
 
 
 
8 “Modeling Myopic Decisions: Evidence for Hyperbolic Delay-Discounting within Subjects and Amounts - ScienceDirect”. Disponível em: <https:// 
www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0749597885710862>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERGUNTAS 
 
 
 
 
 
Ainda pensando no desenvolvimento de bons hábitos, existem algumas perguntas que 
você pode se fazer para ter a certeza de que está no caminho certo. Anote: 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Qual é a minha meta? 
 
2. Qual seria o resultado mais positivo? 
 
3. Qual ação eu vou tomar para atingir a meta? 
 
4. Qual é o maior obstáculo? 
 
5. Quando e onde os obstáculos surgirão com 
maior possibilidade? 
 
6. O que posso fazer para prevenir os obstá-
culos? 
 
7. Que ação específica eu terei para voltar à 
minha meta quando este obstáculo aconte-
cer? 
 
 
 
 
Apenas as respostas destas perguntas já serão fundamentais para que haja uma 
grande diferença na adesão de um novo e bom hábito. Isso fará de você um 
verdadeiro líder das boas mudanças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Surfando o impulso 
 
 
 
 
Quando lembramos que a força de vontade é a batalha entre a vontade e o desejo, podemos colocar em 
prática uma tática interessante denominada como “surfar o impulso”: 
 
1 - Perceba o pensamento, desejo ou sentimento (não o negue); 
 
2- Aceite e assista a experiência interna; 
 
3 - Respire e dê ao seu cérebro e corpo uma chance de pausar e planejar; 
 
4- Expanda sua atenção e olhe para a ação que te ajudará a atingir a meta. 
 
 
A arte de se atentar ao impulso quando ele chega é colocar em prática racional e conscientemente todas 
essas 4 dicas e, assim, surfar com maestria o obstáculo que te impediria de alcançar com êxito seus 
resultados! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Checklist: 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
Treine a fisiologia da força de vontade. 
 
 
Perdoe a si mesmo (exerça a autocompaixão). 
 
 
Seja amigo do seu “eu futuro”. 
 
 
Profetize sua falha. 
 
 
 
Surfe o impulso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estas são as dicas básicas para aumentar grandemente a sua força de vontade. 
 
 
Você se lembra quais eram as 5 principais causas da desistência? 
 
 
 
Bem, com essas táticas na manga, superá-las será muito mais simples! Porém, nosso trabalho aqui não 
deve ser dado como concluído. Mesmo elevando a sua força de vontade, ainda é necessário outra 
estratégia para escolher como abordar os novos comportamentos a serem aprendidos. 
 
Com a força de vontade adquirida, é necessário saber o que vem a seguir. No próximo capítulo você 
verá como introduzir hábitos novos e como encerrar hábitos antigos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os 2 Lados da Rotina 
Capítulo11 
!! 
 
 
 
 
 
 
 
Agora que você tem as ferramentas e táticas necessárias para aumentar e controlar a sua força de 
vontade, vamos ao próximo passo. Para isso, voltaremos ao início desta apostila para trazer à memória 
os 3 componentes do hábito. Você se lembra quais eram? Isso mesmo… gatilho, rotina e recompensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dessa vez, iremos acompanhá-lo com outra tríade que é extremamente válida: diagnóstico, intervenção 
e acompanhamento. Quando essas duas tríades se unem, temos a base comportamental cotidiana, ou 
seja, encontramos o ciclo do comportamento que desempenhamos em nossa rotina. 
 
 
 
 
E aí entra um assunto importantíssimo para nosso estudo: a rotina. Afinal, todos os nossos hábitos são 
desempenhados durante ela, não é mesmo? Bem, se queremos ter controle de nossos hábitos, é 
fundamental entendermos, então, como funciona a nossa própria rotina! Para isso, iremos dividi-la de 
duas formas: 
 
 
 
 
 
1 - Quais são as coisas que você faz todo dia: 
 
 
 
Neste lado da rotina podemos encontrar questões básicas como a higiene (escovar os dentes, tomar 
banho), até questões óbvias como calçar sapatos e trocar de roupa. 
 
 
2 - Quais são as coisas que acontecem com você todo dia: 
 
 
 
Aqui já podemos incluir outros acontecimentos mais específicos como parar no sinal de trânsito, enviar 
mensagens e receber ligações (neste caso a variação fica responsável apenas por você). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coloque em uma lista esses dois lados de sua 
rotina e preencha ambos. 
 
 
Quando você conhece todos os acontecimentos 
da sua rotina, juntamente com as coisas que você 
realiza automaticamente todos os dias, fica muito 
mais simples ter controle e consciência de quais 
são os gatilhos que desencadeiam certos hábitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fica cada vez mais claro que o inconsciente terá 
menor espaço para desempenhar um papel 
quando houver o domínio e conhecimento de cada 
aspecto da sua rotina, certo? Com a consciência 
dos gatilhos, é muito mais simples controlá-los e 
até freá-los. Mas e se eu te disser que você 
pode ir ainda mais a fundo e saber quais são 
os gatilhos desencadeadores mais comuns?Descobrindo Gatilhos 
Capítulo 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois de adquirir lucidez sobre a sua rotina, está 
 
na hora de identificar os gatilhos que estão sendo 
 
responsáveis pelo desempenho de seus hábitos. 
 
Mas, antes, é necessário descobrir o seu surgimento, 
 
que pode derivar de algumas fontes: 
 
 
 
1. LOCALIZAÇÃO 
 
 
O lugar pode ser um grande desencadeador de 
 
hábitos. Você pode perceber que certos lugares 
 
são um verdadeiro gatilho para que determina- 
 
dos comportamentos entrem em evidência. Por 
 
exemplo, você pode perceber que no seu traba- 
 
lho, inevitavelmente, você sente mais vontade de 
 
tomar café, ou que toda vez que está na casa de 
 
familiares tem mais necessidade de comer bolo. 
 
Fica claro que o lugar é um dos primeiros gatilhos 
 
desencadeadores. 
 
 
 
2. HORÁRIO 
 
 
Assim como o lugar, o horário também está to- 
 
talmente relacionado a certos hábitos. Comece 
 
a perceber que até mesmo seu horário de almo- 
 
ço é um gatilho para sentir fome. É um gatilho 
 
imposto desde a sua infância e que até hoje de- 
 
sencadeia um hábito inevitável. O melhor exercí- 
 
cio, então, é começar a identificar seus horários e 
 
quais hábitos eles desencadeiam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. ESTADO EMOCIONAL 
 
 
Já ouviu essa frase: “quando perco minha pa-
ciência, simplesmente não consigo mais me 
concentrar e me torno improdutivo o resto do 
meu dia”? Você mesmo pode ser uma das 
pessoas que afirma isso. É possível perceber 
que o seu estado emocional também pode ser 
um grande gatilho desencadeador de 
comportamentos automáticos (hábitos). Por mais 
difícil que seja controlar esse fator, 
 
é possível e se faz muito efetivo para ser um 
verdadeiro líder de mudanças. 
 
4. OUTRAS PESSOAS 
 
 
Pode parecer que não, mas certas pessoas 
podem ser verdadeiros gatilhos para alguns 
hábitos e até sensações. O sentimento que estas 
pessoas exerceram em você ao longo do tempo 
pode estar totalmente relacionado a alguns 
hábitos que você mantém hoje. Procure saber 
quem são essas pessoas e quais são os hábitos 
gerados por este gatilho. 
 
 
 
5. ESTADOS ANTERIORES 
 
 
O passado também é um enorme gatilho. Não 
 
é novidade que situações anteriores desempenham 
fortes papéis em comportamentos atuais e até 
mesmo hábitos. A repetição de padrões anteriores, 
ou mesmo a lembrança dos mesmos, também pode 
ser um poderoso gatilho de hábitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para refletir! 
 
 
Quais os gatilhos que estão dispa-
rando um comportamento que você 
não quer? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 fazer?-se! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sentença acima pode ser séria, afinal, já ressaltei diversas vezes a importância da 
mudança. É necessário lembrar que certos hábitos podem estar certamente te levando 
à ruína profissional ou mesmo à decadência de sua própria saúde! Por isso, não deixe 
de refletir comprometidamente sobre isso. Procure trazer à memória as questões aqui 
tratadas e esteja sempre se indagando: 
 
 
 
 
 
1 - Onde estou? 
 
2 - Que horas são? 
 
3 - O que estou sentindo agora? 
 
4 - Quem está comigo? 
 
5 - O que eu acabei de... 
 
 
 
 
 
 
Lembre-se: 
 
 
 
É importante dar um diagnóstico definitivo para sua rotina. Experimente responder a estas perguntas 
durante toda a sua semana e você verá uma diferença enorme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A RECOMPENSA! 
 
 
 
Para finalizar este capítulo e, consequentemente, o ciclo dos 
3 componentes do hábito (rotina, gatilho e recompensa), faz-
se indispensável entender como as suas recompensas estão 
interligadas. Por quais recompensas você tem praticado 
certos hábitos? Você come um bolo simplesmente por ser 
gostoso ou por que sempre que come está na companhia de 
alguém? 
 
O mesmo vale para outros hábitos. Descobrir quais são as 
verdadeiras recompensas é fundamental para estabelecer 
definitivamente o controle dos comportamentos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Poderoso MINI HÁBITO 
Capítulo 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PODEROSO MINI HÁBITO 
 
 
 
Durante todo o meu estudo sobre o tema hábitos, talvez este seja um dos pontos mais interessantes. A 
ideia contraintuitiva de BJ. Fogg (professor ao qual já me referi anteriormente) pode parecer simplória de 
início, mas se mostra verdadeiramente inovadora quando levada à prática. Para este capítulo e 
entendimento, começarei com uma simples alegoria que poderá te proporcionar esclarecimento inicial: 
 
 
 
 
 
 
 
Por falta de um prego, perdeu-se a ferradura. 
 
Por falta de uma ferradura, perdeu-se o cavalo. 
 
Por falta de um cavalo, perdeu-se o cavaleiro. 
 
Por falta de um cavaleiro, perdeu-se a mensagem. 
 
Por falta de uma mensagem, perdeu-se a batalha. 
 
Por falta de uma batalha, perdeu-se o reino. 
 
 
 
E tudo por falta de um prego na ferradura. 
 
 
 
 
 
 
Na alegoria, poderíamos facilmente comparar o prego com o temadeste capítulo: o mini hábito. Mas por 
que ele se faz tão importante e fascinante? Bem, você se lembra quais eram as 5 causas principais da 
desistência ao se formar um novo hábito? Vamos recapitular: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esforço 
 
 
Dificuldade Percebida 
 
 
Fadiga Subjetiva 
 
 
Emoção Negativa 
 
 
Níveis de Glicose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O grande papel do mini hábito é exatamente solucionar todas estas causas. Ele não requer esforço, 
anula a dificuldade percebida, não há fadiga subjetiva, não gera emoções negativas e não altera os 
níveis de glicose. Parece milagroso? Mas a verdade é que essa é realmente a sua ação quando 
colocado em prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O funcionamento do mini hábito é simples, ele é a ponte entre um gatilho (presente em sua rotina atual) 
e um novo comportamento. Seu intuito é, acima de tudo, mostrar que uma mudança mínima pode ter um 
grande impacto! Em meu consultório coloco isso em prática pedindo para que os meus pacientes se 
desafiem a caminhar pelo menos 5 minutos por dia. 
 
A maioria deles se espanta com a quantidade de tempo, afinal, parece pouco para gerar resultados. Veja 
bem, é aí que o mini hábito está entrando em ação, é uma prática tão mínima que não exige nenhum 
esforço. Você pode linkar uma prática que toma 30 segundos a algo da sua rotina. 
 
EXEMPLO: antes de entrar no banho, faça 5 agachamentos. Quando essa pequena técnica é exercida, 
seu córtex frontal entra em funcionamento, enviando uma mensagem ao seu inconsciente de que este 
será um novo comportamento, tornando a adesão de tempo, geralmente maior, muito mais simples em 
um período muito mais curto. 
 
A primeira lei de Newton¹ afirma: “Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo 
em movimento tende a permanecer em movimento. ” Em concordância com as leis da física, a estratégia 
do mini hábito é fazer com que você saia da inércia e se coloque em ação, de maneira sutil e correta! 
Além disso, ele desperta a chamada AUTOEFICÁCIA, que quer dizer o aumento da confiança nas suas 
próprias ações e desempenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem dois tipos de resistência no processo de H formação de um novo hábito (de mudança): a 
que aparece antes mesmo de você agir e a que 
sempre cobra para que seja feito mais. O mini 
hábito é a técnica que consegue ascender essas 
resistências. Por ser uma ação mínima, conse- 
Á 
 
quentemente, a resistência inicial se revoga e a 
cobrança se esvai gradativamente! 
Está pronto para colocar em prá- 
tica? Então determine quais se- 
rão os 3 primeiros mini hábitos 
que você deseja introduzir em 
sua rotina. Você pode colocá-los 
em ação ainda hoje! 
B 
 
Para se motivar a ter um novo hábito, você deve 
ter sempre em mente: 
Qual o resultado que você quer 
atingir com este novo hábito e 
por que você quer aderir a este 
hábito em específico? Lembre 
I 
 
que essa ação é uma das ques- 
tões que te deixará mais moti- 
vado e com maior força de von- 
tade para persistir! 
Existem dois tipos de agentes motivadores: os 
intrínsecos - relacionados ao valor que este há- 
bito representa em sua vida (exemplo: comer 
T 
 
saudavelmente porque quer ter mais disposição) 
- e os extrínsecos - ligados às relações externas, 
normalmente envolvendo a sociedade, (exem- 
plo: comer saudavelmente, para ter um corpo 
bonito, porque é exigido socialmente). O segun- 
do possui uma força muito menor quando com- 
parado ao primeiro agente motivador, ou seja, se 
a sua motivação estiver relacionada a um valor 
extrínseco, o desenvolvimento desse novo hábi- 
O 
 
to provavelmente será mais árduo. Mas não de- 
sanime, pois como já provei diversas vezes nesta 
apostila, as possibilidades se expandem com as 
estratégias corretas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hábitos Negativos 
Capítulo 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há uma grande diferença entre construir novos hábitos e alterar 
hábitos já existentes. Durante todo esse conteúdo, eu reforcei 
diversas vezes a importância da mudança e da criação de novos 
e bons hábitos, por isso, vejo a relevância de tratar um assunto 
que também está relacionado: os hábitos negativos. 
 
 
 
Os maus hábitos estão presentes na rotina da maioria das 
pessoas, sejam alimentares, viciosos ou até relacionados ao 
comportamento emocional. Infelizmente, fomos ensinados por 
uma sociedade não confiável em relação aos bons costumes. Mas 
é claro que também não podemos culpar as suas interações 
sociais em todos os aspectos, uma vez que você é responsável 
por grande parte de seus hábitos negativos, e é por esta razão 
que você também pode ser responsável pela alteração deles. 
 
 
 
Contudo, pausar um hábito ruim não é mais simples do que criar 
um novo. De fato, pode ser ainda mais complexo. Para acabar 
com um mau hábito, a primeira etapa é o reconhecimento de seus 
3 componentes (aqueles que já citei algumas vezes nesta 
apostila): 
 
GATILHO: Trazendo o conceito para a quebra de um mau há-
bito, você deve readaptar sua visão sobre o gatilho e se fazer 
algumas perguntas sobre este comportamento automático que 
você gostaria de terminar. São elas: 
 
Esse gatilho é fácil de evitar? 
 
Às vezes, eu consigo evitar? 
 
É impossível de ser evitado? 
 
 
Com a ideia de qual é o real poder desse gatilho em sua rotina, 
fica mais simples desenvolver uma estratégia contra este mau 
hábito. É importante também ressaltar sobre a perseverança de 
seu desempenho a cerca do abandono deste velho hábito. Ao 
contrário da adesão de um novo hábito, abandonar um antigo é 
uma tarefa muito mais difícil. Por isso, de forma alguma se 
permita retroceder ao que você se habituou, uma vez escolhido 
que este comportamento será deixado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais da Conquista 
Capítulo 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como identificar que estou no caminho certo? 
 
Como ter a certeza de que um comportamento 
 
meu tem se tornado um verdadeiro hábito? Exis- 
 
tem algumas formas e alguns sinais que mostram, 
 
com certeza, se você tem colocado com êxito as 
 
estratégias em prática. São eles: 
01 
Redução da 
 
Resistência 
 
 
 
 
O primeiro sinal que você observará é que a re- 
 
sistência, antes visível ao se realizar certo hábito, 
 
se tornará cada vez mais branda. Você pode ficar 
 
atento quando este comportamento se tornar 
 
mais fácil de ser realizado do que quando ele não 
 
é, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02 
 
Identidade 
 
 
 
Um grande sinal de que o seu 
comportamento tem se tornado um 
hábito é quando você começa a se 
identificar com ele. Você consegue 
se ver realizando constantemente 
e encontra ali uma pequena parte 
de sua identidade. “Eu não apenas 
corro. Hoje, eu sou um corredor! ” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 03 
 
Agir sem 
pensar 
 
É o que temos chamado de 
comportamento automático. Será 
considerado uma grande vitória 
quando você se der conta de que 
aquele hábito que você vinha se 
propondo a realizar, deixa de ser 
um esforço, e, passa a ser

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