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4-Tosse-Fadiga-Perda de peso involuntária (Resumo)

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Daniel V. Rodrigues-M33 
 
1) Comentar a fisiopatologia e etiologia da tosse 
Etiologia 
• Fatores irritantes exógenos: fumaça, poeira, vapores, corpos estranhos 
• Fatores irritantes endógenos: secreções das vias aéreas superiores (gotejamento pós-nasal), 
conteúdo gástrico (refluxo gastroesofágico) -> podem provocar tosse persistente 
• Qualquer distúrbio que provoque inflamação, constrição, infiltração ou compressão das vias 
respiratórias pode provocar tosse 
• A inflamação geralmente resulta de infecções das vias respiratórias, como bronquites virais 
ou bacterianas e bronquiectasias 
Fisiopatologia da tosse 
A tosse espontânea é desencadeada pela estimulação de extremidades nervosas sensoriais que 
são consideradas primariamente como receptores de rápida adaptação e fibras C. Ambos os 
estímulos, químico (p. ex., capsaicina) e mecânico (p. ex., particulados na poluição do ar) podem 
iniciar o reflexo da tosse. Um canal de íon catiônico – o receptor vaniloide do tipo 1 – encontrado 
nos receptores de adaptação rápida e fibras C é o receptor para a capsaicina, e sua expressão é 
aumentada em pacientes com tosse crônica. As extremidades nervosas aferentes inervam de 
forma abundante a faringe, a laringe e as vias respiratórias ao nível dos bronquíolos e se 
estendem para o parênquima pulmonar. Elas também podem ser encontradas no meato 
acústico externo e no esôfago. Os sinais sensoriais viajam por meio dos nervos vago e laríngeo 
superior para uma região do tronco encefálico no núcleo do trato solitário, vagamente 
identificado como o “centro da tosse”. O reflexo da tosse envolve uma série altamente 
orquestrada de ações musculares involuntárias, com o potencial para input a partir das vias 
corticais também. As pregas vocais aduzem, levando à oclusão transitória das vias respiratórias 
superiores. Os músculos expiratórios contraem, gerando pressões intratorácicas positivas de até 
300 mmHg. Com a liberação súbita da contração laríngea, fluxos expiratórios rápidos são 
gerados, excedendo o “envelope” normal do fluxo expiratório máximo visto na curva de fluxo-
volume. A contração do músculo liso brônquico, junto com a compressão dinâmica das vias 
respiratórias, estreita os lumens das vias respiratórias e maximiza a velocidade de exalação. A 
energia cinética disponível para desalojar o muco da parte interna das paredes das vias 
respiratórias é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade do fluxo expiratório. 
Os receptores de adaptação rápida (RARs) e os receptores de estiramento de adaptação lenta 
(SARs) são os principais mecanorreceptores evolvidos no reflexo da tosse. Os RARs são fibras 
nervosas mielinizadas (tipo Aδ) presentes principalmente nas vias aéreas intrapulmonares e são 
sensíveis a mudanças de ph, osmolaridade e a estímulos mecânicos como broncoespasmo, 
edema e secreção de muco. Os RARs são mediadores primários da tosse que regulam a duração 
e a magnitude da fase inspiratória e expiratória da tosse. Tanto os RARS quanto os SARS são 
ativados pela insuflação pulmonar sustentada. Os SARs são altamente sensíveis a estímulos 
mecânicos exercidos sobre o pulmão durante a respiração. Eles são mais ativos nas vias aéreas 
superiores, já que existe uma maior área de superfície para despolarização. Os RARs e os SARs 
são ativados durante a insuflação pulmonar sustentada. Com essa ativação, o reflexo da tosse é 
iniciado. 
Os sinais sensoriais viajam por meio dos nervos vago e laríngeo superior para uma região 
superior do tronco encefálico no núcleo do trato solitário (Bulbo), vagamente identificado como 
o “centro da tosse”. O reflexo da tosse envolve uma série altamente orquestrada de ações 
musculares involuntárias, com o potencial para input a partir das vias corticais também. As 
pregas vocais aduzem, levando à oclusão transitória das vias respiratórias superiores. Os 
músculos expiratórios contraem, gerando pressões intratorácicas positivas de até 300 mmHg. 
Daniel V. Rodrigues-M33 
 
Com a liberação súbita da contração laríngea, fluxos expiratórios rápidos são gerados, 
excedendo o “envelope” normal do fluxo expiratório máximo visto na curva de fluxo-volume. 
A contração do músculo liso brônquico, junto com a compressão dinâmica das vias respiratórias, 
estreita os lumens das vias respiratórias e maximiza a velocidade de exalação. A energia cinética 
disponível para desalojar o muco da parte interna das paredes das vias respiratórias é 
diretamente proporcional ao quadrado da velocidade do fluxo expiratório. 
2) Definir tosse aguda e tosse crônica e o algoritmo da tosse crônica 
Uso de IECA (Inibidores da enzima conversora de angiotensina) ocasiona a tosse: Um dos 
efeitos adversos mais comuns destes medicamentos (captopril; enalapril) é a tosse não 
produtiva e intensa. Esse tipo de tosse é ocasionado devido a uma inibição de uma enzima, a 
enzima análoga à ECA, quando os IECA são administrados. Esta enzima análoga à ECA (e, 
inclusive, ativada por ela) é uma quimase responsável pela degradação de bradicinina no trato 
respiratório, transformando-a em um metabólito inativo. Com isso, ao usar um inibidor (IECA) 
dessa enzima (ECA), os níveis de bradicinina aumentam e provocam o sintoma da tosse mediada 
por captopril ou enalapril. 
• A tosse seca, que ocorre em cerca de 10% dos pacientes, parece ser decorrente do 
aumento dos níveis de bradicinina e substância P na árvore pulmonar e melhora dentro 
de poucos dias após a interrupção. 
• Utilização do cigarro causa alteração do epitélio respiratório, caracterizado como 
metaplasia. 
 
Conceito de tosse: Tosse é um reflexo respiratório em resposta à aspiração de partículas, à 
inalação de gases tóxicos, à mudança rápida de temperatura do ar e, principalmente, a fatores 
inflamatórios; tanto na via aérea alta, quanto na baixa. Ela se configura por uma inspiração 
profunda seguida por uma fase rápida de fechamento da glote, ativação intensa de musculatura 
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expiratória e abertura súbita da glote, resultando em mobilização de secreções na via aérea e 
alto fluxo expiratório. 
Tosse aguda: tosse autolimitada, com duração inferior a 3 semanas. Os pacientes com tosse 
aguda costumam apresentar exames normais, sendo fundamental a história clínica do paciente 
para o diagnóstico e tratamento. Em geral, sua causa é atribuída a infecções respiratórias ou a 
exacerbações de doenças crônicas. As causas mais comuns de tosse aguda, são: infecções de 
vias respiratórias superiores (resfriado comum, sinusite, faringite); infecções bacterianas 
(pneumonia); doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma com exacerbações; 
insuficiência cardíaca congestiva (ICC); e exposição ambiental ou ocupacional. 
Tosse subaguda: tosse que dura entre 3 e 8 semanas. Diante de um quadro de tosse subaguda 
deve-se pensar em: tosse pós-infecciosa; doença do refluxo gastroesofágico (DRGE); síndrome 
da tosse de vias respiratórias superiores (STVAS); e tosse crônica que motiva atendimento ainda 
no período subagudo; 
Tosse crônica: tosse com duração superior a 8 semanas. As principais causas são: asma; DPOC 
(bronquite crônica); rinossinusite crônica; DRGE; tabagismo ativo; bronquiectasias; uso de ini-
bidores da enzima conversora da angiotensina (IECA); tuberculose; câncer de pulmão; bronquite 
eosinofílica; STVAS (síndrome da tosse das vias aéreas superiores); e refluxo gástrico. 
Sinais de alarme: Os sinais de alerta para pessoas com tosse são falta de ar (dispneia), 
expectoração de sangue (hemoptise), perda de peso, febre persistente por mais de uma 
semana, aproximadamente, e fatores de risco para infecção pelo HIV ou tuberculose. 
3) Conhecer a definição de fadiga/astenia e as causas potenciais de astenia generalizada 
Fadiga 
A fadiga se refere a uma experiência humana inerentemente subjetiva de desgaste físico e 
mental, lentidão e exaustão. 
Causas potencias de fraqueza generalizada 
Para fraqueza generalizada, as causas mais comuns são 
• Redução daaptidão física geral (chamada descondicionamento), que pode resultar de 
uma doença e/ou redução das reservas físicas (fragilidade), como massa muscular, 
densidade óssea e capacidade de funcionamento do coração e pulmões, especialmente 
em pessoas mais velhas 
• Perda do tecido muscular (desgaste ou atrofia) devido a longos períodos de inatividade 
ou repouso em cama, como ocorre na UTI 
• Dano a nervos devido a uma doença grave ou lesão, como queimaduras graves ou 
extensas 
• Certos quadros clínicos que danificam o músculo, como um nível baixo de potássio 
(hipocalemia ), consumo excessivo de álcool ou uso de corticosteroides 
• Medicamentos usados para paralisar músculos — por exemplo, impedir a 
movimentação durante uma cirurgia ou enquanto está em ventilação artificial 
Critérios de exclusão Condição clínica capaz de explicar a fadiga 
• Transtorno depressivo maior (manifestações psicóticas) ou transtorno bipolar 
• Esquizofrenia, demência ou transtorno delirante 
• Anorexia nervosa, bulimia nervosa 
• Uso abusivo de álcool ou de substância 
• Obesidade severa (índice de massa corporal > 40) 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/equil%C3%ADbrio-eletrol%C3%ADtico/hipocalemia-n%C3%ADveis-baixos-de-pot%C3%A1ssio-no-sangue
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/drogas-recreativas-e-entorpecentes/%C3%A1lcool
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Fadiga na insuficiência cardíaca 
• A fadiga é sintoma cardinal da IC. A fadiga é desencadeada por uma inadequada 
perfusão sanguínea que afeta os músculos respiratórios e periféricos e acarreta 
diminuição da capacidade oxidativa. O sintoma fadiga pode ser causado pela caquexia 
cardíaca e má-nutrição que acompanham o estágio metabólico severo da doença. Os 
pacientes com IC avançada podem desenvolver sarcopenia associada ao 
envelhecimento e à inatividade física, acarretando piora da fadiga. O sintoma fadiga 
ligado à IC está relacionado também à anemia, apneia do sono, distúrbio eletrolítico, 
uso de betabloqueadores e diuréticos, além de depressão. A intolerância ao exercício, 
presente na IC, pode estar envolvida com limitação central (resposta cronotrópica e 
fração de ejeção reduzidas) ou periférica (disfunção endotelial com menor liberação de 
óxido nítrico, aumento da resistência periférica total e menor resposta vasodilatadora). 
• Outra adaptação encontrada na IC que pode contribuir para agravar a fadiga é a 
diminuição da função contrátil. A miopatia na IC reflete claramente a redução da 
fosforilação oxidativa com o aumento das fibras tipo IIb e diminuição das fibras tipo I, 
consideradas determinantes na redução da capacidade funcional. 
• A eventual fraqueza muscular dos pacientes com IC pode ser atribuída a alterações na 
função e quantidade de proteínas dos miofilamentos e não apenas à atrofia muscular. 
Essas alterações são provavelmente secundárias e aparentes em relação ao 
descondicionamento e/ou desuso provenientes da doença e permitem a definição do 
fenótipo muscular dos pacientes com IC. 
Fadiga relacionada ao câncer 
• O sintoma fadiga está diretamente ligado ao próprio câncer e aos efeitos colaterais do 
seu tratamento, dentre eles, a toxicidade à quimioterapia. Os pacientes com câncer que 
apresentam fadiga severa durante o tratamento permanecem com fadiga após o 
término da terapia ou da resolução da doença. A cronicidade da fadiga está implicada 
em possíveis adaptações metabólicas e fisiológicas, tais como o descondicionamento e 
a caquexia. O aumento da atividade física é uma estratégia adotada para diminuir a 
perda de musculatura esquelética durante a quimioterapia. A caquexia no câncer é 
caracterizada por uma perda contínua de massa muscular esquelética, podendo causar 
fraqueza generalizada e fadiga. O diagnóstico da fadiga relacionada ao câncer é 
realizado com exclusão de causas reversíveis que podem ser tratadas e investigadas. 
Dentre as causas reversíveis citadas estão o tipo de fadiga, hipotireoidismo, anemia, 
distúrbio de sono, dor, estresse emocional, climatério, distúrbios eletrolíticos, efeitos 
adversos de medicamentos, disfunção cardíaca, renal e hepática, miopatias e fibrose 
pulmonar. 
4) Conhecer a definição de porcentagem de perda de peso involuntário e as principais 
alterações na história clínica e no exame físico desse quadro 
Resulta de redução na ingestão de nutrientes, aumento do gasto energético ou perda energética 
na urina ou nas fezes. A perda de peso involuntária (PPI) deve ser distinguida da queixa de 
“magreza”, na qual o paciente tem uma constituição magra há bastante tempo. Na PPI, o 
indivíduo não se sente necessariamente magro, mas manifesta preocupação pelo fato de estar 
perdendo peso em um período determinado de tempo. 
A PPI é quase sempre uma manifestação precoce de doença aguda ou crônica e por isso deve 
ser investigada. Na maioria dos casos de PPI é fácil detectar a causa – associada a doença física 
ou mental, ou a problemas psicossociais. 
Etiologia 
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As causas de PPI podem ser classificadas como orgânicas (neoplásicas ou não neoplásicas), 
psicológicas ou sociais e relacionadas com medicamentos ou drogas. De maneira geral, a PPI em 
indivíduos jovens tem uma causa orgânica, ao passo que, em idosos, os fatores psiquiátricos e 
socioeconômicos assumem maior importância, especialmente a depressão. 
Porcentagem de peso involuntário 
O valor percentual ou absoluto de perda ponderal que define a PPI como problema médico não 
é plenamente estabelecido. A maioria dos estudos define PPI como perda de 5% ou mais de 
redução do peso corporal em um período de 6 a 12 meses. Perdas de peso involuntárias > 20% 
do peso basal são associadas à pronunciada disfunção de órgãos e sistemas e caquexia. 
Avaliação 
• Anamnese 
É necessário confirmar o peso do paciente. Se não houver registro prévio, pode-se utilizar como 
referência dados relativos à diminuição da numeração de roupas, ajuste do cinto, observação 
dos familiares. Sempre que possível, deve-se quantificar a perda de peso e situa-la no tempo (p. 
ex., a perda de peso associada ao envelhecimento e inferior a 2 kg/ano). 
Na anamnese, um dado importante é a presença ou não de anorexia; uma descrição detalhada 
do tipo de dieta (qualidade, quantidade e frequência de ingestão) deve ser feita. Se o apetite for 
aumentado, a provável causa da perda de peso é diabetes melito ou hipertireoidismo. 
Síndromes de má absorção e exercício físico em excesso também podem causar PPI com apetite 
aumentado. O apetite pode estar preservado nas síndromes de má absorção, uso abusivo de 
laxativos ou condições nas quais a ingestão esta diminuída sem redução do apetite (dificuldades 
de deglutição por problemas da boca e/ou esôfago, distúrbios neurológicos e alcoolismo). 
• Após constatar a perda ponderal e a alteração de apetite, checa-se se há ou não 
inflamação. Dentre as causas não-inflamatórias estão as mecânicas (alterações de 
mastigação e deglutição), psíquicas (demência, depressão, anorexia nervosa, bulimia), 
drogas, doenças degenerativas crônicas (dor crônica, ICC, DPOC, diabetes mellitus, 
tabagismo, etilismo), endócrinas (hipertireoidismo, feocromocitomas, síndrome de 
Addison, pan-hipopituitarismo, hiperparatireoidismo), metabólicas (diabetes mellitus, 
uremia, intoxicações exógenas) e excesso de atividade física. Dentre as causas 
inflamatórias, podem ser citadas câncer, infecções, doenças auto-imunes, doenças 
intestinais inflamatórias, traumas e seus sintomas e sinais concomitantes de alerta 
(febre, astenia de evolução rápida e massas palpáveis sugerindo acometimento 
sistêmico inflamatório da doença, como tumores ou infecções). 
 
• Exame físico 
O exame físico deve ser amplo e minucioso. Deve-se estar atento para a aparência geral do 
paciente e para sinais de desnutrição proteico-energética, tendo-se em mente as áreas mais 
comumente afetadas: cabelos, olhos, lábios/cavidade oral e pele. Além deve levarem conta 
aspecto geral, humor e estado mental, bem como as possibilidades sugeridas pela história clínica 
Deve ser dada ênfase também ao exame do abdômen e do sistema músculo-esquelético e 
neurológico. Atentar para linfadenomegalias, alterações mamárias ou da tireoide e estigmas de 
doença sistêmica, como icterícia, aranhas vasculares, eritema palmar, ginecomastia e circulação 
colateral no abdômen em hepatopatias crônicas. 
Causas de PPI podem ser procuradas a partir do exame de mamas, próstata, abdome, reto, 
pelve, aparelho cardiovascular, respiratório, musculoesquelético. O exame da cavidade oral 
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pode identificar problemas dentários óbvios, higiene oral pobre, boca seca, ou lesões que 
estejam dificultando a ingestão de alimentos. 
É indispensável pesar e medir o paciente já na primeira consulta, o que, além de fornecer um 
dado objetivo do momento, permite o estabelecimento de um padrão de comparação para que 
se acompanhe a evolução do peso do paciente, além da medida da espessura da prega cutânea, 
na avaliação da percentagem de gordura corporal e gordura corporal total. As medidas de prega 
cutânea baseiam-se no fato de que metade de todo o tecido adiposo do corpo localiza-se no 
subcutâneo. Essas medidas fornecem estimativa razoável da gordura corporal, principalmente 
nos jovens e nas mulheres. 
5) Conhecer os exames de triagem e suas indicações para avaliarem a perda de peso 
involuntária 
Exames subsidiários 
Se a anamnese e o exame físico apontam o diagnóstico etiológico, a pesquisa laboratorial deve 
ser direcionada para a sua constatação precisa e conduta o mais precocemente possível, 
associada a exames de avaliação da disseminação da doença e suas repercussões laboratoriais. 
Porém, se a semiologia não permitiu pistas para o diagnóstico, deve-se basear a pesquisa 
laboratorial em 2 fases: presença ou não de inflamação e avaliação nutricional global. 
Neste último caso, pode-se conduzir a seguinte avaliação laboratorial mínima, que inclui testes 
com suficiente acurácia para indicar doenças associadas a PPI, ou bastante sensíveis para 
rastrear doenças que podem causar PPI: hemograma, eritrossedimentação ou proteína C-
reativa, glicemia, creatinina, ureia, eletrólitos, exame comum de urina, pesquisa de sangue 
oculto nas fezes, hormônio estimulante da tireoide (TSH), testes de função hepática (enzimas 
hepáticas, gamaglutamiltranspeptidase, fosfatase alcalina), albumina, desidrogenase láctica 
(DHL), cálcio, fosforo, anti-HIV e radiografia de tórax. 
Após avaliação destes testes de “triagem”, direciona-se para a pesquisa etiológica específica. 
Exames de triagem: VHS, bioquímica (U, Cr, Na, K, Ca, glicemia), hemograma, enzimas hepáticas, 
urina tipo I, albumina, TSH, radiografia de tórax. 
A dosagem sérica de albumina tem importância no rastreamento, na determinação do risco de 
desnutrição e na monitorização da resposta à terapia, além de ser método de baixo custo e fácil 
realização. As causas de hipoalbuminemia consistem em diminuição do aporte proteico, além 
de enteropatias perdedoras de proteína, doenças hepáticas e síndrome nefrótica. 
Referências 
KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 19 ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017. 1 v, 
GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 24. ed. Saunders Elsevier, 2012