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HOLOCENO OU ANTROPOCENO

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7
 (
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA 5º SEMESTRE
) (
ESTAMOS VIVENDO NA ÉPOCA DO HOLOCENO OU DO ANTROPOCENO?
)
 (
Rio de Janeiro
- RJ
20
21
)
 (
nome do aluno
)
 (
ESTAMOS VIVENDO NA ÉPOCA DO HOLOCENO OU DO ANTROPOCENO?
) (
Trabalho apresentado em requisito a produção t
extual individual referente ao 5
º S
emestre, Portfólio para as Disc
plinas de:
Fundamentos de Geologia
;
Profª Jamile Ruthes Bernardes 
Hidrogeografia
;
Profª Heloisa Gomes Bezerra 
Geomorfologia
;
Profº Thiago Augusto Domingos
Fundamentos Antropológicos e Sociológicos
;
Profº Elias Barreiros
Práticas Pedagógicas em Ciências Humanas: Transformações Sociais no Espaço e no Tempo
;
Profª Erica Ramos Moimaz
Da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Rio de Janeiro – RJ
 
2021
)
 (
Cidade
2020
)
SUMÁRIO
RESUMO...............................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................2
2. OBJETIVO........................................................................................................3
3.DISCUSSÃO......................................................................................................4
4.CONCLUSÃO....................................................................................................6
5.BIBLIOGRAFIA..................................................................................................7
ESTAMOS VIVENDO NA ÉPOCA DO HOLOCENO OU DO ANTROPOCENO?
 (Silva,Soares,deBrito,Athayde,JAQUELINE) 
RESUMO
As mudanças climáticas e o aquecimento da Terra indicam que estamos vivendo uma nova era glacial denominada de Antropoceno. A ação do homem na natureza está "promovendo alterações de grande escala na superfície terrestre há pelo menos um século" e, portanto, não é mais possível dizer que a geologia se modifica apenas em função de eventos naturais, explica Wagner Costa Ribeiro. A ação humana acelerou o aquecimento global e, para conter os danos ambientais causados pelas mudanças climáticas, é fundamental repensar o atual modelo econômico. "Infelizmente, há uma geração bastante numerosa que acredita que a essência da vida é comprar o último eletrônico, o carro novo, a roupa nova, sendo que o telefone utilizado continua em plena condição de uso, o carro e a roupa também". Wagner Costa Ribeiro – O Holoceno começou há cerca de 10 mil anos e é marcado a partir da última glaciação que tivemos. Já o Antropoceno é uma proposta do Prêmio Nobel de Química de 1995, Paul Crutzen, pesquisador de origem holandesa. Ele diz que a intervenção humana no planeta é de tal ordem e importância que já é possível marcar um novo período geológico. Para ele, o ser humano já realizou tantas transformações na superfície terrestre e complicações na atmosfera, que isso já caracterizaria um novo período: o Antropoceno.
Palavras chave: Holoceno e Antropoceno, novo período geológico.
1.INTRODUÇÃO
 Desde o início do Holoceno, cerca de 11.700 anos atrás, temos vivido em um ambiente bastante estável. Tem havido um clima muito amigável; é o intervalo de tempo no qual prosperamos enquanto espécie e ocupamos um nicho dominante planeta afora. 
Mas alguma coisa aconteceu depois disso, provavelmente em meados do século XX, quando toda a escala da nossa influência no planeta mudou radicalmente. E vemos isso por uma infinidade de sinais, sejam por materiais novos como plástico, concreto, cinzas de combustível de usinas de energia ou novos elementos químicos. Produzimos novos poluentes, como o DDT, inseticidas, e, ao mesmo tempo, lançamos uma quantidade imensa de gases de efeito estufa na atmosfera pelo nosso consumo de hidrocarbonetos – e tudo isso mudou a Terra profundamente em um período muito curto de tempo. 
Para nós, é isso que o Antropoceno realmente representa – uma mudança física no planeta, que experimentamos mas de que somos causa ao mesmo tempo – e muitas destas mudanças ficarão permanentemente escritas nas rochas, que vão gravar a história do nosso tempo no planeta. Este registro inclui a forma como modificamos a abundância e a distribuição de outras formas de vida no planeta também. 
Somos capazes de mudar o mundo numa escala muito maior agora do que éramos há poucos séculos. Vivemos muito mais agora do que em décadas anteriores; usamos um maquinário imenso que consegue movimentar quantidades enormes de terra. Todas estas mudanças se focam numa “Grande Aceleração” no nosso impacto global durante a segunda metade do século XX e se tornaram um marcador muito visível da forma como como somos capazes de modificar o planeta em nosso próprio benefício. 
Penso que, porque tudo isso aconteceu bem depressa, a fronteira que veremos nos sedimentos ou em gelo glacial coincidindo com a metade do século XX será marcada por um grande número de assinaturas ambientais que vão parecer ter mudado em um instante – quando comparadas com a escala de tempo geológica. Alguns geólogos argumentam contra a definição do Antropoceno porque é um intervalo de tempo muito curto comparado com os milhões de anos que são típicos de outras épocas geológicas. No entanto, a duração não é necessariamente o mais importante – é o tamanho e a rapidez na mudança das assinaturas que começaram no meio do século XX que torna aceitável que nós estejamos há apenas 70 anos nisso que consideramos como o Antropoceno. Acho que podemos dizer que, não importa o que aconteça no futuro, já mudamos o planeta a ponto de que uma mudança fundamental será permanentemente expressa em rochas – e isso será visível para sempre como um sinal abrupto na geologia.  
2.OBJETIVO
Certamente estamos caminhando neste início de Antropoceno a um planeta com clima mais instável e violento, além da evidente escassez de recursos naturais. E somos nós que estamos promovendo tais mudanças, muitas das quais sequer nos demos conta.
Nosso planeta Terra tem uma história longa, de cerca de 4,5 bilhões de anos. O homem moderno só apareceu muito recentemente (200 mil anos atrás), e a civilização tal qual a conhecemos hoje existe há apenas 6 mil anos, minúsculo intervalo na vida de nosso planeta.
Foi, contudo, nesse último milênio, que o nosso planeta passou por mudanças significativas, estando hoje muito diferente do que era àquela época.
Mudanças no uso do solo em larga escala tiveram início no desenvolvimento da agricultura, inicialmente em pequena escala, mas que hoje tomaram proporções planetárias.
A partir do século XIX, o homem descobriu que queimar carvão, petróleo ou gás natural poderia produzir trabalho mecânico, e com esta descoberta na Inglaterra teve início a revolução industrial, que tantos progressos trouxe à humanidade.
Porém, com o progresso vieram também os problemas, e um deles é o uso excessivo de recursos naturais como água, minerais, combustíveis fósseis e outros, que são finitos.
Com uma crescente população de 7 bilhões de pessoas em 2016, cuja estimativa é que tenhamos cerca de 10 bilhões de pessoas em algumas décadas, é fundamental pensarmos na sustentabilidade do planeta a longo prazo.
3.DISCUSSÃO
Este debate envolve o papel da Humanidade como agente geológico, assim como as maneiras pelas quais estamos nos apropriando dos recursos planetários. Por consequência, envolve também a responsabilidade humana em todos estes processos. Esta discussão não é nova, como iremos ver ao longo deste texto. No entanto, a partir do trabalho de Paul Crutzen e Eugene Stoermer (2000), a questão sobre se estamos ou não numa nova era geológica, denominada de Antropoceno, tem sido discutida de maneira bastante intensa em vários setores da comunidade cientifica.
A noção de que a humanidade é um importante agente geológico sempre teve destaque nas discussões sobre as mudanças climáticas ou sobre o aquecimento global. O conceito de tempo geológico surge a partir de uma lenta discussão emque a noção de um “tempo longo”, ou “natural” se estabelece em relação a um “tempo curto” da narrativa mosaica.
Diversos nomes já foram propostos para o período em que a humanidade surge e se estabelece no planeta. Os nomes Holoceno e Antropoceno, foram propostos já no século XIX para estabelecer esta diferença. No entanto, a proposição do Antropoceno como o período em que a ação da humanidade se torna um agente geológico importante ganha cada vez mais novos adeptos. Ainda não seja consenso, a discussão sobre o Antropoceno é importante pois coloca novas questões na discussão sobre o papel da humanidade e sua ação no futuro próximo do Planeta. A humanidade é capaz de alterações globais que impliquem a definição de um novo período geológico? Até que ponto conseguimos alterar o meio ambiente? Quais são as mudanças mais relevantes a nível global? Nos recentes debates sobre as mudanças climáticas e sobre o aquecimento global, tem sido relevante a discussão sobre o papel desempenhado pelos sistemas produtivos humanos nas alterações do meio planetário.
Alguns pesquisadores acreditam que a mudança climática tem razões estritamente naturais, e é um processo de aquecimento gerado em uma escala de tempo. Outros, no entanto, dizem que, apesar desta escala de tempo ser importante, a ação humana – o Antropoceno – estaria acelerando este processo natural. Há também um grupo mais radical que diz que a ação humana gerou o aquecimento global e outros pesquisadores defendem que não existe aquecimento global.
Então, o debate está posicionado em quatro visões. É importante dizer que o efeito estufa é fundamental para a sobrevivência humana. Sem o efeito estufa, as temperaturas seriam muito baixas e teríamos outro planeta. O que incomoda é o aquecimento do efeito estufa: é como se estivéssemos colocando um cobertor a mais e, sentindo, portanto, o calor aumentar. É exatamente isto que está ocorrendo: essa camada de gases está impedindo que o calor volte para o espaço e, assim, ele fica retido na Terra. Em função disso, começam a surgir problemas como o degelo dos Andes, que impacta diretamente no Brasil, pois é de lá que se originam parte  das águas do rio Amazonas que se evaporam e são transportadas para o  sul e sudeste, resultando em chuvas nessas regiões do país.
Enquanto gastarmos enormes quantidades de dinheiro, de energia, de capacitação para produzirmos coisas que duram dois meses, não vamos avançar. Precisamos pensar outra forma de organização de vida. Este é um desafio para a geração do século XXI.
Os indícios são cada vez mais visíveis: mudanças climáticas ameaçam regiões costeiras e a biodiversidade em vários lugares; as emissões de dióxido de carbono já mudaram a composição da atmosfera terrestre; vestígios de plástico, alumínio, concreto e outros materiais deixam sua assinatura nas paisagens de todos os continentes. Somos testemunhas do nascer de uma nova época geológica. Ao menos essa é a ideia que muitos geólogos e pesquisadores querem propor à comunidade internacional. Um dos braços da Comissão Estratigráfica Internacional (e, portanto, da União Internacional de Ciências Geológicas), o Grupo de Trabalho sobre o Antropoceno (AWG, na sigla em Inglês), defende que a ação humana tem se tornado uma força geológica comparável aos vulcões - principalmente da década de 1950 em diante.
Para o cientista britânico Colin Waters, secretário do AWG e, “já mudamos o planeta, e estas mudanças serão permanentemente expressas nas rochas no futuro”. Em entrevista por telefone ao Observatório do Amanhã, Waters advogou que entramos no Antropoceno há 70 anos - o termo vem do grego “Anthropos” (homem) e “cenos” (novo). Ele fala como membro do grupo que diz que não estamos mais vivendo no Holoceno, atual época geológica oficial que se iniciou há pouco menos de 12 mil anos. 
4.CONCLUSÃO
A popularidade do Antropoceno veio no tempo certo porque coincide com o nosso reconhecimento da mudança climática, poluição ambiental em larga escala e perda de espécies, por exemplo. O Antropoceno consegue englobar todas estas mudanças. Estamos muito interessados na perda de espécies, na mudança da quantidade e distribuição de animais domésticos e plantas cultivadas, na evidência das mudanças climáticas, na geração de novos minerais e materiais como plástico e concreto – tudo isto é relevante para a ciência do Antropoceno. 
E o que o termo faz é sintetizar toda esta informação, vinda de diferentes campos científicos, e apresentá-la em um único conceito. Isso permite às pessoas entenderem que tudo o que fazemos tem um certo impacto sobre o planeta. Se eles são positivos ou negativos, não é exatamente o ponto mais importante da pesquisa, mas é importante que as pessoas saibam que o que fazemos tem impacto, e que as repercussões podem ser maiores do que aquilo que vemos à nossa volta. Que o uso de fertilizantes nos nossos campos possa causar o aumento de algas nos oceanos, diminuindo o oxigênio disponível a ponto de causar zonas mortas – esta é uma repercussão que não é inicialmente óbvia e só foi descoberta recentemente. Mas agora conseguimos quantificar a escala desses impactos com a ciência que está sendo feita globalmente. Acho que, no fim, talvez apenas nos últimos 20 anos tenhamos conseguido juntar informação necessária para começar a compreender o Antropoceno completamente – e produzimos novas informações que nos ajudam a refinar nosso entendimento disso num ritmo crescente. É por isso, acredito, que o termo se tornou tão popular. 
O Antropoceno tem mais a ver com o entendimento que ele dá de que, enquanto espécie, estamos deixando um legado duradouro sobre o planeta. Tem a ver com nosso impacto no consumo de combustíveis fósseis, minerais – e uma demanda cada vez maior por produtos. Muitas pessoas associam o Antropoceno a uma mudança para pior. Mas nunca vivemos tanto ou prosperamos tanto enquanto espécie. Porém, tudo isso vem atrelado a um custo -- a mudança que fazemos sobre o planeta. Então, o Antropoceno enquanto termo encapsula este impacto. Para muita gente, isso é algo importante de se entender porque, em muitos aspectos, não apenas no das mudanças climáticas, temos tido um impacto grande sobre os animais e plantas do planeta, e também mudamos dramaticamente a atmosfera e os oceanos. E estas são coisas pelas quais todo mundo está criando interesse, e este termo nos permite compreender como tudo isto está inter-relacionado.
 
5.BIBLIOGRAFIA:
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/46770-do-holoceno-ao-antropoceno-por-outra-forma-de-organizacao-de-vida-entrevista-especial-com-wagner-costa-ribeiro acesso em 01 de abril de 2021
https://museudoamanha.org.br/pt-br/entrevista-colin-waters acesso em 01 de abril 2021
https://www.ecodebate.com.br/2012/08/08/holoceno-e-antropoceno-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/ acesso em 01 de abril de 2021.
http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/uma-breve-historia-do-tempo-geologico-a-questao-do-antropoceno/ acesso em 01 de abril de 2021.