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turmafevereiro-Geografia-Terceira Revolução Industrial, Quarta Revolução Industrial e o futuro do trabalho-04-03-2021-3eeb1377da0ef8b8d063121e3f108799 (1)

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1 
Geografia 
 
Terceira Revolução Industrial, Quarta Revolução Industrial e o 
futuro do trabalho 
Objetivo 
Você aprenderá as características da Terceira e Quarta Revolução Industrial, além das atuais transformações 
no mundo do trabalho. 
Se liga 
Para esse conteúdo, é fundamental assistir às aulas anteriores de Fordismo e Toyotismo. 
Curiosidade 
Livro A Quarta Revolução Industrial, por Klaus Schwab. 
Teoria 
 
A Terceira Revolução Industrial é resultado do desenvolvimento técnico e científico ao longo da segunda 
metade do século XX. Possui direta relação com a ascensão do Toyotismo e com a consolidação do processo 
de globalização. 
 
Terceira Revolução Industrial 
A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científico-Informacional, tem 
início em meados do século XX, após a Segunda Guerra Mundial. Surge no Vale do Silício, Califórnia, Estados 
Unidos. Esse é um importante tecnopolo americano, que abriga grandes empresas do setor de informática e 
telecomunicações. Essa fase corresponde ao processo de inovações tecnológicas e informacionais na 
produção e é responsável pela integração entre a ciência, a tecnologia e a informação. Nesse aspecto, a 
pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novas tecnologias possibilita às empresas desenvolverem novos 
produtos, obtendo maior lucratividade. Essas empresas reinvestem parte dos lucros em P&D, gerando um 
ciclo que os países não desenvolvidos e outras empresas não conseguem superar com facilidade. Na 
atualidade, possuir indústria não é mais sinônimo de riqueza, e sim capacidade de desenvolver tecnologia. 
É importante destacar que essa fase está vinculada à evolução do modelo produtivo para uma lógica mais 
flexível. Na aula passada, estudamos a crise do Fordismo e a ascensão do Toyotismo. Esse conteúdo deve 
ser pensado de forma conjunta com o desenvolvimento da terceira fase da Revolução Industrial. Além disso, 
a revolução nos transportes e comunicações, possibilitada pelas novas tecnologias desenvolvidas nesse 
contexto, expandiu o fluxo de pessoas, capitais e informações, inaugurando um processo denominado 
globalização. Esse conteúdo ainda será aprofundado nas próximas aulas. Porém, a evolução industrial não 
parou por aí. 
 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
Quarta Revolução Industrial 
A Quarta Revolução Industrial tem início nos anos 2010, caracterizada principalmente pelo uso da Internet 
das Coisas (IOT), impressão 3D e inteligência artificial. É importante destacar que ainda não é consenso entre 
os estudiosos a existência dessa quarta fase. No Fórum Econômico Mundial, realizado em 2016, na cidade 
de Davos, Suíça, a Quarta Revolução Industrial foi muito debatida, especialmente o fato de que, após a crise 
de 2008, muitos países adotaram políticas protecionistas bem fortes, o que dificulta a expansão dessa fase. 
Ela também é conhecida como Indústria 4.0. Outras características que podem ser destacadas são: 
● Rastreabilidade dos produtos, o que permite que o consumidor tenha informações sobre o ciclo de vida 
do produto; 
● Visão artificial, utilizada no controle de qualidade da produção ou na assistência para a fabricação; 
● Cloud computing, conhecido como armazenamento em nuvem (exemplo: Google Drive), que permite o 
armazenamento de informações; 
● Cyber security, medidas de segurança usadas para proteger a infraestrutura cibernética de ameaças, 
como os hackers; 
● Realidade aumentada, possibilita o fornecimento de informações adaptadas ao contexto, mescladas ao 
campo de visão; 
● Manufatura aditiva, recria cópias tridimensionais de peças e protótipos; 
● Robô colaborativo, utilizado na produção no mesmo espaço que os operadores. 
Acredita-se que essas e outras inovações trarão ganhos de produtividade, manufatura enxuta e 
personalização da produção em escala sem precedentes, além da redução de custos e maior economia de 
energia. É importante destacar que essa revolução é marcada pela evolução dos sistemas digitais e 
tecnologias da revolução anterior, e ocasionará mudanças tão profundas, sendo a mais perceptível a 
automatização total das fábricas, que é considerada uma nova revolução industrial. 
Parece existir um consenso de que as repercussões dessa revolução impactarão as mais diversas esferas. 
Ela chegará até os lugares mais distantes do planeta, afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho, a 
segurança geopolítica, além de carregar consigo novas questões e debates éticos. 
Síntese das quatro fases da Revolução Industrial e suas respectivas características: 
 
 Adaptado de: https://engeteles.com.br/industria-4-0/. 
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
Futuro do trabalho 
Com a modernização da produção e uma exigência cada vez maior da qualificação da mão de obra, é possível 
observar diferentes mudanças na questão do trabalho. Imagine uma fábrica que funciona de forma totalmente 
automática, os trabalhadores manuais substituídos pela robótica inteligente, e poucos trabalhadores muito 
bem qualificados por trás disso tudo. Claro que, do ponto de vista econômico, um robô pode ser mais rentável 
que um trabalhador humano, mas a crise do desemprego pode ter graves consequências. Essa revolução 
industrial promete mudanças significativas nas relações de trabalho, gerando desemprego e novas formas 
de contratação. 
 
Tipos de desemprego: 
● Desemprego conjuntural: aquele que ocorre devido às crises econômicas e são recuperados com o 
crescimento econômico, ou seja, de acordo com a conjuntura. 
● Desemprego estrutural: aquele gerado pela introdução de novas tecnologias, lógicas e processos 
produtivos. Ele passa a fazer parte da estrutura organizacional da sociedade produtiva e é mais difícil de 
ser superado. 
 
Novas formas de contratação 
Em meio a essas mudanças, surgem diversas formas de contratação; entre elas, podemos citar: 
 
● Terceirização trabalhista: terceirizar é passar a terceiros uma parte do trabalho necessário a um 
empreendimento. Por exemplo, numa escola, é comum que os trabalhadores da segurança e da limpeza 
sejam parte de uma empresa de fora, que presta esse serviço de maneira terceirizada à escola. Dessa 
forma, empresas se organizam para captar essa mão de obra, no geral não qualificada, e distribuir os 
terceirizados nos diversos setores que demandam por isso. Além disso, são empresas que tomam conta 
de um setor essencial, mas que encara muita precariedade no Brasil. Assim, com a alta procura, baixa 
qualificação e remuneração, a rotatividade tende a ser maior nessas empresas, e as condições de 
trabalho, instáveis. 
 
● Trabalhador 0h (zero hora): o trabalho 0h é uma forma de contratação que distribui tarefas de acordo 
com a demanda. Em algumas semanas, o trabalhador receberá da empresa uma quantidade de tarefas 
e ganhará o equivalente às horas trabalhadas. Em outras semanas, não haverá demanda nem salário. 
 
● Home office: trabalhadores são contratados, mas trabalham de suas casas, o que economiza para o 
dono da empresa todo um gasto de infraestrutura, e pode dar maior autonomia ao trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
● Subcontratações ou “trabalhador parceiro”: são empregos por aplicativo que difundem, por meio de um 
discurso eufêmico de empreendedorismo e autonomia, o cenário do desemprego e da precarização 
trabalhistas, com baixíssimos ganhos e ausência de direitos trabalhistas e sociais. É a chamada 
“uberização” das relações de trabalho. Sabemos que o Uber tem sido uma empresa que dá autonomia 
para o trabalhador escolher sua carga horária e sua jornada de trabalho, sendo ele responsável também 
pela obtenção e manutenção do seu instrumento de trabalho, o carro. Além disso, esse fato cria um 
distanciamento entre empresa e trabalhador, de modo que questões como segurança do trabalho se 
tornam precárias. Também não há direitos trabalhistas básicos, como férias e contribuição 
previdenciária. Com o crescente número de desalentados –pessoas que desistem de procurar emprego 
– no Brasil, devido à recessão econômica, ou estagnação do crescimento, que enfrentamos desde 2013, 
muitas pessoas precisam recorrer a esses empregos para obter renda. O que foi criado para fazer parte 
de uma renda extra, uma complementação, acaba se tornando o trabalho oficial. Além disso, estamos 
falando de um serviço que surge suprindo partes vitais do funcionamento urbano, como a questão da 
mobilidade e transporte. 
 
 
Fonte : https://www.cartacapital.com.br/economia/proletariado-digital-apps-promovem-trabalhos-precarios-a-brasileiros/ 
 
 
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
Exercícios de fixação 
 
1. São conceitos, práticas e lógicas produtivas associadas à Terceira Revolução Industrial. 
a) Fordismo –Just in time – Pesquisa e desenvolvimento. 
b) Toyotismo – Just in case – Produção em massa. 
c) Toyotismo – Just in time – Pesquisa e desenvolvimento. 
 
 
2. A Quarta Revolução Industrial ainda não se confirmou como conceito. Explique o motivo disso: 
 
 
3. Quais inovações associadas à Quarta Revolução Industrial poderiam ajudar no combate ao 
desmatamento? 
 
 
4. Qual o principal impacto da Quarta Revolução Industrial no mundo do trabalho? 
a) Automação total das fábricas resultando no desemprego estrutural. 
b) Automação parcial das fábricas resultando no desemprego conjuntural. 
c) Automação total das fábricas resultando na criação de novos empregos. 
 
 
5. É respectivamente uma vantagem e desvantagem da terceirização do trabalho: 
a) Maior foco na atividade-fim da empresa e precarização do trabalho. 
b) Menor foco na atividade-fim da empresa e flexibilização do trabalho 
c) Menor autonomia com contratações e ampliação do teletrabalho. 
 
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
Exercícios de vestibulares 
 
 
1. A Terceira Revolução Industrial promoveu o aumento da produtividade e a aceleração dos fluxos de 
mercadorias, capitais, informações e pessoas. Também conhecida como Revolução Técnico-Científica 
ou Revolução Informacional, caracterizou-se: 
a) Pelo protecionismo alfandegário, pelo aumento da capacidade de transformação da natureza e 
pelo desenvolvimento dos motores à combustão. 
b) Por centros industriais de alta tecnologia, pela internacionalização da economia e pela ampliação 
do setor financeiro. 
c) Pelo desenvolvimento em torno das bacias carboníferas, por monopólios em muitos setores da 
economia e por centro de decisões em nível supranacional. 
d) Por relações não comerciais de produção, pela intervenção estatal nas relações comerciais e pela 
expansão dos mercados consumidores. 
e) Pela expansão das rotas marítimas de comércio, pelo uso intensivo do petróleo como fonte de 
energia e pela produção em massa padronizada. 
 
 
2. Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial (FEM), escreveu, em artigo publicado na 
“Foreign Affairs”, que: 
A 1a revolução industrial usou água e vapor para mecanizar a produção entre o meio do século XVIII e 
o meio do século XIX. 
A 2a revolução industrial usou a eletricidade para criar produção em massa a partir do meio do século 
XIX. 
A 3a revolução industrial usou os eletrônicos e a tecnologia da informação para automatizar a produção 
na segunda metade do século XX. 
Agora, no século XXI, a 4a revolução industrial é caracterizada pela fusão de tecnologias entre as 
esferas física, digital e biológica. 
Disponível em: https://tinyurl.com/y72sm8v5> Acesso em: 17.09.2018. Adaptado. 
 
De acordo com a tendência expressa no texto, a última revolução industrial citada pelo autor 
caracteriza-se por 
a) redes aéreas de comunicação e pela intensificação do uso do fordismo. 
b) viagens interespaciais e pelo grande emprego de carvão mineral. 
c) cabeamento telegráfico submarino e pela adoção do taylorismo. 
d) computadores a válvula e pela utilização de linhas de produção. 
e) internet móvel e pela inteligência artificial. 
 
 
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
3. O mundo vem assistindo a uma revolução no setor produtivo que tem sido chamada de Terceira 
Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científica (Revolução Tecnológica). A plena inserção 
brasileira nesse contexto enfrenta um sério obstáculo, que é 
a) a grande extensão do território nacional, encarecendo a produção tecnológica. 
b) o distanciamento geográfico do Brasil em relação aos principais centros tecnológicos. 
c) a incompetência tecnológica nacional no setor agrário-exportador. 
d) o exagerado crescimento brasileiro no setor da indústria de consumo. 
e) a limitada capacitação técnico-científica da produção nacional. 
 
 
4. (Enem 2019) No sistema capitalista, as muitas manifestações de crise criam condições que forçam a 
algum tipo de racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm o efeito de expandir a capacidade 
produtiva e de renovar as condições de acumulação. Podemos conceber cada crise como uma 
mudança do processo de acumulação para um nível novo e superior. 
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005 (adaptado). 
 
A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo processo produtivo descrito no texto é a 
a) associação sindical. 
b) participação eleitoral. 
c) migração internacional. 
d) qualificação profissional. 
e) regulamentação funcional. 
 
 
5. “A Nissan inventa o automóvel à la carte” 
“O sistema Answer, [...] é um sistema de informática de ponta que coordena a produção e a venda [...] 
isso significa que a fábrica produz carros ‘já comprados’, e que a fabricação se aproxima de uma 
produção segundo a demanda”. 
La Courrier Internacional apud Becouche, 1995. 
 
O texto sugere que 
a) O modelo fordista trabalha sem estoques e com defeito zero. 
b) O nosso modelo industrial está centrado nas indústrias petroquímicas e automobilísticas. 
c) Entramos na terceira revolução industrial, centrada na produção flexível, modelo Just in time, 
viabilizado pela ciência, a tecnologia e a informação. 
d) A produção de carros nos países desenvolvidos se faz por encomendas. 
e) A indústria automobilística japonesa baseada no just in time conquistou os mercados mundiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
 
6. (Unesp 2019) A vigilância alienada é praticada pelas companhias de tecnologias dos Estados Unidos 
(Microsoft, Google, Facebook, Amazon, Apple, entre outras), sem que a maioria de seus usuários saiba 
ou tenha conhecimento. Para essas companhias, o fato de o usuário ou cliente assinar o termo de 
aceitação de uso de um software tem sido considerado suficiente, como permissão consentida, para 
que essas companhias possam utilizar informações sem autorização explicita ou formal. 
(Hindenburgo Pires. "Indústrias globais de vigilância em massa”. In: Floriano J. G. Oliveira et ai (orgs.). Geografia urbana, 
2014. Adaptado.) 
 
As informações geradas pelos consumidores, quando espacializadas, permitem estabelecer padrões 
que interessam, particularmente, às grandes empresas. A “vigilância alienada" abordada pelo excerto, 
bem como o emprego do geomarketing, contribui para 
a) alimentar bancos de dados que colaboram com a reprodução do capital. 
b) orientar políticas públicas para diminuir a concentração desigual de renda. 
c) coibir práticas abusivas na veiculação de propagandas enganosas. 
d) fiscalizar as formas de uso de produtos que possam invalidar garantias. 
e) estabelecer áreas prioritárias para a distribuição de bens de caráter humanitário. 
 
 
7. A Terceira Revolução Industrial, que se iniciou desde a década de 1970, vem impulsionando alterações 
no que se refere à espacialização de áreas fabris. No atual ciclo de inovações, configuram-se novas 
regiões industriais que primam pela localização nas proximidades de 
a) grandes aglomerações de força de trabalho. 
b) áreas com recursos naturais abundantes. 
c) amplos mercados consumidores. 
d) universidades e institutos de pesquisa. 
e) rodovias e estradas federais. 
 
 
8. (Enem 2020 Digital) Ao mesmo tempoque as novas tecnologias inseridas no universo do trabalho estão 
provocando profundas transformações nos modos de produção, tornam cada vez mais plausível a 
possibilidade de liberação do homem do trabalho mecânico e repetitivo. 
JORGE, M. T. S. Será o ensino escolar supérfluo no mundo das novas tecnologias? Educação e Sociedade, v. 19, n. 65, dez. 
1998 (adaptado). 
 
O paradoxo da relação entre as novas tecnologias e o mundo do trabalho, demonstrado no texto, pode 
ser exemplificado pelo(a) 
a) utilização das redes sociais como ferramenta de recrutamento e seleção. 
b) transferência de fábricas para locais onde estas desfrutem de benefícios fiscais. 
c) necessidade de trabalhadores flexíveis para se adequarem ao mercado de trabalho. 
d) fenômeno do desemprego que aflige milhões de pessoas no mundo contemporâneo. 
e) conflito entre trabalhadores e empresários por conta da exigência de qualificação profissional. 
 
 
 
 
9 
Geografia 
 
 
9. Nas últimas décadas do século XX, a intensificação do uso de alta tecnologia induziu uma nova lógica 
de localização industrial. Os atuais espaços industriais caracterizam-se pela capacidade 
organizacional e tecnológica de distribuir o processo produtivo em diferentes localidades. A 
espacialização do processo produtivo revela que 
a) os atuais espaços industriais, espalhados pelo globo, utilizam muita força de trabalho qualificada 
e poucos trabalhadores semiqualificados. 
b) as novas indústrias foram instaladas considerando-se a abundância de mão de obra e a 
proximidade do mercado consumidor. 
c) as empresas instalaram unidades produtivas em alguns países de industrialização tardia, 
incentivadas pela política de substituição de importações. 
d) a criação de espaços industriais, nos países do Terceiro Mundo, foi promovida pelas políticas 
estatais de incentivo ao consumo dos países centrais. 
e) os novos espaços industriais organizam-se em torno de fluxos de informação que reúnem e 
distribuem, ao mesmo tempo, as fases da produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Geografia 
 
10. 
 
 
A Terceira Revolução Industrial foi responsável por uma nova configuração espacial do mundo, a qual 
o geógrafo Milton Santos denominou de meio técnico-científico-informacional. Os objetos técnicos 
passam a ser, ao mesmo tempo, técnicos e informacionais, reorganizando o espaço com 
a) uma intencionalidade que extrapola os limites nacionais, permitindo uma organização do espaço 
geográfico através de redes que ampliam os fluxos possíveis. 
b) uma ampliação das desigualdades em escala global, reduzindo a importância das infraestruturas 
e dos bens de produção. 
c) uma maior propagação da informação e menor difusão das técnicas em escala global, fazendo 
com que as especializações produtivas sejam solidárias em nível mundial. 
d) uma coexistência de pontos contínuos e contíguos que garantem certa homogeneidade na forma 
que os lugares se inserem na estrutura produtiva. 
e) um conteúdo técnico e científico, substituindo um meio técnico por um meio cada vez menos 
artificializado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://dex.descomplica.com.br/enem/geografia/exercicios-terceira-revolucao-industrial
 
 
 
 
11 
Geografia 
 
Gabaritos 
 
Exercícios de fixação 
 
1. C 
A Terceira Revolução Industrial é caracterizada pela adoção de práticas mais flexíveis de produção, como 
o Toyotismo. Dentro desse modelo produtivo predomina a prática do just in time, isto é, produção sob 
demanda. O ciclo de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias possibilita a constante inovação 
dos produtos, adicionando mais e mais informação, e aumentando a margem de lucro. 
 
2. 
As inovações propostas pela Quarta Revolução Industrial proporcionam uma mudança significativa na 
forma de produzir, o que justificaria esse conceito. Porém, a adoção de práticas protecionistas, limitando 
o comércio global, dificulta a expansão e consolidação dessa quarta fase. 
 
3. 
A rastreabilidade dos produtos é uma das principais inovações que poderiam ajudar a combater o 
desmatamento. A utilização de blockchain, recurso técnico que funciona como protocolo de confiança, 
possibilitaria identificar a origem de um produto. Assim, seria possível para comerciantes, empresas e 
consumidores identificar se aquela madeira é legal ou não. A rastreabilidade facilitaria a fiscalização da 
madeira extraída ilegalmente das florestas tropicais, o que tornaria mais fácil o combate a esse crime. 
 
4. A 
O principal impacto é que essa revolução pode levar ao processo de automatização completa das 
fábricas, transformando significativamente o mercado de trabalho e resultando no desemprego 
estrutural. Diferente do desemprego conjuntural, não é possível recuperar as vagas eliminadas pela 
automação. 
 
5. A 
A terceirização, quando adotada por uma empresa, possibilita que ela foque sua atenção no coração de 
sua atividade (atividade-fim), uma vez que não precisa se preocupar com a contratação de funcionários 
para outros setores. Em grandes empresas, isso pode ocupar todo um departamento, diminuindo a 
produtividade e aumentando os custos, enquanto para o trabalhador, a terceirização sem a correta 
regularização de suas ações leva à precarização do trabalho. 
 
 
Exercícios de vestibulares 
 
1. B 
Entre as características mais importantes da Terceira Revolução Industrial, a formação de tecnopolos, a 
ampliação das relações e trocas econômicas e a evolução para o capitalismo financeiro destacam-se 
como pontos fundamentais de sustentação. 
 
2. E 
Tema de debates no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, nos últimos anos, a 4ª Revolução 
Industrial já avança nos países desenvolvidos centrais, como Estados Unidos, Japão e Alemanha, bem 
como na principal potência emergente, a China. É caracterizada por avanços na fronteira da ciência, com 
 
 
 
 
12 
Geografia 
 
destaque para as inovações tecnológicas nas áreas de nanotecnologia e biotecnologia. As aplicações 
são múltiplas: informática, telecomunicações, química, física, medicina e engenharia. 
 
3. E 
A inserção do Brasil, assim como de muitos países emergentes e subdesenvolvidos, na Terceira 
Revolução Industrial ocorre de maneira parcial, pois não são centros de produção de alta tecnologia como 
os países centrais, que historicamente possuem capacitação técnico-científica (qualificação profissional 
e importantes centros de pesquisas). 
 
4. D 
A expansão da capacidade produtiva e a renovação das condições de acumulação, citadas no texto, 
sugerem maior tecnificação da produção, o que demanda, por sua vez, maior qualificação para que haja 
a inserção do profissional no mercado de trabalho. 
 
5. C 
O trecho citado na questão aponta para uma produção de acordo com a demanda, ou seja, a procura 
define a oferta, o que é chamado de just in time, uma das características do modelo produtivo industrial 
toyotista, que surge em um contexto de Terceira Revolução Industrial. A alternativa E está incorreta, pois 
tal lógica não se limita ao setor automobilístico e muito menos a uma única empresa. Diversos outros 
setores e empresas incorporam tal lógica produtiva, ao mesmo tempo que o texto não afirma que o 
mercado mundial foi dominado por uma empresa japonesa. 
 
6. A 
As informações geradas permitem que a engenharia social trace o perfil dos usuários que, ao serem 
repassados para as grandes empresas, formam o perfil dos consumidores. Essa característica da 
produção atualmente pode ser associada à Quarta Revolução Industrial. 
 
7. D 
Com a Terceira Revolução Industrial e o avanço dos transportes e comunicações, as indústrias migraram 
de áreas próximas aos mercados consumidores e fontes de energia para áreas com boa infraestrutura e 
próximas a universidadese centros de pesquisa (tecnopolos). É importante destacar que, no atual 
contexto de inovação, as indústrias de ponta vão se localizar próximas às universidades e aos institutos 
de pesquisa. Todavia, outros tipos de indústria, não intensivos em tecnologia, tendem a buscar condições 
mais favoráveis, como mão de obra mais barata e flexibilização das leis ambientais. No contexto 
explicado acima, essas indústrias da terceira fase buscam localizar-se próximo às universidades e 
institutos de pesquisa. 
 
8. D 
A inserção de novas tecnologias na esfera da produção tem provocado significativas mudanças no 
mundo do trabalho. À medida que a mão de obra destinada a tarefas mecânicas e repetitivas é liberada 
pela automação das fábricas, estas passam a exigir maior qualificação. Quando a oferta de qualificação 
da mão de obra de um país não é ampla, se observa o crescimento do desemprego. 
 
9. E 
A localização das indústrias antes da Terceira Revolução Industrial priorizava a proximidade das fontes 
de energia e mercados consumidores. Após a revolução, a informação e a necessidade de uma 
infraestrutura de comunicações passam a ocupar um papel importante. 
 
 
 
 
 
13 
Geografia 
 
10. A 
Com os avanços científicos, os objetos técnicos passaram a reorganizar o espaço em um ritmo acelerado, 
extrapolando o nacional até alcançar o global. Isso foi possível a partir de um complexo conjunto de redes 
(transportes e comunicações) que possibilitaram os fluxos (informações) em uma escala nunca vista. A 
produção também passou a ser reorganizada nesse sentido, com a desterritorialização produtiva.