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Por @hasenvet 
Referência: BERCHIERI JÚNIOR A.; MACARI, M. Doença das aves. 2°ed. 
 
É uma doença viral aguda causada por 
Corononavirus sp., acometendo o trato 
respiratório e urogenital de galinhas e frangos de 
corte, poedeiras e matrizes. Ainda, a doença pode 
acometer órgãos entéricos, além de facilitar as 
infecções bacterianas secundárias. Os sinais e 
lesões variam de acordo com as condições 
ambientais e o tipo envolvido, entretanto, 
geralmente caracteriza-se por estertores 
traqueais, tosse, espirro e queda na produção de 
ovos (ovos deformados, com casca fina e porosa). 
 
 O vírus da bronquite infecciosa é 
envelopado, com RNA fita simples, que codifica as 
proteínas estruturais (glicoproteína de superfície, 
glicoproteína de membrana, glicoproteína de 
envelope e nucleoproteína de capsídeo). A 
glicoproteína S (superfície) é a de maior 
importância no sentido imunológico, já que ela 
que permite que o organismo induza a resposta 
imune, além de ser a capaz de gerar novas cepas 
do vírus. 
 A transmissão é por via horizontal, 
disseminando rapidamente por contato direto ou 
indireto. O local primário de replicação viral é no 
trato respiratório superior, independente da cepa 
ou características patogênica do vírus. É comum 
encontramos estase dos cílios traqueais, necrose 
de células epiteliais e alterações inflamatórias 
proeminentes na mucosa e submucosa do trato 
respiratório, o que gera os sinais de tosse, 
dificuldade respiratória e descarga nasal. É 
importante lembrar que as aves jovens são as que 
mais sofrem com os sinais clínicos. 
 
Quanto mais patogênica (a cepa), mais 
sistemas o vírus afeta. Quando atinge o sistema 
reprodutor, podemos encontrar degeneração 
ovariana e aumento do tamanho do oviduto em 
fêmea se infertilidade em machos. Cepas 
enterotrópicas podem causas diarreia. A 
mortalidade é alta, podendo chegar a 100%. 
 
 
A sorologia é um dos principais métodos de 
diagnóstico desta doença. Ela deve ser feita num 
intervalo de 2 a 3 semanas após a primeira coleta 
(no momento da manifestação clínica). A 
confirmação é feita por meio do isolamento viral e 
PCR, em que se usa amostras de traqueia, 
pulmões, rins e tonsilas cecais. O ELISA é utilizado 
para monitoramento sorológico da resposta 
vacinal, além de funcionar no monitoramento de 
campo. 
Atualmente, o controle é obtido por 
vacinação das aves (vacinas vivas, atenuadas ou 
inativadas). Apesar do uso rotineiro e difundido, a 
doença gera grandes perdas econômicas em todo 
o mundo. É importante aplicar medidas de 
biosseguridade e rigoroso controle sanitário dos 
plantéis. 
1) Vacinas atenuadas: melhor imunidade local no 
trato respiratório – uso em aves jovens; 
2) Vacinas inativas: em poedeiras e matriz após a 
vacinação primária com vacina viva. 
 
BRONQUITE INFECCIOSA DE AVES