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SISTEMA DE ENSINO
CÓDIGO DE 
ORGANIZAÇÃO E 
DIVISÃO JUDICIÁRIAS 
DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO (CODJERJ)
CODJERJ – Parte I
Livro Eletrônico
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Aloizio Medeiros
CODJERJ - Parte I
CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO (CODJERJ)
Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Rio de Janeiro..........................3
Apresentação .................................................................................................................3
1. Noções Preliminares ...................................................................................................5
2. O Poder Judiciário ....................................................................................................... 7
3. A Finalidade da LODJERJ ............................................................................................. 7
4. Os Magistrados .........................................................................................................17
5. Divisão Judiciária ..................................................................................................... 28
Resumo ........................................................................................................................37
Questões de Concurso ..................................................................................................39
Gabarito ...................................................................................................................... 58
Questões Comentadas ..................................................................................................59
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Aloizio Medeiros
CODJERJ - Parte I
CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO (CODJERJ)
CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIA DO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ApresentAção
Meu nome é Aloizio Medeiros, sou Comissário de Justiça do TJ-RJ desde 2000, atuando 
na cidade de Volta Redonda, Rio de Janeiro, Bacharel em Direito pela UERJ, especialista em 
Direito Público e Direito Processual e do Trabalho. Autor de livros publicados pela Editora LTr, 
Editora Ferreira, Editora Freitas Bastos, e Degrau cultural. Esses livros são todos voltados para 
concursos públicos, nas áreas de Direito Constitucional, Administrativo, Direito do Trabalho e 
ECA, respectivamente. Colunista e professor da Folha dirigida e Degrau Cultural.
Sou professor de Direito Constitucional e Introdução ao Direito da Faculdade de Miguel 
Pereira, aprovado nos concursos de agente da Polícia Federal, advogado do BNDES, execução 
de mandados do TRF 01, TRT 01 e inspetor da guarda judiciária TJ-RJ, técnico judiciário do 
TJ-RJ. Professor de diversas Legislações para os cursos de Carreiras Jurídicas.
Ex-cadete da Academia Militar das Agulhas Negras, ex-Aspirante da Escola Naval, apro-
vado ainda na Escola de Formação de oficiais da Marinha Mercante, Escola de Formação de 
Oficiais da PMERJ e do CBMERJ.
É muito gratificante, após trilhar uma longa jornada de concurseiro, em concursos milita-
res e civis, poder contribuir na sua aprovação, conhecendo a sua dificuldade, que me lê nesse 
momento!
A respeito do Gran Cursos, basta afirmar que meu sonho, como professor, é fazer parte 
desse time de vitoriosos. Trata-se de um curso preparatório com índices altíssimos de apro-
vação em todos os concursos.
Como será o curso?
Qual a vantagem de se estudar por PDF-Legislação? Não seria muito mais vantajoso es-
tudar diretamente a letra de lei, sem perder tempo com PDF’s?
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CODJERJ - Parte I
CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO (CODJERJ)
Vamos reconhecer que estudar certas normas como lei orgânica, regimento interno, es-
tatutos específicos, pode ser insuportável, como memorizar duzentos, trezentos artigos, com 
milhares de informações. Será que temos que saber absolutamente tudo?
Essa é a nossa missão. A leitura feita pelo leigo diretamente na lei torna-se cansativa, im-
produtiva, consumindo um tempo que você não tem e, ainda, sem garantir necessariamente 
um bom resultado.
O curso vai lhe proporcionar a possibilidade de enxergar a norma com outros olhos, algo 
muito mais prazeroso do que ler diretamente na lei. Utilizando mnemônicos, efeitos gráficos 
e cores, resumos. Assim, a letra da lei se transforma em algo mais fácil de ser entendido, in-
terpretado e memorizado.
Não podemos nos furtar de fazer exercícios recentes das mais diversas bancas, comen-
tando o gabarito. É verdade, meu(minha) amigo(a), não se aprende nada sem repetir, ler muito, 
fazer resumos, mapas mentais e resolver MUUUIIIITOS EXERCÍCIOS!!!
Na sequência, estudando com um professor experiente, vai trazer algo que nenhuma lei-
tura sozinha consegue passar: os pontos mais cobrados e as ‘cascas de bananas’ da lei, as 
famosas “pegadinhas”.
Nosso curso será repleto de questões inéditas e de questões existentes dos concursos 
mais recentes das mais conhecidas bancas, sem prejuízo das bancas novas que estão sur-
gindo no cenário dos concursos.
Nesta aula demonstrativa, já apresentamos conteúdo robusto ao longo das próximas pá-
ginas, incluindo questões comentadas de concursos anteriores e inéditas que preparamos 
com carinho.
Dito isto, já podemos partir para nossa aula.
Um grande abraço,
Professor Aloizio Medeiros.
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DO RIO DE JANEIRO (CODJERJ)
1. noções preliminAres
Com grande satisfação iniciamos o estudo da legislação do Estado do Rio de Janeiro, 
focados, neste primeiro momento, nas considerações iniciais do Código de Organização e 
Divisão Judiciária do nosso Estado.
Professor, a primeira colocação importante seria no que consiste o Código de Organiza-
ção e Divisão do Estado?
Podemos observar que a própria Constituição da República, nos informa que a lei de orga-
nização e divisão judiciária será de iniciativa do Tribunal de Justiça. Com efeito, prestigiando 
o princípio da separação entre os Poderes, não seria constitucional a lei de organização judi-
ciária de iniciativa do Executivo ou de algum membro da Assembleia Legislativa.
Isso não significa ser vedado ao parlamento decidir a oportunidade e conveniência do 
conteúdo legislativo, assim como o Chefe do Executivo exercer seu direito constitucional ao 
veto ou sanção.
Alguns conceitos necessários para que possamos adentrar a um estudo mais aprofunda-
do no citado diploma legal.
O conceito de jurisdição, que consiste basicamente na aplicação do direito ao caso con-
creto. A objetividade que é tão cara aos professores do direito, particularmente professor de 
curso preparatório, não pode se dar o direito de não ir direto ao ponto.
Nos deparamos com o conceito de competência, que pode ser definida rapidamente como 
o limite da jurisdição, ou seja, uma“divisão de trabalhos” entre os mais diversos órgãos do 
Poder Judiciário.
Com efeito, comentamos que o direito possui um universo amplo, no qual seria humana-
mente impossível um único juiz apreciar todo e qualquer conflito de interesses, face à gigan-
tesca gama de ciências envolvidas no mundo do direito.
É impossível um julgador, ou mesmo, qualquer ser humano, possuir um bom conhecimen-
to nas mais diversas áreas do direito.
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Ilustramos com o direito penal, trabalhista, militar, entre outros.
Procedemos ainda a distinção entre instância e entrância, sendo basicamente a primeira 
relacionada a grau de jurisdição ou momento em que a demanda é apreciada, enquanto o se-
gundo está relacionada é hierarquia da comarca, sendo classificada em primeira, segunda e 
especial, conforme veremos adiante.
Passamos em seguida ao estudo dos primeiros artigos, que agora passamos a transcre-
ver, ao menos os mais importantes.
Antes de adentrarmos a legislação, vale chamar atenção de que seu estudo deve ser feito 
sobre um material atualizado.
O Código de Divisão e Organização Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, após “hibernar” 
por décadas sofreu uma grande reformulação. Com efeito, a Resolução 01, de 21 de março de 
1975, vigeu plenamente até o ano de 2015, quando entrou em vigor a lei 6956 em 13 de janeiro 
de 2015, que será objeto de nosso estudo, mas vale destacar que o “antigo” CODJERJ não foi 
totalmente sepultado, observe o que diz a lei a seguir, em seu artigo 68:
Continuam em vigor a Resolução n. 05, de 24 de março de 1977, e o Título III do Livro II da Reso-
lução n. 01, de 21 de março de 1975, com as alterações posteriores, no que não conflitarem com a 
presente Lei ou até que sejam alterados por normas supervenientes.
Dessa forma, elas irão conviver em harmonia sempre que não conflitarem, quando ocorrer 
eventual conflito prevalecerá a lei posterior, portanto de 2015.
Vale ressaltar que a lei de 2015 informa tratar do seguinte tema:
DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ 
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
É conhecida atualmente como Lei de Organização e Divisão Judiciária (LODJERJ).
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2. o poder Judiciário
Não podemos, naturalmente, fazer um estudo de uma lei que trata dos órgãos do Poder 
Judiciário, sem antes fazermos uma breve exposição do que é o Poder Judiciário.
Um dos Poderes da República que possui como atividade típica a jurisdicional, inerente à 
sua natureza. Exerce ainda funções atípicas de natureza executivo-administrativa (conces-
são de férias a juízes e servidores, realização de concurso público para prover seus quadros, 
concessão de licença etc.), assim como exercer sua função atípica de natureza legislativa 
(elaboração do regimento interno).
Basicamente, a jurisdição consiste na prerrogativa concedida aos juízes para julgar con-
flitos de forma imparcial e técnica, a pacificação do conflito é feita mediante a atuação da 
vontade do direito objetivo, que rege como o caso deve ser solucionado.
O conflito deve ser instaurado mediante a provocação dos envolvidos e o Estado exerce 
essa função através do processo. Essa provocação garantirá a imparcialidade, pois caso o 
juiz iniciasse o processo de ofício, colocaria em dúvida esse predicado essencial da magis-
tratura.
Os advogados, o Ministério Público, a defensoria pública, são as funções essenciais à 
Justiça que irão “gravitar” em torno do Judiciário fazendo pedidos que serão solucionados 
pela Justiça.
3. A FinAlidAde dA lodJerJ
A finalidade da lei de organização judiciária costuma estar hospedada no artigo primeiro 
do diploma, que dispõe que o Poder Judiciário possui autonomia para encaminhar o Legisla-
tivo o projeto de lei de organização dos seus órgãos, isso é inerente à separação dos Poderes, 
ninguém melhor do que o próprio poder discutir entre seus membros quais serão as seções, 
órgãos colegiados e singulares para exercer a jurisdição, cada Estado terá seu próprio código, 
legislando nos limites que a Constituição Federal autorizou.
Professor, qual a finalidade de organizar os órgãos do Judiciário?
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Justamente para limitar à jurisdição que surge a competência, imagina a dificuldade do 
advogado que deseja ajuizar uma ação de responsabilidade civil na Capital, caso a lei em foco 
não apontasse a solução, ele não teria como distribuir o processo caso não houvesse revisão 
expressa solucionando o problema, apontando qual a vara competente.
Competência é a delimitação da jurisdição. Embora todo Juiz possa exercer a jurisdição 
(aplicar a lei), por critérios organizacionais, costuma-se dividir esta tarefa entre diversos ór-
gãos, através de critérios objetivos (os mais comuns são os critérios territoriais e em relação 
à matéria - assunto), de maneira que cada órgão exerça a jurisdição apenas em determinados 
casos.
Vale lembrar que temos a Justiça comum e a Justiça especializada, sendo a última a Jus-
tiça do Trabalho, Militar ou eleitoral. A justiça comum pode ser federal ou estadual, observe 
que são muitos órgãos com competências distintas, surgindo a evidente necessidade de se-
rem criadas leis que disponham sobre competência.
No Estado do Rio de Janeiro temos a Lei n. 6956 de 13 de janeiro de 2015 - dispõe sobre a 
Organização e Divisão Judiciárias do estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.
Reza o artigo 1 do LODERJ:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a organização e divisão judiciárias do Estado do Rio de Janeiro, bem 
como sobre as normas gerais de administração e funcionamento do Poder Judiciário e seus ser-
viços auxiliares. Parágrafo único – Fica vedada a extinção ou desinstalação quando se tratar de 
vara única.
Observe que se inicia o citado diploma nos ensinando que o seu objetivo é justamente re-
gular a administração e o funcionamento dos órgãos da Justiça e os seus serviços auxiliares.
Vale destacar que o artigo 92, da Constituição da República, é fundamental para compre-
endermos a estrutura do Poder Judiciário. Transcrevemos pela importância do mesmo:
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I – A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)
II – o Superior Tribunal de Justiça;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
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DO RIO DE JANEIRO (CODJERJ)
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm 
sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território na-
cional. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)
Observe que o órgão máximo do nosso Poder Judiciário Nacional é o Supremo Tribunal 
Federal, que é conhecido como o guardião de nossa Constituição da República.
O inciso II trata do Conselho Nacional de Justiça, fruto de lavra do constituinte derivado, 
que surgiu com o advento da Reforma do Judiciário, momento político em que a sociedade, 
representada pelos nossos parlamentares, decidiu que todos os Poderes da República devem 
ser mais transparentes, passíveis de um maior controle particularmente em se tratando de 
um Poder que julga os demais, deve dar exemplo, sem que fosse admissível o corporativismo 
das Corregedorias simplesmente não apurassem devidamente eventuais desvios de conduta 
de órgãos do Judiciário ou das atividades extrajudiciais sob a fiscalização do Judiciário.
Observe, também, que o CNJ consta como órgão do Poder Judiciário, sendo a ressalva 
que chamamos a atenção é o fato de se tratar de UM ÓRGÃO SEM FUNÇÃO JURISDICIONAL, 
ou seja, trata-se de colegiado que não representa órgão de controle externo, pois quórum su-
perior a maioria absoluta é formado de membros do Judiciário (9 dos 15).
Os professores de cursinho apontam o mnemônico “Corno Não Julga” para evidenciar o 
caráter não jurisdicional do órgão do Judiciário.
O parágrafo primeiro do citado dispositivo constitucional elenca os órgãos do Poder Ju-
diciário com sede na Capital Federal, enquanto o parágrafo segundo possui a técnica de ex-
cluir o CNJ do STF e dos Tribunais Superiores, que afirma terem jurisdição em todo território 
nacional.
Nos debruçamos sobre estes detalhes em razão do prestígio que gozam nos certames 
do Judiciário estas pequenas observações tão relevantes. Retornemos então à legislação do 
nosso Estado.
O artigo 2º e 3º do LODJERJ, possuem a seguinte redação:
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Art. 2º O Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro exerce com independência a função jurisdi-
cional e tem as garantias de autonomia administrativa e financeira, observadas a Constituição da 
República, a Constituição do Estado do Rio de Janeiro e as leis.
Conforme já destacamos anteriormente, a atividade típica, função principal do Poder Ju-
diciário é exercer a jurisdição, ou seja, julgar conflitos de interesses entre as partes. O princí-
pio da separação entre os poderes consagrado no artigo 2 da CF, tem como consequência a 
autonomia financeira e administrativa, da qual decorre que um Poder não pode ter ingerência 
sobre o outro, ou seja, o Judiciário escolhe seu Presidente e demais membros que irão com-
por a administração do Tribunal por um período em dois anos, sendo ilícito o Governador pre-
tender escolher o Presidente ou pretender submeter a eleição ao crivo do Legislativo.
Com efeito, ofenderia o artigo 2 da Constituição da República norma estadual que subme-
tesse o processo eleitoral da administração do Tribunal aos demais Poderes.
Parágrafo único. Todas as decisões judiciais e administrativas dos órgãos do Poder Judiciário do 
Estado do Rio de Janeiro serão motivadas e os julgamentos públicos, ressalvadas as exceções 
previstas na Constituição da República.
Único poder da república que não foi eleito, deverá legitimar suas decisões de forma téc-
nica, ou seja, baseado necessariamente na lei, essa sim fruto da vontade popular, confeccio-
nada pelos representantes do povo.
Art. 3º São órgãos do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro:
I – Tribunal Pleno;
II – Órgão Especial;
III – Seções Especializadas;
IV – Câmaras;
V – Juízos de Direito;
VI – Tribunais do Júri;
VII – Conselhos da Justiça Militar;
VIII – Juizados Especiais e suas Turmas Recursais;
IX – Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher;
X – Juizados do Torcedor e Grandes Eventos.
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DO RIO DE JANEIRO (CODJERJ)
Os artigos anteriores elencam os órgãos do Poder Judiciário Fluminense. Observe que se 
faz uma certa simetria com o texto da Constituição da República, é o chamado princípio da 
simetria geralmente aplicado entre a Constituição Federal e as Constituições estaduais.
Verifica-se no artigo 3º o destaque ao Tribunal de Justiça como único órgão da Justiça de 
nosso Estado com jurisdição sobre todo o território.
Vale destacar que existem órgãos que são do Poder Judiciário, que são chamados de Tri-
bunal sem que isso represente a regra geral, ou seja, órgão revisor das decisões de primeiro 
grau.
Estamos falando do Tribunal do Júri elencado no art.3º, IV, do LODJERJ. Este órgão possui 
previsão na Constituição da República em razão da sua relevância na seara criminal.
Com efeito, o artigo 5º da Lei Maior, reza em seu inciso XXXVIII, in verbis:
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
A envergadura constitucional demonstra o prestígio do júri popular, formado, conforme 
reza o código de processo penal que possui uma composição heterogênea formada pelo Juiz 
de Direito e os jurados, juízes leigos, para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
Algumas observações serão feitas, antecipando-nos no ponto relativo ao Tribunal do Júri.
A primeira, que costuma ser muito cobrada nos tribunais, é que a competência é apenas 
para julgar os crimes DOLOSOS contra a vida.
Observamos diversos concursos fizeram e sutil troca desta palavra por crimes CULPO-
SOS, que altera sensivelmente o sentido da competência, tornando ERRADA a questão.
Em regra, os crimes de trânsito são aqueles cometidos sem que haja a intenção de tirar a 
vida da vítima, mas, excepcionalmente, o Judiciário vem admitindo o chamado dolo eventual 
em alguns casos em que ocorre excesso de velocidade, ingestão de bebida alcoólica e grande 
imprudência, levando os condutores de veículos ao Júri popular.
Outro aspecto que se relaciona à competência é justamente o fato de os crimes culposos 
serem julgados por Juízes criminais e não pelo colegiado do Tribunal do Júri.
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Acreditamos que a controvérsia poderia desaparecer caso o Código de Processo Penal 
fosse alterado de forma a chamar apenas de Júri Popular e não mais Tribunal, que seria re-
servado ao segundo grau de jurisdição.
Conclusão: o Tribunal do Júri não é órgão de segundo grau da justiça dos estados, mas 
do primeiro grau.
Outra observação que fazemos diz respeito aos órgãos estranhos ao Poder Judiciário, 
portanto, não constando do artigo 92 da Constituição da República, assim como do artigo 2º 
do Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, mas mantém a 
palavra Tribunal, fato que induz a erro milhares de candidatos, que são os seguintes:
• Tribunal de Constas da União;
• Tribunal de Contas dos Estados ou do Distrito Federal;
• Tribunal de Contas do Município;
• Tribunal de Justiça Desportiva;
• Tribunal Arbitral.
Nem todo tribunal é órgão do Poder Judiciário.
Então, meu(minha) amigo(a), tome muito CUIDADO, ISSO VAI CAIR NA SUA PROVA!!!!
Outra observação que já fizemos na aula passada, mas que pela importância do tema 
voltamos a reprisar consiste no fato do:
O Tribunal de Justiça é o único órgão do Poder Judiciário Estadual de 2ª instância com 
jurisdição em todo território do estado do Rio de Janeiro.
Destacamos que a antes mesmo da Reforma do Judiciário, Emenda Constitucional n. 
45/2004, proceder a extinção dos Tribunais de Alçada, o Estado do Rio de Janeiro, por meio 
da Lei Estadual n. 2856, de 08 de dezembro de 1997, extinguiu os Tribunais de Alçada então 
existentes, unificando a 2ª instância do Poder Judiciário Estadual.
Recordo-me que o então Juiz do Tribunal de Alçada Cível do TJ-RJ, Juiz Luiz Fux, hoje 
Ministro do Supremo Tribunal Federal, nosso professor na UERJ, foi então promovido ao car-
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go de Desembargador do Tribunal de Justiça, caso contrário representaria um retrocesso na 
carreira destes magistrados, que obviamente seria inviável.
A Constituição do Estado do Rio de Janeiro, adequando-se a esta realidade, procedeu a 
Emenda Constitucional n. 7, conferindo nova redação ao artigo 151, da Constituição do Esta-
do, em 27/05/1998.
Apenas em dezembro de 2004, o nosso constituinte derivado procedeu a alteração da 
Constituição Federal, portanto, o nosso parlamento fluminense adiantou-se em relação à ci-
tada alteração na Constituição da República.
Observe que existem órgãos do Poder Judiciário de primeira instância que são colegiados.
Podemos citar os seguintes:
• O Tribunal do Júri.
• Os Conselhos da Justiça Militar.
• As Turmas recursais dos Juizados Especiais.
Assim como existem outros órgãos de segundo grau no TJ-RJ
Art. 25 As competências dos órgãos julgadores de segundo grau do Poder Judiciário do Estado 
do Rio de Janeiro serão definidas na Constituição Federal, na Constituição do Estado, na Lei e no 
Regimento Interno.
Art. 26 São órgãos julgadores de segundo grau:
I – o Órgão Especial;
II – as Seções Especializadas;
III – as Câmaras.
Conforme destacamos, existem órgãos chamados tecnicamente de Tribunal, mas que per-
tence ao primeiro grau de jurisdição, o Tribunal do Júri, consideramos que já fizemos algumas 
observações pertinentes, sendo apenas devido acrescentar que se trata de um colegiado em 
que irá atuar um Juiz Togado, ou de carreira, e sete cidadãos, que serão os Juízes da causa.
Os Conselhos da Justiça Militar, também são colegiados heterogêneos, na mesma forma 
que o Tribunal do Júri temos o Juiz Togado e um colegiado de oficiais das forças auxiliares, ou 
seja, policiais militares e oficiais do corpo de bombeiros militares, vejamos que reza o Código 
de Organização e Divisão Judiciária nos artigos pertinentes:
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Art. 56 Ao juiz de direito e aos Conselhos de Justiça Militar incumbe processar e julgar as causas 
de sua competência específica
Art. 57 Como órgão de segunda instância da Justiça Militar estadual funcionará o Tribunal de Jus-
tiça, ao qual caberá também decidir sobre a perda do posto e da patente de oficiais.
Art. 58 Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os policiais militares e bombeiros 
militares acusados dos crimes militares definidos em lei.
Observe que não existe no Estado do Rio de Janeiro órgão de segunda instância da Jus-
tiça Militar, enquanto em outros Estados a Constituição faculta a existência do Tribunal da 
Justiça Militar.
Vale destacar o que dispõe o texto da Constituição da República a respeito da Justiça 
militar nos Estados:
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Cons-
tituição.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadu-
al, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segun-
do grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o 
efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
45, de 2004)
A Constituição Federal impõe requisito expresso para a criação da Justiça Militar estadual 
em segundo grau, que será o efetivo militar superior a vinte mil integrantes.
Observe ainda que a legislação local é que decidirá a respeito da eventual criação do Tri-
bunal de Justiça Militar ou do próprio Tribunal de Justiça julgar os militares dos Estados.
Tratando-se de Juizados Especiais, as Turmas recursais são então colegiados de Juízes 
de primeiro grau de jurisdição, veja como foi cobrado este ponto:
Questão 1 (UFRJ/TJ-RJ/2001) Os Juizados Especiais são presididos por:
a) Juiz de Paz;
b) Juiz de Direito;
c) Desembargador;
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d) Titular de Cartório;
e) Técnico Judiciário.
Letra b.
Observe que a questão se revela bem simples, em que exige do candidato a noção básica de 
que estes Juizados são presididos por Juiz de Direito. Veja a redação da citada lei em foco:
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, 
para apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
Veja também uma questão de nossa autoria dobre o tema:
Questão 2 (INÉDITA/2020) Assinale a alternativa que representa um órgão do Poder Judi-
ciário:
a) Tribunal de Contas da União.
b) Ministério Público Federal.
c) Secretaria de Estado da justiça.
d) Superintendência dePolícia Federal.
e) Tribunal do Júri.
Letra e.
Veja que os demais itens são estranhos ao artigo 92 da Constituição Federal, assim como do 
art.2º do Código de Organização e Divisão Judiciária Fluminense.
Muito cuidado, o examinador vai colocar a palavra “tribunal” para te seduzir, como abor-
damos anteriormente, sem que seja, entretanto, órgão do Poder Judiciário.
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Novamente vale a dica, em nossa experiência o examinador indagará qual o órgão com-
petente, a espécie normativa e eventual prazo, bora treinar?
Questão 3 (INÉDITA/2020) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:
O ___________, por ___________, no prazo de ____________ dias contados da publicação da pre-
sente lei, consolidará as alterações de competência já realizadas.
a) Conselho de magistratura, lei, 90.
b) Órgão especial, lei, 30.
c) Órgão especial, resolução, 90.
d) Conselho de magistratura, resolução, 90.
e) Órgão especial, resolução, 120.
Letra e.
§ 3º O Órgão Especial, por Resolução, no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da publicação 
da presente lei, consolidará as alterações de competência já realizadas.
Por mais absurdo que possa parecer, meu(minha) jovem leitor(a), essa informação em des-
taque é muito cobrada. Sem prejuízo da composição de outros órgãos julgadores, vejamos:
• Órgão Especial possui 25 membros.
• Conselho de Magistratura possui 10 membros.
• Tribunal pleno (total de desembargadores) possui 180 membros.
Art. 4º O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado, com-
põe-se de 180 (cento e oitenta) Desembargadores.
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§ 1º Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o Juiz far-se-á presente no local 
do litígio.
§ 2º O Tribunal de Justiça manterá a Justiça Itinerante, incumbida de prestações jurisdicionais a 
serem definidas por ato normativo do Tribunal de Justiça.
Os dois parágrafos simplesmente reproduzem norma constitucional que foi introduzida 
com a reforma do Judiciário.
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especia-
lizadas, com competência exclusiva para questões agrárias
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente 
no local do litígio.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Cons-
tituição.
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais 
funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de 
equipamentos públicos e comunitários.
A Constituição da República reconhece não apenas a importância de o magistrado residir 
na comarca para solucionar prontamente eventuais conflitos, assim como destaca, ainda, a 
norma anterior de que ele se fará presente ao local do litígio.
Utilizando de exemplos para facilitar o entendimento da norma em foco. 
Imagine um reintegração de posse em que o oficial de justiça sinaliza a grande dificuldade 
de promover a desocupação forçada dos populares de um movimento social que ocupa um 
imóvel, com um grande número de crianças, idosos, cadeirantes, você não acha que seria 
razoável o juiz ir ao local, inclusive ele poderia voltar atrás ou negociar a retirada dos popu-
lares. 
No mesmo sentido, vamos imaginar a invasão de um presídio em rebelião, no local vários 
familiares são mantidos reféns sendo gigantesco o risco de a invasão acarretar inúmeras 
mortes que podem ser evitadas.
4. os mAgistrAdos
É importante, preliminarmente, traçarmos alguns aspectos constitucionais a respeito do cha-
mado Estatuto da Magistratura. Normas que devem procurar prestigiar a nossa magistratura, 
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inclusive decorre da própria Lei Maior que determina expressamente que lei complementar, de 
iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, elencando 
uma séria de princípios.
O primeiro aspecto que a Reforma do Judiciário alterou na Constituição da República foi o 
período de atividade jurídica, que passou a ser de 3 anos.
A primeira indagação que pode surgir é se este prazo constitui norma de eficácia limitada.
Pedro Lenza, em sua brilhante obra Direito Constitucional Esquematizado nos ensina que:
Entendemos que se trata, no fundo, de norma de eficácia limitada, já que depende de lei infracons-
titucional regulando os seus vetores.
Entretanto, o plenário do Supremo Tribunal Federal, manteve o requisito de 2 anos de ba-
charelado em Direito para os candidatos que possam se inscrever em concurso para o cargo 
de Procurador da República.
O art. 59, da Resolução n. 72/2009 – CNJ considera atividade jurídica:
• Aquela exercida com exclusividade por bacharel em direito.
• O efetivo exercício da advocacia, com a participação mínima de 5 atos privativos de 
advogado.
• O exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija 
a utilização preponderante de conhecimento jurídico.
• O exercício de conciliador junto aos Tribunais.
• O exercício de mediação ou arbitragem na composição de litígios.
Finalmente, a resolução veda a contagem de estágio acadêmico ou de qualquer atividade 
anterior à obtenção do grau de bacharel em direito.
Passemos ao estudo do diploma estadual.
Dos magistrados
Art. 6º Os cargos de Desembargador, Juiz de Direito e Juiz Substituto serão providos por ato do 
Presidente do Tribunal de Justiça ou do Governador do Estado, na forma e nos casos estabelecidos 
pelas Constituições da República e do Estado.
Então, vamos trabalhar?
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A primeira observação que já faço a respeito deste dispositivo do Código é de que você 
deve ter reparado que os Juízes de Paz não estão entre os Magistrados.
Não são magistrados, mas apenas autoridades competentes para a celebração de ca-
samentos, logo, embora estejam sujeitos às normas e sob fiscalização do Poder Judiciário, 
assim como subordinados disciplinarmente ao conselho de magistratura, ou seja, JUÍZES DE 
PAZ NÃO SÃO MAGISTRADOS.
A Lei Orgânica daMagistratura Nacional, em seu artigo 34, os membros dos Tribunais Su-
periores e do Supremo Tribunal Federal são denominados Ministros, os membros dos Tribu-
nais estaduais são chamados de Desembargadores, cabendo aos Estados organizar o Poder 
Judiciário em conformidade com a Constituição Federal de 1988.
Art. 7º A carreira da magistratura, em primeira instância, é composta por Juízes Substitutos, Juízes 
de Entrância Comum e Juízes de Entrância Especial.
A carreira EM PRIMEIRA INSTÂNCIA seria então:
Observe que a lei estadual em comento não comentou sobre o cargo de Desembargador, 
ora, uma razão muito simples, esse cargo compõe a SEGUNDA INSTÂNCIA.
Amigo(a), você saberia o número de Juízes que compõe do Tribunal de Justiça do Estado 
do Rio de Janeiro?
Não me refiro ao número de Desembargadores, que já sabemos ser 180.
Atualmente, no site do TJ-RJ há a informação:
• Juízes de entrância especial - 461;
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• Juízes de entrância comum ou interior - 223;
• Não havendo Juízes substitutos no momento.
A conclusão que se chega é de que algo em torno de 20% dos magistrados de primeiro 
grau apenas alcança o cargo de Desembargador, número que sequer alcança esse percentual 
se considerarmos o chamado quinto constitucional.
Explico, 20% das vagas de Desembargador dos Tribunais de Justiça são providas pelo 
quinto constitucional, ou seja, membros do Ministério Público e advogados, logo, dos cento e 
oitenta membros devemos subtrair 36, sendo 18 do MP e 18 da OAB.
Caso tivéssemos uma escada representando a carreira da magistratura fluminense o pri-
meiro degrau seria o juiz substituto, aquele que acabou de passar no concurso, sendo pro-
movido após superar o período de vitaliciedade de dois anos (o estágio probatório dos juízes) 
eles passam a disputar uma comarca para se tornarem titulares, nesse momento eles pas-
sam para o cargo de juízes de entrância comum ou interior.
A última etapa da carreira no primeiro grau é o de entrância especial, que são os juízes 
mais experientes.
Em razão do princípio da separação entre os Poderes, a regra é que o Presidente do Tribu-
nal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro dê provimento aos cargos de Juiz de Direito e de 
Desembargador, apenas em caráter excepcional é que o Chefe do Poder Executivo, nas hipó-
teses previstas na Constituição da República, dará provimento a estes cargos.
Continuando...
A regra relativa à carreira diferencia da regra relativa á comarca.
Com efeito, as comarcas seguem a seguinte hierarquia:
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Enquanto a carreira da Magistratura será na seguinte hierarquia:
Art. 7º A carreira da magistratura, em primeira instância, é composta por Juízes Substitutos, Juízes 
de Entrância Comum e Juízes de Entrância Especial.
§ 1º Os Juízes Substitutos terão exercício pleno nas Regiões Judiciárias, ressalvada a Comarca da 
Capital, na qual poderão exercer funções de auxílio.
§ 2º Os Juízes de Entrância Comum serão titulares nas Varas e Juizados das Comarcas de mesma 
denominação e dos cargos de Juízes Regionais.
§ 3º Os Juízes de Entrância Especial serão titulares nas Varas e Juizados existentes nas Comarcas 
de mesma classificação.
Art. 8º O Presidente do Tribunal de Justiça poderá convocar, a qualquer tempo, em face de im-
periosa necessidade do serviço, Juízes de Direito Titulares de Entrância Especial, integrantes da 
primeira quinta parte da antiguidade, para compor as Câmaras.
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A primeira observação que fazemos no parágrafo acima é no sentido de que os Juízes 
substitutos NÃO poderão ter o pleno exercício nas comarcas integrantes da Região Judiciária 
Especial, que é a Capital e os grandes municípios, podendo apenas exercer a função de auxí-
lio, que significa que não podem atuar sozinhos.
Observe que os Magistrados de interior poderão atuar tanto nas comarcas comuns ou de 
interior, não sendo, em tese, possível que atuem nas comarcas de entrância especial.
Os juízes mais antigos do primeiro grau ocuparão a titularidade das varas de entrância 
especial.
Art. 164 O ingresso na magistratura de carreira dar-se-á no cargo de Juiz Substituto, cujo venci-
mento básico é igual aos dos juízes de direito da primeira entrância. As promoções subsequentes 
far-se-ão, alternadamente, por antiguidade e por merecimento, dentre os que tiverem cumprido, 
pelo menos, dois anos de exercício na respectiva entrância.
§ 1º Só se dispensará o interstício quando não houver com tal requisito quem aceite o lugar vago. 
Necessário entre as promoções.
Assim, podemos concluir que interstício constitui o prazo mínimo para o Magistrado po-
dem concorrer às promoções.
§ 2º As indicações para promoção por merecimento serão feitas em lista tríplice, quando praticá-
vel.
§ 3º Na promoção por antiguidade, a indicação do juiz mais antigo só poderá deixar de ser feita 
pelo voto da maioria absoluta dos membros do Órgão Especial do Tribunal de Justiça.
O requisito legal anterior revela uma diminuição na margem discricionária e política da 
promoção por merecimento, assim como estabelece um critério objetivo para se recusar a 
promoção do Juiz mais antigo.
Questão 4 (FCC/TJ-RJ/2012) Jonas, 29 anos de idade, pretende prestar concurso para o 
ingresso na magistratura de carreira. Considerando que Jonas: exerceu 3 anos de estágio 
no escritório modelo da Faculdade onde se estudou, após a conclusão do curso de direito, 
militou 6 meses efetivamente como advogado, exerceu durante 6 meses o cargo de Analista 
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Judiciário do Tribunal de Justiça, e está exercendo há um ano o cargo público de Delegado de 
Polícia. Jonas:
a) Preenche o requisito de prática forense para ingresso na magistratura de carreira.
b) Não preenche o requisito de prática forense para o ingresso na magistratura porque não 
poderá contar o período em que exerceu o cargo no Tribunal de Justiça.
c) Não preenche o requisito de prática forense para o ingresso na magistratura porque não 
poderá contar o período em que exerceu o cargo de Delegado de Polícia.
d) Não preenche o requisito de prática forense para o ingresso na magistratura porquenão 
poderá computar o período em que exerceu a advocacia.
e) Não preenche o requisito de prática forense para o ingresso na magistratura porque não 
poderá contar o período superior ao tempo de estágio.
Letra e.
A leitura atenta dos dispositivos elencado no artigo anterior nos revela que o candidato não 
alcançou o período suficiente para preencher os requisitos do cargo.
§ 1º Um quinto dos lugares do Tribunal será composto por Advogados em efetivo exercício da pro-
fissão e membros do Ministério Público, conforme se abra a vaga no primeiro ou segundo quadro, 
todos de notório merecimento e idoneidade moral, com dez anos pelo menos de prática forense, 
indicados em lista tríplice (Constituição da República, artigo 144, número IV).
Este dispositivo constitucional refere-se à Constituição de 1967, com redação conferida 
pela Emenda Constitucional n. 1/ de 17 de outubro de 1969), pois o Código de Organização e 
Divisão Judiciária foi aprovado pela lei n. 5621, de 4 de novembro de 1970.
A atual previsão do quinto constitucional está hospedada no artigo 94, da Constituição da 
República de 1988.
O artigo 94 da CF 1988 estabelece que 20% das vagas dos TRF’s, dos Tribunais dos Esta-
dos e do Distrito Federal e dos Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos por mem-
bros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório 
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saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, 
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
É importante lembrar que a Constituição garante pelo menos um quinto dos lugares dos 
Tribunais Regionais Federais (incluídos os do Trabalho), dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios. Assim, se o número total de representantes não for múltiplo de cinco, o STF posi-
cionou-se de arredondar para cima, fim de ter, de fato, e ao menos, um quinto dos lugares dos 
juízes não oriundos de carreira.
Vamos tentar entender por meio do exemplo: um tribunal que possui sete membros terá quan-
tos oriundos do quinto constitucional?
Serão dois. Observe que vinte por cento de 7, seria uma fração 1,4. Logo, o primeiro inteiro 
subsequente será o número de dois representantes, um membro do MP e um da OAB.
O procedimento é bem simples e está regulamentado de modo exaustivo pelo artigo 94, 
da CF 1988; a escolha pelo órgão de classe de 6 nomes que preencham os requisitos cons-
titucionais (lista sêxtupla); formação de lista tríplice pelo Tribunal (Judiciário) e, dentre os 3, 
escolha de 1 pelo Executivo para a nomeação, sem que o nome escolhido tenha que passar 
por qualquer outro procedimento, como e eventual sabatina do Legislativo ( que não participa 
do processo de escolha).
Na hipótese de não existirem membros do Ministério Público que preencham os requisitos 
constitucionais, como não ter completado 10 anos de carreira, entendeu o STF constitucional 
decisão normativa do CSMPT, no julgamento da ADI 1.289-EI, que autoriza a complementa-
ção de lista com candidatos que tenham tempo inferior a dez anos.
É importante destacarmos que a Emenda Constitucional n. 45/2004, que ficou conhecida 
como Reforma do Judiciário promoveu a extinção dos Tribunais de Alçada. Ocorre que, antes 
mesmo da citada Emenda Constitucional, a Lei Fluminense n. 2856/1997, já teria promovida a 
citada extinção, promovendo estes magistrados ao cargo de Desembargador.
Art. 168 Para cada vaga a ser provida por nomeação ou por acesso, ou promoção por merecimento, 
corresponderá uma lista tríplice.
§ 1º Na organização da lista votarão os integrantes do Órgão Especial não atingidos por impedi-
mento ou suspeição e não licenciados, convocando-se seus substitutos, quando necessário.
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§ 2º Considerar-se-ão classificados para a composição da lista os concorrentes que obtiverem 
a maioria dos votos dos desembargadores presentes. Não completada a lista no primeiro, proce-
der-se-á a novo escrutínio, ao qual concorrerão os mais votados, em número igual ao dobro dos 
lugares a preencher. Se ainda no segundo escrutínio não for completada a lista, far-se-á o terceiro, 
do mesmo modo adotado para o segundo, e assim sucessivamente.
§ 3º Em caso de empate, quer para o efeito de classificação, quer para o efeito de concorrência a 
novo escrutínio, considerar-se-á indicado o mais antigo na classe, em se tratando de juízes ou de 
membros do Ministério Público, e o de inscrição mais antiga na seção local da Ordem dos Advoga-
dos do Brasil, quando se tratar de advogados.
§ 4º Ocorrendo simultaneamente duas ou mais vagas, poderá o Órgão Especial do Tribunal de 
Justiça organizar uma lista contendo tantos nomes quantos os lugares a preencher e mais dois, 
obedecida a ordem de classificação ou a de votação. Sendo caso de acesso ou promoção, serão 
organizadas duas listas, a dos indicados por antiguidade e a dos selecionados pelo princípio de 
merecimento, mencionando esta última os juízes que já figuram na lista de antiguidade.
§ 5º No caso do parágrafo anterior, serão considerados como integrantes da lista para nomeação 
ou acesso, por merecimento, para a primeira vaga correspondente os três primeiros nomes e, para 
cada uma das vagas subsequentes, os três primeiros remanescentes.
§ 6º Na composição da lista múltipla serão feitas tantas votações quantas forem necessárias, 
classificando-se os candidatos a partir da primeira lista tríplice pela ordem da votação de que re-
sultou a indicação de seu nome.
§ 7º Para promoção, o merecimento na entrância será apurado de acordo com critérios objetivos, 
tendo-se em conta a conduta do juiz, sua operosidade e o número de vezes que figurou em listas 
anteriores, na forma estabelecida em resolução baixada pelo Tribunal de Justiça.
§ 8º Será obrigatória a promoção do juiz que figurar pela quinta vez consecutiva na lista de mere-
cimento.
Trata-se de norma com previsão expressa na Constituição da República, em que se pres-
tigia o magistrado que reiteradamente verifica que seu nome figura na lista de merecimento. 
Ocorre que este parágrafo foi ab-rogado pelo art.93, II, a, da Constituição Federal, que dispõe 
ser obrigatória a promoção do Juiz que figurar 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista 
de merecimento, portanto, facilitou a promoção do Magistrado.
Capítulo II
Das remoções e permutas
A Lei Estadual n. 5.535, de 10 de setembro de 2009, dispõe sobre os Fatos Funcionais da Ma-
gistratura sendo mantidas as normas da legislação anterior até a regulamentação por legislação 
específica.
Art. 14. O oferecimento de vagas para a remoção voluntária de Juízes de primeiro grau precederá 
ao provimento inicial e ao oferecimento à promoção e será feita, alternadamente, pelos critérios de 
antiguidade e de merecimento.
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Art. 15. Os pedidos de remoção serão formulados no prazo de cinco dias, contados da publicação 
do edital que noticiar a vacância, e necessariamente submetidos à apreciação do Conselho da Ma-
gistratura antes da votação pelo Órgão Especial.
Art. 16. Os pedidos de permuta serão submetidos à apreciação do Conselho da Magistratura antes 
da deliberação do Órgão Especial.
Parágrafo único. É vedada a permuta se um dos Juízes não tiver cumprido o interstício de dois 
anos, estiver em via de aposentação ou integrando a primeira quinta parte dos mais antigos na 
respectiva entrância.
Art. 17. O ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado por interesse público 
somente ocorrerá por decisão da maioria absoluta do Órgão Especial ou do Conselho Nacional de 
Justiça, assegurada ampla defesa e o contraditório.
Especial atenção deve ser conferida a este artigo, pois trata de 2 institutos distintos, ve-
jamos as diferenças.
• Permuta: ocorre quando há troca de lotação entre 2 Desembargadores.
• Remoção: ocorre com o deslocamento de um Desembargador para outra Câmara que 
esteja vaga.
Observe que quem aprova ou reprova a movimentação é o Órgão Especial, mas quem edita 
tal decisão é o Presidente do Tribunal de Justiça.
Observe que a norma estadual dispõe que antes de se submeter à votação perante o 
Órgão Especial, deverá ser submetida a prévia apreciação do Conselho de Magistratura os 
pedidos de magistrados de primeiro grau.
Capítulo III
Da posse, exercício, matrícula e antiguidade
Art. 18. Os Magistrados tomarão posse dentro de trinta dias da publicação do ato de provimento 
no órgão oficial, salvo prorrogação por igual prazo, concedida pelo Presidente do Tribunal, à vista 
de impedimento devidamente comprovado.
§ 1º A posse será precedida de compromisso solene devendo o empossado assumir imediatamen-
te o exercício.
§ 2º A inobservância do prazo tornará insubsistente o ato respectivo.
Art. 19. A posse do Presidente, do Corregedor-Geral da Justiça e dos Vice-Presidentes será toma-
da perante o Tribunal Pleno; a dos Desembargadores perante o Órgão Especial e a dos Juízes de 
Direito e Juízes Substitutos perante o Presidente do Tribunal de Justiça.
Art. 20. A lista de antiguidade dos Magistrados será revista e publicada, anualmente, pelo Conselho 
da Magistratura.
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Art. 21. Na apuração da antiguidade serão levados em consideração, de forma sucessiva, os se-
guintes critérios:
I – a data da posse;
II – a data da nomeação;
III – a colocação anterior na entrância de onde se deu a promoção; e
IV – a ordem de classificação em concurso, quando se tratar de primeira nomeação.
Um aspecto importante que vale apontar reside no fato da aquisição da vitaliciedade. 
Quando a mesma é adquirida pelo magistrado?
A regra geral é a aquisição ocorrer no primeiro grau após o período probatório de vitali-
ciamento, que dura dois anos. Observe que a reforma administrativa de 1998 alterou o prazo 
da aquisição de estabilidade, que passou de dois para três anos, mas não alcançou a vitali-
ciedade.
Ocorre que os membros oriundos do quinto constitucional ADQUIREM A VITALICIEDADE 
COM A POSSE, assim como Ministros do STF e de Tribunais superiores com regras próprias 
previstas na CF/1988. 
Basta concluir: PARA O CONCURSADO TUDO É MAIS DIFÍCIL.
Isso mesmo, o sujeito faz concurso, ainda tem que ralar pesado por dois anos, enquanto 
o indicado, SEM CONCURSO, torna-se vitalício imediatamente!!!
Quem tem vitaliciedade no brasil?
• Membros do Poder Judiciário
• Membros do Ministério Público
• Membros dos Tribunais de Contas. (Ministros do TCU e Conselheiros dos TCES e TCMS)
CUIDADO!!! NÃO SÃO TODAS AS CARREIRAS JURÍDICAS QUE POSSUEM A VITALICIEDADE.
Exemplo:
Defensor Público NÃO É VITALÍCIO. Ele é INAMOVÍVEL, MAS NÃO É VITALÍCIO.
Outra questão presente em provas é: ALGUM CARGO MUNICIPAL É VITALÍCIO?
SIM, os MEMBROS DO TCM (CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO).
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5. divisão JudiciáriA
Veja que há dispositivo do próprio Código de Organização e Divisão Judiciário que revela 
os órgãos de primeira instância, conforme se observa a seguir:
Art. 9º O território do Estado, para efeito da administração do Poder Judiciário, divide-se em Regi-
ões Judiciárias, Comarcas, Distritos, Subdistritos, Circunscrições e Zonas Judiciárias.
Os distritos, subdistritos, circunscrições e zonas judiciárias estão relacionadas aos ser-
viços auxiliares da justiça, delimitando as áreas de atuação dos cartórios extrajudiciais, en-
quanto as comarcas e regiões judiciárias estão relacionadas ás atividades da Justiça ou das 
serventias judiciais.
É importante traçarmos uma breve definição de cada uma das palavras ou classificações 
acima citadas:
• Distritos: está relacionada a divisão territorial de natureza administrativa, em que a 
autoridade administrativa exerce as suas atribuições, podendo ser citados como auto-
ridades administrativas os fiscais, autoridades policiais, sendo possível até mesmo a 
autoridade judiciária, mas que pratique atos de natureza administrativa.
• Subdistritos: consiste na divisão de um determinado distrito em razão de sua grande 
extensão.
• Circunscrição: é o nome utilizado pela técnica administrativa para indicar uma divisão 
territorial onde vai atuar uma autoridade administrativa civil ou militar, justamente com 
o objetivo de dirigir ou administrar uma espécie de serviço público.
• Zona: consiste em um conjunto de terrenos em que se exerce determinada jurisdição.
§ 1º Cada Comarca compreenderá um ou mais Municípios, desde que contíguos.
Observe que a norma acima inovou, a regra prevista no diploma anterior apresentava sutil diferen-
ça, veja:
§ 1º Cada comarca compreenderá um município, ou mais de um, desde que contíguos, e terá a 
denominação da respectiva sede, podendo compreender uma ou mais varas.
A mudança foi a supressão da parte final. Entendeu o Tribunal conveniente subtrair da lei 
esses detalhes técnicos que podem ser implementados por ato normativo do Tribunal.
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Este conceito apresenta grande relevância, uma vez que revela a denominação mais utili-
zada no âmbito dos Estados, que são as comarcas.
Observe que não existe comarca representando um bairro ou área de certo Município, 
deverá ter no mínimo a dimensão de um município. Entretanto, o contrário não é possível, ou 
seja, toda comarca será correspondentea, no mínimo, um Município, mas nem todo Município 
corresponderá a uma única comarca.
A comarca então representa a limitação da jurisdição do Juiz, sua atuação limita-se aos 
contornos da comarca.
O dispositivo legal anterior nos informa que os municípios a comporem a comarca devem 
ser contíguos, que representa vizinhos.
§ 2º As Regiões Judiciárias serão integradas por grupos de Comarcas ou Varas, conforme resolu-
ção do Tribunal de Justiça.
Novamente, remete o legislador aos atos normativos que podem ser implementados pelo 
Tribunal.
Outro ponto importante é em relação a instalação das comarcas.
Art. 11 A instalação de Comarca terá caráter solene e será feita pelo Presidente do Tribunal de 
Justiça.
Restou suprimida da lei a possibilidade de um representante do Presidente do Tribunal 
poder representá-lo na solenidade de instalação da comarca.
Verifique que o grau de importância em relação ao distrito perante o Poder Judiciário é 
muito menor, tanto que a autoridade local é que irá instalar, ou seja, o Juiz de Direito titular da 
comarca dará a posse desta autoridade administrativa, o Juiz de Paz.
Esta autoridade administrativa atua celebrando casamentos e embora seja chamado de 
Juiz, não faz parte da magistratura de carreira.
Observemos o que reza a nossa Constituição da República sobre os Juízes de Paz:
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Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, 
com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, 
de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições 
conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
Atente que se trata de uma “justiça” com as seguintes características que podem ser ex-
traídas da própria Constituição da República:
• Cargo Eletivo: são eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de 4 anos.
• “Competência” para, na forma da lei, celebrar casamentos.
• Trata-se de função de natureza administrativa.
• Não possui competência de caráter jurisdicional Ou seja, não julga, não decide de for-
ma definitiva conflitos de interesses entre as partes.
O artigo 68, da resolução 01 de 75 incluía equivocadamente entre os órgãos de primeiro 
grau de jurisdição os Juízes de paz no inciso IV. A atual legislação não contempla o Juiz de 
Paz entre os órgãos de primeira instância, observe:
Art. 32 São órgãos judicantes de primeira instância:
I – Tribunais do Júri;
II – Juízos de Direito;
III – Conselhos de Justiça Militar;
IV – Juizados Especiais e suas Turmas Recursais;
V – Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher;
VI – Juizados do Torcedor e Grandes Eventos.
A supressão por si só não significa que não mais existe a figura do Juiz de Paz, feitas as 
ressalvas anteriores, até porque consta do dispositivo constitucional expressa a citada auto-
ridade administrativa.
O artigo 9 ainda possui mais alguns parágrafos:
§ 3º Ato Normativo Conjunto do Presidente do Tribunal de Justiça e do Corregedor-Geral da Justiça 
disciplinará a utilização de meio eletrônico para os atos de comunicação processual, substituindo, 
sempre que possível, o emprego de meio impresso.
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§ 4º O Presidente do Tribunal de Justiça poderá transferir, provisoriamente, a sede de Comarca, 
Juízo ou Juizado, em caso de necessidade ou relevante interesse público.
§ 5º As situações decorrentes da modificação ocorrida na divisão política e administrativa do Es-
tado serão reguladas na alteração da organização e divisão judiciárias que se seguir, prevalecendo 
até lá as existentes.
Inovou a lei conferindo nova redação comparada à anterior que dispunha:
Art. 8º As situações decorrentes da modificação da divisão administrativa serão reguladas na alte-
ração da organização e divisão judiciárias que se seguir, prevalecendo até lá as existentes.
Art. 9º Mediante aprovação do Tribunal de Justiça, e por ato de seu Presidente, poderá ser transfe-
rida, provisoriamente, a sede da comarca, em caso de necessidade ou relevante interesse público.
Inicialmente, aborda tema que já é uma realidade que consiste na utilização de meio ele-
trônico para os atos de comunicação processual, substituindo, sempre que possível, o em-
prego de meio impresso. Com efeito, além de conferir maior celeridade e eficiência aos atos 
processuais, representa um grande avanço que inclusive irá tornar os atos menos onerosos.
Os parágrafos anteriores revelam a possibilidade de se transferir PROVISORIAMENTE a 
sede da comarca, em caso de NECESSIDADE OU RELEVANTE INTERESSE PÚBLICO, mediante 
aprovação do Tribunal de Justiça e por ato do Presidente do Tribunal.
Imagine que o município de Miguel Pereira, cidade pequena em que existe uma Vara única, 
ocorra uma chuva torrencial que acarrete o desmoronamento de boa parte do edifício do 
Fórum. Não bastasse o local em que está localizada a sede da comarca ficou de difícil acesso.
Não é possível que o Juiz titular baixe uma Portaria ou Ordem de Serviço determinando a 
transferência da sede da comarca.
O magistrado poderá, entretanto, solicitar à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado, a 
aprovação da transferência provisória para outro local próximo.
A lei exige que o ato seja aprovado pelo Tribunal de Justiça, por ato de seu Presidente.
Art. 10 A criação de Varas, Juizados e Fóruns Regionais será feita:
a) por desdobramento, em outros de igual competência, quando o número ou a natureza dos feitos 
distribuídos anualmente justificar a medida;
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O primeiro critério reside na grande quantidade de feitos de mesma natureza, justificando 
a criação de novas varas com a mesma competência.
As comarcas pequenas, chamadas de 1ª entrância, possuem as chamadas varas únicas, 
em que os Juízes de Direito, julgam demandas de diversas áreas do direito, como família, In-
fância e Juventude, criminal, júri etc.
A medida em que ocorrem as elevações de entrâncias, os Juízes se especializam, vários 
Juízes são lotados em diversas varas de mesma competência, como, por exemplo, varas de 
família, varas criminais.
O critério em foco nos revela que, a partir do momento em que os magistrados das varas 
criminais estiverem, por exemplo, recebendo mais de mil processos distribuídos por ano, de-
verão ser criadas novas varas POR DESDOBRAMENTO.
Entendeu conveniente o Tribunal excluir da redação da atual lei o critério objetivo que si-
nalizava os milfeitos, agora, a atual redação dispõe apenas:
(...) quando o número ou a natureza dos feitos distribuídos anualmente justificar a medida.
b) por especialização, quando a justificarem o número de feitos da mesma natureza ou especia-
lidade, a necessidade de maior celeridade de determinados procedimentos, ou o interesse social;
Imagine agora que o número de jovens infratores na Capital aumente em progressão ge-
ométrica, gerando o abarrotamento das varas especializadas na Capital.
Este fato autoriza a criação POR ESPECIALIZAÇÃO desta vara de competência para julgar 
menores infratores.
c) por descentralização, quando o exigir expressiva concentração populacional em núcleo urbano 
afastado do centro da sede da Comarca, cuja distância em relação ao fórum local torne onerosa ou 
dificulte a locomoção dos jurisdicionados;
Este último critério revela uma maior preocupação social com as despesas para o deslo-
camento do jurisdicionado, ou seja, o cidadão destinatário da entrega da prestação jurisdi-
cional.
Observe que o requisito legal reside na distância entre a concentração expressiva de parte 
da população e a sede da comarca, tornando onerosa e difícil o deslocamento.
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Imagine se não existisse varas na baixada fluminense e a população tivesse que se des-
locar até a Capital para ir a uma audiência no Fórum central.
Os deslocamentos urbanos, nos grandes centros já são muito dificultosos, os engarrafa-
mentos absurdos, levando os trabalhadores a perderem boa parte do dia no trânsito.
Não tem sentido exigir do contribuinte mais este ônus de ter que se deslocar até a sede de 
uma comarca muito distante e onerosa.
d) por transformação, quando se verificar a necessidade de readequação das competências da Co-
marca, sendo possível a desinstalação de Varas e Juízos para posterior transformação em novas 
Varas, Juízos ou Juizados.
Neste caso, a lei inovou conferindo um caráter discricionário ao TJ, viabilizando inclusive 
a possibilidade de “desinstalação de Varas e Juízos” e posterior TRANSFORMAÇÃO em “no-
vas” Varas, Juízos ou Juizados.
É possível que o examinador, na “maldade”, faça a seguinte afirmação:
Julgue o item a seguir:
Em atenção às peculiaridades locais, com base dados objetivos, poderá ser reduzido ou majo-
rado o índice para descentralização de determinados juízos.
Está correta a questão?
NÃO!!!!
Amigo(a), observe a diferença sutil da alteração de desdobramento para descentralização.
Recordando, o desdobramento é o critério da criação de varas de mesma competência, 
quando o número de feitos distribuídos tornar conveniente a criação, a lei anterior possuía um 
critério objetivo, que seria anualmente passar de 1000 por juízo.
A descentralização ocorre quando uma expressiva concentração populacional afastada 
da sede da comarca tiver um deslocamento oneroso ou difícil.
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Observe que o CESPE é campeão destas alterações pequenas, sutis, mas que alteram com-
pletamente a veracidade da questão.
Atento(a) ao princípio da eficiência que se apega ao critério custo/benefício, é muito mais 
econômico e razoável a designação de um Juiz auxiliar do que a criação de mais uma vara 
com servidores, maquinário, computadores, locação ou construção do edifício.
No mesmo sentido, é possível que o aumento do número de demandas possua natureza 
transitória, passageira, que pode ser sanada com a designação de mais um Juiz para auxiliar 
o Juiz titular da comarca ou daquela vara.
Representa uma forma de se valorizar o dinheiro público, que não será indevidamente 
utilizado em uma situação que não é definitiva.
Da criação e classificação das Comarcas
Art. 12. Na criação ou elevação das Comarcas, o Tribunal de Justiça, ao elaborar o respectivo proje-
to de lei, levará em consideração as normas constitucionais que disciplinam o acesso aos serviços 
judiciais e, notadamente, o movimento forense, a arrecadação tributária e a respectiva população.
Este capítulo totalmente reformulado, em que se conferiu nova redação aos dispositivos 
em foco.
A norma em vigor NÃO CONTEMPLOU a chamada comarca de segunda entrância, atual-
mente existem apenas COMARCAS DE ENTRÂNCIA ESPECIAL OU COMUM.
A redação anterior continha inclusive requisitos objetivos para passar de primeira para 
segunda entrância.
Verifique que a lei em vigor flexibiliza a observância a todos os requisitos. Com efeito, a 
critério do Tribunal de Justiça, por seu ÓRGÃO ESPECIAL, ser proposta a elevação da entrân-
cia da comarca.
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Art. 13. As Comarcas são de Entrância Comum e de Entrância Especial, esta constituída das Co-
marcas da Capital, de Belford Roxo, de Cabo Frio, de Campos dos Goytacazes, de Duque de Caxias, 
de Niterói, de Nova Friburgo, de Nova Iguaçu, Mesquita, de Petrópolis, de São João de Meriti, de São 
Gonçalo, de Teresópolis e de Volta Redonda.
Este artigo praticamente reproduziu a redação anterior, apenas mudou a chamada classi-
ficação, mas restaram mantidas exatamente as antigas comarcas de entrância especial, veja:
Art. 14. São Comarcas de Entrância Comum as de Angra dos Reis, Araruama, Armação de Búzios, 
Arraial do Cabo, Barra do Piraí, Barra Mansa, Bom Jardim, Bom Jesus do Itabapoana, Cachoeiras de 
Macacu, Cambuci-São José de Ubá, Cantagalo, Carapebus-Quissamã, Carmo, Casimiro de Abreu, 
Conceição de Macabu, Cordeiro-Macuco, Duas Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, Guapimirim, 
Iguaba Grande, Itaboraí, Itagauí, Italva-Cardoso Moreira, Itaocara, Itaperuna, Itatiaia, Japeri, Laje 
de Muriaé, Macaé, Magé, Mangaratiba, Maricá, Mendes, Miguel Pereira, Miracema, Natividade-Var-
re-Sai, Nilópolis, Paracambi, Paraíba do Sul, Paraty, Paty do Alferes, Pinheiral, Piraí, Porciúncula, 
Porto Real-Quatis, Queimados, Resende, Rio Bonito, Rio Claro, Rio das Flores, Rio das Ostras, Santa 
Maria Madalena, Santo Antônio de Pádua-Aperibé, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana, São 
João da Barra, São José do Vale do Rio Preto, São Pedro da Aldeia, São Sebastião do Alto, Sapucaia, 
Saquarema, Seropédica, Silva Jardim, Sumidouro, Tanguá, Trajano de Moraes, Três Rios-Areal-Le-
vy Gasparian, Valença e Vassouras.
As comarcas eram então classificadas em 3 entrâncias, conforme classificação a seguir:
• As Comarcas Pequenas, que são constituídas de municípios menores, são chamadas 
de 1ª entrância.
• As Comarcas Intermediárias, cujos municípios tenham preenchido os requisitos do 
art.12, que são as comarcas maiores, serão de 2ª entrância.
• Finalmente, os maiores Municípios do Estado eram classificadas como de Entrância 
Especial.
A nosso sentir, faltou