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↪ Dermatose inflamatória crônica, pruriginosa com etiologia multifatorial. ↪ Aparecem lesões eritematosas que podem ou não formar crostas. Tem predileção por áreas flexurais. ↪ É a principal manifestação cutânea de alergia. ↪ Acomete 5 a 20% de crianças no mundo, onde 45% são crianças de 1 a 5 anos, e 2% adultos após 45 anos. Predomina em crianças. ↪ É um transtorno imunológico com tendência ao perfil Th2. Está associada a nível sérico elevado de imunoglobulina. AMBIENTE: ⤷ Um indivíduo que se muda do meio rural pro meio urbano pode aumentar as chances de desenvolver dermatite atopica, isso é um gatilho ambiental. ⤷ Clima + poluição ⤷ Teoria da higiene: a exposição a microorganismo durante o parto normal previne o surgimento de doenças, a menor exposição a agentes infecciosos no início da infância aumenta a suceptibilidade a doenças alérgicas. ↪ GENÉTICA: História familiar de atopia (eczema, asma, rinite) aumentam as chances de desenvolver DA. Perda de função da filagrina devido mutação no seu gene. O indivíduo tem pele seca e tendência a desenvolver citocinas pró-inflamatorias. 70% dos atópicos possuem Hfa + Se um dos pais forem atópicos, aumenta de 2 a 3x a chance do filho ser atopico também. Se o pai e a mae forem atopicos, a chance de o filho ser também aumenta de 3 a 5x. Concordância de 80% entre gêmeos monozigóticos e 20% em dizigóticos. Mutações no gene da filagrina (1q23.3), o qual codifica uma proteína que agrega filamentos de queratina durante a diferenciação terminal da epiderme, são responsáveis pela ICTIOSE VULGAR. É um dos princ. fatores de predisposição da DA. ↪ A ALTERAÇÃO DA BARREIRA de proteção da pele nos atopicos favorece a penetração de substancias irritantes e sensibilizantes. * corticoides tópicos podem causar efeitos colaterais. ↪ A DA é caracterizada por pele seca em áreas lesionais e não lesionais, isso decorre de uma disfunção da barreira epidérmica e uma alteração no estrato córneo que conduz a perda de agua transepidermica. ↪ As células de Langerhans e celular epidérmicas dendriticas inflamatórias vão expressar o receptor de alta afinidade para IgE na DA extrínseca. Possuem também papel na apresentação de alergenos as células Th1 e Th2. ↪ A perda da integridade da barreira faz com que os queratinocitos produzam citocinas e quimiocinas junto as células endoteliais e isso contribui para o recrutamento de células pró-inflamatorias como THF- alfa e isso estimula a linfoproteina tímica estromal a estimular a imunidade adaptativa LTh2. Mudancas no equilíbrio de enzimas proteolíticas e os seus homólogos antiproteasicos conduzem ao aumento da atividade da protease, que acelera a degradação dos corneodesmossomos e das enzimas lipolíticas, resultando na falha em gerar ceramidas. SUBTIPOS DE DA: INICIO PRECOCE: DA que se manifesta nos 2 primeiros ano de vida. (+comum) INICIO TARDIO: Começa depois da puberdade. INICIO EM IDOSOS: Incomum, depois dos 66 anos. A deficiência de filagrina, que contribui para a montagem do involucro cornificado e aumenta a capacidade de ligação de agua do estrato córneo. A inflamação do tipo Th2 pode diminuir a expressão de filagrina. A pele tem função de barreira e sua integridade depende de lipídios intercelulares, lipídeos da GS, fator umectante natural Anormalidades da barreira cutânea: alteração no cromossomo 1q21.3, incluindo filagrina e no cromossomo 1q23.3, ictiose. Queratinocitos em pacientes com DA produzem altos níveis de linfopoietina estromal do timo TSLP, uma citocina do tipo IL-7 que direciona células dendriticas a induzir a polarização Th2. ↪ ALTERAÇÕES IMUNOLOGICAS: Uma forma de dermatite associada a IgE ou dermatite alérgica corresponde a DA extrínseca. Paciente sem evidencia de sensibilização por IgE ou forma não alérgica da dermatite corresponde a DA intrínseca. A DA ocorre geralmente em crianças e bebes, a asma favorece crianças mais velhas e a alergia em adolescentes. ↪ DISBIOSE: Os queratinocitos epidérmicos expressam receptores que se ligam a substancias microbianas e induzem resposta inflamatória como forma de defesa. No entanto, no paciente com DA a produção de peptídeos está diminuída e isso favorece a colonização da pele por patógenos. S. aureus coloniza > de 90% dos pacientes com DA. Com isso, o reconhecimento de TLR-2 dos componenetes da parede celular da S. aureus estimula a resposta inflamatória. Enterotoxinas estafilococicas podem provocar uma sensibilização mediada por IgE, que pode correlacionar com a severidade da doença devido estimulo de resposta Th2. ↪ Alergenos alimentares, geralmente ovo, leite de vaca, trigo, soja e amendoim. ↪ Aeroalergenos como ácaros da poeira ↪ Fatores emocionais como ansiedade, estresse, tensão, depressão ↪ Irritantes: sudorese excessiva, abrasivos e ressecamento excessivo. ↪ SOL ajuda no controle, e aumenta a imunidade da pele. ↪ Medicamentos, antibióticos, renda alta favorecem o desenvolvimento da DA. 50% dos atopicos com inicio antes dos 2 anos evoluem pra asma Pessoas atopicas que desenvolvem asma e rinite podem evoluir pra casos severos ↪ A célula de Langerhans vai responder excessivamente aos alergenos. Os linfócitos vão reconhecer antígenos e vão transformar o linfócito em um perfil Th2. Terá a atividade dos eosinófilos também. IgE – mastócitos – histamina ↪ No quadro crônico há mudança de Th2 para Th1 com produção de interferon gama. ↪ As lesões são pruriginosas, geralmente acomete pregas flexurais e região de dobras. ↪ Em crianças predominam lesões agudas como pápulas, placas edematosas etc. Lesões crônicas, que tipificam a DA em adolescentes/adultos se apresenta como placas espessas com liquenificação. DA INFANTIL (idade < 2 anos): após o 2º mês de vida, pode se apresentar inicialmente como pápulas edematosas e papulovesiculas nas bochechas. Geralmente se apresenta vermelha em crianças brancas, violácea em crianças negras e vermelha/rosa em crianças pardas. DA NA JUVENTUDE (idade de 1 a 12 anos): lesões menos exudativas e tendem a se tornar liquenificadas. Os locais clássicos são a fossa cubital e poplítea (eczema flexural), pescoço, pálpebras. DA NA ADOLESCENCIA/FASE ADULTA (idade > 12 anos): subaguda/crônica, lesoas liquenificadas e envolvendo pregas de flexão. Pode envolver palpebrasm região retorauricular, pescoço e peito. DA SENIL (idade > 60 anos): xerose evidente. A maioria não tem as lesões típicas de área de flexão liquenificadas da DA em crianças e jovens. ↪ A DA afeta a qualidade de vida devido o prurido intenso e estigmatização, que pode resultar em distúrbios psicológicos, alterações do sono, estresse etc. ↪ As variantes da DA podem ocorrer isoladamente ou em conjunto com os padrões clássicos. ↪ DERMATITE ATÓPICA DAS MÃOS ↪ DERMATITE ATÓPICA DAS PALPEBRAS ↪ ECZEMA NUMULAR ↪ DERMATITE ATÓPICA DOS LABIOS ↪ É clínico, sempre há manifestação de prurido! Então prurido = pensar em DA. ↪ Não existe marcador especifico. ↪ Ige elevado – mas nem sempre presente ↪ Formas: INTRINSECA (IgE não associado e ambiente reativo) EXTRÍNSECA (IgE associado e ambiente reativo). ↪ Pode-se realizar biopsia para excluir outras dermatoses. ↪ Os critérios de Hafini necessitam da presença de 3 criterios maiores e 3 criterios menores. ↪ Critérios de Hafini – CRITÉRIOS MENORES DE DIANGOSTICO PARA DA Ptiriase Alba Dobras no pescoço anterior Prurido ao suor Intolerancia a lã e solventes lipídicos Acentuação perifolicular Intolerancia alimentar Fatores ambientais/emocionais alterando curso da doença Dermografismo branco Xerose Ictiose/queratose pilar/ hiperlinearidade palmar Reatividade cutânea positiva IgE sérica elevada Surgimento em idade precoce Tendencia a infecções de pele Dermatite mãos e pés Eczema de mamilos Queilite Conjutivite Prega ocular de Dennie-Morgan Ceratocôneo Catarata subcapsular anterior Escurecimento orbital Eritema e palidez facial ↪ Critérios de Hafini – CRITÉRIOS MAIORES PARA DIAGNOSTICO DE DA Prurido Morfologia e distribuição típica: adutos: lesões flexurais. Crianças e lactentes: face e superfícies extensoras. Dermatite crônica ou recidivante História familiar ou pessoal de atopia ↪ TESTE PRIK TET E RAST: ↪ PACH TAST ↪ Dermatite seborreica, dermatite de contato, psoríase, impetigo, escabiose, tínea, neurodermite/liquen simples crônico, dermatite numular, dermatofitose, COMORBIDADES: Condicoes neuropsíquicas, alergias alimentares, linfomas, DCV, infecções e inflamações auto-imune ↪ Pilares do tratamento: Afastamento dos fatores desencadeantes: evitar sudorese intensa, irritantes a pele como soluções, perfumes, evitar extremos de temperatura, exclusão alimentar por 4 a 6 semanas se houver clara relação, ambientes limpos – poeira domiciliar -, estresse. Restauração da barreira cutânea: Banhos em temperatura ambiente; evitar excesso de sabão, pH ideal próximo a 5; emolientes logo após o banho; hidratantes hipoalergenicos, sem fragança, barato, duradouro, boa cosmética e aceitação. Controle da inflamação: Corticoides (Diretrizes para uso de corticoides tópicos). Quanto mais nova for a pessoa usar corticoide de baixa potencia, e caso seja jovem pode usar corticoide de media a alta potencia. Controle do prurido CORTICOIDES TÓPICOS – 1ª linha: BAIXA POTENCIA: Quadros leves, face e flexuras, gravidas e crianças bb ALTA POTENCIA: Mais velhos, liquenificação, lesões antigas, palmas e plantas. Inibidores da calcineurina: face e flexura (custo alto e irritação) Fototerapia: NB-UVB 211nm ou UVA Falha dos medicamentos típicos e fototerapia: Usar medicamentos sitemicos como CICLOSPORINA, AZATIOPRINA, METOTREXATO, MICOFENOLATO. Biologico: Dupimulab (bloqueia a interleucina 4 e 13) Anticorpo monoclonal: Mepolizumab, beralizumab e reslizumab ↪ Aplicação de emoliente na pele dentro de 3 minutos após sair do banhi ou ducha morna diarios aumenta a hidratacao da pele e a funcao de barreira epidermica. Sehá indicação ao uso de corticosteroide topico, este deve ser aplicado imediatamente após o banho e antes da aplicação do emoliente.