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Prévia do material em texto

Ética e Humanização 
em Saúde
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Karina Camasmie Abe
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Humanização em Saúde
• Introdução;
• Fragmentação do Atendimento em Saúde;
• Sociedade Líquida;
• Ética e Humanização;
• Desafios e Limitações dos Métodos de Humanização;
• Sistema Único de Saúde e a Humanização em Saúde;
• Política Nacional de Humanização – HumanizaSUS.
• Conhecer os conceitos envolvidos na humanização em saúde ;
• Conhecer os principais desafi os e as limitações das ações de humanização ;
• Discutir a evolução dos valores e comportamentos da sociedade contemporânea ;
• Conhecer a política nacional de humanização em saúde lançada pelo Ministério da Saúde. 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Humanização em Saúde
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Humanização em Saúde
Introdução
Quando mencionamos humanização em saúde, podemos causar estranha-
mento em muitas pessoas: “humanizar o quê? Por acaso não somos humanos?” 
– Foram perguntas feitas por uma auxiliar de Enfermagem de uma unidade básica 
de saúde de São Paulo, SP. 
Faz algum tempo que o assunto humanização chegou aos serviços de Saúde 
e a reação dos profissionais foi variada: algumas pessoas já estavam trabalhando 
sob essa ótica de ações humanizadoras e se sentiram valorizadas e reconhecidas; 
outras – que representavam a maioria – não tinham ideia alguma do que se tratava, 
reagindo com desdém ou indignação – “humanizar os humanos?” (RIOS, 2009a).
Tais profissionais consideraram essa discussão como um insulto ao trabalho re-
alizado. Porém, assim que se explicava que a humanização é a construção de um 
relacionamento ético e ampliado entre profissionais, pacientes e instituições, tendo 
por objetivo recuperar valores humanísticos esquecidos pela rotina, demanda de 
trabalho e o cotidiano, a inicial repulsa amenizava.
Figura 1
Fonte: Getty Images
A área da Saúde é caracterizada por uma prática dependente da ética. Ou seja, 
mesmo que a lógica do mundo seja contrária aos princípios éticos da benevolên-
cia – e não agir com a intenção de causar o mal ao outro –; na área da Saúde é 
imprescindível a educação para a ética nas relações entre as pessoas, dado que isso 
faz parte de se realizar a missão a que se destina essa escolha profissional. 
Infelizmente, o tema ainda é pouco discutido e inserido no cotidiano da maioria 
das práticas de atenção em saúde e ensino.
Em uma pesquisa com residentes do primeiro e último ano da residência médi-
ca do Hospital Heliópolis, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foram 
identificados dados interessantes: os pesquisadores detectaram que, ao ingressarem 
na residência, os médicos apresentavam vaga noção do que seria humanização, 
8
9
considerando-a mais focalizada na qualidade da relação médico-paciente. No últi-
mo ano de residência, porém, a maioria apresentou maior falta de informação e 
de interesse pelo assunto, inclusive, considerando que a humanização tem menor 
relação com o seu trabalho e mais com o voluntariado, a administração hospitalar, 
os psicólogos e assistentes sociais (RIOS, 2009a). 
Essa pesquisa mostra como é comum iniciarmos um trabalho pensando de 
uma forma mais integralizada ao meio e ambiente, de modo mais interdisciplinar 
e, no dia a dia, frente às dificuldades de recursos, de atuação, pressões de todos 
os tipos, é comum acabarmos nos limitando e fechando ao que é somente “ne-
cessário” fazer. Você já deve ter ouvido algumas vezes as seguintes justificativas: 
“Isso não é o meu trabalho”; “Estou aqui apenas para fazer isso”; “Não tenho 
tempo para isso”. 
Os pesquisadores concluíram que os serviços de Saúde necessitam, urgentemen-
te, de capacitação e incorporação de projetos de humanização e discussão sobre a 
conduta ética em Saúde (RIOS, 2009a).
Essa pesquisa nos faz pensar sobre os nossos hábitos e condicionamentos quan-
do estamos em determinadas circunstâncias. Apesar de entrarmos ou iniciarmos 
um trabalho/atendimento com a melhor das intenções, vontade e acolhimento, 
a rotina, o hábito, a pressão, o cansaço e a falta de diálogo e informação, assim 
como a incompreensão sobre onde se está e as consequências das próprias ações 
e responsabilidades podem ocasionar certos momentos de inconsciência, falta de 
reflexão e diálogo. Tudo isso influencia o modo como tratamos os outros – profis-
sionais e pacientes – no ambiente de trabalho. 
Fragmentação do Atendimento em Saúde
Estamos, cada vez mais, compartimentalizando os atendimentos e o modo como 
nos relacionamos. A Medicina, antes mais generalista, deu espaço aos avanços 
tecnológicos e se especializou em diversas partes do corpo – atualmente temos 
especialidades médicas para o tratamento de problemas do coração, da pele, dos 
pulmões, rins, da garganta, dos hormônios etc. Cada sistema do corpo humano 
possui mais de uma especialidade médica.
A compartimentalização possibilitou inúmeros avanços em pesquisas e no trata-
mento de doenças; porém, pode ter contribuído para a geração de inúmeros erros 
médicos e diagnósticos equivocados, pois o médico especialista apenas consegue 
analisar sobre a área que domina e o paciente dependerá do envolvimento desse 
profissional para se chegar ao diagnóstico ou encaminhamento correto. Por exem-
plo: algumas vezes uma pessoa procura o serviço de Saúde por estar com forte dor 
de cabeça. Esse sintoma pode ser devido a uma série de fatores, ou seja, pode ser 
apenas uma dor de cabeça ocasionada por estresse, ou uma sinusite, problemas de 
pressão ou neurológicos, ou até mesmo um tumor.
9
UNIDADE Humanização em Saúde
Figura 2
Fonte: Getty Images
Por isso, a qualidade da atenção dedicada ao paciente é extremamente impor-
tante para que as pessoas sejam vistas de forma integral – e não compartimenta-
lizadas. Dito de outra forma, não se deve olhar o paciente e apenas ver a doença, 
sendo necessário conseguir enxergar o humano vítima dessa doença e todas as 
circunstâncias que o rodeiam.
De forma prática, não existe procedimento técnico, clínico ou cirúrgico que não provoque 
emoções, sentimentos, lembranças e que não deixe as suas impressões, os efeitos e uma 
memória atrelada ao processo.Saber disso é importante porque os pacientes podem reagir 
ao contato com o profissional da Saúde de um modo comumente incompreensível, mas que 
se torna entendível se pensarmos que não se trata apenas de um sentir por vias neuronais. 
Comumente o simples toque ou estilo de abordagem significa um sentimento que pode re-
meter e vir carregado de vivências, muitas vezes inconscientes até para o próprio paciente 
(RIOS, 2009b).
Ex
pl
or
É igualmente importante considerar que as condições de trabalho dos profis-
sionais da Saúde podem vir a ser extremamente desumanizadoras, com falta de 
recursos básicos e infraestrutura, além da demanda em atendimento em poucos 
minutos – realidade que ocorre em muitos estabelecimentos e municípios. A carga 
emocional e de trabalho a que esses profissionais estão expostos é demasiadamen-
te alta e, não raramente, pode-se encontrar profissionais da Saúde tratando com 
indiferença ou insensibilidade os seus pacientes e até mesmo os demais colegas 
profissionais. Isso também chama a atenção para olharmos a esse profissional 
como um ser humano que possui as suas limitações e dificuldades para lidar com 
questões emocionais e afetivas.
Por isso, é importante promover a discussão e inserção de medidas que pro-
movam a denominada humanização em saúde, resgatando as pessoas da rotina 
alienante e apatia aparente, fazendo-as refletir sobre a forma de se relacionar no 
meio em que estão inseridas.
10
11
Importante!
Que muitos processos éticos são abertos nos conselhos profissionais a cada dia, com de-
núncias sobre más condutas de profissionais da Saúde? Entretanto, o acompanhamento, 
monitoramento, diálogo entre esses profissionais, a capacitação a respeito de condutas 
humanizadoras e éticas em Saúde, assim como um canal legítimo de conversação e es-
cuta ajudariam inúmeros profissionais a melhorarem as próprias práticas profissionais e 
o ambiente de trabalho.
Você Sabia?
Sociedade Líquida
A atual sociedade possui acesso à tecnologia em uma velocidade nunca vista, 
o que modificou a forma de se relacionar, conversar, acompanhar e se comunicar.
Há muitos choques de gerações e hábitos, principalmente tecnológicos, com 
adventos que prometiam ser estreitadores dos relacionamentos, mas que parecem 
causar efeitos colaterais na superestimação da individualidade. Os nossos maiores 
esforços, atualmente, correspondem a parecermos algo e divulgarmos essa perso-
na nas redes ou para as pessoas às quais estamos ligados.
Figura 3
Fonte: Getty Images
Como analisado pelo pensador Zygmunt Bauman, a Era Pós-Moderna foi descrita 
como sendo de característica “líquida”, simbolizando os nossos frágeis laços típicos 
dessa época, representando um mundo cada vez mais incerto, inseguro e “movediço”. 
Bauman foi um grande pensador humanista, pois dedicou a sua vida a divulgar 
as suas reflexões a respeito da sociedade moderna, que caracterizou como uma 
sociedade de consumo, onde a única certeza é a incerteza da mudança e uma ca-
racterística marcante desta época é o fato de as pessoas se relacionarem, muitas 
vezes, como se fossem produtos.
11
UNIDADE Humanização em Saúde
A nossa sociedade pós-moderna passa por uma revisão de valores. Não é pos-
sível pensar a humanização na Saúde sem antes dar uma olhada no que acontece 
no mundo contemporâneo (RIOS, 2009a).
Uma das faces da proposta da humanização da área da Saúde seria, portanto, 
uma proposta de ampliação do atual olhar da assistência, incluindo em seus pro-
cedimentos a atenção aos aspectos existenciais, sociais, culturais e religiosos. Isso 
possibilita uma mudança na maneira como os profissionais cuidam de seus pacien-
tes, promovendo atitudes de acolhimento, maior disposição em ouvir o doente e 
entender as suas necessidades, além da construção de um elo de confiança e de um 
espaço para discutir a melhor opção de tratamento.
Leia o seguinte trecho do livro Identidade, de Zygmunt Bauman (p. 78) e a forma como 
descreve a sociedade contemporânea:
Com os fones de ouvido devidamente ajustados, exibimos nossa indiferença em 
relação à rua em que caminhamos. Ligados no celular, desligamo-nos da vida [...]. 
Defrontadas com momentos de solidão em seus carros, nas ruas ou em caixas de 
supermercado, mais e mais pessoas deixam de se entregar a seus pensamentos 
para, em vez disso, verificarem as mensagens deixadas no celular em busca de 
algum fiapo de evidência de que alguém, em algum lugar, possa desejá-las ou 
precisar delas.
As agendas dos celulares ocupam o lugar da comunidade que nos falta, e a es-
perança é que substituam a intimidade perdida. Espera-se que aguentem uma 
carga de expectativa que lhes é impossível levantar, muito menos sustentar.
Nosso universo escapa a todo entendimento. Suas intenções são desconhecidas, 
seus próximos passos imprevisíveis. E assim, o medo cósmico é também o horror 
do desconhecido: o terror da incerteza e do desamparo.
Ex
pl
or
Ética e Humanização
A ética, por enfatizar os deveres, direitos, valores e o modo como as pessoas 
conduzem as suas relações, constitui-se de uma dimensão fundamental para a hu-
manização (BACKES; LUNARDI; LUNARDI FILHO, 2006).
Imagine a enorme velocidade que as mudanças ocorrem atualmente. Se formos 
pensar que a penicilina foi descoberta em 1928, aumentando drasticamente a efi-
cácia de cura e que em todo o período anterior a essa descoberta a sociedade não 
possuía o conhecimento desse tipo de medicamento para o tratamento de infec-
ções microbianas, podemos pensar que a evolução das tecnologias em Saúde avan-
çaram de forma rápida – talvez em uma velocidade que não conseguimos assimilar. 
O avanço da técnica e tecnologia fez com que a área da Saúde se distanciasse das 
Ciências Humanas e se aproximasse das áreas Exata e Biológica. As perspectivas 
de evolução da área da Saúde não devem ser vistas como ruins, no entanto, houve 
12
13
demasiada concentração na parte técnica e nas perspectivas de que a Ciência con-
seguiria resolver todos os nossos problemas da atualidade. A visão do ser humano 
como uma “máquina”, possível de ser “consertada” por métodos adequados e téc-
nica, reforçou a abordagem cientificista, exata, compartimentalizada, separando-o 
de seu meio, sociedade, hábitos, entre outros aspectos.
Grande parte do fenômeno que chamamos de desumanização deve-se justa-
mente a essa experiência radical da tecnificação da Saúde e Ciência. Pense que, 
por um lado, uma parte da desumanização deriva das próprias experiências vividas 
pelos profissionais da Saúde, desde a sua formação até os exemplos que encontram 
em seu cotidiano; por outro lado, podemos pensar na frustração dos doentes, que 
se sentem desiludidos diante da limitação e incapacidade de todas essas tecnologias 
científicas não conseguirem lhe entregar o que pareciam prometer.
Em situações de alta gravidade e de limitações de recuperação da saúde, tanto 
pacientes quanto profissionais possuem dificuldades em lidar com situações de fa-
lência dos recursos técnicos e é, principalmente, nesses momentos que eventual-
mente mostram as inaptidões do exercício das virtudes humanas (CLARAMONTE 
GALLIAN; PONDE; RUIZ, 2012).
Ressalta-se aqui que a desumanização não é uma consequência de especial mal-
dade dos profissionais ou pacientes, sendo todos vítimas dessa patologia moderna 
(CLARAMONTE GALLIAN; PONDE; RUIZ, 2012).
É desse extremo que a Ciência e a área da Saúde tentam reestabelecer um novo 
equilíbrio, pois não se consegue retirar o homem do meio em que vive. Necessi-
tamos de reflexão acerca de nossas ações e atitudes, voltando a estabelecer rela-
ções éticas, culturais e existenciais com as pessoas à nossa volta (CLARAMONTE 
GALLIAN, 2000).
Como explicado pelo pesquisador Claramonte Gallian (2000): “Ainda que quase 
todo mundo concorde teoricamente, na prática poucos são os que efetivamente 
estão conscientes de que a Ciência e a tecnologia não podem resolver todos os 
problemas da humanidade”.
Nessa perspectiva, não temos dúvidas de que há necessidade de se humanizarnovamente a área da Saúde, não somente pela necessidade de formação e conduta 
ética, mas também é fundamental interligar os saberes e a evolução dos conhecimen-
tos biológicos e físico-experimentais aos saberes e conhecimentos das outras áreas 
e profissionais, tais como historiadores, filósofos, antropólogos, psicólogos, literatos, 
pedagogos e alunos (CLARAMONTE GALLIAN, 2000). É urgente a necessidade de 
percebermos que o ser humano é constituído de todas essas faces e deve ser perce-
bido como um ser físico, biológico, cultural, social, espiritual e relacional.
O profissional da Saúde nunca estará afastado das determinações de seu papel 
social, do lugar imaginário, das demandas conscientes e inconscientes dos pacientes, 
de sua formação acadêmica e, como não poderia deixar de ser, principalmente de 
sua personalidade (RIOS, 2009b). Assim, deve-se constituir canais comuns de estudo, 
discussão e troca de experiências, tanto para pacientes quanto profissionais de Saúde.
13
UNIDADE Humanização em Saúde
Quanto mais técnicos e pouco humanizados, mais fácil será sermos trocados por uma inte-
ligência artificial, em um futuro não muito distante. Nesse sentido, leia a seguinte reporta-
gem sobre um médico-robô que já realiza atendimentos desde 2018, na China: 
Médico-robô começa a tratar pacientes em ambulatório da China
Um robô dotado de inteligência artificial com capacidade para diagnosticar pacientes e dar 
receitas de acordo com os sintomas começou a “trabalhar” em um ambulatório da província 
oriental chinesa de Anhui.
O médico-robô, de aspecto humanoide, grandes olhos azuis e com um permanente sorriso, é 
capaz de lembrar diagnósticos e receitas de outros médicos que trabalham no Centro na hora 
de tratar seus pacientes, se baseando em passadas experiências.
O robô já havia ganhado fama no ano passado ao se transformar no primeiro do mundo a 
superar o exame para obter a Licenciatura para trabalhar como médico. 
Figura 4
Fonte: Getty Images
Ex
pl
or
Fonte: https://glo.bo/398RjvM
Desafios e Limitações dos 
Métodos de Humanização
Devemos ficar atentos e manter sempre uma reflexão crítica para ajudarmos no 
desenvolvimento e aprimoramento das técnicas e Educação em Saúde. Por isso, 
programas de treinamento e capacitação são desenvolvidos para divulgar e promo-
ver a chamada humanização, desde a base educacional até a sua prática. Entre-
tanto, muitas vezes os estabelecimentos apenas propõem esse tipo de programa 
para atender a metas e resoluções externas, provocando a ineficácia da abordagem 
– que comumente é negligenciada.
Sem fundamentar esses programas e treinamentos em uma interdisciplinaridade 
verdadeira, com elos e aplicações práticas, pode-se cair no erro de essas propostas 
serem mais um aprendizado técnico-cientificista, que precisam ser incorporados, 
14
15
como se fossem um “pacote” de competências e habilidades exigidas, aumentando 
a alienação, angústia e ansiedade. Além disso, caso sejam mal implementadas, as 
ações de humanização podem contribuir, paradoxalmente, para a desumanização e 
perda dos valores, delegadas à indiferença ou como ensinamentos que não podem 
ser colocados em prática (CLARAMONTE GALLIAN; PONDE; RUIZ, 2012).
A falta de ações e políticas, de fato, mais humanizadas no ambiente da Saúde 
pode levar a elevados índices de adoecimento daqueles que devem dar conta de 
demandas de altíssima complexidade com precários recursos materiais e subjetivos 
(REIS; MARAZINA; GALLO, 2004).
Sistema Único de Saúde 
e a Humanização em Saúde
Desde a sua criação, o Sistema Único de Saúde (SUS) é a estrutura que apresen-
ta as contradições e heterogeneidades que caracterizam a nossa sociedade: por um 
lado, possui serviços modernos e de “ponta” tecnológica ao lado de serviços que 
estão sucateados. 
Assim, para tentar disseminar práticas mais humanizadas de atendimento, no 
ano de 2000 o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Humanização 
da Assistência Hospitalar (PNHAH), estimulando a disseminação das ideias e ações 
humanizadoras de acordo com a realidade local. Esse programa foi inovador e 
tinha forte ênfase na transformação das relações interpessoais pela compreensão 
dos fenômenos no campo subjetivo.
Em 2003, o Ministério da Saúde passou o PNHAH por uma revisão e apri-
morou o Programa na Política Nacional de Humanização (PNH), que mudou o 
patamar de alcance da humanização dos hospitais para toda a rede SUS. A PNH 
se apresentou como um conjunto de diretrizes que norteiam as atividades institu-
cionais que envolvam pacientes, profissionais da Saúde ou gestores, em qualquer 
instância de efetuação (RIOS, 2009).
Muitos desafios são elencados para a humanização em saúde no SUS, sendo 
alguns os seguintes (REIS; MARAZINA; GALLO, 2004):
• Fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes 
profissionais;
• Fragmentação da rede assistencial com outras redes; 
• Precariedade de interação entre as equipes e despreparo para lidar com a di-
mensão subjetiva;
• Sistema público de saúde burocratizado e verticalizado;
• Baixo investimento na qualificação dos trabalhadores;
15
UNIDADE Humanização em Saúde
• Poucos dispositivos de fomento à participação na gestão e nas decisões no 
ambiente de trabalho;
• Desrespeito aos direitos dos usuários; 
• Formação dos profissionais distante da discussão e formulação de políticas 
de saúde;
• Frágil controle dos processos de atenção e gestão do SUS; 
• Modelo de atenção “centrado na relação queixa-conduta”. 
Apesar de serem ações condenáveis e criticáveis, essas práticas são comumen-
te encontradas nas instituições, contribuindo para a fragmentação do sujeito e 
atendimento, da burocratização do atendimento e do reforço ao individualismo . 
Aos  profissionais isso pode ser compreendido como uma violência e um de-
samparo em que, muitas vezes, sentem essa rotina e respondem com apatia e 
indiferença. É nesse círculo que devemos atuar para melhorar as condições de 
humanização e valorização do ser humano (REIS; MARAZINA; GALLO, 2004).
Política Nacional de 
Humanização – HumanizaSUS
A PNH existe no Brasil desde 2003 e reforça os princípios do SUS no cotidiano 
das práticas de atenção e gestão, incentivando trocas solidárias entre gestores, tra-
balhadores e usuários, qualificando a saúde pública no Brasil. 
A humanização é um processo de valorização dos usuários, trabalhadores e gestores 
envolvidos no setor da Saúde. E o que se entende por valorização dos sujeitos? Trata-se 
de proporcionar maior autonomia, ampliar a capacidade de transformação da realidade 
em que vivem, por meio da responsabilidade compartilhada, da criação de vínculos 
solidários, da participação coletiva nos processos de gestão e produção de saúde.
Incentivando as mudanças nos métodos de gestão e cuidado, a PNH visa estimular 
a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos e 
reflexões coletivas e relacionadas ao enfrentamento de relações de poder, trabalho e 
afeto que, muitas vezes, produzem atitudes e práticas consideradas desumanizadoras. 
Tais práticas inibem a autonomia e corresponsabilidade dos profissionais de Saúde 
em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si (BRASIL, 2013). No Quadro a seguir 
estão descritos os princípios norteadores da política de humanização:
Quadro 1 – Descrição e princípios da PNH
Princípio Descrição
Transversalidade
Transversalizar é o reconhecimento e trabalho em conjunto das diferentes especialidades e 
práticas de saúde, incluindo a experiência do paciente. Juntos, esses saberes podem produzir 
ações mais corresponsáveis em saúde. A PNH busca transformar as relações de trabalho 
a partir da ampliação da comunicação e do grau de contato entre as pessoas e os grupos, 
evitando o isolamento e a hierarquização das relações.
16
17
Princípio Descrição
Indissociabilidade entre 
atenção e gestão
Atenção à saúde é influenciada, diretamente, pelas decisões tomadas pela gestão. As decisões 
da gestão interferem diretamente na atençãoà saúde. Por isso, profissionais e usuários devem se 
interessar em conhecer como funciona a gestão da rede e dos serviços de saúde, assim como participar 
ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde 
coletiva. Os usuários devem também se sentir corresponsáveis pelo próprio cuidado nos tratamentos 
adotados. Assim, assume-se o protagonismo na manutenção da sua saúde e de sua família.
Protagonismo, 
corresponsabilidade e 
autonomia dos sujeitos 
e coletivos
Os usuários não devem ser vistos apenas como pacientes, ou seja, uma visão passiva; assim 
também como os profissionais não devem apenas cumprir ordens, sendo necessário o 
protagonismo de todos para que as mudanças aconteçam, mesmo que demande tempo 
para que cada um reconheça o seu papel. Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como 
legítima cidadã de direitos, valorizando e incentivando a sua atuação na produção de saúde.
Fonte: Adaptado de Brasil (2013)
Objetivos do HumanizaSUS
Os principais objetivos da política nacional de humanização da atenção e gestão 
do SUS são assim resumidos (BRASIL, 2013):
• Disseminar os princípios e as diretrizes da humanização entre profissionais, 
gestores e usuários do SUS;
• Incrementar as iniciativas de humanização existentes;
• Aumentar o relacionamento sadio e compartilhamento das práticas de gestão 
e atenção;
• Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e ações de apoio a mudanças susten-
táveis dos modelos de atenção e gestão;
• Monitorar os processos de acompanhamento e avaliação, divulgando as expe-
riências coletivas e o conhecimento bem-sucedido.
Diretrizes do HumanizaSUS
O Quadro a seguir resume as principais diretrizes do HumanizaSUS, descre-
vendo o que são e como fazer:
Quadro 2 – Diretrizes do HumanizaSUS
Diretriz O que é? Como fazer?
Acolhimento Acolher é reconhecer que a necessidade de saúde do outro é legítima.
Manifesta-se principalmente a acolhida com uma escuta 
atenciosa oferecida pelo profissional de Saúde ao usuário. 
A escuta e compreensão adequadas podem garantir o 
acesso apropriado desse usuário a tecnologias dedicadas 
às suas necessidades, ampliando a efetividade das 
práticas de Saúde. A escuta adequada, no início, assegura, 
por exemplo, que todos sejam atendidos com prioridades 
a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco, 
não negligenciando a situação de saúde dos usuários e 
dando a devida atenção ao que é, de fato, grave e urgente. 
Gestão participativa 
e cogestão
Cogestão significa incluir novos sujeitos nos 
processos de análise e decisão e a ampliação das 
tarefas da gestão.
A organização e experimentação de diálogos em rodas 
é uma importante orientação da cogestão. A disposição 
em rodas favorece o ambiente para se colocar as 
diferenças em contato de modo a produzir movimentos 
de desestabilização. Isso favorece as mudanças, pois 
cada indivíduo possui voz e participa mais ativamente.
17
UNIDADE Humanização em Saúde
Diretriz O que é? Como fazer?
Ambiência
Diz respeito a criar espaços saudáveis, acolhedores 
e confortáveis, que sejam respeitosos à privacidade 
e que propiciem mudanças no processo de trabalho. 
Esses ambientes devem ser lugares de encontro 
entre as pessoas.
É possível realizar de forma a favorecer discussões 
sobre situações do dia a dia, tais como uma reforma, 
nova disposição dos espaços etc. Ouvir os usuários e 
trabalhadores de cada serviço é uma orientação que 
pode melhorar o ambiente de saúde.
Clínica ampliada 
e compartilhada
Trata-se de uma ferramenta teórica e prática, 
cuja finalidade é considerar a singularidade 
do sujeito e a complexidade do processo 
saúde/doença durante o seu tratamento. Uma 
clínica ampliada diminui a fragmentação do 
conhecimento e das ações de Saúde, diminuindo 
a sua ineficácia.
Atualmente, há muitos recursos que proporcionam 
diagnósticos mais detalhados e melhora da qualificação 
do diálogo – tanto entre os profissionais de Saúde, 
quanto destes com o usuário –, de modo a possibilitar 
decisões compartilhadas e compromissadas com a 
autonomia e saúde dos indivíduos que utilizam o SUS.
Valorização 
do trabalhador
É importante dar visibilidade e reconhecimento à 
experiência dos profissionais e incluí-los na tomada 
de decisão, apostando em sua capacidade de analisar, 
definir e qualificar os processos de trabalho.
O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a 
Comunidade Ampliada de Pesquisa são exemplos 
que facilitam o diálogo, a intervenção e análise do que 
gera sofrimento e adoecimento, assim como o diálogo 
do que fortalece os grupos.
Defesa dos direitos 
dos usuários
Os direitos dos usuários de Saúde são garantidos 
por Lei e os serviços de Saúde devem incentivar o 
conhecimento desses direitos e assegurar que sejam 
cumpridos, desde a entrada do indivíduo até a sua alta.
Todo cidadão tem direito a uma equipe de Saúde que 
lhe dê atenção e que o informe sobre a sua saúde, 
ficando a seu critério a divulgação do seu estado.
Fonte: Adaptado de Brasil (2013)
A política de humanização em saúde deve ser um instrumento de transferência 
de um poder centralizado para um poder compartilhado, em que profissionais, pa-
cientes e gestores possam sustentar o processo de prevenção e assistência (REIS; 
MARAZINA; GALLO, 2004).
Em uma visão panorâmica, podemos notar inúmeros progressos em relação à 
denominada humanização da saúde. Muito há ainda a ser trilhado, pois também 
incontáveis são os desafios modernos; porém, vale lembrar que, em um passado 
não distante da história do Brasil, as pessoas com transtornos mentais e psiqui-
átricos, por exemplo, recebiam tratamentos atualmente considerados absurdos e 
obscuros, em diversos hospitais psiquiátricos, em que
[...] homens e mulheres eram submetidos a condições sub-humanas, per-
diam o direito à cidadania e eram amontoados em hospitais superlotados 
que usavam de tratamentos violentos que, muitas vezes, resultavam em 
morte – os cadáveres eram vendidos para laboratórios de Anatomia de uni-
versidades. Há registros de pelo menos 60 mil mortes entre homens, mu-
lheres e crianças em hospitais psiquiátricos brasileiros. (FIOCRUZ, 2018)
Atualmente, as pessoas com transtornos psiquiátricos são atendidas de maneira 
intensiva, porém, não de forma isolada e esquecida em manicômios. A maioria 
dessas casas foi fechada e hoje há outros programas de atendimento, como o sur-
gimento dos centros e núcleos de atenção psicossocial. Muito há ainda a ser me-
lhorado, porém, é necessária a participação atuante e consciente de todos, sejam 
profissionais, gestores ou usuários dos sistemas de saúde. 
Não deixe de buscar e se informar sobre outras ações de humanização, procurando 
compreender as evoluções históricas, como se desdobraram ao que atualmente conhece-
mos; investigue informações sobre os avanços da inteligência artificial e como é utilizada 
na área da Saúde. Enfim, fontes não faltam, mas não se esqueça de realizar uma leitura e 
reflexão crítica sobre as quais, discutindo e percebendo diferentes pontos de vista.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
HumanizaSUS
Conheça as experiências do Sistema Único de Saúde (SUS) documentadas em vídeo.
https://youtu.be/CygobCIwKIU
HumanizaSUS – Permaneço eu, permaneço tu, permanecer SUS
https://youtu.be/TMb9qQPUFF8
 Leitura
Política Nacional de Humanização (PNH)
http://bit.ly/2I2vUs9
HumanizaSUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS
http://bit.ly/32H9MgA
Rede HumanizaSUS
http://bit.ly/2I60uRA
Humanização, humanismos e humanidades: problematizando conceitos e práticas no contexto da saúde no Brasil
http://bit.ly/389GxE9
Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento
http://bit.ly/2wgSNVX
Melhor no passado: a verdadeira saúde da família
http://bit.ly/32E8fb8
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UNIDADE Humanização em Saúde
Referências
BACKES, D. S.; LUNARDI, V. L.; LUNARDI FILHO, W. D. A humanização hos-
pitalar como expressão da ética.Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 14, n. 1, jan./
fev. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n1/v14n1a18.pdf>. 
Acesso em: 9 jan. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da 
Política Nacional de Humanização. Política Nacional de Humanização (PNH). 
Brasília, DF, 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2020.
CLARAMONTE GALLIAN, D. M. A (re)humanização da Medicina. 2000. Dis-
ponível em: <http://priory.com/psych/galli0500.htm>. Acesso em: 15 jan. 2020.
________.; PONDE, L. F.; RUIZ, R. Humanização, humanismos e humanidades: 
problematizando conceitos e práticas no contexto da saúde no Brasil. Revista In-
ternacional de Humanidades Médicas, v. 1, n. 1, 2012. Disponível em: < https://
journals.epistemopolis.org/hmedicas/article/view/1293>.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Reforma antimanicomial no Brasil: do horror aos 
dias de hoje. Revista Conexão, v. 4, n. 12, 2018. Disponível em: <https://issuu.
com/fiotec/docs/conexao_fiotec-fiocruz_12/6>. Acesso em: 16 jan. 2020.
REIS, A. O. A.; MARAZINA, I. V.; GALLO, P. R. A humanização na Saúde como 
instância libertadora. Saúde e Sociedade, v. 13, p. 36-43, 2004.
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Áurea, 2009a.
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de. Rev. Bras. Educ. Méd., v. 33, n. 2, p. 253-261, 2009b.
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