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IBET – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Módulo TSJ - Tributo e Segurança Jurídica Seminário I DIREITO TRIBUTÁRIO E O CONCEITO DE “TRIBUTO” Aluna: Dafne Fix Arnaud Curitiba/PR 07 de agosto de 2021 Questões 1. Que é Direito? Há diferença entre direito positivo e Ciência do Direito? Explique. É a regularização da vida em sociedade, construído e idealizado por esta. Conforme ensina Miguel Reale, “direito é, por conseguinte, um fato ou fenômeno social; não existe senão na sociedade e não pode ser concebido fora dela. Uma das características da realidade jurídica é, como se vê, a sua socialidade, a sua qualidade de ser social”1. Não obstante, existem inúmeras concepções aplicáveis ao conceito direito, isto porque, como bem ilustra Aurora Tomazini, “o conceito de ‘direito’ é formado em nosso intelecto, em razão das formas de uso da palavra no discurso, tendo em vista os referenciais culturais do intérprete. [...] Cada pessoa tem sua ideia em relação a dado contexto”2. No que diz respeito à diferença entre direito positivo e ciência do direito, há grandes diferenças entre os dois conceitos. Paulo de Barros Carvalho explica que: [...] direito positivo é o complexo de normas jurídicas válidas num dado país. À Ciência do Direito cabe descrever esse enredo normativo, ordenando-o, declarando sua hierarquia, exibindo as formas lógicas que governam o entrelaçamento das várias unidades do sistema e oferecendo seus conteúdos de significação3. A Ciência do Direito possui como objeto de estudo o direito positivo, isto pois, Hans Kelsen já afirmava que “as manifestações por meio das quais a Ciência Jurídica descreve o direito, não devem ser confundidas com as normas criadas pelas autoridades legislativas, dado que estas são prescritivas, enquanto aquelas são descritivas”4. Por fim, insta salientar o critério distintivo trazido pelo Paulo de Barros Carvalho5: O direito positivo forma um plano de linguagem de índole prescritiva, ao tempo em que a Ciência do Direito, que o relata, compõe-se de uma camada de linguagem fundamentalmente descritiva. 5 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 8. 4 KELSEN, Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado. Tradução de Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 1990, p. 63. 3 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 6. 2 CARVALHO, Autora Tomazini de. Teoria Geral do Direito: O Constructivismo Lógico-Semântico. 2009. Tese (Doutorado) - Curso de Direito, Filosofia do Direito, Puc/Sp, São Paulo, 2009, p. 57. 1 REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 25 ed. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 2. 2. Que é tributo (vide anexo I)? Com base na sua definição de tributo, quais dessas hipóteses são consideradas tributos? Fundamente sua resposta: (i) valor cobrado pela União a título de ressarcimento de despesas com selos de controle de IPI fabricado pela Casa da Moeda (anexo II); (ii) contribuição sindical (considerar as alterações da lei 13.467/17) (anexo III); (iii) tributo instituído por meio de decreto (inconstitucional – vide anexo IV); (iv) o tributo inserido na base de cálculo de outro tributo. A Lei nº 5.172/66 - Código Tributário Nacional, denota uma significação ampla sobre o conceito de tributo, junto ao seu art. 3º, veja-se: Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Paulo de Barros Carvalho demonstra que este conceito abrange a norma instituidora, o evento concreto e o liame obrigacional, sendo estas, três insinuações diretas, que integram a obrigação tributária6. Em síntese, prestação pecuniária compulsória que não constitua sanção por ato ilícito, que seja instituída por lei e por fim, cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Quando da análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4477, julgado em 05/06/1991, o Ministro Carlos Velloso fixou como espécies tributárias e determinadas pela hipótese de incidência ou fato gerador da respectiva obrigação as seguintes: ● Impostos (CF, art. 145, I, arts. 153, 154, 155 e 156); ● Taxas (CF, art. 145, II); ● Contribuições, que podem ser de melhoria (CF, art. 145, III); sociais (CF, art. 149), que, subdividem-se em de seguridade social (CF, art. 195, CF, 195, § 4º) e salário educação (CF, art. 212, § 5º) e especiais, subdivididas em de intervenção no domínio econômico (CF, art. 149) e de interesse de categorias profissionais ou econômicas (CF, art. 149).; 7 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI nº 447. Relator Ministro Octavio Galloti, extraído do voto do Ministro Carlos Velloso. Julgado em 05 de junho de 1993. 6 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 27 ● Empréstimos compulsórios (CF, art. 148). Assim, passamos a analisar cada qual das hipótese acima e o respectivo enquadramento como tributo. i. Valor cobrado pela União à título de ressarcimento de despesas com selos de controle de IPI fabricado pela Casa da Moeda: O mesmo pode ser caracterizado como tributo, sob espécie de taxa, visto adoção das definições do CTN, em seu art. 3º. Sobre citada espécie, Paulo de Barro Carvalho dispõe que: apresenta, em seu antecedente normativo, a previsão conotativa de atividade do Estado diretamente relacionada ao contribuinte, que somente pagará o valor exigido Pelo Poder Público quando deste receber ou tiver à disposição alguma prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, utilizados, efetiva ou potencialmente, ou ainda, se for exercido o poder de polícia [...]8 O Superior Tribunal de Justiça, quando da análise do recurso repetitivo - tema 7619, entendeu desta forma. Veja-se a tese fixada: “[...] fixando-se a tese da inexigibilidade do ressarcimento de custos e demais encargos pelo fornecimento de selos de controle de IPI instituído pelo DL 1.437/1975, que, embora denominado ressarcimento prévio, é tributo da espécie Taxa de Poder de Polícia, de modo que há vício de forma na instituição desse tributo por norma infralegal, excluídos os fatos geradores ocorridos após a vigência da Lei 12.995/2014. Aqui se trata de observância à estrita legalidade tributária. ii. Contribuição sindical (considerar as alterações da lei 13.467/17): Entendo que a contribuição sindical não pode ser tida como tributo, pois falta o requisito para tanto, que é a compulsoriedade. Isto porque, o art. 1º A da Lei nº 13.467/2017, alterando o disposto junto ao art. 579 da CLT, fixa que o desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos participantes de determinada categoria. O Supremo quando do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 579410, assim definiu: 10BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI nº 5794. Relator: Ministro Edson Fachin. Brasília, 23 abr. 2019. 9BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 1405244. Relator: Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Brasília, 31 nov. 2018. 8CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário: Linguagem e Método. 8. ed. São Paulo: Noeses, 2021. p. 814. [...] 4. A Lei nº 13.467/2017 emprega critério homogêneo e igualitário ao exigir prévia e expressa anuência de todo e qualquer trabalhador para o desconto da contribuição sindical, ao mesmo tempo em que suprime a natureza tributária da contribuição, seja em relação aos sindicalizados, seja quanto aos demais, motivos pelos quais não há qualquer violação ao princípio da isonomia tributária (art. 150, II, da Constituição), até porque não há que se invocar uma limitação ao poder de tributar para prejudicar o contribuinte, expandindo o alcance do tributo, como suporte à pretensão de que os empregados não-sindicalizados sejam obrigados a pagar a contribuição sindical. [...] - Destacado.. iii. Tributo instituídopor meio de decreto (inconstitucional): Inicialmente, ressalta-se que um dos requisitos para poder ser definido como tributo é que este seja instituído por meio de lei. Assim, não “tributo” instituído por meio de decreto não é tributo, pois falta um dos requisitos mínimos para tanto. Ressalta-se que a instituição por meio de decreto ofende o princípio da legalidade, e por este motivo, se torna inconstitucional. Paulo de Barros Carvalho assim define o princípio da legalidade11: O princípio da legalidade é limite objetivo que se presta, ao mesmo tempo, para oferecer segurança jurídica aos cidadãos, na certeza de que não serão compelidos a praticar ações diversas daquelas prescritas por representantes legislativos, e para assegurar a observância ao primado constitucional da tripartição dos poderes. iv. O tributo inserido na base de cálculo de outro tributo: Esta hipótese não resta caracterizada como tributo, mas sim, como parte integrante de outro tributo. Paulo de Barros Carvalho12, adentra na definição de base de cálculo, dispondo que esta é a grandeza instituída na consequência da regra-matriz tributária, com finalidade de confirmar, infirmar ou afirmar o critério material desta. Assim, não se trata de tributo, mas sim do critério material de outro tributo. 3. Que é norma jurídica? E norma jurídica completa? Há que se falar em norma jurídica sem sanção? Justifique. 12 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 364 11 CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário: Linguagem e Método. 8. ed. São Paulo: Noeses, 2021. p. 306. Como conceituação de norma jurídica, me aproprio dos ensinamentos de Paulo de Barros Carvalho, ensina que “A norma jurídica é a significação que obtemos a partir da leitura dos textos do direito positivo. Trata-se de algo que se produz em nossa mente”13. No que diz respeito à norma jurídica completa, é aquela norma tida em sentido amplo, no qual prescreve direitos e deveres em sua norma primária e a norma secundária, estabelece sanção, no caso de não observância da norma primária. Os ensinamentos de Geraldo Ataliba14 neste sentido demonstram que a “estrutura das normas jurídicas é complexa; não é simples, não se reduz a conter um comando pura e simplesmentes. Toda norma jurídica tem hipótese, mandamento e sanção”. Com o ensinamento acima, pode-se responder a próxima questão. Percebe-se que toda norma possui uma sanção, consequência para seu descumprimento. Ressalta-se que, para Aurora Tomazini de Carvalho15, a sanção não possui uma função punitiva, mas apenas de vínculo à ordem, mediante o exercício da coatividade jurídica. 3. Há diferença entre documento normativo, enunciado prescritivo, proposição e norma jurídica? Explique estabelecendo a diferença entre o conceito de norma em sentido amplo e norma em sentido estrito. Existem diferenças entre documento normativo, enunciado prescritivo, proposição e norma jurídica. No que diz respeito a documento normativo, conforme explica Aurora Tomazini de Carvalho “é o texto, suporte físico, a expressão material das normas jurídicas.”16 Já o enunciado prescritivo, se trata da norma em sentido amplo, como as frases, enquanto suporte físico do direito posto, ou os textos de lei17. Proposição é o entendimento pessoal acerca do documento normativo, 17 CARVALHO, Autora Tomazini de. Teoria Geral do Direito: O Constructivismo Lógico-Semântico. 2009. Tese (Doutorado) - Curso de Direito, Filosofia do Direito, Puc/Sp, São Paulo, 2009, p. 214. 16 CARVALHO, Autora Tomazini de. Teoria Geral do Direito: O Constructivismo Lógico-Semântico. 2009. Tese (Doutorado) - Curso de Direito, Filosofia do Direito, Puc/Sp, São Paulo, 2009, p. 490 15 CARVALHO, Autora Tomazini de. Teoria Geral do Direito: O Constructivismo Lógico-Semântico. 2009. Tese (Doutorado) - Curso de Direito, Filosofia do Direito, Puc/Sp, São Paulo, 2009, p. 243. 14 ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 6 Ed. São Paulo: Malheiros. 2004, p. 42. 13 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 11 considerando as sensações e experiências de cada pessoa, assim, trata-se da norma jurídica em sentido estrito. Veja-se o que diz Paulo de Barros Carvalho18: “Esse ato de apreensão sensorial propicia outro, no qual associo ideias ou noções para formar um juízo, que se apresenta, finalmente, como proposição.” No que diz respeito à norma jurídica, percebe-se que é o conjunto de todos os conceitos apresentados acima, na medida em que o enunciado prescritivo exposto através do documento normativo produz diversas interpretações e, a partir delas, surgem as proposições. Por fim, a norma é o resultado destas proposições. 5. Com base em sua resposta dada na questão 2, responda: a) O desconto de IPVA concedido para contribuintes que não incorreram em infrações de trânsito é uma utilização do tributo como “sanção de ato ilícito”? b) E a progressividade do IPTU e do ITR em razão da função social da propriedade? Responda fundamentadamente e considere para sua resposta as seguintes afirmações do autor Fernando Favacho: “a definição conotativa do art. 3º do CTN conflita com a definição denotativa do art. 182 da CF. Em suma, a Constituição traz um tributo (IPTU sancionatório progressivo) que, para o CTN, não é tributo” e “o IPTU sancionatório progressivo é tributo, a par do mandamento do CTN”. No que diz respeito ao item “a”, entendo que o desconto de IPVA concedido para contribuintes que não incorreram em infrações de trânsito deve ser percebido como um benefício concedido ao bom motorista e não um ato punitivo ao que possui infrações. No que tange o IPTU e ITR, não há constituição de ato sancionatório, pois trata-se da progressividade e da política extrafiscal de desincentivar determinados atos, como no caso, a manutenção de propriedade sem que seja cumprido sua função social. Ressalta-se que o respeito ao cumprimento da função social decorre de determinação expressa da Constituição Federal, em seu art. 5, XXII e XXIII. Ainda no que diz respeito à Constituição Federal, citada progressividade está 18 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 11 prevista junto ao art. 182, §4º, II para o IPTU e no art. 153, §4º, I para o ITR. 6. Que é direito tributário? Sob as luzes da matéria estudada, efetuar crítica à seguinte sentença: “Direito tributário é o ramo do Direito público positivo que estuda as relações jurídicas entre o Fisco e os contribuintes, concernentes à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”, e propor definição para “direito tributário”. Conforme se extrai da definição trazida pela enunciado, percebe-se nela uma limitação, isto porque, o direito tributário está vinculado a inúmeros institutos, configurando um conjunto de proposições em diversas áreas. Paulo de Barros Carvalho, ao definir Direito Tributário19, se utiliza da regra-matriz de incidência do IPTU, veja-se: A hipótese normativa, em palavras genéricas, é ser proprietário, ter o domínio útil ou a posse de bem imóvel, no perímetro urbano do Município, num dia determinado do exercício. O assunto é eminentemente tributário. E o analista inicia suas indagações com o fito de bem apreender a descrição legal. Ser proprietário é conceito desenvolvido pelo Direito Civil. A posse também é instituto versado pelos civilistas e o mesmo se diga do domínio útil. E bem imóvel? Igualmente, é tema de Direito Civil. Até agora, estivemos investigando matéria tributária, mas nos deparamos apenas com instituições características do Direito Civil. Prossigamos. A lei que determina o perímetro urbano do Município é entidade cuidada e trabalhada pelos administrativistas. Então, saímos das províncias do Direito Civil e ingressamos no espaço do Direito Administrativo. E estamos estudando Direito Tributário... E o Município? Que é senão pessoa política de Direito Constitucional interno? Ora, deixemos o Direito Administrativoe penetremos nas quadras do Direito Constitucional. Mas não procuramos saber de uma realidade jurídico-tributária? Sim. É que o direito é uno, tecido por normas que falam do comportamento social, nos mais diferentes setores de atividade e distribuídas em vários escalões hierárquicos. Intolerável desconsiderá-lo como tal. Portanto, o conceito descrito no enunciado considera Direito Tributário como um campo de estudo apenas a relação fisco-contribuinte, e como visto, abrange muito mais. 19 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 18. 7. Dada a seguinte lei (exemplo fictício): Estado de Minas Gerais, Lei Estadual nº 2.017, de 10/10/2017 A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais Decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º Esta Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização de Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Hídricos, que tem como fato gerador o exercício do poder de polícia do Estado sobre estas atividades. Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é a receita bruta obtida com a comercialização de mercadorias ou de serviços que utilizem recursos hídricos. Art. 3o. A alíquota é de 3%. Art. 4º Contribuinte é Pessoa, física ou jurídica, que utilize recursos hídricos com a finalidade de exploração ou aproveitamento econômico. Art. 5º A taxa será apurada mensalmente e recolhida, mediante preenchimento da guia de recolhimento, até o último dia útil do mês seguinte ao da exploração ou do aproveitamento do recurso hídrico, sob pena de multa de 10% sobre o valor do tributo devido. Art. 6º Na ausência de apuração e recolhimento da taxa pelo contribuinte,a autoridade fiscal competente deverá lavrar “Auto de Infração e Imposição de Multa”, aplicando multa de 50% sobre o valor da taxa devida. Art. 7º É isenta do pagamento da taxa a utilização de recurso hídrico na captação e consumo destinados à atividade agropecuária (...) Pergunta-se: a) Quantas normas há nessa lei? Identifique-as. i) norma que institui o - tributo regra matriz de incidência tributária (art. 1º ao 4º); ii) norma acessória que determina a forma de pagamento do tributo, regra matriz de dever instrumental (art. 5º); iii) norma que institui multa pelo não pagamento do tributo, regra matriz sancionadora do não pagamento do tributo (art. 5º); iv) norma que institui multa pelo descumprimento das normas acessórias, regra de matriz sancionadora do dever instrumental (art. 6º); v) norma que declara isento determinado tipo de atividade (dentro do grupo pertencente ao fato gerador) – art. 7º . vi) prazo de pagamento – taxa mensal (art. 5º); vii) obrigação administrativa da autoridade fiscal – art. 6º; b) Qual dessas normas institui tributo? O item i, regra-matriz de incidência tributária. c) Qual dessas normas é estudada pela Ciência do Direito Tributário? Justificar. Todas as normas do direito tributário positivo são estudadas pela Ciência do Direito Tributário, uma vez que o objeto desta ciência é justamente estudar o “conjunto das proposições jurídico-normativas que correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”20 d) O texto legal, acima transcrito, é Ciência do Direito? Justificar. O texto legal se trata de direito positivo, de linguagem prescritiva, antecedendo comportamentos e formalizando as normas através da escrita. 20 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 31. ed. São Paulo: Noeses, 2021, p. 18