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História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 1 1. Localização. No extremo Nordeste da África, em uma região de deserto, e se dividia no sentido sul-norte por um vale pequeno e fértil onde corre o rio Nilo. 2. O Rio Nilo. As águas do Rio Nilo. Possibilitaram o surgimento do povo egípcio, ao norte da África. No período das cheias (enchentes) suas águas fertilizava a terra para o plantio. Observação. Após a cheia (voltar ao seu leito normal) o solo estava coberto com um limo muito fértil. Isso favorecia a agricultura na região. Construíam canais de irrigações, barragens e grandes reservatórios com o objetivo de abastecer as regiões mais distantes. Observação. O rio, também, era utilizado como via de transporte (pessoas e mercadorias) e para a pesca. 3. A Sociedade. Estamental. Caracterizada por uma forte hierarquização onde a mobilidade social (mudança de classe) era praticamente nula. Significava que quem nascesse em classe permanecia nela até a sua morte. 3.1. O Faraó. Dinastia. Período de sucessão em que uma mesma família permanece no poder. No Egito o poder era transmitido por hereditariedade (passado de pai para filho). Observação. Houve várias dinastias que governaram o Egito ao longo de sua História. Reconhecido como deus. Além de governar e deter todos os poderes sobre a sociedade, também, era considerado um deus. 3.2. Sacerdotes. Função. Organizar os rituais, festas e atividades religiosas no Egito Antigo. Na categoria poder, os sacerdotes só estavam abaixo do faraó. Observação. Eles detinham o conhecimento sobre as características e as funções de cada deus egípcio. História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 2 3.3. Chefes Militares. Função. Guarda do território egípcio. Em tempos de guerra ganhavam evidência na sociedade. Eles tinham que organizar o exército para vencer, pois uma derrota podia custar suas vidas. 3.4. Escribas. Função. Registrar, hieroglífica e demótica (escrita egípcia) os principais fatos da sociedade e principalmente da vida do faraó. Observação. Escreviam em um papel confeccionado de fibras da planta papiro, nas paredes das pirâmides e em placas de pedra. Além disso, eles controlavam as taxas (impostos) cobradas pelo faraó. 3.4. O Povo. Maior parte da sociedade. Constituído por artesãos, lavradores, pastores e comerciantes. Observações. Trabalhava e ganhava o suficiente para sobreviver. Ainda, era chamado pelo faraó para trabalhar em obras públicas (servidão), sem receber nenhuma recompensa. Servidão Coletiva. Quando eram obrigados a realizar obras públicas como as pirâmides, canais de irrigação e templos. 3.5. Os Escravos. Origem. Povos capturados em guerra. Trabalhavam sem receber salários. Recebiam apenas roupas velhas e comida para sobrevivência. Muitas vezes recebiam castigos em forma de punição. Observação. O povo Hebreu foi escravo dos egípcios, sendo libertado por Moisés. 3.6. As Mulheres. Dever. Gerar filhos, cuidar de todos ao seu redor (filhos, maridos e servos). História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 3 Direitos. Possuiam direitos, e poderiam ir aos tribunais reclamarem caso se sentissem lesadas. Podiam ter propriedade e receber renumeração. Quando casadas continuavam a dispor de seus bens, assumiam o papel do marido quando esse se ausentava. Ascenção ao poder. Era permitido, apesar de raro, chegaram ao posto de Faraó (exemplo: Cleópatra). Âmbito Religioso. Participavam ativamente dos rituais e desempenhavam papel importante no culto religiosa de vários Deuses egípcios. 4. A Economia. Principal atividade. Agricultura. Cultivavam trigo, cevada, linho, algodão, legumes, frutas e papiro, planta com a qual faziam um papel de boa qualidade. Observações. Não trabalhavam apenas com a agricultura (ela era a principal atividade). Criavam bois, cabras, carneiros, patos e também praticavam a mineração de ouro e pedras preciosas, que chegou a ser usada para facilitar o comércio externo. Produziam armas, barcos, cerâmica, tijolos, vidro, cobre, bronze, etc. Tudo isso era feito na indústria artesanal que eles construíram. Não conheciam o dinheiro, por isso, eles compravam e vendiam através de trocas. Essa atividade atingiu seu apogeu no Novo Império, quando se intensificaram os contatos comerciais com a ilha de Creta, Palestina, Fenícia e Síria. 5. A Política. Teocracia. As leis do Estado egpicio estava centrada na figura dos deuses. O Faraó se identificava como filho de um deus ou no próprio deus. História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 4 Monarquia Forte e Centralizada. Formada por súditos subordinados ao poder do monarca. Dessa maneira, os egípcios eram obrigados a trabalhar nas lavouras, construções e obras administradas pelo governo do faraó. Observações. A centralização política era, algumas vezes, questionada pelos nomarcas (chefes dos Nomos), ocasionando desestabilização politica. 6. A religião. Politeísta. Acreditavam na existência de varios deuses. A religião dominava todos os aspectos sociais e cada região possuía seus deuses. Observações. A unidade política organizou em um só conjunto todos os grandes deuses que a sociedade deveria cultuar. Entre eles: • Rá, deus do Sol (principal deus da religião egípcia). • Anúbis, deus dos mortos e o do submundo. • Hórus, deus do céu (filho de Osíris e Ísis). • Khnum, deus pastor, das nascentes e das cheias do rio Nilo. • Seth, deus da tempestade, do mal, da destruição e da violência. • Osíris, deus da vida após a morte. Forma dos deuses, Representados de diversas maneiras, assumindo as formas: antropomórfica (humana), zoomórfica (forma animal) e antropozoomórfica (forma humana e animal). Eram crentes. Acreditavam em uma vida depois da morte. Para eles a vida na terra seria apenas uma das etapas da existência, portanto, o ritual funerário possuía grande importância. Para a continuidade da vida, acreditava-se que deveria haver um processo que garantiria a preservação do corpo humano para quando o espirito retorna-se. Para eles o homem possuía duas almas, Ba e Ka. A segunda alma (Ka) era o elo com o corpo, podendo entrar em estágio de decomposição. Para evitar o sofrimento ou a destruição do Ka, era costume o embalsamento dos cadáveres. Observação. A aliança religião e politica foi a forma encontrada para legitimar a autoridade do Faraó. História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 5 6.1. As Múmias. Mumificação. Para os egípcios, a morte seria passageira e a vida retornaria para o corpo, porém o retorno à vida aconteceria somente se o corpo do moribundo fosse conservado. Durava em torno de 70 dias e consistia em realizar a retirada dos órgãos, banhar o corpo em óleos e resinas especiais e enfaixá-lo com linho. O coração era colocado em um recipiente à parte. Depois de enfaixado, o corpo, era colocado em um sarcófago (espécie de caixão) e abrigado dentro de pirâmides (faraó) ou sepultado em mastabas, uma espécie de túmulo (nobres e sacerdotes). Por seu alto valor, somente a aristocracia egípcia podia utilizar dessa prática de conservação dos corpos. As classes mais baixas realizavam um processo funerário mais simples, enquanto os escravos não recebiam nenhum tipo de trato funerário. 6.2. As Pirâmides. Túmulos. As pirâmideseram túmulos reais compostos por uma cripta, corredores de ventilação, câmara do rei, corredores secretos, galerias e passagens falsas no intuito de evitar saques. Destaque. As pirâmides se destacava devido a grandiosodade de sua dimensão e solidez de sua estrutura. 7. A Arte. As Obras. Retratava deuses e eventos políticos. Por este motivo o faraó era uma das figuras mais vistas nas obras da arte desse povo. As cores eram muito utilizadas e eram obtidas através de extração de produtos minerais e misturas. Além de dar beleza às peças e pinturas, as cores tinham significados próprios. O preto, por exemplo, era extraído do carvão de madeira ou do óxido de manganésio, e estava ligado à morte e à noite ou, por vezes, a fertilidade e a regeneração. Já o branco, obtido da cal ou do gesso, representava verdade e pureza. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/deuses-egipcios História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 6 8. Divisão da História do Egito. Objetivo. Fins didáticos. Para estudo. Periodização. Visando uma maior compreensão de sua evolução. Período Pré-dinástico. Fase de constituição do futuro povo egípcio. Mistura de diversos povos, que iniciaram o processo de sedentarização e agricultura, divididos clãs espalhados pelas margens do Rio Nilo. Os clãs. Se organizaram em comunidades administrativas, independentes, chamadas Nomos (uma espécie de aldeia). Os Nomos. Tinha o seu “nomarca” que era juiz, líder militar e rei. Funcionavam como se fosse um “Estado Independente”, assim, podemos dizer que havia vários pequenos “países” que dependiam da cheia do Rio Nilo para sua sobrevivência. Observação. Os Nomos cooperavam entre si quando tinham problemas em comum. Essas relações evoluíram e levaram a formação de dois reinos independentes: Reino do Baixo Egito (união dos Nomos do Norte) e Reino do Alto Egito (união dos Nomos do Sul). Pré-dinástico Antigo Império * Elemento balizador. Foi o fato da unificação dos reinos. Menés (rei do Sul) conquista o Norte e torna-se o primeiro Faraó. História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 7 Período do Antigo Império. Surgimento da Dinastia. Menés, ao unificar os dois reinos e se tornar faraó, inicia-se a primeira dinastia focada em um poder forte e teocrático e focado no crescimento territorial, econômico e militar. O Faraó. Considerado um deus. Neste período conquistaram enormes poderes no campo religioso, militar e administrativo. Centro Administrativo (Capital). Primeiro foi a cidade de Tinis e depois a de Mênfis.. A Sociedade. Dividida em funcionários que auxiliavam o faraó e uma legião de trabalhadores pobres, que se dedicavam à agricultura, ás construções e arcavam com pesados tributos. Revoltas. Houve uma série de revoltas lideradas pelos administradores de províncias. O objetivo destas era enfraquecer a autoridade do faraó. Antigo Império Médio Império * Elemento balizador. Foi o fato da nobreza da cidade de Tebas sufocar a rebelião e se tornar centro administrativo (Capital). Período do Médio Império. Antecedentes. Nos séculos finais do Antigo Império, o Egito sofreu com várias adversidades que prejudicaram diretamente a manutenção de um governo controlado sob a autoridade faraônica. A diminuição do ciclo de cheias, disseminação de doenças e falta de mantimentos culminaram com rebeliões da população. História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 8 Os Nomarcas (chefes dos Nomos) apoiaram a volta de um sistema político descentralizado. Faraó Mentuhotep II. Reassumiu o total controle do território e venceu a resistência dos Nomarcas e seu projeto de ressurgimento do Estado centralizado. Iniciado Médio Império. Com ele o sistema de servidão coletiva voltou a vigorar, possibilitando a construção de grandes canais de irrigação e surgimento de outros pontos de exploração agrícola. Para garantir estabilidade estatal passou a aceitar o ingresso de membros de camadas sociais inferiores na formação de um poderoso exército, que conquistaram as regiões da Núbia e da Palestina (onde encontraram grandes minas de ouro e cobre). Foi durante o Médio Império, que provavelmente, algumas tribos hebraicas adentraram o território egípcio em busca de melhores condições de vida. Os Hicsos. A invasão militar pelos hicsos e seu domínio no delta do Nilo levou a desestabilizou o governo egípcio e dominou o delta por cerca de 170 anos. Médio Império Novo Império * Elemento balizador. Foi o fato da nobreza de Tebas reuniu forças e conseguiu expulsar os hicsos, restabelecendo a unidade política do Egito. Período do Novo Império. Expulsão dos Hicsos. Início do Novo Império. Usando técnicas militares aprendidas com os hicsos, os faraós organizaram exércitos permanentes, lançando-os em guerras de conquistas. Invadiram territórios do Oriente Médio, dominando cidades como Jerusalém, Damasco, Assur e Babilônia. Os povos dominados eram obrigados a pagar tributos ao faraó em forma de ouro, escravos, alimentos, artesanato etc. História – O Egito Antigo Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 9 Ramsés (também conhecido como Ramessés). Foi um grande guerreiro e construtor. Na história de Moisés ele seria o faraó que se recusou a soltar o "povo de Moisés". 9. Decadência. Depois do século XII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por diversos povos. Em 670 a.C., os assírios conquistaram o Egito, dominando-o por oito anos. Após liberta-se dos assírios, o Egito começou uma fase de recuperação econômica e brilho cultural conhecida com renascença saíta. Essa fase recebeu esse nome porque a recuperação egípcia foi impulsionada pelos soberanos da cidade de Sais. A prosperidade, porém, durou pouco. Em 525 a.C., os persas conquistaram o Egito. Dois séculos depois vieram os macedônicos, comandados por Alexandre Magno, e derrotaram os persas. Depois foram dominados pelos romanos, que governaram por 600 anos, até a conquista Árabe.