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CONFLITO ENTRE ISRAEL E PALESTINA

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1. QUAIS AS ORIGENS DOS CONFLITOS NA REGIÃO?
A origem do conflito entre árabes e judeus está longe. Analisando a Bíblia, descobrimos que Abraão obedeceu à ordem de Deus, deixou a Mesopotâmia e se estabeleceu em Canaã - e, portanto, tornou-se a terra prometida dos judeus. Abraão teve vários filhos, Isaac e Ismael, que eram descendentes de judeus (os filhos legítimos de Israel) e árabes (não os filhos legítimos da Palestina). O conflito israelense-palestino é uma questão de propriedade dos territórios palestinos. Embora judeus e árabes tenham a mesma origem, sua soberania sobre esse território tem uma história de cerca de 2.000 anos.
A Palestina, geograficamente, tem sua origem num termo latino, usado pelo Império Romano para designar aquele território. A Palestina foi habitada por diversos povos, especialmente os judeus, que foram expulsos pelos romanos no ano de 70 d.C. (grande diáspora).
Após a queda do Império Romano em 1453, a área passou por várias áreas diferentes e foi conquistada pelo Império Turco-Otomano em 1516 e permaneceu no controle até o final da Primeira Guerra Mundial. Os judeus estão espalhados por todo o mundo, mas não deixaram de ser perseguidos e hostilizados. Em resposta a essas perseguições, o movimento sionista surgiu no final do século XIX. Entre eles, os judeus acreditam que a melhor maneira de garantir sua própria segurança é estabelecer um estado judeu, uma pátria onde todos os judeus podem ser protegidos.
Até perto do final da Primeira Guerra, a região estava sob o domínio do Império Turco-Otomano. É só em 1917 que os britânicos fazem a Declaração de Balfour. Nela manifestam a possibilidade de apoio à causa sionista. A partir do fim da 1º Guerra o domínio britânico na região se afirmar e a Declaração de Balfour tem início e os judeus passam a retornar para a região. Como reação, em 1919 é realizado o 1º Congresso Palestino, que se posiciona contra a imigração de judeus para a criação de um Estado. É importante ressaltar que a decisão era a de se opor à imigração de novos judeus. Com o passar do tempo, as tensões entre judeus e palestinos continuam a crescer. 
Durante a década de 1930, em várias partes da Europa, mas principalmente na Alemanha, com a ascensão de Hitler, a perseguição aos judeus se intensificou. Como resultado disso, a migração de judeus para a Palestina aumentou consideravelmente. Durante o conflito mundial, na Palestina, os árabes muçulmanos se aliaram à Alemanha, pois tinham dois inimigos em comum: os judeus e, em menor escala, os britânicos.
No fim da guerra, com a derrota da Alemanha, os palestinos sofreram um duro golpes: devido ao Holocausto, a ideia da criação do Estado de Israel ganhou muita força dentro da comunidade internacional. Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), os judeus sionistas passaram a pressionar a realização da criação do Estado Judeu. Em 14 de maio de 1948, contudo, foi fundado Israel, após a retirada dos ingleses. Assim, com apoio internacional, principalmente pela ação norte-americana, a região foi dividida em 1948-1949 em três partes: Estado de Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza. A divisão, programada pela ONU (Organização das Nações Unidas), previa o repasse de 55% do território aos judeus e 44% permaneceriam aos palestinos.
Neste período, a Liga Árabe se opôs a criação do estado de Israel e promoveu conflitos entre os lados. Ao terminar a guerra em 1949 o saldo foi a expulsão de 750 mil palestinos que passaram a viver como refugiados em movimento conhecido como "êxodo de Nakba". Como resultado da expulsão dos palestinos, Israel aumentou o território em 50%. A extensão de terras foi indicada pela ONU e ocupam 78% da área destinada à Palestina. 
Essa rivalidade aumentou com o crescimento da população judia na Palestina e resultou em uma série de conflitos a partir de 1948. Israel afirma que suas ações são em defesa de sua própria população, e os palestinos acusam Israel de sustentar um regime de perseguição. Historicamente falando, o conflito entre israelenses e palestinos se explica pelo controle da Palestina. Embora exista a questão da religião, que importa muito mais quando o assunto é Jerusalém, a rivalidade entre israelenses e palestinos tem motivos políticos, principalmente, e que envolvem o controle daquele território. Tudo envolve pertencimento, mais que isso, evolve posse.
2. QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O CONFLITO? 
Os conflitos que assolam o Oriente Médio hoje têm motivos diferentes. A questão principal diz respeito aos territórios: israelenses e palestinos estão lutando para garantir terras e, segundo eles, têm direitos milenares. Eles são irmãos lutando por herança. Isso sem falar na cidade de Jerusalém, que é considerada um lugar sagrado para os muçulmanos, reivindicada pelos palestinos, e que não será cedida pelo Estado de Israel em hipótese alguma. Se Deus é por nós, ele não pode ser cortado. Realmente precisamos de uma solução de dois estados. A solução de dois estados é um projeto para estabelecer estados independentes e coexistência pacífica entre Israel e Palestina, com o objetivo de encerrar as disputas de soberania política, territorial e militar na região.

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