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Tecido conjuntivo
O tecido conjuntivo é um tecido de conexão, constituído por de grande quantidade de matriz
extracelular, células e fibras. As principais funções do tecido conjuntivo são fornecer
sustentação, nutrir os outros tecidos e preencher espaços entre eles.
O tecido conjuntivo pode ser classificado em:
▪ Tecido Conjuntivo propriamente dito (frouxo ou denso): possui matriz extracelular rica em
fibras colágenas, reticulares e elásticas, além de moléculas que atuam no papel de nutrir
outros tecidos;
▪ Tecido Hematopoiético: é responsável pela formação das células sanguíneas e
componentes do sangue. Está presente na medula óssea, no interior de alguns ossos;
▪ Tecido Cartilaginoso: é o tecido que compõe as cartilagens, composto principalmente por
fibras colágenas. Ajuda a dar sustentação e absorve impactos nos ossos;
▪ Tecido Adiposo: constituído de adipócitos, esse tecido atua como reserva de energia e
como isolante térmico;
▪ Tecido Ósseo: tecido rico em fibras colágenas e minerais que o tornam rígido, atuando na
sustentação do corpo.
Células do tecido conjuntivo
Fibroblasto e Fibrócito
Os fibroblastos são as células jovens, em plena atividade produtiva. Caracterizam-se por serem
células grandes, com muitos prolongamentos, contendo um núcleo oval bem evidente e
citoplasma contendo um retículo endoplasmático e complexo de Golgi bem desenvolvidos,
fracamente corados, com cromatina fina e nucléolos proeminentes. Tem a função de sintetizar
fibras do tecido conjuntivo e as proteoglicanas e glicoproteínas da matriz.
Já os fibrócitos são as células velhas, que já terminaram seu trabalho de fabricação dos
fibroblastos. São menores que os fibroblastos e tendem a um aspecto fusiforme, apresentam
poucos prolongamentos citoplasmáticos e o núcleo é menor, mais escuro e mais alongado do
que o fibroblasto. Havendo um estímulo, como ocorre nos processos de cicatrização, o fibrócito
pode voltar a sintetizar fibras, reassumindo a forma de fibroblasto.
Macrófago
Os macrófagos são células de defesa muito ativas que contém muitos lisossomos. Eles têm a
função de fagocitar, secretar substâncias que participam do processo imunológico de defesa e
atuar como célula apresentadora de antígenos. Quando estimulados (infecções) os macrófagos
se modificam sendo chamados de macrófagos ativados, ficando assim com maior capacidade
de matar e digerir partículas estranhas. Dependendo do tamanho do corpo estranho, podem
até unir-se, formando células gigantes multinucleadas.
Os macrófagos originam-se dos monócitos, células sanguíneas formadas na medula óssea. Eles
circulam pela corrente sanguínea até chegar aos locais de destino, onde sofrem diferenciação e
passam a desempenhar funções específicas. Os monócitos atravessam as paredes dos vasos,
invadem o tecido conjuntivo e se transformam em macrófago.
monócito
Monócito
Mastócito
Os mastócitos são células altamente nutritivas, grandes, globosas, com o citoplasma repleto de
grânulos e com núcleo esférico central. Eles têm a função de produzir e armazenar mediadores
químicos do processo inflamatório. A liberação desses mediadores químicos como a histamina,
heparina e fator quimiotático dos eosinófilos, promove reações alérgicas, as chamadas reações
de sensibilidade imediata. A superfície dos mastócitos contém receptores específicos para a
imunoglobulina E (IgE), produzida pelos plasmócitos. A maior parte das moléculas de IgE fixa-se
na superfície dos mastócitos e dos grânulos basófilos; muito pouco permanentes no plasma.
Mecanismos de secreção pelos mastócitos
Moléculas de IgE ligam-se a receptores de superfície celular. Após a segunda exposição ao
antígeno (p. ex. veneno de abelha), as moléculas de IgE presas aos receptores ligam-se ao
antígeno. Esta ligação ativa a adenil ciclase e resulta na fosforilação de certas proteínas. Ao
mesmo tempo há entrada de Cálcio na célula. Este evento promove a fusão dos grânulos
citoplasmáticos específicos e a exocitose do seu conteúdo. Além disso, fosfolipases atuam nos
fosfolipídeos da membrana produzindo leucotrienos. O processo de extrusão não lesa a célula,
a qual permanece viável e sintetiza novos grânulos.
Plasmócito
Têm formato grande e ovóide que possuem um citoplasma basófilo que reflete a sua riqueza
em retículo endoplasmático rugoso. O complexo de Golgi e os centríolos se localizam em uma
região próxima ao núcleo, a qual aparece clara nas preparações histológicas rotineiras. O
núcleo apresenta-se esférico com cromatina em grumos, que se alternam regularmente com
áreas claras, dando ao núcleo, aspecto de roda de carroça. São células que sintetizam e
secretam anticorpos e imunoglobulinas. Aparece em grande número nos locais onde há
inflamação crônica e em locais sujeitos a penetração de microorganismos, como por exemplo,
na mucosa intestinal. Os plasmócitos derivam do linfócito tipo B ativado e produz o anticorpo
necessário para a resposta do organismo frente à penetração de moléculas estranhas
(antígenos).
Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são constituintes normais dos tecidos conjuntivos, vindos do
sangue por migração (diapedese) através das paredes de capilares e vênulas. A diapedese
aumenta muito durante as invasões locais de microorganismos, uma vez que os leucócitos são
células especializadas na defesa contra microrganismos agressores. Os leucócitos não retornam
ao sangue depois terem residido no tecido conjuntivo, com exceção dos linfócitos que circulam
no sangue continuamente em vários compartimentos do corpo (sangue, linfa, tecidos
conjuntivos, órgãos linfáticos).
Linfócitos: responsáveis pela produção de anticorpos. Mais envolvidos na resposta à infeção
por vírus. Existem os linfócitos T e os linfócitos B.
Monócitos: responsáveis pelo fenómeno de fagocitose de microrganismos e destruição de
células mortas.
Eosinófilos: responsáveis pela defesa contra parasitas e pelo fenômeno da alergia.
Basófilos: permitem a dilatação dos vasos sanguíneos.
Neutrófilos: responsáveis pela proteção contra infeções bacterianas. Quando ocorre uma
infeção bacteriana a medula é estimulada, produzindo mais neutrófilos para eliminarem
(fagocitarem) os agentes infeciosos.
Adipócito
O adipócito tem a função de armazenar energia sob a forma de triglicerídeos, de proteger e de
amortecer. Ela pode armazenar o lipídeo de duas maneiras: ou preenche totalmente o
citoplasma, deixando a célula com aspecto globoso, ou o lipídeo ocupa o citoplasma celular,
como pequenas gotas. Quando o lipídeo ocupa todo o citoplasma, o tecido recebe o nome de
tecido adiposo unilocular e quando o lipídeo ocupa pequenas partes do citoplasma, chama-se
de tecido adiposo multilocular.
Fibras do tecido conjuntivo
As fibras presentes no tecido conjuntivo são de três tipos: colágenas, elásticas e reticulares.
Fibras colágenas
As fibras colágenas são as mais frequentes no tecido conjuntivo e em muitos casos aparecem
agrupadas formando um feixe. Estas fibras são constituídas pela proteína colágeno, que é a
proteína mais abundante no corpo humano, chegando em torno de 30%. As fibras colágenas
são grossas e resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas. Estão presentes na
derme e conferem resistência a nossa pele, evitando que ela se rasgue, quando esticada. A
perda da elasticidade da pele, que ocorre com o envelhecimento, deve-se ao fato de as fibras
colágenas irem, com a idade, se unindo umas às outras, tornando o tecido conjuntivo mais
rígido. As fibrilas de colágenos são formadas pela polimerização de unidades moleculares
alongadas denominadas tropocolágeno. Nos colágenos tipo I (encontrado nos tendões), II e III
as moléculas de tropocolágeno se agregam em subunidades (microfibrilas). Nos colágenos do
tipo I e do tipo III, estas fibrilas se associam para formar fibras. O colágeno do tipo II, presente
na cartilagem, forma fibrilas, mas não forma fibra. O colágeno do IV, presente nas laminas
basais, não forma fibrilas nem fibras. Neste tipo de colágenoas moléculas se associam de um
modo peculiar formando uma trama complexa que lembra a estrutura de uma “tela de
galinheiro”.
Fibras reticulares
As fibras reticulares são formadas por colágeno tipo III, são ramificadas e formam um trançado
firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos. Formam o arcabouço dos órgãos
hematopoiéticos e também as redes em torno das células musculares e das células epiteliais de
muitos órgãos, como, por exemplo, do fígado e dos rins. Estas fibras não são visíveis em
preparados corados pela hematoxilina- eosina (HE), mas pode ser facilmente coradas em cor
preta por impregnação com sais de prata. Por causa de sua afinidade por sais de prata, estas
fibras são chamadas de argirófilas.
Fibras elásticas
As fibras elásticas são longos fios de uma proteína chamada elastina, são fibras mais finas que
as colágenas. Elas conferem elasticidade ao tecido conjuntivo, completando a resistência das
fibras colágenas. Ligam-se umas as outras formando uma malha, a qual cede facilmente às
trações mínimas, porém retomam sua forma inicial logo que cessam as forças deformantes.
Quando você puxa e solta à pele da parte de cima da mão, são as fibras elásticas que
rapidamente devolvem à pele sua forma original.
Divisão do tecido conjuntivo
Tecido conjuntivo propriamente dito: é dividido em: tecido conjuntivo frouxo e tecido
conjuntivo denso.
Tecido conjuntivo frouxo
Preenche espaços não-ocupados por outros tecidos, serve de apoio e nutre o tecido epitelial,
estando sob a pele de todo o corpo, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos.
Além disso, faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em
processos de cicatrização. É um tecido delicado, flexível e pouco resistente à tração. Essa
viscosidade representa de certa forma, uma barreira contra a penetração de elementos
estranhos no tecido. Este tecido tem todos os elementos estruturais típicos do conjuntivo,
portanto ele é constituído por células, por fibras e pela substância fundamental amorfa, que
envolve as células e as fibras, apresenta todos os elementos do conjuntivo na mesma
proporção, não havendo o predomínio de nenhum elemento.
Tecido conjuntivo denso
É adaptado para oferecer mais resistência e proteção, mesmo sendo menos flexível que o
tecido conjuntivo frouxo. Caracteriza-se por ter predominância de fibras colágenas e pouca
substância fundamental amorfa. Dependendo do modo de organização dessas fibras, esse
tecido pode ser classificado em:
Não modelado: formado por fibras colágenas entrelaçadas, dispostas em feixes que não
apresentam orientação fixa, o que confere resistência e elasticidade. Esse tecido forma as
cápsulas envoltórias de diversos órgãos internos como o fígado, baço, o osso, a cartilagem e a
parte profunda da pele (dando forma às partes do corpo) chamada derme, que é o tecido
conjuntivo da pele.
Modelado: formado por fibras colágenas dispostas em feixes com orientação fixa, dando ao
tecido características de maior resistência à tensão do que a dos tecidos não-modelados e
frouxo; ocorre nos tendões, que ligam os músculos aos ossos e nos ligamentos, que ligam os
ossos entre si.
Tecido ósseo
O tecido ósseo é um tecido especializado constituído por diversos tipos celulares e uma matriz
extracelular mineralizada, denominada matriz óssea.
Funções do tecido ósseo
O tecido ósseo apresenta inúmeras funções, tais como:
▪ Sustentação das partes moles do corpo;
▪ Em parceria com os músculos, atuam nos movimentos do corpo;
▪ Proteção de órgãos vitais;
▪ Aloja e protege a medula óssea;
▪ Depósito de íons, como o fosfato e o cálcio.
Constituição do tecido ósseo
▪ O tecido ósseo é constituído por diferentes tipos celulares e uma matriz mineralizada.
Células do tecido ósseo
▪ Osteócitos
Os osteócitos são células achatadas com complexo golgiense pouco desenvolvido e pouca
quantidade de retículo endoplasmático rugoso. Essas células estão presentes em regiões da
matriz denominadas lacunas, de onde saem pequenos canais. Essas células apresentam
projeções nesses canais por meio das quais podem comunicar-se com outros osteócitos por
junções comunicantes (estruturas que formam canais citoplasmáticos que possibilitam a
comunicação entre as células). Quando essas células morrem, são reabsorvidas pela matriz
óssea. Os osteócitos são importantes na manutenção da matriz óssea.
▪ Osteoblastos
Os osteoblastos encontram-se sobre as superfícies ósseas e são as células responsáveis pela
síntese da matriz extracelular ou matriz óssea. Os osteoblastos maduros apresentam uma
grande quantidade de mitocôndrias, além de um complexo golgiense e retículo
endoplasmático rugoso bem desenvolvidos.
https://www.biologianet.com/biologia-celular/complexo-golgiense.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/reticulo-endoplasmatico.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/mitocondrias.htm
Essas células sintetizam colágeno tipo I, glicoproteínas, proteoglicanos, além de duas
importantes proteínas não colagenosas denominadas osteocalcina e osteonectina. A
osteocalcina é específica do osso e estimula a ação dos osteoblastos. A osteonectina atua na
mineralização, facilitando a deposição de cálcio. Após sintetizar a matriz e ser aprisionado por
ela, o osteoblasto passa a se chamar osteócito.
▪ Osteoclastos
Os osteoclastos são células grandes, móveis, multinucleadas (apresentam cerca de 50 núcleos)
e responsáveis pelo processo de reabsorção óssea. Nesse processo, os osteoclastos alteram a
configuração da superfície óssea por meio da liberação de ácidos e enzimas que digerem a
matriz orgânica e dissolvem os cristais de cálcio. Esse processo é coordenado pela ação de
algumas substâncias, como os hormônios calcitonina e o paratormônio.
Matriz extracelular ou matriz óssea
A matriz extracelular é constituída por uma porção orgânica e uma inorgânica. A porção
orgânica da matriz extracelular é constituída principalmente por fibras colágenas, as quais
apresentam em sua constituição colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas. Já a parte
inorgânica é constituída, principalmente, por íons cálcio e fosfato, além de outras substâncias
em menores quantidades, como potássio, magnésio e bicarbonato. O cálcio e o fósforo
formam cristais, que, juntamente às fibras colágenas, são responsáveis pela rigidez e
resistência dos ossos.
Os ossos são revestidos por endósteo, o qual é constituído normalmente por uma camada de
células osteogênicas (capazes de se diferenciar em osteoblastos), e pelo periósteo, tecido
https://www.biologianet.com/biologia-celular/colageno.htm
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/ossos.htm
conjuntivo constituído por fibras colágenas e fibroblastos. O endósteo e o periósteo estão
relacionados com a nutrição e formação de novos osteoblastos.
Classificação do tecido ósseo
O tecido ósseo pode ser classificado de forma macroscópica e microscópica.
1. Classificação macroscópica
▪ Osso compacto: não apresenta cavidades visíveis e está localizado nas regiões mais
periféricas dos ossos longos, irregulares e chatos;
▪ Osso esponjoso: apresenta inúmeras cavidades comunicantes e está localizado na
extremidade de ossos longos e nas regiões mais centrais de ossos irregulares e chatos. Nas
regiões cilíndricas de ossos longos (diáfise), os ossos esponjosos delimitam uma região
mais profunda, o canal medular, onde também se encontra a medula óssea.
2. Classificação microscópica ou histológica
▪ Tecido ósseo primário, imaturo ou não lamelar: é denominado como primário, pois é o
primeiro que aparece, tanto no desenvolvimento embrionário como após a recuperação de
fraturas, sendo em seguida substituído pelo osso secundário. Ele apresenta fibras
colágenas dispostas irregularmente, maior quantidade de osteócitos que o tecido
secundário e uma menor quantidade de minerais.
▪ Tecido ósseo secundário, maduro ou lamelar: é caracterizado pela presença de fibras
organizadas em lamelas paralelas ou dispostas de forma concêntricaem torno de canais,
formando os sistemas de Havers.
Vascularização do tecido ósseo
A vascularização do tecido ósseo é especial, pois a matriz óssea é rígida, os vasos sanguíneos
que irrigam esse tecido se originam do periósteo, membrana que reveste o osso externamente,
dentro do osso os vasos se ramificam e ocupa canais dentro da matriz óssea, na diáfise dos
ossos longos vários vasos ocupam canais paralelos a superfície óssea, denominados de canais
de Havers estes comunica-se entre si ou com o periósteo através de canais transversais ou
longitudinais chamados de canais de volkmann.
Tecido hematopoiético
O tecido hematopoiético é formado por fibras e tipos celulares que dão suporte às células
formadoras do tecido sanguíneo (células pluripotentes). Assim, hemácias, plaquetas e glóbulos
brancos (neutrófilos, basófilos, monócitos e eosinófilos), além de linfócitos, são produzidos
neste tecido conjuntivo, a partir de tipos celulares precursores.
Está localizado na medula óssea (tecido mieloide), em costelas, vértebras, ossos do crânio e
extremidades do fêmur e úmero, caracterizando a medula óssea vermelha. É encontrado
também em órgãos linfáticos, como baço, timo, linfonodos, nódulos linfáticos e tonsilas
palatinas: tecido linfático ou linfoide.
Este tecido é bastante considerado no tratamento das leucemias aguda e mieloide crônica, já
que o uso de suas células, com grande capacidade de diferenciação, é uma alternativa ao
transplante de medula óssea.
Hemácias: elas se parecem com pequenos doces, mas são na verdade o tipo mais comum de
células do sangue no corpo humano - os glóbulos vermelhos. Estas células têm a tarefa de
transportar oxigênio para todo o nosso corpo.
Plaquetas: desempenham papel essencial no processo de formação do tampão plaquetário,
sendo fundamental para evitar grandes sangramentos, sendo, por isso, importante que a
quantidade de plaquetas circulante no organismo esteja dentro dos valores normais de
referência
Glóbulos brancos (leucócitos): constituem parte importante da defesa do corpo contra
organismos infecciosos e substâncias estranhas (o sistema imunológico).
Já citado acima (pág. 5)
Tecido cartilaginoso
O tecido cartilaginoso é um tipo especializado de tecido conjuntivo originado do mesênquima.
Esse tecido é constituído por dois tipos celulares (condrócitos e condroblastos) e um material
extracelular, denominado matriz. O tecido cartilaginoso tem uma consistência rígida e
apresenta as funções de sustentação de tecidos moles, revestimento das articulações, entre
outras. É classificado em três tipos: cartilagem hialina, elástica e fibrosa.
Função do tecido cartilaginoso
O tecido cartilaginoso apresenta funções ligadas principalmente à sustentação, como conferir a
sustentação de tecidos moles; revestimento das articulações, facilitando o deslizamento e
absorvendo choques; constituição do esqueleto temporário de embriões; formação e
crescimento de ossos longos.
Constituição do tecido cartilaginoso
O tecido cartilaginoso possui dois tipos celulares, os condrócitos e os condroblastos, e uma
matriz. A matriz é constituída por colágeno, além de macromoléculas de proteoglicanos, ácido
https://www.biologianet.com/histologia-animal/tecido-conjuntivo.htm
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/articulacoes.htm
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/esqueleto-humano.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/colageno.htm
hialurônico e glicoproteínas. A matriz também apresenta uma grande quantidade de moléculas
de água ligadas a glicosaminoglicanos, denominadas água de solvatação, atuando na absorção
de choques.
Os condroblastos são células precursoras dos condrócitos e secretoras da matriz cartilaginosa.
Eles são alongados, suas membranas apresentam curtos microvilos, possuem um grande
núcleo, além de um retículo endoplasmático rugoso e complexo golgiense bem desenvolvidos.
Eles se originam a partir de células mesenquimáticas que se diferenciam, passando a secretar a
matriz cartilaginosa. Quando essas células encontram-se circundadas pela matriz, eles passam
a ser chamados de condrócitos. O espaço entre a célula e a matriz é denominado lacuna.
Os condrócitos são células arredondadas, com um núcleo ovoide, apresentam retículo
endoplasmático e complexo golgiense bem desenvolvidos e poucas mitocôndrias. Além disso,
suas membranas também apresentam microvilos. Em seu citoplasma, podem ser observados
também acúmulo de lipídios e reserva de glicogênio. Essas células podem dividir-se e formar
grupos com até oito células dentro da lacuna, denominados grupos isógenos.
O tecido cartilaginoso não apresenta vasos sanguíneos, linfáticos ou nervos. Como o tecido
cartilaginoso não é vascularizado, sua nutrição, oxigenação e remoção de resíduos
metabólicos são realizadas pelo pericôndrio, uma camada de tecido conjuntivo que envolve as
cartilagens (exceto as cartilagens fibrosas e articulares).
O pericôndrio apresenta nervos e vasos sanguíneos, bem como células semelhantes a
fibroblastos, os quais se diferenciam em condroblastos, permitindo um crescimento da
cartilagem (crescimento aposicional). Nas cartilagens de ossos presentes em articulações
móveis, a nutrição ocorre por meio do líquido sinovial.
https://www.biologianet.com/biologia-celular/membrana-plasmatica.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/nucleo-celular.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/reticulo-endoplasmatico.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/complexo-golgiense.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/mitocondrias.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/citoplasma.htm
https://biologianet.com/biologia-celular/lipidios.htm
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/ossos.htm
Classificação do tecido cartilaginoso
O tecido cartilaginoso pode ser classificado, de acordo com sua constituição, em três tipos:
▪ Cartilagem hialina: é a cartilagem mais comum no organismo. Ela apresenta cor
branco-azulada e translúcida e sua matriz é constituída principalmente por colágeno tipo II,
além de ácido hialurônico, glicoproteínas e proteoglicanos. A cartilagem hialina é
encontrada constituindo o esqueleto de embriões e, no adulto, é encontrada na traqueia,
fossas nasais, brônquios, articulação de ossos longos e extremidade das costelas. É
importante destacar a sua presença no disco epifisário, responsável pelo crescimento dos
ossos longos.
▪ Cartilagem elástica: apresenta uma cor amarelada e é constituída por uma grande
quantidade de fibras elásticas e poucas fibrilas colágenas do tipo II. A cartilagem elástica é
encontrada no pavilhão auditivo, tuba auditiva, laringe e epiglote.
▪ Cartilagem fibrosa: é constituída por fibras colágenas do tipo I, apresenta menos ácido
hialurônico, proteoglicanos e glicoproteínas, além de ser a cartilagem mais resistente. Suas
fibras colágenas formam feixes, e seus condrócitos apresentam-se dispostos em fileiras.
Diferentemente das cartilagens anteriores, essa não apresenta pericôndrio. Assim, sua
nutrição ocorre por meio do tecido conjuntivo denso ao qual ela está ligada. A cartilagem
fibrosa pode ser encontrada em pontos de inserção entre tendões e ligamentos nos ossos,
na sínfise púbica e nos discos intervertebrais.
Tecido muscular
O tecido muscular está relacionado com os movimentos do corpo humano. Suas principais
características são: excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e elasticidade. As células do
tecido muscular são chamadas fibras musculares ou miócitos. Elas são alongadas e ricas em
duas proteínas: actina e miosina.
Funções do Tecido Muscular
▪ Movimento do corpo;
▪ Estabilização e postura;
▪ Regulação do volume dos órgãos;
▪ Produção de calor.
Características do tecido muscular
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/tendao.htm
O tecido muscular é formado por células alongadas com capacidade de contração que recebem
a denominação de fibras musculares. Essas fibras apresentam vários filamentos de proteínas
contráteis, ou seja,com capacidade de contração. Entre eles estão os filamentos de actina e
miosina.
Classificação do tecido muscular
1. Estriado esquelético;
2. Estriado cardíaco;
3. Liso.
Tecido muscular estriado esquelético
É rico em estriações e está conectado aos nossos ossos, sendo os casos do bíceps e do tríceps.
Apresenta fibras musculares longas, que podem atingir até 30 cm, cilíndricas e com vários
núcleos na periferia das células. A contração desse tipo de tecido muscular é rápida e vigorosa
e ocorre, geralmente, de maneira voluntária.
Nas fibras musculares, observa-se as miofibrilas, que são feixes de filamentos. Elas são
formadas por quatro tipos de proteínas: a miosina, a actina, a tropomiosina e a troponina.
Entre essas proteínas, a actina e a miosina são encontradas em maior quantidade.
▪ Miosina
▪ Actina
▪ Troponina (proteína que liga a tropomiosina a actina)
▪ Tropomiosina (fina camada que se estende sobre a actina e bloqueia a ligação
actina/miosina).
As fibras musculares esqueléticas possuem um padrão de estriações transversais, conseguidas
graças à alternância de faixas claras e escuras. Aquelas são formadas por filamentos finos
(actina), enquanto estas são formadas tanto por filamentos finos quanto por filamentos
grossos (miosina).
▪ Banda A: faixa escura = miosina sobreposição com actina
▪ Banda I: faixa clara = filamento de actina sem sobreposição. No centro da banda I,
observa-se uma linha escura transversal chamada de linha Z.
▪ Banda H: filamento de miosina sem sobreposição
Tecido muscular estriado cardíaco
Apresenta estriações e é encontrado na parede do coração. A contração desse tecido é
vigorosa, rítmica e involuntária, portanto, não somos capazes de controlá-la. Possui fibras
alongadas, com um ou dois núcleos, os quais estão localizados mais próximos à região central.
Sua fibras musculares apresentam ramificações unidas por discos intercalares.
Esses discos garantem que sinais passem de uma célula para outra, permitem que a contração
cardíaca seja sincronizada e evitam que uma célula separe-se da outra no momento do
batimento cardíaco. Vale destacar, ainda, que as células desse tecido apresentam elevado
número de mitocôndrias, uma vez que o gasto de energia para a contração é elevado.
Tecido muscular liso
Não possui estriações, diferentemente dos demais. Suas células são longas, com um núcleo
central, e apresentam formato fusiforme, ou seja, suas extremidades são mais estreitas que o
seu centro. A contração desse tecido é involuntária e lenta. Ele pode ser encontrado na parede
de vários órgãos, tais como bexiga, esôfago e artérias.
Estriado esquelético
Estriado cardíaco
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/coracao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/mitocondrias.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/esofago.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/arterias.htm
Liso
Contração muscular
Na contração muscular, a actina desliza sobre os filamentos da miosina, que conservam seus
comprimentos originais. A contração se inicia na faixa ansiotrópica (A), onde a actina e a
miosina se sobrepõem. Durante a contração, a faixa isotrópica (I) diminui de tamanho,
enquanto os filamentos de actina penetram na faixa A. Concomitantemente, a faixa H, formada
somente pelos filamentos grossos (miosina) também se reduz, à medida que esses filamentos
são sobrepostos pelos filamentos finos (actina). Isso irá resultar em um grande encurtamento
do sarcômero.
Para que ocorra a contração muscular o sistema depende da disponibilidade dos íons cálcio e o
relaxamento muscular depende da ausência ou diminuição deste íon. O retículo
sarcoplasmático é quem regula o fluxo de íons cálcio, para a realização dos ciclos de contração
muscular.
A despolarização do retículo libera os íons cálcios de forma passiva até os filamentos finos e
grossos dos músculos, ocasionando a contração muscular. A polarização deste retículo
transporta os íons cálcio de volta às cisternas, parando a atividade contrátil do músculo.
Podemos dizer que a contração muscular acontece quando ocorre a interação da actina e a
miosina, que são proteínas contráteis dos músculos. Essa interação ocorre na presença de
cálcio intracelular e energia. A energia necessária para a contração muscular vem da hidrólise
do ATP. Já a disponibilidade de cálcio vem da liberação deste íon do retículo sarcoplasmático,
quando despolarizado.
Junção neuromuscular
A junção neuromuscular é a região de sinapse entre fibra muscular estriada esquelética e
axônio motor; cuja função é a transmissão do impulso nervoso. A junção é constituída por
ramificações de axônios motores na superfície da célula muscular, cada ramificação forma um
botão pré-sináptico, separado do terminal pós-sináptico, correspondente à membrana
sarcoplasmática, pela goteira sináptica. O axônio e todas as fibras musculares que ele inerva
formam uma unidade motora.
https://www.infoescola.com/sistema-muscular/actina-e-miosina/
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O processo químico, dá-se por meio de sinapse entre o axônio do neurônio motor com a
membrana plasmática da fibra muscular (sarcolema), tal sinapse química ocorre pelo
neurotransmissor acetilcolina ( um éster do ácido acético e da colina) que estimula os
receptores nicotínicos para realizar a contração. Este neurotransmissor é inativado pela
acetilcolinesterase, que desdobra a acetilcolina em metabolitos inativos de colina e ácido
acético, esta enzima é abundante na fenda sináptica - o que é essencial para o adequado
desempenho da função muscular.
A parte anatômica deste processo é a placa motora, que nada mais é que a membrana
plasmática pós-sináptica, ou seja, o sarcolema que fica em contato com o neurônio motor
(localização da fenda sináptica). É nesta região que é liberada a acetilcolina e é onde ocorre a
contração pela fibra muscular.
Envoltórios musculares – membrana conjuntiva
As fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes, sendo o conjunto de feixes
envolvidos por tecido conjuntivo denso:
▪ Epimísio: É uma membrana de tecido conjuntivo que envolve o músculo.
▪ Perimísio: Membrana de tecido conjuntivo que envolve um feixe de fibras.
▪ Endomísio: Membrana de tecido conjuntivo que envolve uma fibra (célula) muscular.
Tecido nervoso
O tecido nervoso é o responsável pela comunicação entre todo o corpo humano. Através da
transmissão de impulsos elétricos, o tecido nervoso integra todas as partes do organismo
recebendo e desencadeando respostas a estímulos do meio externo ou interno.
O tecido nervoso é composto por dois tipos de células: os neurônios que são responsáveis por
receber e transmitir os impulsos nervosos, que serão decodificados e respondidos pelo sistema
nervoso. E as células da glia ou neuróglia se situam ao redor dos neurônios, nutrindo,
protegendo e sustentando eles.
Neurônios
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio
(interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a
manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades
fundamentais: a excitabilidade e a condutibilidade. Excitabilidade é a capacidade que permite
a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou externos. Portanto, excitabilidade
não é uma resposta, mas a propriedade que torna a célula apta a responder. Essa propriedade
é inerente aos vários tipos celulares do organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos
tipos celulares distintos também diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurônios
assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez
excitados pelos estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação – chamada de
impulso nervoso – por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de
tempo. Esse fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade.
Os neurônios são compostos pelo corpo celular, dendritos e axônios.
▪ Corpo celular: é nestaestrutura que se dá a síntese proteica, sendo também nesta aqui
que ocorre a convergência das correntes eléctricas geradas na árvore dendrítica. Cada
corpo celular neuronal contém apenas um núcleo que se encontra no centro da célula. É
também nesta estrutura que estão alojadas todas as funções celulares em geral.
▪ Dendritos: são prolongamentos especializados em receber e transportar os estímulos das
células sensoriais, dos axônios, e de outros neurônios. Possuem múltiplas ramificações e
extremidades arborizadas, o que lhes dá a capacidade de receber múltiplos estímulos de
vários neurônios de maneira simultânea.
▪ Axônios: são prolongamentos únicos especializado na condução de impulsos, que
transmitem informações do neurônio para outras células (nervosas, musculares,
glandulares). Normalmente existe apenas um único axônio em cada neurônio.
Classificação dos neurônios:
Quanto à forma:
▪ Bipolares: possuem um dendrito e um axônio.
▪ Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio
▪ Pseudo - unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este
se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso
central.
Quanto à função:
▪ Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras musculares.
▪ Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do ambiente.
▪ Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos
complexos.
Arco reflexo
Um arco reflexo é a via de transmissão que um reflexo nervoso segue, como o reflexo patelar.
As células da glia
As células da glia possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, mantendo-os unidos. Os
principais tipos de células desta natureza são os astrócitos, oligodendrócitos, micróglias e
células de Schwann.
▪ Astrócitos: têm a forma de estrela, com inúmeros prolongamentos; em grande quantidade,
apresentam-se sob duas formas: astrócitos protoplasmáticos, localizados na substância
cinzenta; e astrócitos fibrosos localizados na substância branca. Têm como funções
sustentação, participam da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos
neurônios. Alguns astrócitos apresentam prolongamentos chamados pés vasculares, que se
expandem sobre os capilares sanguíneos. Admite-se que esses prolongamentos transferem
moléculas e íons do sangue para os neurônios.
▪ Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para
os neurônios do SNC. Os oligodendrócitos têm prolongamentos que se enrolam em volta
dos axônios, produzindo a bainha de mielina.
▪ Micróglia: células pequenas com poucos prolongamentos, presentes tanto na substância
branca, como na substância cinzenta. São células fagocitárias e derivam de precursores
trazidos da medula óssea pelo sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário
no sistema nervoso central.
▪ Células de Schwann: a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta
do sistema nervoso periférico. Cada célula de Schwann forma uma bainha de mielina em
torno de um segmento de um único axônio. Ao contrário, os oligodendrócitos têm
prolongamentos por intermédio dos quais envolvem diversos axônio. Essa bainha de
mielina atua como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de
propagação do impulso nervoso ao longo do axônio, porém, não é contínua, entre uma
célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta
a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.
Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal
Quando corados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinhal mostram regiões brancas
(substância branca) e regiões acinzentadas (substância cinzenta). A distribuição da mielina é
responsável por essa diferença de cor, que é visível a fresco. Os principais constituintes da
substância branca são axônio mielinizados, oligodendrócitos produtores de mielina. Ela possui
também outras células da glia. A substância branca não contém corpos de neurônios.
A substância cinzenta é formada de corpos de neurônios, dendritos, a porção inicial não
mielinizada dos axônios e células da glia. Na substância cinzenta têm lugar as sinapses do
sistema nervoso central. A substância cinzenta predomina na superfície do cérebro e do
cerebelo, constituindo o córtex cerebral e o córtex cerebelar, enquanto que a substância
branca predomina nas partes mais centrais.
Em cortes transversais da medula espinhal, a substância branca se localiza externamente e a
cinzenta internamente, com forma de letra H.
Proteção do Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central é protegido por três envoltórios formados por tecido conjuntivo
denso, denominados, como meninges sendo estas, na ordem do interior para o exterior:
▪ Piamáter: localizada mais intimamente ao sistema nervoso, é impossível de ser totalmente
removida sem remover consigo o próprio tecido nervoso, essa camada é altamente
vascularizada.
▪ Aracnóide: situada entre a Piamáter e Duramáter, é provida de trabéculas que permite a
circulação do líquido cefalorraquidiano.
▪ Duramáter: trata-se do envoltório mais externo e mais forte, constituída de tecido
conjuntivo denso, continuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. A duramáter que
envolve a medula espinhal é separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os
dois, o espaço peridural.
Sistema Nervoso Periférico
Os componentes do SNP são os nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos são feixes
de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo.
Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos celulares localizam-se
no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser observados próximos à
medula espinhal.
Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da medula espinhal,
denominam raquidianos.
Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores
(sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas). De acordo com o sentido
da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem ser:
▪ Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos receptores
até o sistema nervoso central;
▪ Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso
central para os órgãos efetores;
▪ Misto: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São os mais comuns
no organismo.
Fibras nervosas
As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. O tecido
conjuntivo que reveste um axônio e suas bainhas envoltórias é chamado de endoneuro. Um
grupo de fibras nervosas formam os feixes ou tratos do SNC e os nervos do SNP.
As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido por uma bainha
conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo.
O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo, chamada epineuro.
Os gânglios
São acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Em sua maior parte são órgãos esféricos,
protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo e associados a nervos.
Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser sensoriais (aferentes) ou
gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes).
Sistema Nervoso Autônomo (SNP)
É a parte do sistema nervoso que controla funções como a respiração, circulação do sangue,
controle de temperatura e digestão.
É também o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às modificações do
ambiente. Por exemplo, quando o indivíduo entra em uma sala com um ar-condicionado que
lhe dá frio, o sistema nervoso autônomo começa a agir, tentando impedir uma queda de
temperatura corporal. Dessa maneira, seus pêlos se arrepiam e ele começa a tremer para gerar
calor. Ao mesmo tempo ocorre vasoconstrição nas extremidades para impedir a dissipação do
calor para o meio. Dessa maneira, pode-se perceber que o organismopossui um mecanismo
que permite ajustes corporais, mantendo assim o equilíbrio do corpo: a homeostasia.
O SNA é dividido em duas partes:
▪ Sistema nervoso simpático;
▪ Sistema nervoso parassimpático.
Simpático: controla de forma involuntária as respostas aos fatores estressantes (mecanismos
de luta e fuga). Objetivo - aumentar a oxigenação e energia no cérebro e músculos. Controla os
órgãos pelo neurotransmissor noriepinefrina (NE) e pela adrenalina.
Parassimpático: controla de forma involuntária o retorno a normalidade após a estimulação
simpática. Durante o repouso do corpo, ele predomina. Controla os órgãos pelo
neurotransmissor acetilcolina (ACh).
Sistema Nervoso Somático (SNP)
Controla de forma voluntária as respostas motoras dos músculos estriados esqueléticos.
Sinapses
As sinapses são junções entre a terminação de um neurônio e a membrana de outro
neurônio. São elas que fazem a conexão entre células vizinhas, dando continuidade à
propagação do impulso nervoso por toda a rede neuronal.
Como ocorrem as sinapses?
A sinapse ocorre entre o axônio de um neurônio e o dendrito do neurônio seguinte, mas
também pode ocorrer do axônio diretamente para o corpo celular, ou entre do axônio do
neurônio para uma célula muscular.
Os impulsos nervosos são sinais elétricos que afetam os íons da membrana do neurônio. O
estímulo ocorrido em algum ponto do neurônio é transmitido através de mudanças bruscas de
carga elétrica, fenômeno chamado potencial de ação, que percorre todo o neurônio.
Ao chegar na terminação do axônio o sinal elétrico é transmitido por meio de vesículas
contendo neurotransmissores, substâncias químicas encarregadas de levar esse estímulo à
célula vizinha.
Os neurotransmissores fazem com que íons (partículas com carga elétrica) sejam levados de
uma célula a outra, alterando o potencial elétrico e gerando o potencial de ação.
Tipos de Sinapses
Existem dois tipos de sinapses funcionais: química e elétrica;
Químicas: essas sinapses iniciam no terminal do axônio (uma região pouco mais alargada
formando um botão) da célula pré-sináptica. As vesículas contendo neurotransmissores são
liberadas na fenda sináptica e reconhecidas por receptores químicos (proteínas específicas) na
membrana da célula pós-sináptica. A seguir se fundem com a membrana e liberam o seu
conteúdo. A ligação química entre o neurotransmissor e o receptor do neurônio seguinte gera
mudanças que irão fazer com que o sinal elétrico seja transmitido.
As sinapses químicas podem ser excitatórias ou inibitórias, de acordo com o tipo de sinal que
conduzem.
https://www.todamateria.com.br/neurotransmissores/
Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for a despolarização, iniciando o potencial de
ação, então será uma sinapse excitatória.
Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for de hiperpolarização, a ação resultante será
inibitória do potencial de ação, portanto nesse caso há uma sinapse inibitória.
Elétricas: nessas sinapses não há participação de neurotransmissores, o sinal elétrico é
conduzido diretamente de uma célula a outra através de junções comunicantes. Essas junções
são canais que conduzem íons, obtendo respostas quase imediatas, isso quer dizer que o
potencial de ação é gerado diretamente.
Sinapses (morfologia):
▪ Neuromusculares: entre neurônios e células musculares;
▪ Neuroglandulares: entre um neurônio e uma célula glandular;
▪ Axodendríticas: entre as terminações axiais de um neurónio e as dendrites do corpo
celular de outro neurônio;
▪ Axossomáticas: entre dendritos de corpos celulares;
▪ Axoaxônicas: entre dois axônios.
https://www.infopedia.pt/$corpo-celular?intlink=true
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Lâminas histológicas do tecido nervoso
Axônio
Corpo celular
Astrócito
Oligodendrócito
Cerebelo
Medula espinhal
Nervo
Gânglio
Terminações nervosas