Prévia do material em texto
Procedimentos de Enfermagem - Cateterismo vesical O cateterismo vesical é uma técnica totalmente estéril, e a gente só realmente utiliza se necessário, porque essa técnica tem que ser muito rigorosa para fazer, uma vez que você contamina a chance do paciente ter uma infecção por passagem de sonda é muito grande, e um paciente que está na UTI por exemplo, se você fizer a técnica inadequada e esse paciente começar a ter uma infecção urinária por passagem inadequada de sonda, pra esse paciente evoluir para sepse é muito fácil, para um paciente grave. Então todas as formas de infecção têm que ser evitadas, e neste procedimento de cateterismo vesical é uma técnica totalmente estéril então tem que fazer o protocolo, o passo a passo corretamente, seguindo o protocolo da técnica. Quando que nós vamos realizar o cateterismo vesical? Nós vamos realizar o cateterismo vesical, quando a urina não deve ser eliminada naturalmente e ela precisa ser drenada, se ela não consegue sair de maneira natural ela precisa ser drenada de maneira artificial, existe N situações que a gente precisa controlar o balanço hídrico daquele paciente. E o balanço hídrico do paciente a gente só consegue ter controle quando a gente tem cateter, sonda no nariz e sonda vesical e assim a gente tem um controle rigoroso da quantidade de liquido que entra e da quantidade de líquido que sai do nosso organismo. Porque que a gente precisa fazer esse balanço hídrico? Para você fazer prescrição médica, um paciente por exemplo que está hospitalizado, está internado, e intubado na UTI em estado crítico, você fazendo o balanço hídrico dele, controlando a quantidade de liquido que entra na sonda e a quantidade de líquido que sai, que é eliminado do organismo, você vai conseguir ter a forma exata para fazer a prescrição médica. Se esse paciente está eliminando/saindo mais urina do que entrando, o que está acontecendo com ele? O paciente está desidratado, você vai prescrever soro. Mas se o paciente está entrando volume – soro, medicamento, alimentação pela sonda, e tem ausência de diurese/está saindo pouca diurese concentrada, você vai prescrever soro para esse paciente? Não, é um paciente que já está demasiado, já está tendo uma sobrecarga do débito cardíaco, já está hipertenso, super inchado, ele vai ter sobrecarga renal. Então balanço hídrico ele vai te dar todo suporte para você fazer prescrição médica, e para isso você precisa prescrever sonda. Então o paciente só deve ser submetido a sondagem vesical, quando necessário, e isso que existe risco de infecção urinária, então porque existe esse risco de infecção urinária? Porque é uma técnica séptica/estéril, e uma vez que você não faz o passo a passo da técnica correta esse paciente poderá ter uma infecção urinária e de repente ter uma infecção generalizada. Então desde a forma que você precisa lavar as mãos, calçar a luva estéril, fazer a antissepsia do paciente para poder colocar o cateter tem que seguir rigorosamente o passo a passo da técnica. - Sondagem vesical: é uma introdução de uma sonda na uretra, que vai para dentro da bexiga, para a diurese ser eliminada. Então o cateter ele fornece um fluxo contínuo de urina em pessoas incapazes de controlar a micção ou que apresentem obstruções. Além disso permite avaliar a eliminação de urina em pacientes que se encontram hemonamidicamente instáveis. Hemodinamicamente instável: todo paciente grave, que está entubado, tubo pede sonda, então uma vez que o paciente tem o nível de consciência diminuído, e como você sabe que o nível de consciência está diminuído? Através da aplicação da escala de coma de Glasgow. Se ele tem um Glasgow menor ou igual a oito, ele precisa ser entubado, e dessa forma tubo pede sonda. Quando você entuba automaticamente você prescreve sonda nasogástrica aberta para descompressão do conteúdo gástrico, e sonda vesical de demora para balanço hídrico, isso é automático, entubou o paciente? Sonda nasogástrica (SNG) e sonda vesical. - Existem DOIS tipos de cauterização vesical: a gente tem o cateter de alivio, e tem o de demora; Cateter de alivio: o cateter de alivio da coloplast ele já vem lubrificado para ser utilizado e ela já é estéril, então quando a gente abre não pode pegar para não contaminar, a gente só vai pegar esse cateter com a luva estéril, para não contaminar. Então ele é introduzido na uretra para a bexiga para eliminar a urina que está ali, e que o paciente não consegue eliminar de forma espontânea. A coloplast ela tem um site, e o paciente que faz uso contínuo desse cateter, o médico consegue cadastrar este paciente no site da coloplast e o paciente recebe gratuitamente o cateter. O cateter da coloplast já vem lubrificado, e o da unidade básica de saúde (UBS) não vem lubrificado, o que faça com que tenha uma chance maior de contaminação. O auto cateterismo, quando você mesmo vai passar o cateter em você, quando você pega o da coloplast ele já vem lubrificado então é muito mais fácil o paciente fazer o auto cateterismo com ele. Então nós temos o cateter intermitente ou de alívio que é sonda vesical de alívio, é um cateter reto e único. Esse cateterismo de alívio introduz um cateter reto e descartável, longo o suficiente para drenar a bexiga. Quando estiver vazia, retira-se imediatamente o cateter, então a forma como você vai passar o cateter de alivio ou o de demora a técnica é muito semelhante, a antissepsia, a introdução do cateter, porém a gente só vai passar a sonda de alívio quando todos os recursos de tentar eliminar aquela diurese de forma espontânea/natural nós não conseguimos, então se eu colocar a compressa fria na região abdominal, eu consigo auxiliar a pessoa a ter eliminação espontânea? Sim; quando a gente sanar todas as possibilidades/recursos possíveis de uma eliminação espontânea da diurese, aí sim vocês vão prescrever a sonda vesical de alivio para drenar a diurese. Essa sonda vesical ela vai aliviar o desconforto da distensão da bexiga, da distensão abdominal, principalmente em pacientes em pós- operatório, pós-centro cirúrgico, e não consegue ter a diurese espontânea então esse paciente precisa fazer uma medida de descompressão e muitas vezes essa medida de descompressão é a passagem da sonda vesical de alivio; Para obter uma amostra estéril de urina; Para avaliar a urina residual; Para fazer tratamento em longo prazo de clientes com lesões de medula espinhal, as vezes estes pacientes são cadeirantes e eles mesmos fazem o cateterismo neles Eu posso passar o cateterismo de alivio quantas vezes for preciso no paciente? Sim, pacientes cadeirantes em alguns momentos fazem passagem de cateterismo 5 vezes ao dia, então é preciso. - Permanente ou de demora: A sonda de demora ou permanente, é a famosa sonda vesical de demora, bastante diferente da sonda de alivio, ela é bem mais flexível porque ela vai ficar mais tempo no paciente; ela permanece em um lugar com período de tempo maior até que o paciente seja capaz de urinar de modo voluntário/espontaneamente; esse cateterismo de demora ele pode ser de curto prazo em um momento cirúrgico por exemplo, eu coloco o cateter em um paciente durante uma cirurgia (pode durar uma hora, e fica 24 horas com o cateter e já retira, que é um prazo curto), ou pode ficar muito tempo com o paciente, pode ficar até meses com o paciente; Nós temos dois tipos de cateter de demora diferentes: nós temos um de três vias e temos um de duas vias. Duas vias: ele tem uma única função – eliminar a diurese, ele tem duas vias, uma via é pra gente acoplar/colocar a bolsa coletora onde vai ficar acoplada a diurese, então esse cateter fica dentro da bexiga e essa bolsa coletora fica abaixo do nível para conseguir drenar a diurese. Como que a gente vai fixar isso no paciente? Nós vamos fixar essa sonda dentro do paciente colocando água destilada, nós temos sondas de tamanhos diferentes e a gente sempre vai colocar a menor numeraçãopossível para drenar a diurese do paciente. Toda sonda na ponta vem a quantidade de água destilada que precisa ser colocada no cateter, por exemplo 5-10 ml, ou 30 ml, não existe uma padronização, cada sonda ela tem escrito exatamente a quantidade de água destilada que será introduzida no balonete e será essa introdução de água destilada que vai insuflar o balonete e vai segurar essa sonda dentro da bexiga. Quando insuflo o balonete na ponta da sonda, você coloca a sonda dentro da bexiga e fixa-se o balonete, esse balonete insuflado ele vai fixar a sonda dentro da bexiga e não vai sair. Porque eu não posso colocar ar, ou soro fisiológico? Tem que colocar água destilada, não pode colocar ar porque devagarzinho o ar sai e não vai fazer a drenagem da diurese, não pode ser soro fisiológico porque ele tem eletrólitos, tem sais e estes cristais podem colabar a sonda e impedir o fluxo de diurese, então para insuflar o balonete do cateter somente água destilada; - Indicações do cateterismo de demora: O de duas vias, é simplesmente para eliminar e drenar a diurese em uma via vai colocar a bolsa coletora (onde vai ficar acumulado a diurese), e a outra via colorida sempre vai ser para gente colocar na seringa e insuflar com água destilada o balonete. O cateter de três vias, uma via a gente vai colocar a bolsa coletora, a outra via colorida a gente vai injetar a água destilada para insuflar o balonete, e a outra via a gente pode colocar água destilada para fazer a irrigação, por exemplo aquele paciente que está urinando sangue, paciente que tenha câncer de próstata, está eliminando coágulos na urina, a gente vai ter que lavar essa uretérica e aí a gente coloca água destilada para fazer essa lavagem. Então as três vias – uma para a diurese, outra para insuflar o balonete e a outra para acoplar a água destilada para a gente lavar e retirar coágulos de sangue. Então dentro do ambiente hospitalar, principalmente se for paciente de centro cirúrgico já prescreve passagem de sonda de três vias. Se de repente precisar lavar, esse paciente já está com uma sonda de três vias Na tabela eu tenho as indicações para os pacientes que estão fazendo uso do cateterismo de demora: Na maioria das situações de cateterismo vesical, ou são os pacientes críticos de UTI, ou do pronto socorro, ou centro cirúrgico. Então todos os setores vocês vão ter pacientes que vai estar utilizando cateterismo. Por unidade básica de saúde, passa sonda? Sim, muito. Inclusive a troca de sonda é feita em UBS, não é feito no pronto socorro, visto que não é uma emergência. • Segundo a Anvisa (2017), a maioria das vezes quem faz a troca do cateterismo é a equipe de enfermagem, não se deve realizar a troca rotineira da sonda. A Resolução do COFEN nº 450/2013 recomenda que a equipe de Enfermagem obedeça a critérios determinados por protocolos para troca do cateter vesical. A literatura internacional também aponta que a indicação para trocas de sonda deve ser individualizada e não estabelecida como rotina para pacientes que necessitam de cateterização. • Esse cateterismo vesical não é recomendado que a troca seja recorrente, um paciente que faça uso contínuo de sonda algumas literaturas recomendam que a troca seja realizada mensalmente, não posso trocar toda semana. A troca é feita por exemplo, se estiver vazando urina, uma vez que o paciente passou a sonda e está acoplada a bolsa coletora é um sistema fechado, ou seja uma vez que seja acoplado não pode ser aberto, se eu desconectar a sonda da bolsa coletora eu vou contaminar o sistema e aí eu preciso tirar tudo e passar um novo cateterismo no paciente, o ideal seria que toda vez que tirar o cateter do paciente cortar a ponta da sonda e enviar para cultura, para vê se aquele paciente está com uma infecção urinária se foi causado pela passagem de sonda, mas não conseguimos fazer isso com todos os pacientes, com pacientes de UTI sim quando o paciente fica muito tempo hospitalizado se vai trocar o cateter a gente consegue cortar a ponta e enviar para cultura. • Quando o paciente tem alguma obstrução e não consegue de forma alguma inserir a sonda, ele deve ir ao centro cirúrgico e um urologista, somente o urologista realizará o procedimento de colocar a sonda direto na bexiga (suprapúbico), é um procedimento médico Nesse contexto, sugere-se que cateteres e bolsas de drenagem sejam trocados utilizando-se indicadores clínicos, como (PERRY; POTTER; OSTENDORF, 2014; POTTER; PERRY; ELKIN, 2013; POTTER et al., 2020): Sugere-se que seja trocado 1 vez por mês ou se tiver algumas dessas situações: - Mau funcionamento do cateter, as vezes não está drenando então a gente tem que retirar o cateter e passar um novo cateter porque não está drenando a urina; - Paciente que já está com a sonda, e já está com a bolsa coletora na cama dele, e vocês precisam pedir exame de urina 1, onde você pega a urina que está na bolsa, para levar para o laboratório? A urina que está na bolsa, ela está estéril? A partir do momento em que a urina sai da bexiga, passa pelo cateter entra na bolsa coletora não está estéril mais, e ela fica dentro da bolsa, ela está cheia de resíduos. Nessa bolsa ela tem um zíper, ela abre e fecha ali a minha diurese, se você fecha mantém a diurese dentro. Não transporta paciente com sonda aberta, só transporta paciente com sonda fechada, eu vou ter um plaque nessa bolsa que aqui você fecha e impede o fluxo de diurese, e quando abre volta a drenar a diurese de forma espontânea. Quando você precisa coletar a urina para levar para exames laboratoriais, a gente coleta dentro desse negocinho azul (?) porque aqui vai estar acoplado a sonda, então nós vamos pegar o algodão com álcool 70%, faz a antissepsia na ponta, vai pegar uma agulha (rosa) de grosso calibre e a gente vai fechar a sonda, pega esse plaque e fecha, assim vai estar impedindo o fluxo de diurese da bexiga para a bolsa, faz a antissepsia e a gente vai pegar a agulha grossa (40x12) e a gente vai aspirar aqui, nesse orifício/nesse buraquinho, que aqui a gente vai puxar direto a urina que está na bexiga. A gente vai conseguir pegar uma diurese estéril. Vejamos alguns cuidados relacionados à SVD: Todo paciente que está com cateter a gente tem que fazer um controle rigoroso de líquido, porque a diurese sai de forma espontânea com o cateter, então precisa ter esse controle de líquido, para que esse paciente não fique desidratado, então tem que aumentar a ingesta hídrica, se possível. Quanto maior o calibre maior o incomodo para passar no paciente Não podemos insuflar o balão com ar, nem com soro fisiológico A quantidade de líquido que a gente vai insuflar o balonete vai ser desde de sondas que vem 10 ml até sondas que indicam 30 ml (é o máximo que a gente vai colocar) de água para insuflar, então a quantidade de água que será colocado ela vai vim prescrito na sonda, toda sonda vem Sonda, cateterismo vesical, ele é estéril, então uma vez que eu coloco cateter na sonda eu não posso abrir, se eu desconectar/abrir eu vou ter que retirar todo o cateter e inserir outro novamente Onde que nós vamos fazer a fixação do cateter? Na perna, então eu posso colocar esse cateter embaixo da perna? Não, se eu colocar um corpo em cima vai impedir o fluxo de diurese, então ele vai ter que ser fixado em cima da perna, na lateral - Tipos de cateteres: A função do cateter de 2 vias – eliminar a diurese de forma espontânea A função do cateter de 3 vias – para irrigação/lavagem quando tem presença de sangramento e coágulos Aqui é outro tipo de cateter, um balonete insuflado, a parte vermelha é onde a gente vai insuflar a água destilada, e a outra parte é onde a gente vai acoplar a bolsa coletora de diurese - Tipos de cateteres: sondas uretrais de diferentes calibres para sondagem de alívio Esse também é um tipo de cateter de alivio diferente do que vocês viram (o que a genteviu foi o da coloplast que já vem lubrificado, fechado e esterilizado) Precisa ser lubrificado antes de ser inserido; é o mais comum de se encontrar, e é o encontrado em UBS, e em hospitais. - Material utilizado: • Tecido estéril fenestrado (campo fenestrado, é um campo estéril e vai deixar aberto só a parte que vai realizar o procedimento no órgão masculino, ou feminino, e envolta vai deixar fechado) • Luvas estéreis (saber calçar corretamente) • Gaze • Solução anti-séptica • Seringa de 10cc com gel lubrificante (lidocaína gel) • Seringa de 20cc com água estéril • Agulha 40x12 (para aspirar a água destilada) • Água destilada • Sistema Foley fechado pré-conectado (a sonda que é estéril, já vai conectar com a bolsa coletora, é sistema fechado, porque eu passo a sonda já conectado a bolsa coletora? Porque se passar a sonda sem estar conectado a bolsa coletora começa a passar diurese) • Bolsa coletora • Fita ou dispositivo de segurança do cateter (para fazer a fixação da bolsa coletora) • Lidocaína (pro paciente sentir menos dor possível, menos desconforto possível) - Sondagem feminina: - Anatomia: - Procedimento: 1. Preparação: Posicionamento da paciente em posição de litotomia (com as pernas afastadas e os pés juntos) ou com pernas afastadas e pés juntos, e fazer a inspeção de todo o equipamento. 2. Identificação da uretra (vamos pegar o polegar + indicador): com sua mão não-dominante, a qual deve ser considerada estéril. Ou seja, a sua mão dominante você vai deixar livre para fazer o procedimento, para você colocar a sonda no paciente e com a sua mão não dominante eu vou tentar visualizar a uretra, o polegar indicador eu vou visualizar a uretra para eu fazer o procedimento 3. Higienização da abertura e lubrificação do cateter ANTISSEPSIA na mulher: Grandes lábios / Pequenos lábios / Meato uretral, sequência correta para fazer a antissepsia Essa mão que você coloca na paciente ela já não está estéril mais, a única mão que está estéril é a que está livre e que você vai realizar o procedimento, e aí você vai fazer a antissepsia A sequencia correta da antissepsia na mulher, primeiro você começa com os grandes lábios, depois pequenos lábios e depois meato uretral, sempre nessa sequência. 4. Inserção do cateter e posterior expansão do balão com 10cc de água estéril. Depois que você colocou com a paciente em posição de litotomia, calçou luva estéril, fez a antissepsia (grandes lábios – pequenos lábios – meato uretral), você faz a inserção do cateter com a mão que está estéril você faz a inserção do cateter que já está acoplado a bolsa coletora. Uma vez que você colocou o cateter, o que você faz? Insufla o balonete. 5. Fixação do cateter na parte medial da coxa da paciente. A seguir, posicionamento da bolsa para drenagem em local adequado, abaixo do nível da bexiga. Você vai fazer a insuflação do balonete de acordo com a quantidade de água destilada recomendada pela sonda; A função do balonete é fixar essa sonda dentro da bexiga, esse balonete insuflado ele vai impedir que a sonda saia da bexiga. Para retirar a sonda tem que desinsuflar o balonete. Primeira coisa: vamos desinsuflar o balonete, pega uma seringa de 20, desinsufla o balonete para retirar o cateter Depois vai fixar essa bolsa coletora na região da coxa, e daí ela vai ficar sempre um nível abaixo para poder drenar a diurese. - Observações: 1. Poderá ocorrer fluxo de urina antes que o balão tenha entrado completamente na bexiga, principalmente quando a bexiga está muito cheia 2. Se o cateter for inserido acidentalmente na vagina, ele deverá ser descartado e um novo será utilizado para o procedimento, passa uma nova sonda 3. Ao atingir o nível do esfíncter externo, poderá haver certa resistência 4. JAMAIS force o cateter através da uretra, tentou passar o cateter, tem sangramento, tem coágulo, não está conseguindo? Comunica para chamar o urologista para passar pela região suprapúbica, colocar direto na bexiga 5. Balões parcialmente inflados podem levar ao deslocamento do cateter 6. Não se deve utilizar solução salina ou ar para inflar o balão - Sondagem masculina: - Procedimento: 1. Preparação: Posicionamento do paciente em posição supinada (decúbito dorsal horizontal – deitado de barriga para cima). Antissepsia: Meato Uretral/ Glande / Corpo do pênis. No homem a antissepsia é ao contrário, é de dentro para fora; na mulher a gente faz de fora para dentro; 2. Injeção de 10 a 15 mL de Lidocaína viscosa na uretra, após a realização da antissepsia, e a antissepsia da glande em movimentos circulares. Pra gente passar o cateterismo no sexo masculino, a gente pode pegar uma injeção de 10 a 15 ml de xilocaína gel e inserir isso na uretra, após a realização da antissepsia. Para ir anestesiando e não ir sentindo a inserção do cateter 3. Inserção do cateter: durante essa fase, o pênis deve ser segurado de forma ereta, perpendicular ao plano do corpo. Quando confirmado o posicionamento correto do cateter, injeta-se 10mL (a quantidade depende da que está na sonda) de água destilada para inflar o balão. A gente introduz o cateter inteiro ou até começar eliminar diurese, e assim pode começar a insuflar o balonete 4. Posicionamento do tubo coletor na parte medial da coxa ou na parte anterior do abdômen e da bolsa coletora aberta em suporte para evitar refluxo da urina drenada, com nível baixo para possibilitar que tenha a drenagem da diurese - Fluxo de urina lento ou inexistente: • Cateter obstruído • Cateter em posição incorreta • Bexiga vazia, por isso não está eliminando • Mesmo colocando água destilada pode colabar, porque as vezes ele é muito fino e o cateter muito fino pode fazer colabar, impedir o fluxo de diurese - Complicações: • Infecção urinária: Escherichia coli e espécies de Klebsiella, Proteus, Pseudomonas, Enterobacter, Serratia e Candida. (quando não faz a técnica de forma correta) • Hemorragia • Bexiga neurogênica – não tem mais controle de diurese • Formação de cálculos na bexiga - Remoção do cateter: • Desinfle o balão completamente, retirar toda a água destilada que foi insuflada • Puxe suavemente o cateter, e vai colocar a luva na ponta para não pingar diurese no chão - Cateterismo suprapúbico: Só colocou por nível de curiosidade Vai direto na bexiga - Indicações: • Lesões ou estenoses uretrais • Obstrução prostática • Após cirurgia ginecológica ou outra cirurgia abdominal • Fraturas pélvicas • Mulheres com destruição uretral secundárias às sondas uretrais de demora. - Vantagens do cateterismo suprapúbico: • Em geral, pacientes podem urinar mais cedo depois da cirurgia que aqueles com sondas, e eles podem ser mais confortáveis • Possibilita maior mobilidade • Permite instrumentação da urina residual sem a instrumentação uretral • Menor risco de infecção vesical - Procedimento: • Paciente colocado em decúbito dorsal com bexiga distendida • Área suprapúbica preparada como para cirurgia e o sítio de punção fica localizado a aproximadamente 5 cm da sínfise púbica • Bexiga é adentrada através de uma incisão ou de uma punção feita por um pequeno trocarte • O cateter ou dreno suprapúbico é inserido através da bexiga e fixado com suturas ou esparadrapos • Área ao redor do cateter é coberta com curativo esterilizado • O cateter é conectado para um sistema de drenagem fechado esterilizado, sendo o equipo fixado para evitar tensão sobre o cateter