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SAÚDE DO ADULTO II
DEFINIR OS ACHADOS CLÍNICOS
· Hipertonia - aumento patológico do tônus; excesso de tônus muscular.
· Hipertrofia – aumento de tamanho de um órgão, independente do crescimento natural, devido a aumento de volume de suas células constituintes, geralmente indica o aumento de capacidade funcional que o acompanha.
· Hiperreflexia – Atividade aumentada dos reflexos.
· Hipotonia – 1. diminuição da tonicidade ou tensão normal. 2. diminuição de pressão intraocular ou de tônus muscular; perda do tônus.
· Hiporreflexia – Diminuição ou fraqueza dos reflexos do corpo humano.
· Afasia - condições que alteram a capacidade dos pacientes de se comunicar de forma adequada afetando as seguintes funções:
 - Capacidade de falar ou se expressar verbalmente
 - Compreensão da linguagem verbal 
 - Compreensão da linguagem escrita (leitura), 
 - Capacidade de escrever. 
REFERÊNCIAS: Hospital Israelita Albert Einstein; Dicionário da fisioterapia Dartel. Autores: ADRIANE MARIA SILVESTRI.
AVALIAÇÃO NEUROFUNCIONAL
ANAMNESE
· Alterações funcionais
Após a realização da anamnese inicial, deve-se unir e analisar os dados afim de posteriormente identificar alterações funcionais: o grau de comprometimento, o grau de perda funcional, o desempenho físico e o estado geral de saúde do paciente.
· Terminologia relacionada as disfunções
A Classificação Internacional de Comprometimentos, Incapacidades e
Deficiências (ICIDH) da Organização Mundial de Saúde pode ser utilizada para
classificar observações clínicas, nas quais podemos classificar dois tipos de comprometimentos (SULLIVAN, S. e SCMITZ. T. J., 2004).
· Comprometimentos diretos: são resultados diretos da doença ou da lesão, que consistem em alterações funcionais específicas. Como exemplo, pode-se citar a presença de parestesias, hipertonia e paresias como comprometimentos diretos do paciente que sofreu um AVE (Acidente Vascular Encefálico).
· Comprometimentos indiretos: são sequelas que ocorrem devido a uma condição incapacitante, inatividade prolongada ou por falta de um tratamento fisioterapêutico adequado. Como exemplo, temos como comprometimentos indiretos a atrofia por desuso, pneumonias e úlceras de pressão.
Com o objetivo de mensurar a independência funcional do paciente, o fisioterapeuta poderá utilizar mensurações globais, como:
· Mensuração de independência funcional: é frequentemente utilizado em vários países, com o objetivo de verificar o grau de independência do paciente. As categorias avaliadas são: cuidados pessoais (comer, vestir-se, banhar-se, arrumar-se e higiene), controle esfincteriano (controle da bexiga e controle dos intestinos), mobilidade (transferências), locomoção (andar/uso da cadeira de rodas e escadas), comunicação (compreensão e expressão), social (interação social, solução de problemas e memória).
EXAME FÍSICO
· Força muscular
· Revela o grau de força muscular que o paciente é capaz de realizar. Esse sistema é utilizado principalmente para casos de lesões de nervos periféricos. A força muscular é graduada em uma escala ordinal de 0 a 5.
· Paciente é posicionado de forma que o músculo a ser testado esteja em uma posição na qual seja necessária a sua sustentação, ou seja, em uma posição que o obrigue a vencer a ação da gravidade. 
· No caso de o músculo não apresentar força suficiente para vencer a ação da gravidade, isto é, não ser capaz de sustentar o peso do segmento corporal contra a gravidade, ele deverá ser posicionado no plano horizontal, no qual não haverá a ação da gravidade, para que o teste seja realizado.
· A força muscular para os movimentos de pressão e pinça pode ser mensurada por meio do uso do dinamômetro de mão (BOHANNON e ANDREWS, 1987). Como existe diferença entre os aparelhos, devemos utilizar o mesmo dinamômetro no pré-teste e no pós-teste.
· MANOBRA DE MINGAZZINI: utilizada para avaliação da força muscular dos membros, ou seja, verificar o déficit motor da musculatura dos membros. No caso de alteração da força muscular, a posição dos membros será mantida por pouco tempo ou o membro começar a cair ou oscilar.
· ADM
· Amplitude de movimento ativa: movimentação ativa é o movimento realizado voluntariamente, ou seja, sem auxílio do terapeuta. Nesse teste, solicita-se que o paciente realize movimentos osteocinemáticos de uma parte do corpo sem assistência.
· De acordo com Shepherd, R. e Carr, J. (2008) a amplitude articular ativa é melhor mensurada durante a realização de alguma ação relevante, como durante a fase de apoio ou de balanço da marcha e durante a transferência da posição sentada para a posição em pé.
· Porém, muitos terapeutas dão preferência por movimentos funcionais combinados para o teste da movimentação ativa. Ou seja, o terapeuta solicita ao paciente que ele realize movimentos funcionais, por exemplo, solicitar ao paciente que ele coloque a mão atrás da sua cabeça para testar a abdução e a rotação medial do ombro simultaneamente, em vez de realizar movimentos individuais isolados.
· Amplitude de movimento passivo: são os movimentos osteocinemáticos realizados pelo examinador sem o auxílio ativo do paciente. Normalmente, a amplitude de movimento passiva é maior que a amplitude de movimento ativa, pois as articulações têm uma pequena quantidade de movimento no final de sua amplitude, que não é controlado voluntariamente.
· A amplitude de movimento passivo é testada não somente em relação à quantidade de movimento, mas também em relação ao efeito do movimento nos sintomas, a sensação final do movimento e o padrão de limitação.
· Amplitude de movimentação passiva depende da integridade das superfícies articulares e da distensibilidade das cápsulas articulares, dos tendões e dos tecidos moles. Se o paciente relatar dor durante a movimentação passiva, o terapeuta deverá suspeitar de estiramento ou pinçamento de estruturas contráteis ou estruturas não contráteis.
· TÔNUS MUSCULAR
· Estado permanente de tensão dos músculos.
· A alteração de maior frequência das desordens do neurônio motor superior é a espasticidade, caracterizada por uma hiperexcitabilidade dos reflexos miotáticos e cutâneos que fomentam o tônus muscular (hipertônia elástica).
· A hipertonia muscular é uma anormalidade motora caracterizada pelo aumento dos reflexos tônicos dependentes da velocidade do movimento (tônus muscular) causando hiperreflexiamiotática decorrente da hiperatividade reflexa, um componente da síndrome do neurônio motor superior.
· Os testes visam tanto mensurar a espasticidade em si (tônus muscular), quanto à sua repercussão funcional:
· Palpação: verificação da consistência muscular, percebendo se há aumento do tônus (hipertonia) ou diminuição do tônus (hipotonia);
· Percussão: produção do fenômeno miotônico;
· Movimentação passiva: quanto à extensibilidade e à passividade.
· Balanço passivo das articulações.
· ESCALA MODIFICADA DE ASHWORTH: Avalia a espasticidade. O examinador realiza o teste por meio da movimentação passiva da extremidade com o arco de movimento para estirar determinados grupos musculares, quantificando sua resistência ao movimento de forma rápida nas diversas articulações.
· Após a avaliação do tônus muscular, o examinador verificará se o paciente apresenta uma hipertonia ou uma hipotonia muscular.
· Existem dois tipos de hipertonia muscular dependendo do fator causal: as hipertonias piramidais (espasticidade) e as hipertonias extrapiramidais (rigidez):
· Hipertonia piramidal (espasticidade): Estando o segmento estendido, na tentativa de realizar uma flexão (solicitando do paciente que fique relaxado) há uma resistência inicial e, vencida esta resistência inicial, o movimento fica fácil, quase espontâneo até a flexão total do mesmo (sinal de canivete).
· Hipertonia extrapiramidal (rigidez): Estando o segmento fletido ou estendido, ao estendê-lo ou fleti-lo há resistências periódicas, como se fosse uma roda denteada. Esse tipo de hipertonia poderá ser detectada supinando e pronando as mãos do paciente, ficando este, passivoem relação ao movimento realizado pelo examinador.
· TROFISMO
· Quando ocorre diminuição do trofismo muscular, algo bastante comum nas doenças neurológicas, dizemos que há atrofia muscular. Podem ser primárias ou miogênicas ou ainda, por desuso.
· Por outro lado, quando ocorre aumento da circunferência do músculo, dizemos que há hipertrofia muscular ou pseudo-hipertrofia.
· O trofismo muscular pode ser aumentado em algumas doenças raras, como no caso da distrofia de Duchenne. O aumento do volume do músculo, no entanto, pode se dar pelo aumento de tecido fibroso conjuntivo (pseudo-hipertrofia).
· REFLEXOS PROFUNDOS E SUPERFICIAIS
· Reflexos profundos ou miotáticos
· O estiramento do músculo constitui o estímulo específico para o reflexo miotático, concluímos que a percussão para testar os reflexos profundos poderá ser realizada nos tendões, nos ossos ou no próprio músculo.
· Intensidade da resposta reflexa é graduada de acordo com a seguinte escala: (0) abolição do reflexo; (1 a 3) presente e com intensidade crescente; (4) clônus transitório; (5) clônus permanente.
· Reflexos mais importantes:
· bicipital (C5-6);
· tricipita(C6-8); 
· estilorradial – resposta proximal (C5-6) e distal (C7-8);
· flexor dos dedos (C7-8-T1);
· adutor da coxa (L2-4);
· patelar (L2-4); 
· aquileu (S1-2);
· Reflexos superficiais
· Estímulo é aplicado à pele, evocando a contração reflexa do músculo.
· São diferentes dos reflexos profundos devido à variedade de estímulos capazes de produzi-los.
· Nos reflexos superficiais (cutâneos e mucosos) o estímulo provocador do reflexo é superficial, feito, em geral, com um estilete de ponta romba (palito de fósforo) e a resposta é a contração de um grupo muscular.
· Cutâneo abdominal: estimulação com um objeto na região abdominal dos flancos para a cicatriz umbilical na região da inervação das raízes T7-T9, T9-T10, T11-T12, com o paciente deitado. É importante que o estímulo provocador seja rápido, sendo difícil provocar a resposta com a manobra lenta.
RESPOSTA: Como resposta, haverá a contração da musculatura abdominal com desvio da cicatriz umbilical para o lado estimulado (músculo reto abdominal e oblíquos). Esse reflexo encontra-se abolido nas lesões segmentares da medula (T6-T12) e nas lesões piramidais acima de T6.
· Cutâneo-plantar: estimulação com um objeto semipontiagudo na planta dos pés, do calcanhar em direção aos dedos, pela borda lateral do pé, com o paciente deitado.
RESPOSTA: Ocorrerá contração dos músculos flexores dos pododáctilos.
Nos casos de lesões nas vias piramidais, esse reflexo estará abolido, sendo substituído pelo sinal de Babinski, que consiste na flexão dorsal ou extensão lenta do
hálux, provocada pela estimulação da região plantar. A abdução ou abertura em
leque dos pododáctilos e a retirada por flexão do joelho e do quadril pode associar-se à extensão do hálux.
· Nos casos de lesão piramidal, o sinal de Babinski estará presente e sempre será evidenciado por meio da extensão do hálux. Porém, se a planta do pé for muito sensível ou se a resposta for equívoca, a extensão do hálux poderá ocorrer por outras manobras (TEIXEIRA, A. et al., 2007, 2007):
· Sinal de Chaddock: obtido por meio da estimulação da face lateral do pé, em torno do maléolo externo;
· Sinal de Gordon: pesquisado por meio da compressão das massas musculares da panturrilha;
· Sinal de Oppenheim: obtido com a pressão dos dedos polegar e indicador sobre a face interna da tíbia, por meio da compressão do calcâneo.
· Sinal de Hoffman: o examinador sustenta a falange média do paciente entre o seu segundo e terceiro dedos e, estimula bruscamente a unha deste dedo com a unha do seu polegar. O movimento deve ser exercido deslizando o polegar sobre a unha do terceiro dedo do paciente de forma rápida, de modo que, ao final deste, haja uma súbita liberação da falange distal do paciente que escapa para sua posição inicial. A resposta positiva consiste na flexão da falange distal dos demais dedos.A presença do sinal de Hoffman indica uma lesão no sistema piramidal.
· COORDENAÇÃO MOTORA
· Ataxia: Coordenação anormal de movimentos, sendo caracterizada por deficiência na velocidade, amplitude de deslocamento, precisão direcional e força de movimento
· Dismetria: Amplitude incorreta de movimento e força mal direcionada e reflete a deficiência na regulação da força muscular. 
· Há uma quantidade excessiva de movimento (hipermetria) ou quantidade insuficiente de movimento (hipometria)
 -Hipermetricos: Melhor observados em movimentos curtos, rápidos e intencionais e durante os ajustes posturais.
-Hipométricos: Observados em movimentos lentos de pequena amplitude.
· Prova index-nariz: tocar a ponta do nariz com o indicador. Essa prova deverá ser realizada acompanhada ou não pelo auxílio da visão.
· Prova índex-nariz-índex: consiste em tocar o nariz com o índex e, posteriormente, o índex do examinador de forma repetida e com deslocamento de posição do índex do examinador.
· Prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal, tocar o joelho com o calcanhar do lado oposto e deslizar o calcanhar ao longo da crista da tíbia.
· Prova dos movimentos alterados: efetuar movimentos sucessivos de pronação e supinação das mãos.
· Equilíbrio
· Intervenções automáticas capazes de assegurar que o centro de gravidade do corpo se mantenha dentro do eixo de sustentação, tanto em condições estáticas (posição em pé), quanto dinâmicas (marcha).
· Teste Romberg para avaliação do equilíbrio estático: o teste é realizado em pé, pés unidos e olhos fechados. No caso de alteração do equilíbrio, o paciente apresentará oscilação da postura e aumentará sua base de sustentação.
· Teste de passo Fukuda para avaliação do equilíbrio dinâmico: o teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no chão, cujos raios têm 0,5 m de diferença entre si. Esses círculos são divididos em 12 partes iguais, por retas que cruzam o centro, formando um ângulo de 30°. O paciente marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45° sem deslocar-se, executando 60 passos (um por segundo) com os braços estendidos e os olhos fechados. São considerados resultados patológicos se houver deslocamento maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°.
· Após a realização da avaliação da coordenação motora e do equilíbrio estático e dinâmico, iremos reunir as informações quanto ao tônus muscular, à coordenação ocular (nistagmo), coordenação motora e equilíbrio e posteriormente identificar qual é o tipo de ataxia apresentada pelo paciente.
· Cerebelar, sensitiva ou vestibular
· Sensibilidade exteroceptiva e proprioceptiva
· Sensação tátil: o fisioterapeuta deve solicitar ao paciente que este indique quando perceber a sensação teste. A pele é tocada com o objeto do teste em partes e lados do corpo de forma aleatória, sendo as respostas pontuadas da seguinte forma: 0 – ausente; 1 – deficiente; 2 –normal.
· Toque leve: tocar levemente a pele com bolas de algodão, não realizar escovação.
• Pressão: aplicar com o dedo indicador o suficiente para deformar o contorno da pele.
• Localização tátil: repete-se o teste anterior de pressão, mas com a ponta do
dedo indicador coberta de pó para marcar o local tocado. Pede-se ao paciente para apontar, descrever ou indicar com um desenho o lugar exato que foi tocado; dois centímetros de erro são aceitos.
• Toque simultâneo bilateral: mesmo teste realizado anteriormente, mas o toque deve ser realizado simultaneamente em locais correspondentes em ambos os lados do corpo. O paciente deverá discriminar em qual lado foi tocado.
• Discriminação entre dois pontos: podemos utilizar um compasso, 1 ou 2 pontos simultaneamente são aplicados sobre a pele, de forma irregular durante 0,5 segundos. O paciente deverá responder se 1 ou 2 pontos estão em contato com a pele.
· ESCALA DE NOTTINGHAM (versão brasileira): Possui quatro subescalas e 20 itens. As subescalas são sensação tátil, propriocepção, estereognosia e discriminação entre dois pontos. A ASN identifica os déficits sensoriais na face, tronco, ombro, cotovelo, punho, mão,joelho, tornozelo e pé. Cada item da subescala sensação tátil (toque leve, pressão, picada, temperatura, localização tátil nos dois hemicorpos e toque bilateral simultâneo) pode ser pontuado de 0 a 2, que representam anestesia tátil e sensação tátil normal, respectivamente.
· Estereognosia: é um teste de habilidade no reconhecimento de objetos por meio do toque, isto é, com os olhos vendados (LINCOLN et al., 1991). Nesse teste, coloca-se um objeto na mão do paciente e ele terá 15 segundos aproximadamente para discriminar o objeto, nomeando-o ou descrevendo-o. Os objetos incluem: moedas, pente, lápis, caneta, chaves, tesoura. Os objetos são escolhidos por suas diferentes texturas e formas. A pontuação é 0 – ausente; 1– deficiente; 2 – normal.
· Sensação cinestésica ou proprioceptiva: nos testes padronizados por Lincoln, et al. (1991) são testados simultaneamente a avaliação do movimento, direção do movimento e sensação da posição da articulação. Dessa forma, o fisioterapeuta irá avaliar cada articulação do membro afetado separadamente e pede-se ao paciente para realizar o mesmo movimento com o membro oposto. São realizados três testes antes de vendar o paciente:
-Avaliação do movimento: o paciente indica que um movimento ocorreu, mas na direção incorreta;	
 -Direção do movimento: o paciente é capaz de reproduzir a direção do movimento, mas sua nova posição está incorreta;
 -Posição da articulação: paciente repete os movimentos do teste até cerca de 10° em relação à nova posição.
· DERMÁTOMOS
· Região da pele inervada por um único par de raízes sensitivas.
· Cada raiz dorsal (sensitiva) é responsável pela sensibilidade de regiões previsíveis do corpo humano, sendo assim é possível criar um mapa corporal.
· Ao realizarmos a avaliação das sensibilidades conclui-se a região medular ou a raiz nervosa que sofreu lesão.
· MIÓTOMOS
· Ao contrário, o teste dos miótomos tem como finalidade identificar a fraqueza muscular de um grupo muscular correspondente a um único movimento articular.
· AVALIAÇÃO NERVOS CRANIANOS
· Nervo olfatório: o fisioterapeuta posiciona um objeto que tem odor forte e facilmente identificável abaixo da área nasal do paciente, na tentativa de avaliar a capacidade de perceber o odor. anosmia (ausência de olfação), hiposmia (diminuição da olfação), fantosmia (o paciente sente odores que não existem; podem ser intermitentes ou constantes), cacosmia (maus odores), parosmia (distorção de odores, perversão do olfato).
· Nervo óptico: o fisioterapeuta solicita ao paciente identificar objetos dentro do campo visual e esclarece o que é realmente visualizado por ele (por exemplo, letras do alfabeto, números, fotos de objetos). Pode ser utilizado o quadro de Snellen. O nervo óptico é responsável pelo reflexo pupilar e pela visão.
· Nervo oculomotor: para realizar a avaliação do terceiro par craniano, devemos utilizar uma caneta-lanterna. O nervo oculomotor é responsável pelo reflexo pupilar ipsolateral, pelo controle dos músculos elevadores das pálpebras, pela contração dos músculos ocular reto superior, ocular reto inferior e medial e dos oblíquos inferiores. O fisioterapeuta solicita ao paciente elevar suas pálpebras e verifica se há déficits na elevação, depressão e na adução dos olhos. A caneta-lanterna será utilizada para avaliar o reflexo pupilar ipsilateral, em que o fisioterapeuta incidirá a luz da lanterna no olho do paciente e deverá verificar se há contração da pupila
· Nervo troclear: é responsável pela inervação do músculo oblíquo superior; sendo assim podemos testar o nervo pedindo para o paciente olhar para cima. Em casos de lesão do nervo, o paciente não será capaz de olhar para cima.
· Nervo trigêmeo: é responsável pela sensibilidade da face e pela inervação dos músculos da mastigação. Dessa forma, verificamos a integridade do nervo realizando toques suaves na pele facial dos dois lados. Para testar a função motora, solicitamos ao paciente que realize movimentos de depressão e elevação com a articulação temporomandibular para testar os músculos da mastigação. Em casos de lesão, o paciente apresentará redução da sensibilidade ao toque suave em um dos lados da face ou a incapacidade de contrair ativamente os músculos da mastigação.
· Nervo abducente: é responsável pela inervação do músculo reto lateral do olho. Dessa forma, para testar o nervo abducente, pedimos ao paciente para abduzir o olho (figura 2.9) (SCIFERS, J., 2008). Em casos de lesão, o paciente não será capaz de abduzir o olho.
· Nervo facial: é responsável pela contração dos músculos da face, ou seja, pela mímica facial. Além disso, também tem como função a sensibilidade gustativa do terço anterior da língua. Segundo Scifers, J. (2008), podemos testar a integridade do nervo facial utilizando uma bala dura. O fisioterapeuta pedirá ao paciente para fechar os olhos e colocar a língua para fora e posteriormente colocará a bala na ponta da língua do paciente e pedirá para ele identificar o objeto. Além disso, o fisioterapeuta solicitará ao paciente que faça movimentos de mímica facial, como sorrir, “franzir a testa”, levantar ou abaixar a sobrancelha. Em casos de lesão do nervo facial, o paciente não identificará o sabor do objeto e não apresentará paladar no terço anterior da língua. O paciente também poderá apresentar déficits ao realizar movimentos de expressão facial em um dos lados da face.
· Nervo vestíbulo-coclear: é responsável pela audição e pelo equilíbrio com a utilização da orelha interna. Para testar a integridade do nervo devemos utilizar um diapasão, em que o fisioterapeuta avalia a capacidade do paciente em ouvir com a mesma intensidade com as duas orelhas ao aplicar o diapasão em vibração perto da orelha ou ao estalar os dedos perto de cada orelha. O fisioterapeuta também deve pedir ao paciente para equilibrar-se sobre uma das pernas. Em casos de lesão do nervo, o paciente apresentará déficit auditivo e não conseguirá manter o equilíbrio com os olhos fechados.
· Nervo glossofaríngeo: é responsável pela sensibilidade gustativa do terço posterior da língua e controle motor da faringe. O fisioterapeuta pedirá ao paciente para fechar os olhos e colocar a língua para fora e posteriormente colocará a bala na parte posterior da língua do paciente e pedirá para o paciente identificar o objeto. O fisioterapeuta também deverá pedir para o paciente engolir e dizer “ah”, e avalia o deslocamento da úvula para o lado mais forte. Em casos de lesão do nervo glossofaríngeo, o paciente não será capaz de identificar o paladar na parte posterior da língua ou o gosto do objeto. Além disso, o paciente não conseguirá engolir ou apresentará desvio lateral da úvula quando diz “ah”.
· Nervo vago: é responsável pela sensibilidade e controle dos músculos da laringe e da faringe, controle dos músculos autônomos das vísceras abdominais e torácicas. O fisioterapeuta pede ao paciente para engolir e avalia o reflexo de engasgo. Além disso, pode realizar testes pedindo ao paciente para abrir a boca e dizer “ah” e avalia o deslocamento da úvula para o lado mais forte. No caso de lesão do nervo vago, o paciente não conseguirá engolir ou não apresentará o reflexo de engasgo.
· Nervo acessório: é responsável pelo controle dos músculos trapézio e esternocleidomastoideo. Dessa forma, podemos testar a integridade do nervo pedindo ao paciente para elevar os ombros contra uma resistência imposta pelo fisioterapeuta. Em casos de lesão do nervo, o paciente não conseguirá elevar um dos ombros contra a resistência do fisioterapeuta.
· Nervo hipoglosso: é responsável pelo controle motor da língua. Assim, podemos testar a integridade do nervo solicitando ao paciente para colocar a língua para fora e verificar se há algum desvio da língua para o lado mais fraco. A seguir, o fisioterapeuta deverá pedir ao paciente para movimentar a língua de um lado para outro. Em caso de lesão do nervo hipoglosso, o paciente apresentará desvio da língua para um dos lados quando a coloca para fora da boca, ou não será capaz de movimentar a língua para os doislados uniformemente
· ANÁLISE DA MARCHA
· Marcha espástica (tesoura): Ocorre um encurtamento dos músculos adutores do quadril, provocando uma adução das coxas, de modo que os joelhos podem cruzar-se um na frente do outro, com a passada assemelhando-se a uma tesoura. Bastante comum nos pacientes com espasticidade grave dos membros inferiores, principalmente os que tem diplegia espástica congênita (paralisia cerebral, doença de little).
· TESTE SENTAR E LEVANTAR
· O indivíduo deverá estar descalço e sem meias e desprovido de vestimentas que possam restringir-lhe a mobilidade.
· “Procure sentar e levantar, sem se desequilibrar, e utilizando o menor número de apoios que você consiga”. Na execução do procedimento, o indivíduo fica em pé, de costas para um colchonete fino ou tapete colocado no solo imediatamente atrás dele, e tenta sentar-se lentamente, sem o apoio das mãos e sem desequilibrar-se.
· Completado o ato de sentar é atribuída a nota e solicitado ao avaliado que se levante e novamente o avaliador confere uma nota.
· Enquanto é válido cruzar as pernas para sentar ou levantar, não se permite que o indivíduo se jogue para trás ao tentar sentar-se.
· A medida do TSL consiste simplesmente em quantificar quantos apoios (mãos e/ou joelhos ou, ainda, as mãos sobre os joelhos ou pernas) o indivíduo utiliza para sentar e levantar do chão.
· Atribuem-se notas independentes para cada um dos dois atos – sentar e levantar. A nota máxima é 5 para cada um dos dois atos.
· Perde-se ainda meio ponto para qualquer desequilíbrio perceptível.
· Se o indivíduo não consegue sentar ou levantar do chão sem auxílio de outra pessoa ou de uma parede, ou ainda necessita de mais de quatro apoios, isto é, precisar ajoelhar, apoiar as duas mãos no solo e ainda apoiar a mão sobre um dos joelhos para levantar, a nota é mínima, isto é, zero.
· Avalia flexibilidade das articulações dos membros inferiores, equilíbrio, coordenação motora e relação entre potência muscular e peso corporal.
· Contra-indicado em casos de pacientes sedentários, ou portadores de alguma condição clínica que demande maior cuidado, tais como pacientes submetidos recentemente a grandes cirurgias, gestantes avançadas, portadores de próteses ou lesões do sistema locomotor em membros inferiores, pacientes com problemas de equilíbrio (ex.: labirintite, etc.) e outros casos semelhantes.
· TIMED UP AND GO TEST
· O objetivo de avaliar o equilíbrio durante as transferências de sentado para de pé, a estabilidade durante a marcha e na mudança de sentido, tendo ou não estratégias compensatórias.
· O TUG consiste em levantar da cadeira, caminhar 3 metros, virar, caminhar de volta e sentar-se novamente.
· Ele avalia componentes importantes dentro do contexto de funcionalidade humana como mobilidade e equilíbrio, quantificando o desempenho da marcha através da velocidade, do idoso, ao realizar a tarefa.
· O tempo previsto para a realização do teste é em até, 20 segundos, sendo assim, se ultrapassado esse tempo, pode ser considerado que o idoso possui risco aumentado de quedas e dependência funcional.
· E ao contrário, se realizar a tarefa no tempo previsto pode ser considerado um indivíduo independente nas atividades de vida diária, com menor probabilidade a queda.
· CIF (CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE)
REFERÊNCIAS: Fisioterapia Neurofuncional. Sabrina Guimarães Silva, 1ed, 2017.
Teste de sentar-levantar: apresentação de um procedimento para avaliação em Medicina do Exercício e do Esporte. Claudio Gil Soares de Araújo, Rev Bras Med Esporte. Vol. 5, Nº 5 – Set/Out, 1999.
IMPACTO DA IDADE, ATIVIDADE FÍSICA E ESCOLARIDADE NA EXECUÇÃO DO TIME UP AND GO (TUG) COM DUPLA TAREFA EM IDOSAS DA COMUNIDADE. Andréa Nunes de Moura e Silva; Bruna Espeschit Fonseca; Júlia de Sá Brito Guedes. 2013.
Preparatório para residência em fisioterapia. Editora Sanar, 2020.
LESÃO DO SISTEMA PIRAMIDAL
SISTEMA PIRAMIDAL
· O trato piramidal é formado pelo TRATO CORTICOESPINAL e TRATO CORTICOBULBAR.
· São fibras que cursam longitudinalmente pela pirâmide bulbar.
	
· As vias piramidais (Vias descendentes) têm origem no córtex cerebral ou em áreas do tronco encefálico e terminam fazendo sinapse com neurônios medulares.
· Se originam na área motora primária, desce para a cápsula interna, segue para a base do pedúnculo cerebral, posteriormente base da ponte e chega na pirâmide bulbar.
 PIRÂMIDE BULBAR 
BASE DA PONTE
BASE PEDÚNCULO CEREBRAL
CÁPSULA INTERNA
ÁREA MOTORA PRIMÁRIA
	
· 75%-90% seguem para as vias piramidais (corticoespinhal lateral).
 DECUSSA FUNÍCULO LATERAL 2° N. MOTOR
· Responsável pela motricidade voluntária da musculatura de membros distais.
· 25%-15% seguem para as vias extrapiramidais (corticospinhal anterior)
 FUNÍCULO ANTERIOR DECUSSA 2° N.MOTOR
· Responsável pela motricidade voluntária axial e proximal de MMSS.
LESÃO PIRAMIDAL
· A decussação piramidal é um conceito crítico para entender. Por causa do cruzamento das fibras, a localização da lesão determinará de que lado surgirão os sintomas. As lesões acima da decussação causarão sintomas no lado contralateral do corpo, enquanto as lesões abaixo da decussação (normalmente a medula espinhal) causarão sintomas no lado ipsilateral.
· O trato corticobulbar faz sinapses com os nervos cranianos que controlam os músculos da face, cabeça e pescoço. 
· As fibras do trato corticobulbar inervam bilateralmente quase todos os nervos cranianos, exceto os nervos cranianos VII e XII, que são inervados pelo córtex contralateral.
· O que isso significa é que uma lesão do trato corticobulbar do lado esquerdo da face causa fraqueza do lado direito.
· Lesões do trato piramidal podem ocorrer a partir de qualquer tipo de dano ao cérebro ou medula espinhal.
· Eles podem resultar de uma variedade de lesões e doenças, como derrames, abcessos, tumores, hemorragia, meningite, esclerose múltipla ou trauma.
· Danos ao trato corticoespinhal se apresentarão de forma semelhante à síndrome da lesão motora superior e se manifestarão com sintomas como espasticidade, clônus, hiperreflexia e sinal de Babinski.
· Danos ao trato corticobulbar podem se manifestar com paralisia pseudobulbar ou danos aos nervos cranianos VII ou X.
· Acidente vascular encefálico
Os acidentes cerebrovasculares, ou derrames, são causados ​​pela oclusão do fluxo sanguíneo para uma área específica do cérebro. Eles se dividem em um acidente vascular cerebral isquêmico ou acidente vascular cerebral hemorrágico. O AVC isquêmico é a interrupção repentina do suprimento de sangue a uma estrutura devido à oclusão ou obstrução por um trombo ou êmbolo. Os derrames hemorrágicos resultam da ruptura de um vaso sanguíneo, levando a uma hemorragia no cérebro. Como o trato piramidal é uma estrutura tão grande e recebe suprimento de sangue de muitas artérias diferentes, qualquer oclusão dessas artérias de suporte pode levar a uma ampla variedade de sintomas.
REFERÊNCIA: Neuroanatomia, lesões do trato piramidal. Akash Lohia ; Juanette McKenzie. 2020.
Neuroanatomia funcional. Angelo machado; Lucia Machado Haertel. 3 ed.
 LESÃO DO SNC E SNP
LESÃO SNP
· Nas lesões periféricas, os distúrbios de sensibilidade são ipsilateral porque não há cruzamento de fibras no SNP.
· Na lesão de um nervo periférico ocorre anestesia no local da inervação subcutânea sob sua inervação.
· A extensão da área de anestesia pode variar de acordo com o indivíduo em virtude da intensidade da superposição de territórios entre nervos vizinhos, que é inconstante.
· Na lesão de raíz nervosa, se observa a hipoestesia em faixa que acomete parte do dermátomo que corresponde a área cutânea derivada do mesmo somito que a raíz. A anestesia pode não ser percebida na lesão de uma única raíz, devido a superposição de territórios que é ainda mais intensa do que em nervos.
· Distúrbio mais comum desse tipo de lesão é a hipoestesia em “bota e luva”, característico de polineuropatias.
· A simetria e a distribuição distaldo déficit (pode afetar a motricidade), pode ser explicada pela maior suscetibilidade de axônios mais longos a distúrbios metabólicos, tóxicos ou carenciais.
LESÃO SNC
· Lesão implica na ausência ou dificuldade nessa transmissão;
· É definido como lesão cerebral a descontinuidade de axônios seja ela de neurônios centrais ou periféricos (?)
· As consequências finais de uma lesão do SNC dependem do local lesionado e da sua magnitude ou intensidade.
· Sinais de lesão central (medular ou cerebral) a hiperreflexia, a espasticidade, o nível único de alteração de sensibilidades, as alterações do equilíbrio e todas as que envolvem as funções nervosas superiores.
· REFERÊNCIA: Lesões imunomediadas do Sistema Nervoso Central e Periférico: complexidades e obstáculos do diagnóstico diferencial. Dra. Lívia Sousa - Neurologista e Chefe do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

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