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Sinonímia Neurodermite localizada Notalgia parestésica Líquen Muchae Liquenificação gigante de Pautrier Epidemiologia Mais comum no: Sexo feminino Indivíduos atópicos Raças oriental e negra Raro na infância Nos indivíduos predispostos a tensão emocional pode iniciar ou agravar o processo Etiologia É uma reação de espessamento cutâneo secundário à coçadura crônica exercida em área maior do que 1 cm, sem causa conhecida. No caso de dermatose pruriginosa preexistente, usa-se o termo liquenificação secundária Clínica Prurido intenso, geralmente paroxístico, mais frequente a noite, levando a formação de uma ou múltiplas placas, elegendo a única, a face anterior das pernas, o couro cabeludo, a vulva, o púbis, o escroto, os antebraços e o dorso do pé, mas qualquer área pode ser atingida. As placas são escamosas ou escamocrostosas, expressadas, com acentuação das linhas cutâneas e, às vezes, pigmentadas. Pode haver erosões, infecção secundária e áreas cicatriciais. Diagnóstico O exame clínico é diagnóstico na maioria dos casos, mas a confirmação histopatológica às vezes se faz necessária. À microscopia óptica, o líquen simples crônico exige hiperceratose, hipergranulose e acantose irregular da epiderme, sem borramente da base dos cones. A derme papilar encontra-se espessada, com feixes colágenos grosseiros, dispostos verticalmente, e há infiltração inflamatória mononuclear ao redor dos vasos superficiais. Pode haver necrose parcial da superfície e, devido à escoriação, com quimiotaxia de neutrófilos, dificultando o diagnóstico diferencial com a psoríase, mas a presença de hipergranulose em outras áreas descarta essa possibilidade. Diagnóstico diferencial Líquen plano Líquen amiloidótico Psoríase Dermatofitose liquenificada Eczema de contato (fase crônica) Tratamento Corticosteroides, veiculados em cremes ou administrados sob oclusão, são o tratamento de escolha. A aplicação intralesional é uma boa opção em lesões circunscritas O aconselhamento psicológico ou o uso de ansiolíticos pode ser benéfico Convém esclarecer ao paciente a natureza da doença e a necessidade de interromper o hábito da coçadura Bibliografia 1. DERMATOLOGIA. RUBEM DAVID AZULAY. 6º EDIÇÃO. 2013. EDITORA GUANABARA KOOGAN. 2. TRATADO DE DERMATOLOGIA. THOMAS B. FITZPATRICK. 7ºEDIÇÃO. 2010. EDITORA REVINTER