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O método canguru é um modelo de assistência que tem início na gravidez de risco e segue até o recém nascido atingir 2.500g - Promoção do contato pele a pele precoce - Envolvimento da mãe e do pai nos cuidados com o bebê - Proporciona estímulos sensoriais positivos - Contribui com o desenvolvimento neuropsicomotor-afetivo do bebê - Estimula o aleitamento materno - Reduz o risco de infecção hospitalar - Favorece o vínculo pai-mãe-bebê-família - Melhora a comunicação da família com a equipe de saúde - Reduz o estresse e a dor Método Canguru Detalhes do método Ministério da Saúde.Guia de orientações para o método canguru na atenção básica: Cuidado compartilhado. Brasília, 2016. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/guia- de-orientacoes-para-o-metodo-canguru-na-atencao-basica-cuidado-compartilhado/>. Acesso em: 01 ago 2020. 01 Competências comportamentais do bebê Nos últimos 30 anos, mudou-se completamente a forma de ver o recém-nascido (RN). Atualmente, buscamos compreender o RN partindo de uma visão mais humanística, na qual a bebê deve ser respeitado e valorizado em suas vontades e particularidades. Por isso, é extremamente importante conhece-lo, reconhecendo suas competências para compartilhar com a família. Será necessário que o profissional indague: Como ele nasce? Embora, ele seja muito imaturo em termos motor, a natureza é sabia, ela dota o bebê RN com os cinco sentidos extremamente aguçados, o que favorece a interação. Se soubermos cumprir a função motora de maneira adequada, isto é, propiciando uma postura em que ele possa se manter organizado, no estado de alerta inativo, teremos oportunidades de observar os sentidos emergirem com muita competência. 02 (1) BORTOLETTO-DUNKER, Ana Cristina; LORDELO, Eulina da Rocha. Um novo bebê: interpretações sobre competências. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 13, n. 1-4, p. 10-15, 1993.Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98931993000100003&lng=en&nrm=iso>.access on 02 Sept. 2020. https://doi.org/10.1590/S1414-98931993000100003. Habilidades Sensoriais e Perspectivas A criança, posteriormente ao nascimento, geralmente é capaz de enxergar e possui preferência aos estímulos visuais de alguns objetos e rostos. Sendo capaz de observar elementos da face humana como olhos, nariz e boca. Além disso, os bebês parecem capazes de guardar padrões visuais por períodos de tempo que necessariamente implicam capacidade de memorização. (Field e outros, 1984; e Masi e outros, 1983; Klaus e Klaus, 1989). AO ESTÍMULO VISUAL: 03 (1) BORTOLETTO-DUNKER, Ana Cristina; LORDELO, Eulina da Rocha. Um novo bebê: interpretações sobre competências. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 13, n. 1-4, p. 10-15, 1993.Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98931993000100003&lng=en&nrm=iso>.access on 02 Sept. 2020. https://doi.org/10.1590/S1414-98931993000100003. Desde o período intra-uterino, geralmente, ocorre a discriminação dos estímulos auditivos como: intensidade, altura, familiaridade (ex: voz da mãe) e direção. Após o nascimento, o bebê tem preferência pelos sons agudos e na frequência da fala humana, assim, direciona sua atenção às falas dos seus cuidadores O bebê não só tem preferências por determinados sons como também apresenta comportamentos que produzam esses sons. (Gottlieb, 1985; Decaspers e Fifer, 1980; Eisembergh, 1975; André-Thomas e Autgaerden, 1981; Klaus e Klaus, 1989). AO ESTÍMULO AUDITIVO: 04 (1) BORTOLETTO-DUNKER, Ana Cristina; LORDELO, Eulina da Rocha. Um novo bebê: interpretações sobre competências. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 13, n. 1-4, p. 10-15, 1993.Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98931993000100003&lng=en&nrm=iso>.access on 02 Sept. 2020. https://doi.org/10.1590/S1414-98931993000100003. O bebê é capaz de reconhecer o contato físico, quando aplicados com amorosidade possui efeitos benéficos sobre seus estados de alerta e inquietação. Também é capaz de distinguir as diferenças de textura, umidade, temperatura e pressão, além de estímulos dolorosos. Por meio da gustação o bebê também consegue distinguir sabores (doce, amargo) e odores. Possuindo preferências em relação a estes estímulos, que varia a cada criança e seu estilo individual. Essas preferências podem ser notadas nas expressões faciais e corporais da criança AOS DEMAIS ESTÍMULOS... (Montagu, 1988; Bergamasco e Beraldo 1990; Cernoch e Porter, 1985; Klaus e Klaus, 1989). 05 (1) BORTOLETTO-DUNKER, Ana Cristina; LORDELO, Eulina da Rocha. Um novo bebê: interpretações sobre competências. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 13, n. 1-4, p. 10-15, 1993.Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98931993000100003&lng=en&nrm=iso>.access on 02 Sept. 2020. https://doi.org/10.1590/S1414-98931993000100003. Habilidades Interativas Os recém-nascidos possuem um repertório de comportamentos que os capacitam para as trocas sociais com o seu meio, através de sinais comunicativos e de capacidades de regular o seu próprio comportamento pelo do parceiro. Os bebês diferenciam as expressões faciais de emoções básicas, como alegria, surpresa e tristeza. Além disso, o bebê é capaz de produzir e espelhar todas as expressões faciais básicas conforme a categorização de Eckman (1982) Essa categorização inclui expressões consideradas universais na espécie humana. Por exemplo, algumas de suas reações a cheiros, sabores, estímulos visuais, estímulos dolorosos incluem expressões faciais indicadoras de prazer e desprazer (Kuchuk e outros, 1986; Nelson, 1987). 06 (1) BORTOLETTO-DUNKER, Ana Cristina; LORDELO, Eulina da Rocha. Um novo bebê: interpretações sobre competências. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 13, n. 1-4, p. 10-15, 1993.Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98931993000100003&lng=en&nrm=iso>.access on 02 Sept. 2020. https://doi.org/10.1590/S1414-98931993000100003. Todas essas habilidades são essenciais para o exercício das funções comunicativas e do desenvolvimento da criança. Nota-se uma comunicação inconsciente e co- regulada entre o bebê e os seus cuidadores. Conforme mostram alguns estudos utilizando técnicas de micro-análise de filmagens da interação mãe-bebê eles demonstraram que o ritmo de movimento do bebê corresponde ao ritmo empregado na fala da mãe, que as mães ajustam sua fala, em termos de tons, altura e ritmo às respostas do bebê, numa configuração descrita como co-regulação, ou seja, os comportamentos do bebê e da mãe afetam os comportamentos do outro, de modo dinâmico e complexo*. (Trevarthen, 1989; Papousek e Papousek, 1989; Koester e outros, 1989). (01) *Essa sintonia, se visualizada em câmara lenta é um perfeito balé! Também denominada de "Diálogo Tônico Corporal"! (02) (001) BORTOLETTO-DUNKER, Ana Cristina; LORDELO, Eulina da Rocha. Um novo bebê: interpretações sobre competências. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 13, n. 1- 4, p. 10-15, 1993.Available from <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1414-98931993000100003&lng=en&nrm=iso>.access on 02 Sept. 2020. https://doi.org/10.1590/S1414-98931993000100003. (02) Ajuriaguerra J. De los movimientos espontáneos al diálogo tónico-postural y a las actividades expresivas” (1983) Revista Anuario de Psicología, 28, 7-18. 07