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Flashcards - História do Brasil - Parte 3

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FLASHCARDS - HISTÓRIA ENEM
HISTÓRIA DO BRASIL – PARTE 3
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA:
Motivações: desprestígio da monarquia, movimento republicano/federalismo, abolicionismo. Ordem e progresso são dizeres do positivismo, que defendia estado laico e maior participação da ciência na vida das pessoas. Duas principais lideranças: generais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, que foram os 2 primeiros presidentes brasileiros. Modificação: Brasil centralizado vira federação, monarquia parlamentarista vira república presidencialista. Sem poder moderador. Manutenção: economia agroexportadora, dependente do café, grupos dominantes, agrarismo e miséria.
REPÚBLICA VELHA: república da espada e república oligárquica
Transação de monarquia pra república; encilhamento (não deu certo); constituição de 1891, primeira constituição republicana. Acaba voto censitário e Brasil passa a ser laico. 
REPÚBLICA DA ESPADA:
Deodoro da Fonseca foi o líder da proclamação da república e o primeiro presidente. Encilhamento foi uma tentativa do Deodoro em industrializar o Brasil, mas ao contrário de crescimento, o Brasil viveu uma recessão com inflação muito alta, desemprego, e o Brasil não conseguiu se industrializar. Constituição republicana de 1891 (principais mudanças foram a retirada do poder moderador, e acaba o estado confessional católico, voto censitário acaba mas fica restrito a quem é homem e alfabetizado). Floriano Peixoto é o segundo presidente, devido ao fracasso do encilhamento, Deodoro sai do poder e seu vice assume. Revolta da Armada (característica militar, marinheiros se revoltaram contra o Brasil republicano, acusaram Floriano de opressor, foi reprimida pela república velha); Revolta Federalista (ou revolta da degola, RS dividido entre pica-paus/republicanos/lenços brancos e maragatos/federalistas/lenços vermelhos, a causa foi luta partidária, consequência foi a manutenção do castilhismo). Floriano recebe nome de Marechal de Ferro devido as suas vitórias. Ele é conhecido por grandes obras como estradas, ferrovias, portos e edifícios. Ele foi também o responsável por criar a primeira eleição, que foi vencida por Prudente de Morais (primeiro presidente eleito do Brasil). Deodoro e Floriano foram os dois primeiros provisórios.
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA:
Segunda fase da república velha. Também conhecida como república dos coroneis ou república do café com leite. Política: café com leite (alternância dos grandiosos estados agroexportadores de café, SP e MG, partido republicano paulista e partido republicano mineiro, eles eram as principais lideranças políticas da esfera federal); política dos governadores (troca de favores entre governo federal e governos estaduais, para que o governo federal apoiasse as oligarquias regionais e para que os regionais apoiassem os mesmos na esfera federal); coronelismo (poder dos fazendeiros latifundiários, influenciavam a vida da população rural influenciando-os através da corrupção do voto de cabresto, forçando que aquelas pessoas votassem em seus candidatos, existia muita compra de voto e troca de favores). Economia: agroexportação, crescimento industrial pós primeira guerra, funding-loan (tentativa frustrada de alavancar o país economicamente), convênio de Taubaté (queima de café). Crise anos 1920: movimento operário; semana da arte moderna; movimento tenentista; crise de 1929; revolução de 1930.
· Revolta de Canudos: iniciou na república da espada e terminou na oligárquica
Líder era Antônio Conselheiro, que dizia que a república era demoníaca por ter rompido com a igreja. Governo Prudente de Morais, no sertão da Bahia (arraial de canudos que cresceu, prosperou, se tornando ameaça a coroneis da região), causa: messianismo, consequência: repressão. Em Os Sertões de Euclides da Cunha isso é retratado.
· Revolta da Vacina: Brasil já na república oligárquica
Foi um movimento popular sem liderança organizada, num dia de vacinação de Varíola manifestantes fizeram quebra-quebra na capital. Governo de Rodrigues Alves. Local: RJ. Causa: política de modernização (principalmente alargamento das avenidas do RJ, muitas pessoas perdendo suas moradias). Consequências: repressão e favelas.
· Revolta da Chibata: república oligárquica
Líder João Cândido. Governo Hermes da Fonseca. Local: RJ. Causa: marinha. Consequência: repressão. Maioria dos marinheiros era negra. Pediam o fim dos castigos, das chibatas. Houve o fim das chibatas. 
· Revolta do Contestado: república oligárquica
Semelhanças com a de canudos. Líder Monge José Maria. Governo Hermes da Fonseca/Wenceslau Brás. Local: SC (quadrado santo). Causa: messianismo/estrada de ferro. Consequência: repressão e morte do monge. População pobre.
· Movimento dos operários: república oligárquica
Crescimento de trabalhadores urbanos, das fábricas. Brasil carecia de leis trabalhistas triviais, por isso o movimento dos operários junto com o partido comunista se organizaram pra pedir por melhores condições de trabalho. Em SP e em outras várias cidades brasileiras. Entraram em contato com teorias anarquistas e marxistas, provocaram grandes greves e ajudaram a derrubar a república velha. 
· Movimento tenentista: república oligárquica
Jovens militares de baixa patente pegaram em armas e promoveram protesto contra o Brasil defasado e corrompido da república velha. Criticavam as fraudes eleitorais, criticavam que o Brasil não estava moralizado, e entre suas principais ideias estava a do voto secreto. 18 do forte de copacabana, coluna paulista e coluna prestes (iniciou no RS e percorreu todo o interior do Brasil até ser desarticulado). O movimento tenentista é uma das causas da revolução de 1930 que pôs fim a república velha.
· Revolução de 1930: coloca fim na república oligárquica
Crise do café, principalmente por causa da crise do capitalismo de 1929. Washington Luís atual presidente do país na época indicou Júlio Prestes do seu partido (republicano paulista). Assim, os mineiros (republicanos mineiros) de Antônio Carlos romperam com café com leite e se uniram ao grupo chamado aliança liberal. Eleição de 1930 marcada de um lado pelo partido republicano paulista encabeçados por Júlio Prestes, e do outro pela aliança liberal, encabeçados pelo RS, MG e PB com o candidato Getúlio Vargas. Pelas urnas quem venceu foi Prestes. Getúlio Vargas com o apoio de tenentes, de movimento operariado, após o assassinato do seu vice-candidato João Pessoa ele pegou em armas, entrou na capital federal RJ, e tirou do cargo o Washington Luís, não permitindo que Prestes assumisse o governo em 1930. Isso pôs fim a república velha e deu início a Era Vargas também chamada de república nova.
ERA VARGAS: de 1930 até 1945
· Governo provisório, governo constitucional e estado novo. Governo provisório: interventores (nomeados, lideranças estaduais), criação de ministérios (como o ministério do trabalho, justiça eleitoral), revolução constitucionalista (em SP, reação de SP diante do fim da oligarquia cafeicultora, paulistas não queriam os interventores), constituição de 1934 (substitui a do Deodoro da Fonseca, importante pois entra voto feminino, voto 18 anos de idade, justiça eleitoral confirmada na constituição, voto secreto, legislação trabalhista, previdência social, ensino primário gratuito - vestibular, concursos). 
· Governo constitucional: oposição surgiu fortemente com a AIB (ação integralista brasileira – fascistas inspirados em Hitler e Mussolini) e a ANL (aliança nacional libertadora - comunistas do brasil inspirados em Lênin e bolcheviques). Comunistas promoveram a intentona comunista, tentativa de golpe, mas as forças federais reprimiram o movimento e prenderam Prestes. Plano Cohen, golpe do estado novo: falso plano onde supostamente os comunistas tentariam assumir o poder de novo, foi criado por forças do exército de Vargas. Isso serviu de pretexto pra que Vargas ficasse presidente por tempo indeterminado.
· Estado Novo: constituição de 1937 (decretos-lei que não precisavam de aprovação do senado e da câmara dos deputados, manobra ditatorial, antidemocrática). Nessa faseele nomeava os interventores, nomeava juízes, tinha amplos poderes, governo parecido com Hitler, Mussolini, Salazar. Ele cria um órgão de censura, o DIP (departamento de imprensa e propaganda – A hora do brasil depois transformada em Voz do Brasil dura até hoje), e promove a extinção partidária, propaganda e nacionalismo. Economia antiliberal, onde ele controlava a economia, e nacionalista onde dá os primeiros passos para a criação de grandes estatais. Industrialização e intervenção, principalmente nos setores primários, no setor de minérios (ex: Vale do Rio Doce e Siderúrgica Nacional). Boa parte dos investimentos que Vargas conseguiu para as estatais que ele criou veio da participação brasileira na segunda guerra. A incoerência é que Vargas tinha comportamentos parecidos com os de Hitler e Mussolini mas lutou contra eles na segunda guerra, porque presidente Roosevelt ganhou ele com a ajuda financeira. CLT, consolidação das leis trabalhistas em 1943 - Vargas não tão ditador, ele tinha mais apoio popular. Ele era pragmático: ora ditador, ora democrata, ora nacionalista, ora economia voltada pros EUA. Decadência: pós guerra e a crise (militares que retornaram eram aliados dos EUA e passam a querer a volta da democracia), contradições ideológicas, abertura política (volta do pluripartidarismo) e Queremismo (apoiadores dele). Para que Queremismo não tomasse proporções muito grandes, militares em 1945 promoveram um golpe, onde Vargas fez seu auto exílio.
POPULISMO:
Presidente Dutra, Vargas, JK, Jânio, João Goulart. Política de massas, mais voltada às classes trabalhadoras, tendo como características principais o apelo popular e o nacionalismo. Populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático. É muito comum encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença de pobreza e miséria.
GOVERNO VARGAS: de 1951 até 1954
Foi eleito pelo PTB. Nacionalismo e protecionismo da indústria brasileira. Dutra abriu a indústria brasileira para o produto importado, Vargas criou restrições com o protecionismo. Plano nacional de reaparelhamento econômico, ideia econômica de combate à inflação. Monopólio da produção de energia: petrobrás (Brasil em 1953 com a Petrobrás pronta fica com monopólio da extração do petróleo, campanha Petróleo é Nosso) e eletrobrás. Banco nacional de desenvolvimento (atual BNDES, crédito à produção brasileira), morte de Vargas. Morte de Vargas: atentado feito pelo chefe da guarda pessoal de Vargas contra Carlos Lacerda (opositor de Vargas) onde um amigo dele morre, e com isso inicia uma tentativa de derrubada de Vargas, juntamente com militares, a imprensa e seu partido opositor UDN. Vargas não renunciou. Com a descoberta do suposto assassino, a pressão pela renúncia dele inicia. Prestes a sofrer com o golpe ele comete suicídio e deixa carta testamento que evita o golpe militar em 1954 (só acontece 10 anos depois).
TRANSIÇÃO DE VARGAS PRA JK:
Vice de Vargas, Café Filho, assume, mas esse período curto de 1954 a 1956 foi instável e teve também Carlos Luz e Nereu Ramos. Militares e UDN tinham intenção de golpe. Eleições aconteceram em 1955 e JK que venceu, pelo partido PSD (que tinha apoio do PTB do Vargas).
GOVERNO JK: de 1956 a 1961
Partido PSD. 50 anos em 5: slogan populista. Dentro dos 50 anos em 5: plano de metas (aceleração da economia, construção de hidrelétricas, de portos, rodovias substituindo ferrovias, automobilismo, entrada de multinacionais). SUDENE foi plano de ação de combate a miséria, a pobreza e a seca do nordeste, mas foi pouco efetiva na prática. Construção de uma nova capital: Brasília, em formato de avião, cidade muito moderna pros padrões da época. Capital inaugurada em 1960. Plano de metas sai do papel e Brasil entra em grande crescimento econômico, mas o Brasil paga o preço com uma grande dívida externa.
GOLPE DE 1964:
Civil-militar. Derrubada do governo de João Goulart. Contexto histórico: guerra fria. Burguesias aliados a EUA temiam que Brasil virasse um país como Cuba (em 1959 com a revolução cubana Cuba vira soviética, parceira da URSS). Receio de uma nova Cuba no Brasil desencadeou o golpe por parte dos militares, da burguesia nacional e as grandes elites. Eles não queriam as reformas de base propostas por Jango, que era promover reforma agrária, divisão de terras no campo, estatizar algumas empresas.
ATOS INSTITUCIONAIS DA DITADURA:
17 AIs, forma de legitimar o comando dos militares, passa por cima da constituição, não precisa ser aprovado. Manobra antidemocrática. AI-1 (1964): cassação de políticos e oposições. AI-2 (1965): já com Castelo Branco, cria o bipartidarismo (ARENA x MDB) e eleições indiretas (parlamento que escolhia presidente). AI-3: eleições estaduais também indiretas, pra evitar que MDB tivesse vitórias ou fosse maioria. AI-4 (1966): por Castelo Branco, formulação de uma nova constituição, fica pronta no governo de Costa e Silva. AI-5 (1968): Costa e Silva cria, Médici põe em prática. Anos de chumbo, auge da violência e da repressão. Fechamento do congresso nacional e pleno poder de agir e julgar para os militares. Militares não precisavam de mandato judicial, estavam acima do judiciário. Limitação das liberdades individuais.
DITADORES:
Entre 64 e 67: Castelo Branco. Faz a transição do país democrático pro autoritário.
Entre 67 e 69: Costa e Silva. Inicia fase dos anos de chumbo. 
Entre 69 e 74: Médici. Auge da ditadura. Colocou em prática o AI-5. O mais opressor. Milagre econômico que deu certo só até 74.
Entre 74 e 79: Geisel. Continua os anos de chumbo e a repressão e prometeu abertura econômica para a democracia, mas não ocorreu.
Entre 79 e 85: Figueiredo. Lei da anistia, presos políticos foram soltos. Pluripartidarismo. Em 1984 surge a ideia de eleições diretas com o Diretas Já, queriam democracia de forma imediata. Diretas Já não ocorreu, mas em 85 pra frear as manifestações e por o fim na ditadura militar, ocorreu uma eleição indireta, onde Tancredo Neves vence e seu vice era Sarney.

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