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Avaliação Mensal – 1º trimestre – 9º ano Leia o poema abaixo e responda: Noites de além, remotas, que eu recordo, Noites da solidão, noites remotas Que nos azuis da fantasia bordo, Vou constelando de visões ignotas. [...] Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. Tudo nas cordas dos violões ecoa E vibra e se contorce no ar, convulso... Tudo na noite, tudo clama e voa Sob a febril agitação de um pulso. [...] CRUZ E SOUSA, João da. Violões que choram. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/biografia/joao-cruz-sousa.htm>. Acesso em: 8 nov. 2019. 1) Nos versos em destaque do poema de Cruz e Souza, qual o recurso utilizado pelo poeta para dar sonoridade ao poema? Justifique sua resposta. 2) Sobre as diferenças entre a poesia e o poema, estão corretas as seguintes afirmativas: I. A poesia, ao contrário do poema, é composta por uma forma estática: a mensagem deve ser elaborada apresentando a mesma quantidade de versos e estrofes. II. A poesia pode estar presente em paisagens e objetos, enquanto o poema faz referência ao gênero textual. III. Não existem diferenças entre a poesia e o poema, ambas as denominações dizem respeito ao mesmo gênero textual. IV. Poesia vem do grego poiesis, que pode ser traduzido como a atividade de produção artística. É, portanto, uma definição mais ampla do que a definição de poema, nome dado aos textos feitos em versos. a) II e IV. b) Todas estão corretas. c) I e III. d) I e IV. e) III e IV. Leia o poema abaixo e responda: CATAR FEIJÃO A Alexandre O'Neill Catar feijão se limita com escrever: jogam-se os grãos na água do alguidar e as palavras na da folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo: pois para catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco. Ora, nesse catar feijão, entra um risco: o de entre os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra ou indigesto, um grão imastigável, de quebrar dente. Certo não, quando ao catar palavras: a pedra dá à frase seu grão mais vivo: obstrui a leitura fluviante, flutual, açula a atenção, isca-a com o risco. MELO NETO, João Cabral de. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, p. 16-17. 3) O poema é sobre como catar feijão? Justifique. 4) Catar feijão é um assunto tipicamente poético? O que você acha disso? 5) Pela leitura do texto, o ato de escrever poemas é fácil? Justifique sua resposta.