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Semiologia 1 - Sinal Patognomônico

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1 Flávia Demartine 
Semiologia 1 
 
Sinal Patognomônico: sinal cuja presença é própria de uma única doença, permitindo diagnosticá-la sem 
dúvida. Contudo, vale salientar que a ausência desse sinal, não exclui a manifestação da doença, pois muitas 
delas ocorrem sem a presenças deles. 
Dessa forma, esses sinais são muito úteis para o fechamento rápido do diagnóstico correto de certas doenças, 
as quais podem ser tratadas precocemente, evitando complicações perigosas. 
Um fato interessante é que os sinais patognomônicos são raros e muito diferentes. Se por um lado sua baixa 
frequência pode desmotivar a decorá-los, pois são pouco vistos, por outro, sua raridade incentiva encontrar 
a doença que o causa. 
 
1- Manchas de Bitot 
Placas normalmente triangulares, esbranquiçadas, 
com aspecto ressecado, localizado na esclera 
ocular 
 
Diagnóstico: Deficiência de vitamina A. 
Ocorre em comunidades pobres da África 
subsaariana, sul da Ásia, alguns países de América 
Latina e China. 
 
2- Eritema Crônico Migratório 
Lesão cutânea semelhante a um alvo (alternando 
anéis mais claros com anéis mais avermelhados) 
 
Diagnóstico: Doença de Lyme (Síndrome de 
Baggio-Yoshinari, no Brasil) 
Essa doença é causada por uma espiroqueta, 
transmitida por picada do carrapato do Veado. 
Esse eritema possui tal conformação devido a 
migração das bactérias pela pele. Assim, a lesão 
expande-se mantendo um centro endurecido, 
vesicular ou necrótico, com faixas onde as 
espiroquetas limitaram sua disseminação. 
Normalmente, estão localizados em coxa, virilha e 
axila. 
 
3- Anel de Kayser-Fleischer 
Pigmentação acastanhada da córnea periférica 
 
Diagnóstico: Doença de Wilson. 
É um distúrbio genético que afeta uma proteína de 
membrana transportadora de cobre, 
comprometendo sua excreção biliar de cobre, com 
acúmulo desse metal no organismo e toxicidade 
subsequente. O anel de Kayser-Fleischer forma-se 
por deposição de cobre na membrana de 
Descement (borda externa da córnea), sendo 
diagnosticada utilizando uma lâmpada de fenda. 
4- Sinal de Battle 
Hematoma ou equimose em região da apófise 
mastoide, pós-auricular 
 
Diagnóstico: Fratura de base de crânio. 
 
2 Flávia Demartine 
O sinal ocorre por um represamento de sangue na 
região da apófise mastoide, gerado por uma 
fratura na base do crânio, em uma relação 
meramente anatômica do crânio. 
5- Exame neurológico sensitivo cruzado 
Anestesia termodolorosa e discreta hipoestesia 
táctil ipsilateral na cabeça, e contralateral no 
restante do corpo 
 
Diagnóstico: Síndrome de Wallenberg (Síndrome 
medular lateral). 
A maior causa dessa síndrome é um acidente 
vascular isquêmico, devido à oclusão da artéria 
cerebelar posterior inferior (ramo da artéria 
vertebral), proporcionando sintomatologia 
complexa. No caso específico do sinal relatado, 
ocorrem danos no trato espinotalâmico lateral, 
que ao passar pela decussação das pirâmides, gera 
a perda de sensibilidade térmica e dolorosa 
contralateral. O dano no trato espinhal do 
trigêmeo e do seu núcleo, que não passa 
transversalmente no bulbo, causa a perda de 
sensibilidade térmica e dolorosa ipsilateral. 
6- Manchas de Koplik 
Pontos branco azulados circundado por eritema, 
de 1mm de diâmetro, na mucosa oral 
 
Diagnóstico: Sarampo. 
As manchas de Koplik ocorrem nos primeiros 2 dias 
de sintomas, ocorrendo antes do aparecimento do 
exantema característico da doença, podendo-se 
sobrepor brevemente. Possuem tal conformação, 
por conta da dilatação de veias em torno das 
glândulas submucosas, gerando o eritrema; e a 
parte esbranquiçada pela destruição das células do 
epitélio glandular. 
7- “Blue Dot Sign"/ sinal de ponto azul 
Pequeno ponto azulado na pele do escroto 
 
Diagnóstico: Torção Testicular (apêndice ou 
epidídimo). 
Uma mal formação congênita leva a túnica vaginal 
cobrir não somente o testículo. Assim, ocorre a 
rotação livre do testículo sobre a túnica vaginal, 
que leva a torção, obstruindo o retorno venoso 
inicialmente e posteriormente afeta a pressão 
arterial local, gerando isquemia testicular. Quando 
o apêndice testicular torce, sofre descoloração e 
permite palpação no polo superior do testículo, 
formando o “Blue Dot Sign”. 
 
 
3 Flávia Demartine 
8- Nódulos de Lisch 
Hamartomas melanóticos hiperpigmentados na íris 
 
Diagnóstico: Neurofibromatose. 
Doença genética que altera o gene NF1, 
responsável por um proteína presente na GTPase, 
comprometendo sua regulação para baixo. Isso 
permite uma proliferação celular anormal. Uma 
dessas pode ser o hamartoma na íris, o Nódulo de 
Lisch, diagnosticado por um oftalmologista na 
lâmpada de fenda. 
 
9- Sinal de Romaña 
É um edema inflamatório bipalpebral, associado a conjuntivite, dacriadenite e aumento ganglionar pré-
auricular. 
Diagnóstico: doença de Chagas 
10- Sinal de blumberg * 
É um sinal semiológico caracterizado por dor à descompressão brusca da parede abdominal no ponto 
apendicular, mais conhecido como ponto de McBurney. 
 
Diagnóstico: Apendicite

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