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RESUMO - COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO (ANÁLISES CLÍNICAS I)

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Exame laboratorial: 
 Finalidade: 
 Reduzir as dúvidas sobre o diagnóstico do paciente 
 Para contribuir a este propósito, é indispensável que o 
lab atenda – de maneira adequada – todas as fases 
do atendimento ao paciente 
 Inúmeras variáveis podem influenciar 
significativamente na qualidade do trabalho final 
 
Materiais de coleta: 
 Sangue: 
 Venoso ou arterial 
 Análise pode ser feita no plasma, soro ou sangue total 
 Urina 
 Líquidos corporais 
 Fezes 
 Material genital 
 Material do trato respiratório superior e inferior 
 Material ocular 
 Escaras, abcessos e exudatos 
 Material para exame micológico 
Instalação e área física do local de 
coleta: 
 Recepção e sala de espera: 
 Para pacientes e acompanhantes 
 Devem existir sanitários 
 Acessibilidade 
Área física da sala de coleta: 
 Box de coleta: 
 Componentes básicos 
 Cadeira ou poltrona – com braçadeira 
 Bancada e apoio ou móvel 
 Dispositivos de higienização das mãos 
 Recipiente rígido de descarte 
 Sala de coleta: 
 Todos os componentes do box + maca 
 Salas para coleta de outros líquidos biológicos 
 Secreções genitais masculinas e femininas 
 Deve dispor de maca e banheiro privativo 
 Alguns laboratórios coletam líquor e aspirado de 
medula 
Coleta de sangue venoso: 
 Amplamente praticada e inestimável valor para o 
diagnóstico e tratamento de vários processos patológicos 
 Coleta a vácuo: 
 É recomendado pela CLSI a utilização de sistema 
fechado, que permite a aspiração do sangue venoso 
através do vácuo 
 Vantagens: 
 Facilidade no manuseio: vácuo proporcional ao 
volume de sangue coletado com anticoagulante 
 Segurança e conforto do paciente: única punção – 
vários tubos 
 Segurança ao profissional de saúde: sistema 
fechado que minimiza o risco de contaminação 
 Paciente com acesso difícil (crianças, em terapia, 
idosos...): permite o uso de escalpes no sistema a 
vácuo 
 Coleta com seringa e agulha 
 Técnica mais antiga desenvolvida para coleta de 
sangue 
 Ainda é muito utilizada devido a sua fácil 
disponibilidade nos serviços de saúde 
 Desvantagens: 
 Sistema aberto de coleta 
 Transferência manual de sangue para os tubos 
 Comprometimento da amostra: hemólise ou micro 
coágulos 
 Coleta de material biológico 
 Aumento de custo pro lab: novo processamento da 
amostra, recoleta e gasto de tempo 
 Baixa segurança pro profissional 
 Desconforto pro paciente 
 Procedimento para coleta: 
 Escolha do local de venopunção 
 Membro superior 
 Qualquer veia (preferência pela veia cefálica medial e 
veia basílica mediana) 
 Áreas que devem ser evitadas: 
 Com terapias ou hidratação intravenosa 
 Locais com cicatrizes ou queimaduras 
 Membro superior próximo ao local onde foi realizado 
procedimentos cirúrgico 
 Áreas com hematomas 
 Veias que sofreram trombose 
 Fístulas arteriovenosas 
 Assepsia do local da punção 
 Algodão umedecido com álcool etílico 
 Limpar o local com movimentos circulares do centro 
para a periferia 
 Permitir a secagem da área por até 1min 
 Não assoprar, não abanar e não colocar nada no local 
 Não tocar novamente no local da assepsia 
 Uso adequado do torniquete 
 Hemólise 
 Elevação do nível de potássio 
 Hemoconcentração 
 Alterações na dosagem de cálcio 
 Complicações na coleta (hematomas, parestesias) 
 Posicionamento correto do torniquete 
 Não utilizar por mais de 1min 
 Não apertar intensamente 
 Aplicar – em média – 8cm acima do local da punção 
 Ao garrotear, pedir que o paciente feche a mão (apenas 
fechar) para evidenciar a veia 
 Caso o torniquete seja de látex, perguntar se o paciente 
é alérgico 
 Braço deve estar levemente inclinado para baixo e 
estendido 
 Sequência para a punção: 
 Fazer assepsia 
 Garrotear o braço do paciente 
 Desencapar a agulha mostrando pro paciente 
 Fazer a punção em angulação oblíqua 30°, com bisel da 
agulha para cima, se necessário, para melhor 
visualização da veia, esticar a pele 
Tubos de coleta: 
 Ordem dos tubos: 
 Frasco para hemocultura 
 Tubo de citrato de sódio (tampa azul) 
 Tubo seco ou com ativador de coágulo (vermelho ou 
amarela) 
 Tubo de heparina (verde) 
 Tubo de EDTA (roxa) 
 Tubo de fluoreto/EDTA (cinza) 
 Vermelho: 
 Com ou sem ativador de coágulo 
 Sem gel separador 
 Exames sorológicos e bioquímicos 
 Amarelo: 
 Com ativador de coágulo 
 Com gel separador 
 Exames bioquímicos e sorológicos 
 Imunologia 
 Marcadores tumorais e cardíacos 
 Hormônios específicos 
 Drogas terapêuticas 
 Azul: 
 Testes de coagulação 
 Roxo: 
 Contém EDTA 
 Hemograma 
 Plaquetas 
 Cinza: 
 Glicose 
 Lactato 
 Verde: 
 Heparina de sódio/lítio 
 Bioquímica em geral 
 Exames de urgência e emergência 
 Plasma 
 Gasometria 
 Glicose 
 
 
 Preto: 
 Citrato trissódico 
 Velocidade de hemossedimentação 
 Coagulação: 
 Com anticoagulante: 
 Plasma 
 Leucócitos e plaquetas 
 Hemácias 
 Sem anticoagulante: 
 Soro 
 Gel separador 
 Coágulo 
Coleta da urina: 
 O exame de urina é considerado o marco inicial da 
medicina laboratorial 
 Amostra ideal para o exame de urina de rotina: 
 Primeira urina da manhã coletada no jato médio 
 Mais concentrada 
 Corresponde a amostra da porção intermediária 
do fluxo urinário 
 Eliminação de eventuais secreções presentes na 
uretra 
 Outras amostras: 
 Segunda amostra da manhã 
 Amostra aleatória 
 Antes da coleta é importante a realização da assepsia 
genital, de preferência com sabonete neutro 
 As amostras devem ser entregues ao laboratório em no 
máximo 2h após a coleta 
 Tipos de coleta: 
 Cateterismo vesical 
 Punção suprapública 
 Sacos coletores 
 Urina de primeiro jato 
 Coleta espontânea 
 Instruções ao paciente masculino: 
 Identificar o frasco de coleta que deve ser fornecido pelo 
laboratório, colocando o nome do paciente, data e 
horário da coleta 
 Lavar as mãos com água e sabão 
 Retrair o prepúcio para expor o meato uretral 
 Lavar a glande com água e sabão, começando pelo 
meato uretral 
 Enxugar, utilizando gaze ou toalha, a partir do 
meato uretral 
 Com a outra mão, segurar o frasco de coleta de urina 
já destampado 
 Iniciar a micção, desprezando o primeiro jato de 
urina no vaso sanitário 
 Coletar urina do jato médio até cerca de 1/3 ou 
metade da capacidade do frasco 
 Desprezar o restante de urina no vaso sanitário 
 Fechar o frasco de coleta 
 Encaminhar o frasco para o laboratório no prazo 
máximo de 2h, mantendo-o em local fresco e ao 
abrigo da luz 
 Instruções a paciente feminina: 
 Identificar o frasco de coleta que deve ser fornecido 
pelo laboratório, colocando o nome da paciente, data 
e horário de coleta 
 Lavar as mãos com água e sabão 
 Fazer higiene da região genital com água e sabão, 
sempre no sentido de frente pra trás. É importante 
que os resíduos de pomadas, pós e cremes vaginais, 
eventualmente utilizados, sejam totalmente removidos 
 Enxugar toda a região genital com gaze ou toalha, 
sempre no sentido de frente pra trás 
 Separar os grandes lábios, limpar o meato urinário e 
a região ao redor da uretra 
 Com uma das mãos, manter os grandes lábios 
separados, e com a outra segurar o frasco de coleta já 
destampado 
 Iniciar a micção, desprezando o primeiro jato de 
urina no vaso sanitário 
 Coletar a urina do jato médio até, mais ou menos, 1/3 
ou metade da capacidade do frasco 
 Desprezar o restante da urina no caso e fechar o 
frasco 
 Exames realizados: 
 Bacterioscopia e pesquisa de fungos 
 Exame químico 
 Sedimentoscopia 
 Alterações frequentes: 
 Escurecimento = oxidação ou redução de metabólitos 
 Turvação = crescimento bacteriano e precipitação do 
material amorfo 
 Aumento do odor = multiplicação bacteriana ou 
metabolização da ureia para amônia 
 Aumento do pH = metabolização da ureia para 
amônia por bactérias produtoras de uréase/perda 
de CO2 
 Redução da glicose = glicólise e consumo bacteriano 
 Redução de cetonas = volatilização e metabolismo 
bacteriano 
 Redução da bilirrubina = foto-oxidação à biliverdina 
 Redução do urobilinogênio= oxidação à urobilina 
 Aumento dos nitritos = multiplicação das bactérias 
redutoras de nitrato 
 Redução de eritrócitos = desintegração 
 Redução de leucócitos = desintegração 
 Redução de cilindros = dissolução 
 Aumento de bactérias = multiplicação 
Exames de sorologia em doenças 
infecciosas: 
 Testes imunológicos para detecção de doenças virais: 
 HIV 
 Dengue 
 Toxoplasmose 
 Sífilis 
 Influenza A/B 
 Herpes simples 1 e 2 
 Hepatites 
 Recomendações: 
 Tempo de jejum: não precisa 
 Quebra de jejum: não interfere 
 Prática de atividade física: não interfere 
Exames hormonais: 
 Os hormônios são muito sensíveis as variáveis pré-
analíticas 
 Variáveis controláveis: 
 Fisiológicas: 
 Jejum 
 Exercícios 
 Postura 
 Ciclo menstrual 
 Coleta: 
 Tipo da amostra 
 Tubo de coleta 
 Pós coleta: 
 Centrifugação 
 Temperatura 
 Estabilidade 
 Variáveis não-controláveis: 
 Idade 
 Peso 
 Sexo 
 Variáveis fisiológicas: 
 Jejum 
 Boa parte dos hormônios não apresentam variações 
associadas a ingestão de alimentos, porém sugere-se 
um jejum mínimo de 3 a 4 horas 
 Hormônios que sofrem influência da alimentação: 
 Insulina e peptídeo C: Jejum de 8 horas, aumento após 
8 a 10min, pico máximo em 30-45min 
 GH e IGF-1: jejum de 8 a 10 horas 
 Catecolaminas: café interfere nos níveis de 
nerepinefrina e epinefrina, para dosagem urinária, 
evitar por 72h cafeína, chocolate... 
 Atividade física 
 ACTH e cortisol: estresse físico ou emocional, 
hipoglicemia e fatores inflamatórios 
 Postura 
 Aldosterona e renina: mudança de posição de 
decúbito para ortostática estimula a secreção de 
renina. Recomenda-se a coleta duas horas após 
levantar da cama 
 Ritmo biológico 
 Variação circadiana 
 GH 
 ACTH e cortisol 
 Testosterona 
 Ciclo menstrual 
 FSH, LH, estradiol e progesterona 
Coleta microbiológica: 
 Considerações gerais: 
 Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível 
 Instruir claramente o paciente sobre o procedimento 
 Observar a antissepsia coleta de todos os materiais 
clínicos 
 Coletar, sempre que possível, quantidade suficiente de 
material para todos os procedimentos 
 Colher no local onde tenha maior probabilidade de 
presença d microrganismo 
 Utilizar recipientes estéreis 
 Secreção de orofaringe e nasofaringe 
 Orofaringe 
 Evitar contaminação com saliva 
 Método 
 Solicitar que o paciente abra bem a boca 
 Fazer esfregaço sobre as amígdalas e faringe 
posterior 
 Buscar sempre locais com hiperemia, próximas aos 
pontos de supuração 
 Colher dois swabs 
 Feridas 
 As margens e superfície da lesão devem ser 
descontaminadas com solução de PVPI e soro fisiológico 
 Coletar o material purulento localizado na parte mais 
profunda da ferida 
 Swabs são menos utilizados 
 Escarifiação das bordas 
 Abscessos 
 Descontaminação dos abscessos 
 Não coletar o pus emergente 
 Material das margens da lesão e a parte mais profunda são ideais 
 Cultura de lesões secas e crostas não é recomendado 
Dermatofitoses 
 Couro cabeludo 
 Coletar amostra de áreas descamativas e áreas com nódulos aderidos 
 Pele 
 Raspar as bordas das lesões com auxílio da lâmina de bisturi 
 Unhas 
 Raspar a região limite entre a parte sadia e suspeita de micose 
 Coletar também material sob-ungueal

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