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Responsabilidade Internacional (Projeto de Artigos)

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Art. 1: Todo ato internacionalmente ilícito 
de um Estado acarreta sua responsabilidade 
internacional. 
Não há necessidade de 
que haja dano. 
O ato ilícito pode ser por ação ou por omissão, 
e sua ilicitude provém da violação de qualquer 
obrigação, seja qual for sua origem ou 
natureza. 
A caracterização de um ato como 
internacionalmente ilícito não é afetada 
pela caracterização do ato como lícito 
pelo direito interno (art. 3). Esse artigo 
segue a lógica do art. 27 da CVDT, que 
afirma que nenhum Estado poderá 
invocar o direito interno para descumprir 
norma de direito internacional. 
Será considerado ato ilícito do Estado aquele 
praticado por funcionário público de 
qualquer hierarquia e de qualquer ente 
federado; também a de pessoa que esteja 
exercendo atribuições do poder público, 
ainda que ultra vires, ou seja, mesmo que 
exceda sua autoridade ou viole instruções. 
Também será imputado ao Estado conduta 
de pessoa sob controle efetivo deste; ou de 
pessoas que estejam exercendo atribuições 
do poder público na falta deste. 
Será considerado ato do Estado 
a conduta de movimento de 
insurreição que se torne o novo 
governo daquele Estado. 
Será considerado ato do Estado 
a conduta de particular que seja 
reconhecida e adotada pelo 
Estado como sua própria. 
O ato de um Estado não constitui uma 
violação de uma obrigação a menos que este 
esteja vinculado pela obrigação no 
momento em que o ato ocorre. A violação 
por um ato de caráter contínuo se estende 
por todo o período em que o ato permanece 
em desacordo com a obrigação. 
Um Estado que auxilia ou presta assistência 
a um Estado violador, conhecendo as 
circunstâncias da ilicitude e sendo também 
vinculado a essa obrigação, também pode 
ser responsabilizado. 
Excludentes de ilicitude 
Consentimento 
Legítima defesa 
Contramedidas em relação a 
ato internacionalmente ilícito 
Força maior 
Perigo Extremo 
Em casos de necessidade, SOMENTE se 
for o único modo de preservar o Estado 
contra um perigo grave e caso a 
ocorrência de tal perigo não tenha sido 
contribuída pelo próprio Estado 
A reparação deverá ser feita através de 
restituição, indenização (caso a 
restituição não seja possível ou 
suficiente) e satisfação. 
A violação de norma de jus cogens acarreta em 
responsabilidade internacional agravada, e de 
acordo com o princípio ex injuria jus non oritur, 
os Estados são obrigados a não reconhecer, 
auxiliar ou prestar assistência a tal situação. 
Quem pode invocar: 
- Os Estados lesados 
- Qualquer Estado, caso a 
violação seja de obrigação erga 
omnes (ou erga omnes partes) 
Caso o Estado não cesse as 
violações, o Estado lesado é 
autorizado a aplicar 
contramedidas, respeitando a 
proporcionalidade, as normas de 
jus cogens e a inviolabilidade dos 
agentes diplomáticos e 
consulares.

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